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O Islã e a Trindade

  • Criador do tópico Paganus
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Paganus

Visitante
O Logos (Intelecto Universal) e o Espírito Santo segundo o Islam

Introdução

Temos observado que muitos ocidentais com qualidades intelectuais superiores que abraçam o Islam como Religião, ou que tem interesse em conhecer a doutrina Islâmica, encontram muita dificuldade em entender exatamente em que consiste o Tauhíd, o Monoteísmo Abraâmico, tal como foi ensinado por nosso senhor Muhammad e detalhado por grandes Teólogos e Sufis no decorrer dos séculos.

Cremos, e Allah sabe melhor, que em parte esta dificuldade existe por causa de uma assimilação quase orgânica da teologia cristã-católica-protestante por parte destes ocidentais. Falamos especificamente da divinização total das realidades transcendentes que são o Logos (o "filho") e o Espírito Santo, bem como na diluição, quando não no esquecimento total, do que é Deus, o "Pai".

Não pretendemos com este texto refutar a doutrina da trindade Cristã, e muito menos demonstrar que ela se harmoniza com o monoteísmo Islâmico em alguma medida; nossa intenção é simplesmente explicar o "conceito" de Deus no Islam, bem como explicar o que são as Realidades Trancendentes do Logos, ou Al 'Aqlu l Kámil (Intelecto Universal), como é chamado em geral no Islam, e do Rúhu l Quds (Espirito Santo).

Este texto contém elementos que pertencem à crença comum de todos os muçulmanos, mas também algumas partes que pertencem ao domínio da Haqiqah (“Verdade universal”, cuja compreensão é restrita a poucos, e portanto de crença não obrigatória).

Qualquer erro que venhamos a cometer se deve à nossa ignorância e ao nosso "nafs" (ego), que irresistivelmente nos leva ao exibicionismo de nosso conhecimento, ao pecado e ao orgulho. E todos os acertos se devem ao Socorro de Alláh, à intercessão de nosso senhor Muhammad e dos Auliá (santos), bem como à Graça que nos foi transmitida legitimamente através de uma "Ijáza" (investidura), que nos autoriza esclarecer aos ocidentais estes assuntos. Lá Haula ua la Quwata illa biLlah, Não há Poder e Força senão com Allah.

1- Alláh, Deus, "O Divino", "A Divindade"

No Islam, quando se fala de Deus, fala-se que Ele é Unidade Pura, ou seja, Absolutamente Indivisível e portanto não composto de partes; contudo Ele se manifesta necessariamente em três níveis: Essência, Qualidades e Atos, ou: Ipseidade, Presença e Movimento.

Por "Atos" se entende Deus enquanto Agente e Causa Real de tudo que existe. Ele cria, preserva, destrói, salva, recompensa, castiga, santifica, dá a vida, dá a morte, nutre, etc. Embora Ele se use de intermediários celestes como os Anjos , e intermediários terrestres como as forças naturais, sutis e materiais, Ele é a Real Causa de tudo.

Os muçulmanos costumam dizer: "quem mata a sede é Allah e não a água, mas Ele criou a água como um intermediário, em geral necessário, "d'Aquele que mata a sede".

Este "nível" de Deus, o dos Atos, é o mais facilmente perceptível para as pessoas comuns.

Por "Qualidades" se entende Deus enquanto "Supremo Objeto Inteligível".

No Islam se enumeram de maneira resumida e simbólica tradicionalmente treze Qualidades Divinas:
Wujúd (Ser em Sí), Qídam (Eternidade), Baqá (Infinitude), Ghiná (Independência Absoluta),
Mukhalafah (Incomparabilidade), Uahdaniya (Unidade pura, não composição, Indivisibilidade)
Hayáh (Vida), 'ilm (Onisciência), Iráda (Vontade livre), Qudra (Onipotência), Sam' (Audição), Kalám (Palavra), e Bassar (Visão).

O Profeta disse: "Meditai nos Atos e nas Qualidades de Allah, mas não na Essência".

Este Hadith (ensinamento) do Profeta não é um mandamento, é uma Verdade Inexorável! Pode-se meditar e mesmo conceber as Qualidades Negativas (Eternidade, Infinitude etc.), concebendo-se o contrário delas na criação; e pode-se meditar nas Qualidades Positivas (onisciência, onipotência, etc) concebendo-se ou imaginando-se aquilo que as refletem na criação, contudo é absolutamente impossível se conceber ou imaginar a Essência. Outro detalhe importante, no Islam nunca se pode dizer que Deus seja "presente " ou "ausente" em Sí mesmo, em Essência. Contudo deve-se sempre dizer que Ele é "Presente" em Suas Qualidades.

Por "Essência" se entende no Islam a Ipseidade Divina, o Sujeito Transcendente das Qualidades e dos Atos, ou seja, Aquele que É, O Eterno, O Infinito, O Absoluto, O Incomparável, O Uno-Único, O Vivente, O Onisciente, O Onipotente, O Oniouvinte, O Que Fala sem necessidade de palavras, O Onividente. Como concebê-Lo ou imaginá-Lo? Diante da Essência não há "outro", Ele é o Sujeito sem segundo, sem parceiros, e os Sufis dizem: "Allah era e nada era com Ele, e Ele é agora tal como era" Lá Iláha Illa Llahu Uahdahu la sharíka lah, Não há divindade senão Allah, Único, sem parceiros.

2-Al 'Aqlu l Kámil, o Logos

O Profeta disse: "A primeira criação de Allah foi o 'Aql (Intelecto)", e também: "A primeira das criações de Allah foi Seu 'Kursí (Trono)", e também: "A primeira criação de Allah foi minha Núr (Luz)"; todos estes nomes referem-se à mesma realidade.

No Islam, o Logos, “A Primeira Inteligência” é a única criação de Alláh sem causas intermediárias, ou seja, o Logos é criado diretamente por Allah que diz: "Sê!", e então: "é"; ele é a "Substância Primeira" da qual Allah "extrai" as demais substâncias de tudo que Ele cria; contudo, nunca se pode dizer que o Logos é "da mesma Substância que Allah", pois Allah não é substância, Allah É, Ele não é isto ou aquilo, nem mesmo um "isto ou aquilo supremo". O Logos ou Intelecto é "Aquele que Intelige Deus Perenemente", manifestando a Deus como "Objeto Inteligível Supremo" para toda a criação celeste e terrestre. Nele as Qualidades de Deus estão, em Sua Totalidade, refletidas com perfeição. Ao passo que os intelectos das criaturas, e por intelecto não queremos dizer a razão, e sim o sujeito último de todos movimentos físicos e mentais, são uma fagulha do Logos, o Logos é a Inteligência Pura, ele é o Trono Divino no qual Allah "está estabelecido", o Logos é a "Luz de Muhammad" e de todos os Profetas.

Quando dizemos que o, ou os intelectos humanos são uma fagulha, não queremos dizer com isso "uma parte", e sim um desdobramento que em nada diminui o Logos em si, à semelhança dos raios solares que são um desdobramento do próprio sol, sem diminuí-lo em nada: são o sol, e não são o sol, ao mesmo tempo, porém falaremos sobre isto com mais detalhes em outro texto, se Deus quiser.

Resumindo e repetindo, o Logos é o intermediário supremo; nele, e só nele, podemos "ver a Deus". Ele também é o Mensageiro de Allah, "Raçúlu Llah", cuja Mensagem é a própria Presença de Allah para a criação, pois ele é aquele que manifesta a Deus em Suas Qualidades, de certa forma como um espelho reflete a imagem do que é colocado diante dele, contudo, à diferença do espelho, o Logos não é passivo; ele é, claro, receptivo em relação a Deus, no sentido de se "conformar" totalmente a Deus e de "não afirmar uma existência independente", mas ele é ativo, pois adora, ama e conhece a Deus de maneira total, perfeita e perene.

Nos seres humanos normais, o intelecto é um desdobramento do Intelecto Universal; já nos profetas, embora cada um deles tenha uma alma individual que manifesta em vários graus e modos a perfeição humana, o Intelecto é o próprio Intelecto Universal. Allah diz no Sagrado Alcorão: "Não fazemos distinção entre os Profetas", referindo-se a eles enquanto sendo o próprio Logos. Contudo, Ele também disse: "Elevamos (em posição) uns mais do que outros", referindo-se aí aos graus e modos de perfeição humana que cada um deles manifestou.

Por exemplo, na exegese Sufi Tradicional seiydina 'Issa (nosso senhor Jesus) manifestou o aspecto superior do ser humano, ou seja, sua vocação espiritual para o Amor e Conhecimento de Deus, enquanto seiydina Muhammad (nosso senhor Muhammad) manifestou a totalidade das perfeições humanas possíveis, desde as mais baixas, como por exemplo a de trabalhador e comerciante honesto, passando pelas intermediárias, como as de guerreiro compassívo, pai de família amoroso, governante e juiz justo, até a mais alta, a vocação puramente espiritual e contemplativa para o Amor e o Conhecimento de Deus.

3-Ar Rúhu l Quds, o Espírito Santo

Allah disse no Sagrado Alcorão: "Eis que revelamos (o Alcorão) na Noite do Decreto. O que é a Noite do Decreto? A noite do Decreto é melhor que mil meses. Nela descem os Anjos e o Espírito com a Autorização de seu Senhor para executarem todos os Seus Decretos. Ela é Paz até o romper da Aurora."

Existem no Islam várias afirmações de que todos os Anjos são "espíritos santos". Em árabe e em hebraico, a palavra para anjo é Malak (pl. Malá'ikah), cuja raíz etimológica são as letras Mim, Lam, Kaf. Da mesma raiz, Mulk quer dizer "Reino"; Malakút, "Soberania"; Málik, "Soberano"; Malik, "Rei".

Logo, entende-se que os Anjos são "Potências Celestes", ou seja, Intermediários dos Atos Divinos, daí a existência de uma miríade de Anjos: "Anjo da Morte”, "Anjo que transmite a vida", "Anjo que forma o corpo humano", "Anjo guardião", "Anjo que anota as boas ações", "Anjo que anota as más", etc.

Contudo deve-se entender que todos os Anjos são desdobramentos secundários de um Espírito Supremo, este Espírito é criado diretamente por Allah, contudo sua "substância" é "extraída" do Logos, à semelhança de Eva que é criada por Allah a partir de Adão. A palavra Ruh (Espírito) em árabe, e Roh em hebraico, é feminina. 'Aql (Logos) é uma palavra masculina. Isto é um detalhe muito importante que passa em branco nas traduções da Bíblia e do Alcorão para o latim e para as línguas ocidentais.

O Espírito Santo é o (ou "a") "Intermediário" e "Veículo" de todos os Atos Divinos; ou melhor, ele manifesta a Deus enquanto "Movimento". Quando se diz: "Deus é Ato", está se olhando para Deus manifestado através do Espírito Santo. Se podemos dizer que o Logos é aquele que Intelige a Deus e O reflete para a Criação, o Espírito vem a ser aquele que "Obedece" as Ordens de Deus e as "efetiva".

Façamos uma analogia. Em uma família muçulmana verdadeiramente religiosa, como funcionam as coisas? O homem tem o dever intrínseco de buscar contemplar a Allah, bem como o dever de conhecer muito bem Suas ordens, tal como foram transmitidas pela Revelação; além disso, ele deve ser um "farol" que evidencía e transmite a Verdade para sua familia, especialmente para sua esposa. Ou seja, o marido deve ser uma imagem do Logos, tanto em sua relação com Allah, adorando-O, amando-O e conhecendo-O, quanto em sua relação com a manifestação (no caso, a família), manifestando e "transmitindo" a Presença de Allah para a vida cotidiana.

A mulher, que é tão criatura de Deus quanto o homem, mas que "procede" do homem, deve ser totalmente receptiva às Ordens de Allah, cujo representante para ela é o marido. Neste modelo ideal de casamento, o homem deve obedecer, adorar, amar, conhecer e agradar a Allah. Deve amar, proteger e ensinar sua esposa e filhos; contudo, a sua função quanto à educação dos filhos é a de estabelecer os princípios educacionais.

A mulher deve obedecer, adorar, amar, conhecer e agradar a Allah; contudo, ela deve obedecer, amar e agradar o marido e deve gerar, amar, cuidar, proteger e educar no cotidiano os filhos, a partir dos princípios dados pelo marido.

O profeta disse, dirigindo-se aos filhos: "O Paraíso está sob os pés das mães", e também: "Quando um filho ou filha faz "ufff" para sua mãe, um Anjo o amaldiçoa até que ele se arrependa", mostrando com isso que não há para os filhos como obedecer, amar e agradar a Deus sem o fazer primeiro com as mães. E o profeta também disse: "Ó mulheres! Ainda que vossos maridos crentes estivessem com os corpos cobertos de pús e vocês os limpassem com vossas línguas, a dívida do bem que eles vos fazem não estaria paga, o Paraiso está, para vós, sob os pés deles" “o agrado de vossos maridos é o Meu Agrado”. Existem muitos outros ditos do Profeta sobre este tema.

O que queremos explicar é a Ordem Universal, e não a familiar; contudo, para se entender a Ordem Universal, muitas vezes é útil observar a humana, pois a Shari'a (Lei Revelada), que se dirige ao domínio humano, nada mais é do que a manifestação e aplicação prática da Haqíqah (Verdade Universal).

Se o Logos é a Primeira Inteligência, Suporte (para a criação, não para Allah) da Presença de Allah e Princípio Masculino da existência, o Espírito vem a ser o Primeiro Movimento, Suporte (para a criação) do Ato Divino e Princípio Feminino da existência.

Estas duas Realidades são na verdade uma única Realidade em uma parelha, ou polaridade. Adão e Eva, de uma maneira bem clara, manifestam no nível humano estas realidades.

Antes de tratar em outro texto sobre como esta doutrina se aplica na prática espiritual, gostaríamos de enfatizar que, embora o muçulmano deva ter intensa gratidão e desmedido amor pela "Causa Intermediária Suprema" que é realmente personificada por todos os Profetas e com perfeição por nosso senhor Muhammad, ele (o muçulmano) adora e reconhece Divindade somente em Allah. Por mais que estas Realidades sejam transcendentes, e mesmo inimagináveis, sabemos que elas são criadas por Allah e dependem d'Ele.

A adoração, para o muçulmano, consiste essencialmente em um ato de conhecimento ou reconhecimento: Tudo aquilo que não encontra sua fonte de existência e seu princípio em si mesmo, não é Allah, só Alláh é Al Ghaní (O Absolutamente Independente) e As-Samad (Aquele cuja causa é Ele mesmo), La iláha illa Lláh (Não há divindade senão Allah). A realidade do Logos-Espírito é expressa pelo segundo testemunho de fé do Islam: Muhammadun Raçúlu Lláh (Muhammad é o Mensageiro de Allah).

WaLlahu 'alam (E Deus sabe melhor)
Wal-hamduliLLahi Rabbi l-'Alamín

As fontes para o texto são principalmente Ibn Arabi, Abdu l-Karim al Jilli, São Clemente de Alexandria e Origenes

... as obras de São Clemente e de Orígenes podemos encontrar online em inglês completas, quanto aos autores muçulmanos, eu não aprendi por livros e sim com professores na Argélia. Não se encontra quase nada em linguas ocidentais, e quando se encontra muitas vezes as traduções são de qualidade duvidosa.

Um Shaykh Argelino me disse:

"Mesmo para nós, que dedicamos décadas ao estudo da língua árabe e de toda a tradição Islâmica, o estudo destes dois autores (Ibn Arabi e Al Jili) é dificílimo, e além do mais não se trata jamais de estudo acadêmico, é preciso estudar com alguém que tenha sido legitimamente autorizado a ensinar"."

São Clemente:

http://www.earlychristianwritings.com/clement.html

Orígenes:

http://www.earlychristianwritings.com/origen.html

A doutrina trinitária de S. Clemente, de Orígenes e dos Padres Alexandrinos foi rejeitada depois pela Igreja (Doutrina da Monarquia).

Para mim, pessoalmente, o problema é que os teólogos cristãos não fazem uma distinção entre "Eterno" e "Perene" ou "Sempiterno". Para os grandes teólogos muçulmanos Deus é Eterno e o Logos é Perene ou, segundo a definição evangélica, "Primogênito das criaturas" "através do qual tudo foi feito (por Deus)".

Um (dos muitos) dos fundamentos para a doutrina do Logos no Islam, é este Hadith:

Musannaf Abdur Razaq

"It is narrated by Imam Abdur Razaq from Mua'mar, from Ibn al-Manqadr, from Jabir ibn `Abd Allah who said to the Prophet (Peace Be Upon Him) : "O Messenger of Allah (Peace Be Upon Him), may my father and mother be sacrificed for you, tell me of the first thing Allah created before all things." He (Peace Be Upon Him) said: "O Jabir, the first thing Allah created was the light of your Prophet from His (created) light, and that light remained (lit. "turned") in the midst of His Power for as long as He wished, and there was not, at that "time", a Tablet or a Pen or a Paradise or a Fire or an angel or a heaven or an earth. And when Allah wished to create creation, he divided that Light into four parts and from the first made the Pen, from the second the Tablet, from the third the Throne, [and from the fourth everything else]......."

References
►Musannaf Abdur Razaq, al-Juz al-Mafqud min al-Juz al-Awwal min al-Musannaf Abdur Razaq, Page No. 99, Hadith Number 18

...A Doutrina da Monarquia ou Hierarquia, consiste em dizer que existe uma inferioridade existencial no Filho, ou Logos, em relação a Deus ou o Pai, mesmo a Igreja Ortodoxa não aceita isso, embora todos os Padres Alexandrinos afirmassem.

As duas Igrejas afirmam que embora o Logos proceda de Deus, existe neles uma igualdade existencial intrínseca. Isto nem Padres Alexandrinos (séc. II e III) e nem Sábios muçulmanos podem aceitar pois ambos afirmam uma inferioridade existencial no Logos em relação a Deus.

Segundo me foi explicado por teólogos ortodoxos que eu conheço, a maior diferença teológica entre romanos e ortodoxos, diferença que é uma barreira intransponível, está na própria definição de Deus mesmo.

Para católicos romanos, ortodoxos, assim como para os muçulmanos, Deus é não composto e indivisível, porém para ortodoxos e muçulmanos Ele se manifesta em "Essência e Energias ou Atividades", estas últimas são exatamente o que muçulmanos chamam de "Qualidades e Atos".

Já para católicos romanos Deus é "Actus Purus", ou seja, não existe para eles um "Sujeito Divino" dos Atos ou Atividades que embora seja a Fonte deles, os transcenda completamente.

Para católicos romanos Deus "É" Ato ou Atividade, enquanto que para cristãos ortodoxos e muçulmanos tradicionais, Deus "É"Indefinível em Si Mesmo, e "possui" ou "produz" Qualidades, Atos e Atividades Eternamente.

Para ortodoxos e muçulmanos, Deus em Si Mesmo, o Sujeito Divino, só pode ser descrito com Qualidades Negativas como: "Infinito, Eterno e Incondicionado", descrições estas, que não dizem o que Ele é, e sim o que Ele não é: "finito, temporal e dependente.

Já as Qualidades e Atos, ou Energias como dizem os Ortodoxos, são sempre positivas: "Conhecimento, Vontade, Poder, Amor, Compaixão, Justiça, Ira

Isto está bem explicado no texto na analogia com o sol e os raios do sol.

Sr. Ibrahim Isa AKA Tales de Carvalho, o filho muçulmano do filósofo Olavo de Carvalho
 
Eu gostei dos esclarecimentos prestados nesse artigo, não que eu concorde pessoalmente, mas é interessante. Meu pai gostava muito de estudar Tradição, mas me ensinou uma abordagem um pouco diferente, mais libertária.
No entanto, é bom ver alguem com um interesse mais profundo nas coisas deste mundo (e do outro!).
Talvez alguem gostasse de discutir tambem o que foi chamado de Realismo Fantástico. É mais a minha praia..hehe!
 

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