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O leilão do lote 49, de Thomas Pynchon

JLM

mata o branquelo detta walker
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Considerada a obra-prima do norte-americano Thomas Pynchon, o livro apresenta a história de Édipa Maas, nomeada inventariante da herança de um ex-namorado. Pierce Inventarity era praticamente o dono da pequena cidade industrial San Narciso, Califórnia. Édipa, além de encontrar-se com tipos insólitos – um ex-ator mirim que virou advogado, quatro camareiros covers dos Beatles, um diretor de teatro impulsivo, um analista que receita LSD aos pacientes, etc – se depara com a organização secreta chamada Tristero, manentedora de um sistema de correios paralelo, com selos oficiais falsificados e carteiros bêbados. A começo da trama é coeso e interessante, mas vai se perdendo em devaneios alucinógenos até chegar ao ponto em que, no final, não se sabe se o que está sendo narrado é a realidade da trama ou uma ilusão da mente de Édipa. Ela praticamente sai do papel de protagonista e passa a acompanhar tudo junto ao leitor. Os críticos dizem que o autor aplica a teoria da entropia em sua obra, mas o certo é que a história não deve agradar os que gostam de finais onde os mistérios são solucionados. Eu sou um destes. O livro está esgotado no Brasil e é encontrado, raramente, em sebos.

leitura: Janeiro de 2009
obra: O leilão do lote 49 (The crying of lot 49) de Thomas Pynchon
tradução: Jorio Dauster
edição: 1ª, Companhia das Letras (1993), 166 pgs
 
Ando um pouco curioso com o Pynchon. Quero me arriscar com um menorzinho antes, este seria uma boa se não estivesse esgotado.
Aparentemente os livros do Pynchon aqui no Brasil se comportam tal como seu autor, são bastante reclusos, ninguém nunca viu ou sabe onde tem.

A Cia. das Letras não sendo uma editora que costuma dormir no ponto poderia lançar uma 2º edição desse livro, não? Ainda mais pelos planos dela de lançar Against the day que é outro tijolo tal como o Mason & Dixon e o Gravity's Rainbow.
 
Se a procura fosse grande talvez eles lançassem uma segunda edição. O Arco-íris da gravidade está na primeira edição ainda e você acha fácil por aí. O autor ainda não é muito celebrado por aqui, pelo menos não tanto para conseguir ter novas edições.

O mesmo acontece com David Foster Wallace, que só ano que vem vai receber uma tradução para uma copilação de textos.

Provavelmente com a adaptação de Vício Inerente o interesse das pessoas aumente.
 
O Conti disse no blog da Companhia esses dias que o Pynchon é o autor preferido dele. O Vício Inerente teve um lançamento bem grandinho, não? Pelo menos nas livrarias que eu vou, tá sempre em destaque entre os lançamentos. Não deve estar vendendo muito, mas ao menos tem sido visto. Meu Gravity's Rainbow é da 1ª reimpressão, em 2005, ou seja, 7 anos depois do lançamento. Acho que pra relançar O leilão do lote 49, a Companhia precisaria refazer essa arte do livro, mas não vi referência em lugar nenhum a uma possível re-edição. Mas acho que a Companhia dá um tratamento bem digno pros livros do Pynchon (que, muito provavelmente, dão um belo prejuízo financeiro).

O Breves Entrevistas, do Wallace, até onde eu sei (ou imagino, ao menos), também tá na 1ª reimpressão, que deve ter saído no fim de 2010 (o livro ficou "indisponível" no site da Companhia por um mês ou algo parecido, imagino que tenha esgotado e sido reimpresso; comprei o meu em agosto de 2010 e era 1ª edição ainda, 2005). Essa compilação de não-ficção do Wallace já foi adiada duas vezes, era pra sair em 2010, depois foi passada pra 2011, e agora lá se foi pra 2012. Mas o Wallace parece ter tido um boom de interesse ultimamente. Muitos blogs e sites falando a respeito, é citado por quase todos os escritores brasileiros contemporâneos... talvez o Infinite Jest arranje seu espaço pra ser publicado por aqui. Acho que com um preço mais acessível e um lançamento que gerasse a atenção que o 2666 gerou, por exemplo, poderia vender bem por aqui.
 
Sim, Pips. Concordo contigo quanto ao fator procura. Só que eu penso da seguinte forma, é importante manter em fácil acesso um título como O leilão do lote 49 por ser uma boa porta de entrada. Quem começou a se interessar recentemente pelo autor não tem por onde se arriscar senão em Arco-íris da gravidade que é uma obra muito extensa e razoavelmente cara.

Fazendo uma analogia não muito coerente, é como se para conhecer qualquer coisa de Bolaño eu começasse por 2666, entende?
 
Diego disse:
Só que eu penso da seguinte forma, é importante manter em fácil acesso um título como O leilão do lote 49 por ser uma boa porta de entrada. Quem começou a se interessar recentemente pelo autor não tem por onde se arriscar senão em Arco-íris da gravidade que é uma obra muito extensa e razoavelmente cara.

Eu sei que é caro, mas o Vício Inerente também é bom de começar. De forma geral o Lote49-Vineland-Vício são os mais divertidos, os outros são mais complicados. Agora, o Lote49 deviam lançar como pocket...

Curiosamente no prefácio de Slow Learner o TP fala de como ele odeia o Lote49. Acho que alguém comentou na pynchon-list que ele próprio chamou o Lote49 de "potboiler" ("pra pagar as contas"). Vai entender...
 
Diego disse:
Sim, Pips. Concordo contigo quanto ao fator procura. Só que eu penso da seguinte forma, é importante manter em fácil acesso um título como O leilão do lote 49 por ser uma boa porta de entrada. Quem começou a se interessar recentemente pelo autor não tem por onde se arriscar senão em Arco-íris da gravidade que é uma obra muito extensa e razoavelmente cara.

Fazendo uma analogia não muito coerente, é como se para conhecer qualquer coisa de Bolaño eu começasse por 2666, entende?


Eu entedo, mas a diferença é que o Bolaño virou uma mania muito recente que a Companhia das Letras explorou devido ao lançamento internacional. Pynchon está no mercado há um bom tempo e claro que as pessoas não precisam começar pelo Arco-Íris, mas ainda temos o recente Vício Inerente - uma obra não tanto complicada.

Veja o caso da Anica que começou pelo 2666 e não conseguiu avançar, mas ela gostou da narrativa e foi atrás dos outros livros.
 

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