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O mito da imparcialidade jornalística desvendado

Elrond

"OFF" it will last two months
Texto de Luciano Zarur, professor de jornalismo - FACHA

A partir da "tomada de posição" de dois dos diários de maior circulação no País, assumindo nitidamente sua posição político-partidária - o que contraria um princípio básico da deontologia jornalística, a imparcialidade, a qual se mostra, empiríca e efetivamente, apenas um mito, como se percebe -, fica claro como a cobertura política feita por quase toda a imprensa durante todo este governo e, sobreutdo, destas eleições presidenciais foi totalmente contaminada por interesses do oligopólio que controla a comunicação de massa brasileira. Nenhuma surpresa para quem conhece a chamada mídia por dentro. Sim, porque, uma nação com quase 200 milhões de habitantes é informada (e deformada)
há décadas por veículos controlados por apenas oito famílias, as quais, tentam permanentemente "decidir pelo povo" os rumos da sociedade, ocultando - como fizeram com todos os escândalos bilionários do (des)governo FHC (lembram-se, por exemplo, dos bilhões desviados do Estado quando da desvalorização do Real, envolvendo tucanos e bancos como Marka e Fonte Cindan, sem falar nas privatizações criminosas, verdadeiras doações do patrimônio público, como no caso da Vale, vendida por uma bagatela e que um ano depois foi "cotada" a nada menos do que dez vezes o valor pelo qual tinha sido "vendida") - assim como fazem com as conquistas alcançadas pelo governo do PT, usando técnicas jornalísticas de diagramação e/ou edição eletrônica.


Ou ainda hiperdimensionando possíveis casos de delitos cometidos por integrantes deste governo e afirmando que a responsablidade do que possa haver de errado seria diretamente do presidente da República mais popular (que supera até a do maior estadista que este País já teve, Getúlio Vargas) e/ou, agora, da candidata petista.


É curioso e sintomático, já que quando divulgavam, com muito menos destaque e com todo cuidado para não prejudicar os parceiros do PSDB e do DEM (antigo PFL, antes PDS e Arena, o partido da ditadura, ou seja, um verdadeiro oxímoro, pois o parceiro dos tucanos foi o partido que sustentou o regime autoritário e agora se autointitula "democratas"), os órgãos de imprensa eram suaves e nada assertivos como agora. Alguns o fazem até mesmo de forma raivosa, como aquela revista semanal que se tornou um panfleto publicista a favor do tucanato, abandonando de vez os cânones do jornalismo compromissado com a cidadania e o desenvolvimento da sociedade.



Se avaliarmos com criticidade, veremos que os resultados sociais - os mais importantes, obviamente - e também os econômicos obtidos pela gestão petista são irrefutáveis e superiores a todos os anteriores, principalmente os do (des)governo de FHC, Serra e outros, haja vista os mais de 27 milhões de pessoas que saíram da pobreza e os mais 33 mlhões que ascenderam à classe média, tornando-se reais consumidores, afora os 15 milhões de empregos criados nos últimos oito anos, quase o triplo do que fizeram os tucanos em seus dois governos.



Sejamos justos: é inegável que, nos dias hodiernos, a quase totalidade da população brasileira vive muito mais feliz do que oito, dez, vinte anos atrás. O Brasil é muito mais respeitado como ator realmente relevante em todos os organismos internacionais, independentemente de seu cunho. A competência do governo liderado por Lula e Dilma (sua mais importante ministra) venceu a maior crise da economia em oitenta anos; apesar de "analistas" e "comentaristas" pseudoautônomos - em verdade vassalos dos patrões que controlam os veículos em que atuam e são regiamente remunerados - jamais a terem reconhecido, tentando "explicar" o sucesso do PT no comando do País de maneira cretina e com sério desvio de caráter, isto é, atribuindo-o a uma suposta sorte do presidente.



Destarte, como jornalista há mais de 20 anos e professor universitário nos últimos 15, recomendaria a todos diversificar as fontes de informação para fugir das distorções informativas do PIG (partido da imprensa golpista). Para contrabalançar o tratamento publicista (para quem não sabe, publicismo é o uso dos meios de comunicação de massa como instrumentos de divulgação de posições político-ideológicos, no estilo do que faziam Carlos Lacerda, na Tribuna da Imprensa, e Samuel Wainer, na Última Hora, em relação ao governo constitucional de Vargas) da mídia, boas opções são "Caros amigos", "Carta Capital" e "Le monde diplomatique Brasil", além de diários virtuais como os dos jornalistas Luiz Nacif e Paulo Henrique Amorim, e do programa "Observatório da Imprensa", da Tv Brasil.



Pensem bem. Vençam os preconceitos. Superem posições antiéticas e egoístas que
se recusam a aceitar o imenso sucesso de um operário no cargo mais importante da Nação. Que diferença faz se ele não tem diploma universitário, ou mesmo comete erros gramaticais - aliás, como quase todos os brasileiros, incluindo-se a maioria daqueles que se graduaram no chamado nível superior? A sensibilidade do presidente Lula sobrepuja em muito sua pouca educação formal. Ao escolher pessoas competentes para compor sua equipe, como Dilma Roussef, conseguiu melhorar a vida de milhões de pessoas, priorizando, como estabelem os preceitos éticos, assim como os fudamentos de todas as religiões, os mais necessitados. E, mesmo assim, para as classe média e alta também houve melhoras muito significativas, haja vista o apoio massivo que Lula e Dilma têm entre os de mais posses.



Peço desculpas pelo tamanho da mensagem. Minha manifestação por escrito - muito
menor do que quereria e precisaria fazer neste momento crucial para nosso país -, deve-se à indignação com o péssimo trabalho que a maior parte dos meios de comunicação de massa brasileiros vem desenvolvendo nos anos mais recentes, mormente nestas semanas após seu candidato perder a dianteira nas pesquisas eleitorais para a representante do atual governo. Este comportamento remonta àquela "definição" de regime político imposta tacitamente pela caserna após o golpe de 64: "Democracia (só vale assim) é igual a nós no poder"; Ditadura, os outros.
Outro motivo que me levou a escrever foram as dezenas de inverdades, bobagens e
impropérios relativos ao presidente Lula, ao Partido dos Trabalhadores e, agora, sobretudo, à sua candidata, que me foram enviados, reproduzindo a tentativa de transformação de informações acerca de realizações extremamente positivas para todo o povo brasileiro em notícias distorcidas e também hiperdivulgando, com a pior conotação negativa, é claro, possíveis erros ou irregularidades cometidos por algum integrante ou simpatizante deste governo.


Tal tentativa, quiçá, inspirada nas técnicas de censura e manipulação perpetradas pelos piores regimes ditatoriais. Lamento ainda que muitas das mensagens que tenho recebido com estes desvios da correta conduta deontológica que deveria reger a cobertura política dos meios de comunicação me tenham chegado pelas mãos de pessoas de que gosto e respeito, as quais, provavelmente, desconhecem ou não dominam plenamente os mecanismos de edição utilizados em cada veículo para manusear o noticiário de acordo com seus próprios objetivos, assim como a autocensura e a pressão a que muitos jornalistas são submetidos no tratamento final da informação.


Agradeço de antemão a quem tenha lido este texto até o fim.


E repito: Vençam os preconceitos e pensem melhor.

Com afeto,

Luciano Zarur

PS: Nunca tive filiação partidária, tampouco considero o governo do PT perfeito.
Entretanto, comparem e constatarão que é o melhor desde o período democrático de
Vargas.

Visite http://racismoambiental.net.br
GT Combate ao Racismo Ambiental
--
Visite o saite do CEDEFES: http://www.cedefes.org.br
 
Última edição:
Esse texto retrata a realidade da mídia e de nosso país.

Vale a pena ler de verdade.
 
Prefiro um jornal declarado do que um fingido que é imparcial.

Concordo.

Mas essa política de declarado só surgiu agora.

Muito tempo a Folha e o Estadão se declaravam independentes e imparciais.

Mas o que mais chama a atenção hoje é a falta de compromisso com a verdade.

Note o caso da ficha falsa da Dilma publicada pela Folha ou a falta de correção em denuncias que venham se provar com o tempo infundadas.

Dou o exemplo pro meu lado (Dilma), mas tenho convicção que existe também este tipo de tratamento pelo lado da Carta Capital, por exemplo.
 
O negócio é beber de várias fontes, mas daquelas que, se não são imparciais, são comedidas e honestas.

Coisas como a Veja apelam para a gritaria, e quem grita perde o direito de discutir.
 
O negócio é beber de várias fontes, mas daquelas que, se não são imparciais, são comedidas e honestas.

Coisas como a Veja apelam para a gritaria, e quem grita perde o direito de discutir.

A questão é que quem tem acesso a várias fontes não as usa.

Canso de dizer que aqui temos um bom exemplo de amostragem de uma parcela da elite brasileira que mal se digna a usar o google, prefere usar o JN ou usar a Veja mesmo. Em tempo, a próxima capa da Veja será algo do tipo:

vejaserrapp.jpg
 
star%2Bwars%2Bpig%2B01.jpg


star%2Bwars%2Bpig%2B02.jpg


star%2Bwars%2Bpig%2B03.jpg


Exame_Starwars.jpg

Essa do Jabba é particularmente engraçada. Sátira perfeita dos periódicos que promovem o endeusamento do burguês.
"Aprenda com Boba Fett como ser um mercenário de sucesso". Hahaha.
 
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