• Caro Visitante, por que não gastar alguns segundos e criar uma Conta no Fórum Valinor? Desta forma, além de não ver este aviso novamente, poderá participar de nossa comunidade, inserir suas opiniões e sugestões, fazendo parte deste que é um maiores Fóruns de Discussão do Brasil! Aproveite e cadastre-se já!

O Grande Hotel Budapeste (The Grand Budapest Hotel, 2014)

Nota:


  • Total de votantes
    10

Hugo

Hail to the Thief
Diretor: Wes Anderson

Elenco: Ralph Fiennes, Jude Law, Tilda Swinton, F. Murray Abraham, Harvey Keitel, Mathieu Amalric, Saoirse Ronan, Bill Murray, Owen Wilson, Edward Norton, Jeff Goldblum, Adrien Brody, Jason Schwartzman, Bob Balaban, Tom Wilkinson e Willem Dafoe

Sinopse: O filme conta a história de um lendário concierge em um famoso hotel na Europa entre as duas grandes guerras, e sua amizade com um jovem empregado que se torna seu protegido. A trama envolve o roubo e a recuperação de uma pintura renascentista inestimável, a batalha por uma fortuna de família e as lentas e então súbitas mudanças que atingiram a Europa durante a primeira metade do século 20. (Omelete)

Estréia: 03/07/2014 (Brasil)

Incrível como o Anderson consegue se superar a cada filme, tirando o LIFE AQUATIC que tenho pouca simpatia, todos os outros filmes dele até agora são geniais. A peculiaridade das histórias e o carinho com seus personagens sempre estão presente nos longas, assim como as grandes interpretações de todo o elenco. O Dafoe rouba todas as cenas e a Swinton completamente irreconhecível. Melhor do ano so far ...


grandbudapesthotel_1.jpg


 
meu favorito do ano por enquanto também. já comentei algo sobre ele lá no censo, mas tem um negócio que eu não deixei de pensar desde que vi no fim que o filme é baseado nos escritos de stefan zweig: alguém já leu a carta de suicídio do autor? segue assim:

Antes de deixar a vida por vontade própria e livre, com minha mente lúcida, imponho-me última obrigação; dar um carinhoso agradecimento a este maravilhoso país que é o Brasil, que me propiciou, a mim e a meu trabalho, tão gentil e hospitaleira guarida. A cada dia aprendi a amar este país mais e mais e em parte alguma poderia eu reconstruir minha vida, agora que o mundo de minha língua está perdido e o meu lar espiritual, a Europa, autodestruído. Depois de 60 anos são necessárias forças incomuns para começar tudo de novo. Aquelas que possuo foram exauridas nestes longos anos de desamparadas peregrinações. Assim, em boa hora e conduta ereta, achei melhor concluir uma vida na qual o labor intelectual foi a mais pura alegria e a liberdade pessoal o mais precioso bem sobre a Terra. Saúdo todos os meus amigos. Que lhes seja dado ver a aurora desta longa noite.

Eu, demasiadamente impaciente, vou-me antes.

Stefan Zweig

eu sei que a personagem que representaria o zweig seria a interpretada pelo jude law (inclusive ele menciona uma viagem à américa do sul lá no final, o que bate com o fato de zweig ter vivido seus últimos anos no brasil), mas tem algo no m. gustave (que personagem! :grinlove: ) que me fez pensar bastante nessa relação da desilusão de zweig por um mundo que com as guerras não mais existia (ele se matou durante a segunda guerra, em 42 e, vale lembrar, era judeu), desilusão tão grande que o fez simplesmente optar por se matar, e de como m. gustave representava justamente esse mundo. a pessoa civilizada, tolerante num mundo cada vez mais intolerante.

eu normalmente não gosto de rever filmes, mas no caso de grande hotel budapeste fiquei morrendo de vontade pouco tempo depois de ter assistido. :yep:
 
tirando o LIFE AQUATIC
poxa, o primeiro que vi, e um dos meus favoritos :'(

btw, nesse parece realmente que ele conseguiu se superar, em cada detalhe, ainda sendo ele mesmo :amor:

adorei as mudanças de resolução para as diferentes épocas, a maioria em 4:3, e a trilha sonora!
 
Última edição:
MR. MOUSTAFA: There are still faint glimmers of civilization left in this barbaric slaughterhouse that was once known as humanity. He was one of them.

YOUNG WRITER: Forgive me for asking. I hope I haven't upset you.
MR. MOUSTAFA: No, of course not.
YOUNG WRITER: Is it simply your last connection to that vanished world - his world, if you will?
MR. MOUSTAFA: His world? No, I don't think so. You see, we shared a vocation. It wouldn't have been necessary. No. The hotel I keep for Agatha. We were happy here. For a little while.
To be frank, I think his world had vanished long before he ever entered it. But I will say... He certainly sustained the illusion with a marvelous grace.
 
Adorei esse vídeo de antes do Oscar em que o pessoal do rogerebert.com explica porque escolheriam a trilha de Budapeste como a melhor:

Acompanha um texto:
Awarding contributors to a movie really ought to be a matter of the artist whose work the film would seem incomplete without. Take Eiko Ishioka’s costumes out of “Bram Stoker’s Dracula”, or Roger Deakins’ cinematography away from “The Assassination of Jesse James By The Coward Robert Ford”, and the films’ very DNA would be corrupted. Similarly, I dare you to imagine “The Grand Budapest Hotel” withoutAlexandre Desplat’s score. Is there any film this year for which the music felt like a character, a sort of happy-golucky Greek chorus serving up ironic counterpoint or fluid underlining to Anderson’s zany wartime escapades. Alexandre Desplat works on every other film these days (he’s also up for his pretty but comparatively bloodless work on “The Imitation Game”) so it’s always important to remember why he’s the most popular working composer. When he can fill in the gaps in a cinematic world, helping our brains form a picture of not just what’s going on in every character’s mind but also conjuring up the towns, people and animals we don’t see just through his choice of instrument, he’s earned his keep and then some.

Desplat’s score practically does backflips through the margins and onto the page. He scores to footsteps (what they used to call Mickey Mousing), he adapts his leitmotifs for every setting, and he’s unafraid of huge quotients of portent and whimsy. Far Flung Correspondent Olivia Collette and I agreed that there this score is a one-of-a-kind entity and created this essay to help explain why, when February 22nd has come and gone, this score will outlast the competition. It makes “The Grand Budapest Hotel” more joyous, silly, rapturous and tragic, but at bottom, it simply makes the film.
Fonte
 

Valinor 2023

Total arrecadado
R$2.434,79
Termina em:
Back
Topo