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O Funk Carioca Atual é Funk pra Você?

funk é musica?

  • sim

    Votos: 30 28,3%
  • não

    Votos: 76 71,7%

  • Total de votantes
    106
Re: Funk é música?

O funk é bem mais antigo que isso. Acho que as origens são mais para o final dos anos 60 e ele se consolidou nos anos 70.

Isso aí, o funk surgiu em meados dos anos 60. Foi uma mistura de R&B, Soul e Jazz, que apesar de citarem o James Brown como o precursor, ele mesmo já disse que a banda The Upsetters, com o Little Richard, originou o estilo.
 
Re: Funk é música?

Segundo o Aurelhoso

s.f. Arte de combinar os sons. / Teoria dessa arte. / Realização prática dessa arte.

Levando ao pé da letra, é música sim.
O problema é que não agrada a todos, assim como Uakiti que usa um monte de sucata e coisas loucas para tirar sons e fazer música.
Se é apenas uma batida repetida, não importa, ela impõem ritmo e tem compasso, então é música, e ainda digo mais é cultura, apesar de ser na minha opinião uma cultura que não quero passar para a minha prole.
 
Re: Funk é música?

Isso já foi explicado lá na frente: a intenção inicial do zorba ao criar o tópico era perguntar se "o funk carioca atual é funk pra você?"; não no sentido de teoria musical.

Acontece que ele se expressou mal inicialmente e não tinha mais como alterar o título do tópico.

Atendendo a pedidos pra evitar interpretações totalmente ao pé-da-letra título do tópico devidamente editado :joy:
 
Não, não é pra mim. Quando ouço um carro passando com funk alto eu sinto uma tristeza no coração tão grande que dá vontade de sumir do mundo :grinlove:
Fico pensando como deve ser o resto da vida da pessoa, como ela cresceu, o que ela fala, lê, com quem ela conversa... e COMO , COMO gosta de um barulho desses?????
James Brown deve chorar de tristeza aonde quer que ele esteja :lol:
 
Gente, acho que essa é uma explicação muito recorrente mas...

são duas coisas distintas, com o mesmo nome! Simples assim.

A relação entre os dois estilos é etimológica:Os bailes da Furacão e afins dos 70's tinham a intenção de trazer a música negra anglófona para o morro. Rolava certa parada "black power", de identidade. Entre esses estilos, estava a funk music, então as festas ficaram conhecidas como "bailes funk". Mas esses eventos começaram a produzir uma música com característica própria, baseada não na música negra dos 60's, mas no Miami Bass, que é uma subvertente do rap. E esse estilo também ficou conhecido como "funk", ou a música que vem dos bailes funk.

Agora, o fato de existirem dois estilos com o mesmo nome legitima um em detrimento do outro? Não. Por mais que cause essas confusões e até extrapolações aberrantes de juízo de valor sobre um processo histórico que nem existiu dessa forma, não dá para dizer que um dos dois estilos seja o "dono" do nome, sequer pelo argumento da idade. Essas coisas não funcionam assim.
 
Pois é, são estilos distintos. O Songpop, por exemplo, até tem as duas playlists: Funk Carioca e Funk. Até onde joguei, essas playlists não compartilham uma música sequer.

Agora, quanto ao Funk Carioca ser música ou não: independente da qualidade do dito Funk Carioca e do gosto musical de cada pessoa, é claro que é música, como vários neste tópico já falaram.

O tópico mudou de título, mas continua tendo uma proposta bizarra, a meu ver. Se antes dava margem a pessoas dizerem que um gênero não é música na opinião delas só por não as agradar, agora a pergunta me parece equivalente a algo como "o pop atual é heavy metal para você?" XD
 
Romário: Como o samba, funk incomoda porque é música de preto e da favela
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"Criminalizar o funk é criminalizar a indústria da cultura", diz Romário Imagem: UOL

Para o senador Romário, o funk carioca dá visibilidade a uma realidade brasileira que todos preferem fingir que não existe. E, segundo ele, o preconceito contra o funk tem a mesma raiz do preconceito que o samba já sofreu. A opinião do ex-jogador de futebol sobre o funk é relevante: ele foi escolhido para ser o relator de uma ideia legislativa que pretende criminalizar o gênero musical.

Em entrevista por e-mail ao UOL, Romário lembrou que o artigo 5º da Constituição Federal garante o direito de livre manifestação de pensamento e afirmou que "uma lei como essa não tem a menor chance de prosperar". "Não há como defender isso", disse.
No texto descritivo da ideia, seu autor, o empresário paulista Marcelo Alonso, escreve: "São somente [o funk] um recrutamento organizado nas redes sociais por e para atender criminosos, estupradores e pedófilos a prática de crime contra a criança e o adolescente, venda e consumo de álcool e drogas, agenciamento, orgia, exploração sexual, estupro e sexo grupal" (sic).

Qualquer pessoa pode sugerir uma ideia de lei no site do Senado e, caso consiga reunir mais de 20 mil assinaturas em até quatro meses, um senador é designado para relatá-la. Caso a proposta seja considerada constituicional, pode até virar lei.

Mesmo contra a proposta, Romário quer promover um debate sobre liberdade de expressão no Senado. "Temos a oportunidade de falar sobre cultura, educação, democracia e preconceito. Não acho que seja viável se proibir qualquer estilo musical, especialmente o funk, que é na verdade um movimento das favelas, da periferia".
Para isso, ele deverá convocar para falar no Senado artistas como Anitta, MC Marcinho, Cidinho e Doca, MC Koringa, MC Bob Rum, Valesca Popozuda, Bochecha e Tati Quebra Barraco.
Veja os principais trechos da entrevista com Romário

UOL - A ideia legislativa para criminalizar é inconstitucional?
Romário -
O art. 5º da Constituição Federal garante o direito de livre manifestação do pensamento. Não há como defender isso.

Qual é a importância de debater uma ideia como esta no Senado, com a presença de artistas famosos, como Anitta?

Acho que esse debate é bastante válido, porque temos a oportunidade de falar sobre cultura, educação, democracia e preconceito. Não acho que seja viável se proibir qualquer estilo musical, especialmente o funk, que é na verdade um movimento das favelas, da periferia.

Na sua opinião, qual é a importância do funk para a cultura brasileira?

A música nos une enquanto comunidade, nos faz ter a sensação de pertencer a um grupo e dá voz aos seus anseios, problemas, realidade, sexualidade.

Por que o funk ainda é tão discriminado no Brasil a ponto de alguém querer proibi-lo?

O funk dá visibilidade a uma realidade que todos preferem fingir que não existe, que é a realidade da criminalidade e violência das favelas.

Você gosta de ouvir funk?
Meu ritmo predileto é o hip-hop. Ouço desde que morava na Holanda. Depois veio o crescimento do rap e do funk no Brasil e logo aderi também. É um ritmo dançante, uma batida inigualável.

A proposta de criminalizar o funk é preconceito?

Não há dúvidas sobre isso. O movimento de preconceito contra o funk tem a mesma raiz do preconceito que o samba já sofreu, ambos são música de preto, nasceu nas favelas e ganhou o mundo. Isso incomoda.

Ao criminalizar o funk, muitas pessoas irão perder o emprego?

Criminalizar o funk é criminalizar a indústria da cultura, a indústria criativa. Com certeza geraria desemprego e jogaria muitas pessoas na marginalidade.
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Apesar de chegar ao ponto de mandar votar uma lei ser uma maneira pouco poética de trazer para a discussão a presença, apologia e incitação ao crime na arte mesmo que seja um projeto destinado a ser recusado é uma oportunidade para as pessoas pensarem no que andam seguindo e financiando. As vezes a única forma que resta de começar a prestar atenção em um problema social é colocar nas câmaras políticas para se discutir. A arte que vem da guerra também pode ser só guerra em certas ocasiões (vide Sun Tzu - A Arte da Guerra). Seja qual for a mídia, revista, livro, game, filme, etc... Se a vontade de quem produz a arte é a de tratar a audiência de forma agressiva como inimiga a ser destruída não fará diferença o governo dizer que há liberdade ou não, porque quem fez a primeira escolha não foi nem o governo nem o consumidor. Quem escolheu desde o início foram os empreendedores das iniciativas dos projetos musicais que já estão disponíveis nas ruas.

Tais projetos entram na vida das pessoas pelos canais audio visuais de vendas e marketing de sempre (pode ser na internet ou um carro tunado na rua "promovendo" o gosto musical do motorista) e o consumidor precisa de um campo justo e honrado para decidir se compra a ideia e se vai dançar conforme a música do interesse de quem a fez ou não.

Todavia nos ambientes inseguros das periferias o princípio da liberdade é raro e até a arte pode se associar a propaganda de guerra, como os cantos de batalha de tribos, ela mesma tiranizando a pessoa que está fraca por se encontrar em ambiente perigoso e monopolizado pelo crime. Nela haverá o medo de ser excluída socialmente por não ouvir o "batidão/pancadão". Como a periferia é um lugar tradicionalmente de pouco espaço vital, de invasões de fronteira pessoal e de burlar leis e direitos é preciso interpretar e agir diante do que é transmitido e produzido nessas zonas.

Porque porque há o elemento da competição desleal no espaço público e a corrupção nos acordos comerciais que o governo deve fiscalizar. O estilo ou arte em si, apesar de ter sim um poder na mensagem (porque mensagens ruins criam pessoas ruins) é secundário quando não há respeito básico pelas pessoa.

No youtube alguns músicos do estilo já andam mais atentos mas o compromisso ainda é numericamente muito baixo. Por essas coisas que começou a aparecer na política.

Infelizmente, a qualidade do espaço público nacional é ruim (os políticos presumem que condições básicas de respeito mútuo estão sempre presentes) também e numa dessas podemos chegar a ter que proibir em certas zonas não porque o estilo deva ser proibido mas porque na área pode não haver qualquer consciência social. Igual naqueles filmes franceses de ficção de zonas excluídas.
 
Última edição:
Aquelas ideias reacionárias que surgem de vez em quando na cabeça vazia de alguns. Não gosto do estilo musical, mas proibir é burrice. Além do óbvio, ser puro elitismo.
 

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