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O Heroísmo do Cotidiano

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<img src="images/stories/personalidades/ives.jpg" alt="ives.jpg" style="border: 0px solid #000000; margin: 5px; float: left; width: 194px; height: 227px" title="ives.jpg" width="194" height="227" />De todas as sagas que engalanam a Literatura Universal, cujo argumento central seja a <b>luta c&oacute;smica entre o Bem e o Mal</b>, nenhuma delas parece colocar t&atilde;o de relevo que o segredo da vit&oacute;ria esteja na <b>humildade</b> quanto &ldquo;<i>O Senhor dos An&eacute;is</i>&rdquo; de J. R. R. Tolkien. Entre todos aqueles personagens que se envolvem na <b>Guerra dos An&eacute;is</b>, dois grandes her&oacute;is se destacam notoriamente: <i>Frodo-dos-Nove-Dedos</i> e seu fiel companheiro, <i>Sam Gamgee</i>, dois simples <i>hobbits </i>do Condado, as <b>criaturas racionais mais pequenas e indefesas</b> da epop&eacute;ia tolkieniana.
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&nbsp;Quem poderia esperar, ao ler a obra-prima de Tolkien, que, para enfrentar os perigos mais terr&iacute;veis e apavorantes na <b>&aacute;rdua miss&atilde;o de salvar a Terra M&eacute;dia</b> do dom&iacute;nio do <i>Senhor das Trevas</i>, o grande estrategista da Guerra dos An&eacute;is, <i>Gandalf</i>, confiaria a esses dois pacatos <i>hobbits</i>, o <b>papel mais destacado e fundamental</b>? Que qualidades o Mago Cinzento teria visto nesse <b>povo mi&uacute;do</b>, que passava praticamente despercebido entre os povos e reinos da Terra M&eacute;dia, capaz de nele depositar a <b>&uacute;ltima esperan&ccedil;a</b> de vit&oacute;ria sobre as for&ccedil;as poderosas e pavorosas vindas de Mordor?
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Sinceramente, algumas coisas me deixaram um pouco pensativo depois dessa leitura...

O Texto é muito bom, mas tenta levar o leitor com uma série de argumentos um tanto quanto discutíveis.

A temática sobre a hipótese da queda de Galadriel à tentação da vaidade, não me pareceu muito própria de analogia com o fato da provocação exercida por um decote feminino, sem correr o risco de parecer levantar bandeiras em favor do feminismo ou qualquer outro 'ismo' mas no final das contas, uma presunção não pode ser utilizada como argumento sem provocar críticas.

Também não me agrada a visão dicotomica que esse trecho impõe:

Ou seja, o verdadeiro heroísmo a nós acessível é o das coisas pequenascumprir a própria missão no mundo, grande ou aparentemente pequena que seja. Há duas mentalidades pelas quais podemos encarar o mundo:

a) parque de diversões – como se entrássemos na existência com a perspectiva de nos divertirmos nos vários brinquedos que o parque oferece – hobbies, trabalho encarado como pedestal para aparecer e triunfar, família composta por bibelôs que nos satisfazem – até que termine o tempo que poderíamos desfrutar das diversões que oferecia;

b) missão – estamos no mundo para alguma coisa além da pura satisfação dos instintos: realizar-se através do serviço aos demais, de descobrir a felicidade de fazer felizes os que estão ao nosso redor – familiares, amigos, colegas, vizinhos.


Isso soa tão maniqueísta que parece resumir algo tão complexo com o sentido da existência em um caminho bifurcado. Será que a jornada deve residir pura e simplesmente na escolha entre um ou outro caminho ?

Bem, em suma, o texto fala com muita propriedade sobre humildade (e concordo sobre sua importância e consideração, aliás muito bem colocada a observância ao amor-próprio. Entendo que assim como a humildade conduz para uma moderação do amor-próprio esse deve servir como moderador para que a humildade não se transforme em inferiorização do eu ) mas para mim a humildade não é subjulgada à servidão ou submissão.

O autor fez uma série, ótima por sinal, de ilustrações quanto a importância de uma conduta de vida ditada pela entrega e pelo desapego, esses valores sem dúvida não andam em voga, e sem dúvidas são mais que nunca requisitados numa sociedade que como o autor mesmo coloca é
tão violenta e materialista, tão pouco solidária.

É meu ponto de vista sobre o ótimo texto de Ives Gandra da Silva Martins Filho, e de maneira nenhuma tenho como objetivo com esse post contradizer o teor geral do autor, que por sinal é um dos meus preferidos no site Valinor.

Desculpas, pelo texto mal formatado e mal digitado..







 
Última edição:
Que qualidades o Mago Cinzento teria visto nesse povo miúdo, que passava praticamente despercebido entre os povos e reinos da Terra Média, capaz de nele depositar a última esperança de vitória sobre as forças poderosas vindas de Mordor?

Bem, Gandalf percebeu que o Um Anel demorou a se "apossar" de Bilbo, daí notou que os Hobbits tinham uma determinada força interior que os permitia portar o Anel de Poder por mais tempo que os demais e principalmente quando Gandalf volta e diz para Frodo que o Anel nao poderia ficar no Condado ele viu a determinação de Frodo. E no Conselho de Elrond todos concordaram, inclusive Elrond, em Frodo levar o Anel ate a Montanha da Perdição, pois ele já o trouxera até Valfenda, ou seja, fez algo memorável que nenhum dos que ali estavam provavelmente conseguiria fazer!

(realmente eu não li tudo)
 
Última edição:
eu achei o texto muito bem escrito mas não gostei muito
até parece texto de auto-ajuda

Explique melhor. No que exatamente parece texto de auto-ajuda?

Eu achei que o artigo toca em temas delicados e usa boas analogias, como a de Galadriel. Sem dúvida um artigo forte para incitar a formação do pensamento. Ou pelo menos inquietar.
 
Um dos mais belos textos já vistos no Fórum Valinor!
De arrepiar de tão singelo, verdadeiro e tocante.
Gosto muito de artigos que ligam nosso cotidiano e nossa vida pessoal à obras tão épicas.
Na verdade, as obras de Tolkien, apesar de estarem ligadas ao mundo da fantasia, são as mais "humanas" possíveis e creio que é aí que mora o fascínio existente e sem limites, tanto para fãs antgos como para os novos.
Me deixou arrepiada a parte em que vc disse que Bilbo foi o único dentre os portadores do Um Anel que conseguiu libertar-se dele por livre e espontânea vontade. Nunca parei para pensar nisso.
Ives, parabéns!
 
Explique melhor. No que exatamente parece texto de auto-ajuda?

Eu achei que o artigo toca em temas delicados e usa boas analogias, como a de Galadriel. Sem dúvida um artigo forte para incitar a formação do pensamento. Ou pelo menos inquietar.


o texto tem como objetivo principal valorizar as pequenas coisas no nosso quotidiano e mostrar que cada um é capaz de fazer algo grande não se importando se você é bonito ou feio,fraco ou forte
isso é comum nas obras de Tolkien,como por exemplo o fato de Sam,um hobbit,ter feito o que fez
eu considero isto algo semelhante com auto-ajuda,não que eu não goste de auto-ajuda mas é que eu hoje considero algo vago
sei que esse tipo de texto inspira muita gente,até eu já fui,não tem como não se inspirar com o heroísmo de Sam mas o fato é que isso pra mim agora é apenas uma estória bonita assim como o texto acima é apenas um texto muito bem escrito
com certeza que este tipo de texto pode dar origem a algum pensamento ou acorda-lo
 
Mais um excelente texto :clap:

Comentando alguns comentários:

Também não me agrada a visão dicotomica que esse trecho impõe:
Ou seja, o verdadeiro heroísmo a nós acessível é o das coisas pequenascumprir a própria missão no mundo, grande ou aparentemente pequena que seja. Há duas mentalidades pelas quais podemos encarar o mundo:

a) parque de diversões – como se entrássemos na existência com a perspectiva de nos divertirmos nos vários brinquedos que o parque oferece – hobbies, trabalho encarado como pedestal para aparecer e triunfar, família composta por bibelôs que nos satisfazem – até que termine o tempo que poderíamos desfrutar das diversões que oferecia;

b) missão – estamos no mundo para alguma coisa além da pura satisfação dos instintos: realizar-se através do serviço aos demais, de descobrir a felicidade de fazer felizes os que estão ao nosso redor – familiares, amigos, colegas, vizinhos.


Isso soa tão maniqueísta que parece resumir algo tão complexo com o sentido da existência em um caminho bifurcado. Será que a jornada deve residir pura e simplesmente na escolha entre um ou outro caminho ?
Vejo a dicotomia como dois extremos, mas não como dois únicos caminhos. Não há uma bifurcação simples, mas uma gama de escolhas tendendo mais para uma ou para a outra. Entendo que o equilíbrio entre o egoísmo e a caridade, o edonismo e a abstinência, o parque e a missão seria o caminho, mas o equilíbrio é diferente para cada um.

Pensando sobre a própria humildade, temos certeza que é impossível seguir o caminho da perfeição. Cientes da nossa mediocridade o desafio é ser feliz, apesar das falhas, e não se resignar, apesar das nossas incapacidades e imperfeições.

eu achei o texto muito bem escrito mas não gostei muito
até parece texto de auto-ajuda
Sempre que nos propusermos a falar de valores morais corremos o risco de soar como material de auto-ajuda, mas nem por isso vamos deixá-los de lado, não é verdade?
 
Mais um excelente texto :clap:

Comentando alguns comentários:
Vejo a dicotomia como dois extremos, mas não como dois únicos caminhos. Não há uma bifurcação simples, mas uma gama de escolhas tendendo mais para uma ou para a outra. Entendo que o equilíbrio entre o egoísmo e a caridade, o edonismo e a abstinência, o parque e a missão seria o caminho, mas o equilíbrio é diferente para cada um.

Pensando sobre a própria humildade, temos certeza que é impossível seguir o caminho da perfeição. Cientes da nossa mediocridade o desafio é ser feliz, apesar das falhas, e não se resignar, apesar das nossas incapacidades e imperfeições.


Sempre que nos propusermos a falar de valores morais corremos o risco de soar como material de auto-ajuda, mas nem por isso vamos deixá-los de lado, não é verdade?

Perfeito cara, até repensei o que escrevi a partir desse seu comentário, obrigado por ter a preocupação de 'comentar comentários', olhar a preposição sobre os caminhos, mas sem a obrigatoriedade em segui-los é mais adequado, percebo agora.

Agora, em relação a humilde, acredito que ainda não é o ponto ao qual me refiro, para mim humildade não se assemelha a 'ter ciência da mediocridade' pode parecer confuso e até é admito, mas essa idéia ainda soa muito ligada ao fato de penitência, ou submissão...

Outra coisa muito bem dita, sempre que se toca no assunto 'valor moral' pode ocorrer de estarmos indo para um tópico meio 'auto-ajuda', mas além de concordar com o fato de que discutir esses valores é mais do que necessário, acho que o artigo foi um pouco além, ele quase ditou esses valores, transpondo-os em ações.

mais uma vez, obrigado pelos diálogos !
 

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