**=Miyoru=**
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Em um workshop de RPG no começo do ano, eu ouvi sobre um misterioso roteiro que John Boorman (sim, do Excalibur! E Zardoz, com Sean Connery vestido de noiva, e seu mais recente Queen And Country) teria feito para O Senhor dos Anéis. A adaptação era descrita em tons de horror, mencionando que Éomer teria um excesso de intimidade com seu cavalo, que Frodo e Galadriel fariam sexo, que tanto a erva quanto os cogumelos que os hobbits consomem seriam alucinógenos, e o Rei Bruxo teria uma montaria em carne viva e pingando sangue.
Pois, quando lembrei do fórum, me veio à memória esse comentário e fui atrás do material em questão. Aparentemente, enquanto existe bastante alarde sobre o tema, como escreve Janet Croft em seu artigo Three Rings for Hollywood: Scripts for The Lord of the Rings by Zimmerman, Boorman, and Beagle:
"E daí vem a história de terror, certo?... Boorman entregou seu script de 700 páginas...[Os executivos do estúdo disseram que] 'Ele alterou uma série de personagens, e criou personagens novos. Tem uns tênis que ele está tentando venderno meio...Nós não entedemos uma palavra do que o Boorman escreveu. Nunca lemos os livros' (Robinson 4)
Eram apenas 176 páginas, e não tinham tênis em lugar nenhum, mas ler os livros não teria ajudado, porque Boorman tomou uma direção diferente bem cedo em seu tratamento da história."
Também é verdade que as liberdades tomadas por Boorman são bastante interessantes. Abaixo, a cena de um duelo entre Gandalf e Saruman, teoricamente inspirado em duelos de palavras de magos africanos...
Gandalf: Saruman, eu sou a serpente armada para o bote!
Saruman:Eu sou o cajado que esmaga a serpente!
Gandalf: Eu sou o fogo que queima o cajado até as cinzas!
Saruman: Eu sou a pancada d'água que apaga o fogo!
Gandalf: Eu sou o poço que prende a água!
(traduzido daqui)
...que também lembra muito o duelo entre o Mago Merlin e Madame Mim n'A Espada Era A Lei (1964), não?
Por último, para quem fala inglês, eu encontrei um Podcast que lê e discute o script, que atualmente está com a Universidade de Marquette (eu enviei um e-mail pedindo uma cópia para eles, vai que rola alguma coisa). Fora isso, este artigo fala um pouco mais sobre a adaptação do ponto de vista de Pallenberg, que trabalhou com Boorman no roteiro do filme, e para quem tem preguiça, este cara faz um resumo do script em incrementos de 15 minutos.
E aí, o que vocês acham?
Pois, quando lembrei do fórum, me veio à memória esse comentário e fui atrás do material em questão. Aparentemente, enquanto existe bastante alarde sobre o tema, como escreve Janet Croft em seu artigo Three Rings for Hollywood: Scripts for The Lord of the Rings by Zimmerman, Boorman, and Beagle:
"E daí vem a história de terror, certo?... Boorman entregou seu script de 700 páginas...[Os executivos do estúdo disseram que] 'Ele alterou uma série de personagens, e criou personagens novos. Tem uns tênis que ele está tentando venderno meio...Nós não entedemos uma palavra do que o Boorman escreveu. Nunca lemos os livros' (Robinson 4)
Eram apenas 176 páginas, e não tinham tênis em lugar nenhum, mas ler os livros não teria ajudado, porque Boorman tomou uma direção diferente bem cedo em seu tratamento da história."
Também é verdade que as liberdades tomadas por Boorman são bastante interessantes. Abaixo, a cena de um duelo entre Gandalf e Saruman, teoricamente inspirado em duelos de palavras de magos africanos...
Gandalf: Saruman, eu sou a serpente armada para o bote!
Saruman:Eu sou o cajado que esmaga a serpente!
Gandalf: Eu sou o fogo que queima o cajado até as cinzas!
Saruman: Eu sou a pancada d'água que apaga o fogo!
Gandalf: Eu sou o poço que prende a água!
(traduzido daqui)
...que também lembra muito o duelo entre o Mago Merlin e Madame Mim n'A Espada Era A Lei (1964), não?
Por último, para quem fala inglês, eu encontrei um Podcast que lê e discute o script, que atualmente está com a Universidade de Marquette (eu enviei um e-mail pedindo uma cópia para eles, vai que rola alguma coisa). Fora isso, este artigo fala um pouco mais sobre a adaptação do ponto de vista de Pallenberg, que trabalhou com Boorman no roteiro do filme, e para quem tem preguiça, este cara faz um resumo do script em incrementos de 15 minutos.
E aí, o que vocês acham?