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O livro do cemitério (Neil Gaiman)

Zzeugma disse:
Neil Gaiman é Neil Gaiman e tem umas passagens bem interessantes. Mas achei este um pouco irregular. Preferi o de contos (Coisas Frágeis) ou o Lugar Nenhum.

Zzeugma, eu acho que acabamos gostando mais de Coisas Frágeis e Lugar Nenhum porque o público-alvo de Gaiman ao escrever esses livros era diferente do público-alvo de O Livro do Cemitério. Aquela coisa, como falei no meu post: é livro infantil que agrada adultos, mas ainda assim é um livro infantil. Aí é complicado comparar com algo como uma coletânea de contos escritas para adultos, não é?
 
Bah....eu não achei a capa nem um pouco simples... (aliás, me lembrou minhas aulas de desenho, de negativo e positivo)...

Adorei o livro, mas é sempre bom lembrar mesmo que é um livro infantil. Adorei a sutileza na hora de falar dos personagens (principalmente o Silas...hehehe) e dos pais de Nin...
 
Anica disse:
Zzeugma disse:
Neil Gaiman é Neil Gaiman e tem umas passagens bem interessantes. Mas achei este um pouco irregular. Preferi o de contos (Coisas Frágeis) ou o Lugar Nenhum.

Zzeugma, eu acho que acabamos gostando mais de Coisas Frágeis e Lugar Nenhum porque o público-alvo de Gaiman ao escrever esses livros era diferente do público-alvo de O Livro do Cemitério. Aquela coisa, como falei no meu post: é livro infantil que agrada adultos, mas ainda assim é um livro infantil. Aí é complicado comparar com algo como uma coletânea de contos escritas para adultos, não é?

Sim, você tem razão, posso estar sendo injusto e comparando segmentos diferentes... Ainda assim, preferi Coraline.


Hm... Mas o inverso também pode ser válido: não é impossível (para um adulto) gostar mais de um livro infantil (ou infanto-juvenil) do que um de adultos...

(Não vale esticar a discussão aqui, mas vou sugerir dois infanto-juvenis muito bons e que passam por cima de muito livro adulto:
a) "O Abraço" (escrito por uma brasileira chamada Lygia Bojunga) trata de abuso sexual. É bastante forte.
b) "O Pato, a Morte e a Tulipa", de Wolf Erlbruch. O livro é curtinho, dá pra ler rapidamente na estante da livraria. Este é indubitavelmente infantil. Porém... porém... Quem ler depois diz o que achou.)
 
Sim, você tem razão, posso estar sendo injusto e comparando segmentos diferentes... Ainda assim, preferi Coraline.

Eu ainda tenho problemas com Coraline. Acho que é porque eu tinha acabado de assistir MirrorMask que no final das contas apresenta a mesma ideia, só que para uma faixa etária um pouco maior (acho que mais para teens do que crianças). A mesmice da coisa acabou me cansando. Pelo menos em O Livro do Cemitério ele larga um pouco a ideia "criança que não suporta o lugar onde está vai para outro que parece muito melhor mas no final das contas é pior" para, hum... para se inspirar n'O Livro da Selva. Não que ele esteja inovando, mas dentro do universo criado pelas personagens dele, está.

Hm... Mas o inverso também pode ser válido: não é impossível (para um adulto) gostar mais de um livro infantil (ou infanto-juvenil) do que um de adultos...

Impossível não é, e acontece aos montes. Mas quando um leitor chega a um certo nível de leitura, uma obra infantil aparece claramente como diversão, entretenimento, e não como arte. Alguns contos de Gaiman em Fumaça e Espelhos podem ser analisados como arte, mas no geral ele é só diversão (e eu sou fã do trabalho do cara e me divirto muito com ele, mas não serei absurda de compará-lo com Virginia Woolf, por exemplo).

No final das contas o que quis dizer é: há sempre níveis de comparação. Fica mais fácil quando o escritor escreve para um público só, mas Gaiman costuma tentar agradar todas as idades. E consegue. Mas se for começar a organizar em uma ordem de favoritos, é óbvio que para o leitor adulto que já foi além da literatura só para diversão os trabalhos mais complexos acabarão aparecendo antes.
 
Pensei no que vc disse.

Eu já havia lido o Livro da Selva de Kipling, numa edição da Melhoramentos muito bonita, com fotos e ilustrações e comentários explicativos... Tinha até umas fotos das crianças-lobos verdadeiras... (Existe um site compilando histórias de crianças criadas por feras, acho que se chama "Feral children" ou coisa assim).

Talvez para mim o efeito tivesse sido outro se eu não soubesse que o Livro do Cemitério veio do Livro da Selva, antes de ler. A sequência dos ghouls ficou tão próxima da sequência dos macacos na cidade em ruínas, que comecei a temer que seria uma transcrição simplesmente... Achei curioso nos comentários dele que o livro começara a ser escrito do capítulo quarto, que é justamente onde eu acho que a história melhora...
 
O meu chegou hoje (feriado?).
Ansioso aqui para começar a devorá-lo!
Depois posto minhas considerações a respeito.
 
Terminei de ler e, olha, fazia tempo que não me deixava levar pela leitura assim. É Mogli, mas em um cemitério.
Nin é um personagem cativante, e a forma com que a história é contada sem cair na obviedade, como por exemplo a condição de Silas, que não é explicitada logo de cara torna a narrativa mais interessante.

OK, existem alguns problemas como a superficialidade de alguns personagens, e a forma como o final é apresentado - um fim meio fácil - mas mesmo assim o livro é encantador. Recomendo!
 
gosto de livros leves. quando eu comecei a ler, pensei que haveria mais diálogos com os mortos. não estava muito interessado na vida de bod. eu gostei do final, porque estou acostumado com filmes onde o mocinho resolve tudo na violência. o que inclui os filmes da disney.

histórias sobre crianças e histórias pra crianças
 
A respeito desse livro, recomendo que vocês leiam o original em inglês. Eu li essa versão e a comparei com a tradução, e garanto que não é a mesma coisa :sim:
 
Lu Eire disse:
A respeito desse livro, recomendo que vocês leiam o original em inglês. Eu li essa versão e a comparei com a tradução, e garanto que não é a mesma coisa :sim:

A idéia é boa Lú, mas pra isso era preciso estar com o inglês na ponta da língua, e agora ele ainda está no estombago, rsrsrsrsrs.
 
Considerando alguns trabalhos de Neil Gaiman voltados ao público infantojuvenil, temos casos como a coletânea de contos M is for Magic que pode agradar tanto crianças quanto adultos (ao contrário de Coraline, por exemplo). O mesmo acontece com O livro do cemitério, uma das obras mais recentes do autor (lançada em setembro de 2008). Muito embora o próprio Gaiman se refira à história como “livro para criança”, o tom sombrio da história acaba de certa forma equilibrando as coisas, tornando O livro do cemitério agradável também para os mais “crescidinhos”.
Um dos capítulos d’O livro do cemitério (The Witch’s Headstone) foi publicado na coletânea M is for Magic em 2006, quando Gaiman ainda estava escrevendo o livro. Na hora não chamou minha atenção, na verdade um dos meus favoritos foi October in the Chair, que segundo Gaiman foi escrito como um exercício para o este romance. Mas agora lendo desde o princípio a história de Nobody Owens, um menino que foi adotado por fantasmas e criado em um cemitério, a história ficou muito mais interessante.

A narrativa toda é montada com pequenos momentos da vida de Nobody, como por exemplo quando ele faz amizade com uma pessoa viva, ou quando dança com a Morte. Aventura e fantasia puros, é impossível não se divertir. A influência de O livro da selva de Rudyard Kipling é bastante óbvia, com a criança crescendo em um meio nada convencional que o acabará moldando como uma pessoa também fora do normal. Nobody fala com fantasmas e outros seres de modo corriqueiro, coisa que nenhuma criança comum faria.

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