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Notícias O estranho caso de uma campanha bacana, a favor dos livros, que incomoda

Como assim é proibido? O que é proibido. Não assisto essa novela.

Segundo Elizabeth Cavaliere, psicóloga clínica, sim! “Existem vários graus de autismo e, no caso da novela, parece que Linda não foi tratada pelos pais da forma correta e, portanto, não conseguiu desenvolver seu lado cognitivo. Se ela tiver um autismo secundário, mais leve, poderia sim se relacionar com um homem”, comenta.
No entanto, ainda segundo a profissional, isso só seria possível após o tratamento adequado. “Ela não poderia, claro, ter relações sexuais em seu estado atual. Não sabemos a resposta dela a um tratamento e só depois disso saberíamos o grau da doença. Se ela se casasse agora, seria uma viagem do autor (Walcyr Carrasco)”, opina.

E, por falar em casamento, a união de Linda e Rafael seria inviável caso a personagem fosse, de fato, considerada incapaz, o que dependeria do grau de autismo da jovem. “Ela não pode celebrar negócio jurídico, ou seja, não pode casar, se for considerada incapaz, pois isso significaria que a doença mental retirou seu total discernimento”, afirma a advogada Danielle Perazzi.

De acordo com a analista judiciário Luciana Simões, o caso de Rafael poderia ser enquadrado como abuso de incapaz, que, segundo o Código Penal, tem pena de reclusão de 2 a 6 anos. “Como se trata de um crime afiançável, o juiz concederia liberdade provisória com fiança, caso não estejam presentes os requisitos da prisão preventiva previstos no artigo 312 do Código de Processo Penal (risco à aplicação da lei penal, garantia da ordem pública e etc.)”, explica.

Fonte: http://br.tv.yahoo.com/blogs/folhet...por-beijar-linda-saiba-opinião-042727927.html
 
@Morfindel Werwulf Rúnarmo Eu também não entendi essa história aí, bizarra, de ser "proibido por lei". Como assim uma pessoa é proibida de namorar só por ter algum grau de deficiência??? A não ser que ela seja menor de idade... aí, sim, faria algum sentido.

EDIT: acabei de ver o post do Bruce Torres.

É bom esclarecer que não é porque é autista que é incapaz de pensar. Tem que frisar bem o que foi escrito ali no texto: depende do grau de autismo e do parecer médico!
 
Aranel, é complicado, né? É que fica ~entendido~ que a parte sem deficiência pode abusar da que tem. Complicadíssimo isso aí.
 
Se não me engano pessoas com síndrome de Down também não podem casar. Me corrijam se eu estiver errado.
 
Pode sim, Bruce. A Síndrome de Down não torna ninguém incapaz de entender o que é casamento. Eles estudam e trabalham normalmente. Eles tem mais dificuldades cognitivas, mas não tem incapacidade.

Aliás, eu ACHO que a única deficiência realmente incapacitante seria aquela ligada ao retardamento mental: ou seja, a pessoa não desenvolveu a inteligência ao ponto de poder ser considerada adulta e ter sua independência e suas responsabilidades.
Eu tenho 2 primos, com os quais tenho pouco contato, que tem uma deficiência de retardo que os impede de entender como o mundo funciona, mesmo eles não tendo nada fisicamente visível.
Já uma prima de 2º grau tinha um leve atraso mental (de 2 ou 3 anos) durante o desenvolvimento... porém nada a impediu de, digamos assim, chegar à "maioridade mental", ainda que um pouco depois das pessoas de sua idade. Hoje ela é casada e com filhos. E trabalha.
Então, tudo depende do grau de dano que a 'doença' causou mesmo.
 
@Morfindel Werwulf Rúnarmo não entendo muito a respeito do que diz a legislação, (alooou, @Eriadan beijo) mas a minha opinião a respeito dessa personagem é que ela é mágica. O autismo tem inúmeras características e os primeiros estudos datam a década de 40, ou seja, tem muita coisa aí que nem sabemos as causas.

A Linda pode ser considerada uma autista bem comprometida, que começou a terapia já adulta, então é muito comprometida (perdeu muito tempo na infância e adolescência). E terapia, entenda-se por: correr na esteira e ter um namorado. O indicado: fisioterapia, fonoaudiologia, pedagogia, psicologia e tudo mais o que se conseguir. Essa evolução não existe, não tem como. Sugeriram ao longo da novela, que a evolução foi por causa do amor do namorado, e isso soa como uma piada pra mim, que tenho a Laura (minha irmã de seis anos) que é autista.

É possível evoluir sim, minha irmã está sendo alfabetizada aos poucos, tem amigos na escolinha e está cada vez mais sociável. Mas eu e minha mãe nos esforçamos demais, buscando as melhores alternativas pra ela.

Morfs: Na vida real, dificilmente esse namoro existiria, porque essa evolução pirotécnica só aconteceria (e eu não dou certeza que aconteceria) se a Linda fosse muito estimulada desde cedo.

Tudo bem, mas eu não tava entendendo o que tava sendo proibido por lei. Aí no post do Bruce fala que seria considerado abuso de incapaz. Era isso que não tinha entendido. O que a lei proíbe? Eu não assisto a novela nem conheço os personagens.
 
A discussão aqui tem a ver com a do Diário. Transcrevendo a lei:

Estupro de vulnerável

Art. 217-A. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14 (catorze) anos:

Pena - reclusão, de 8 (oito) a 15 (quinze) anos.

§ 1º Incorre na mesma pena quem pratica as ações descritas no caput com alguém que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência.
O Código Penal iguala à condição de vulnerável qualquer indivíduo que não possua o discernimento necessário ou a capacidade de oferecer resistência. Não há nada que fale que a pessoa autista se enquadra, necessariamente, nessa definição. Existem vários níveis de autismo e tal... (né, @Liv?)

No caso da personagem, dependeria da análise mesmo. Acho que, se desse em processo, as melhores provas não seriam nem periciais, mas testemunhais: através do depoimento das pessoas próximas, o juiz teria uma dimensão do nível de discernimento da "vítima" para avaliar se ela tem capacidade para consentimento ou não.
 
Última edição:
Sim, @Eriadan , existem vários níveis. Basicamente o autismo afeta a comunicação, socialização e comportamento. O discernimento fica comprometido também. E isso eu vejo muito bem na minha irmã, e morro de medo. Ela confunde ficção com realidade e isso é apavorante... espero que eu consiga lidar com isso.
 
[2]

Pra quem não tem hábito, uma leitura ruim pode ser a porta para leituras boas. E mesmo que só seja literatura ruim, desenvolve raciocínio e escrita. :yep:

E sim, desenvolve, por mais que não se acredite. Saindo do universo do fórum, em que a maioria lê coisas fodásticas e tem um ótimo desenvolvimento, vamos aos que não tiveram a chance que tivemos de nos desenvolver ou aos que não tiveram meios de aproveitar o pouco que tiveram. Esses se desenvolvem a partir do que achamos "pouco", "ruim",sim. Vejo na prática esse desenvolvimento ;)

Estava lendo a coluna do Danilo Venticinque na Época e aí lembrei desse tópico, mais precisamente deste post. Qualquer leitura é melhor do que nenhuma, concordo. Mas com um adendo: quando a literatura não é seu ganha-pão. Por que estou dizendo isso?

fadinha.JPG

Comparem os 10 livros que marcaram a vida da Vanessa e os que marcaram a vida da Carolina. Aí pensa na diferença da escrita delas. Então se você é só, sei lá, um dentista, biólogo, arquiteto, vendedor, despachante whatever também acho que qualquer leitura já faça uma diferença enorme. Porque ajuda a "fixar" estruturas gramaticais e regras ortográficas, além de melhorar o vocabulário. Só que, como escritor, você precisa dominar não só no conhecimento de regras da língua portuguesa, você precisa também começar a conhecer métodos diferentes de narrativa, abrir o leque de opções, saber que quando você escolhe um narrador em primeira pessoa não é porque você só lê YA, mas porque naquela história era o tipo de narrador que melhor se encaixaria. Por isso acho que se você não vai além como leitor, nunca deixará de ser um escritor medíocre.
 
Minha opinião PESSOAL é que o ideal é uma mescla dos 2: ou seja, é preciso ler de TUDO.
Eu mesma não consigo enumerar uma lista de 10 que mais me marcaram. Tipo, SÓ 10. Mas com certeza estariam na lista tanto SdA e Shakspeare quanto HP e JV, quanto também livros meio desconhecidos da maioria dos leitores ávidos, tanto os que lêem "só clássicos" quanto os que lêem "só YA" (falando de forma generalizada. Por favor, reparem nas aspas).

Hoje mesmo estava conversando sobre isso com a minha mãe e, definitivamente, isso veio da família dela. Eu tenho pouco deles e não conheço a maioria, mas ela sempre fala como meu avô adorava ler, como quando criança ela ia para a casa dos tios e primos e era sempre repleto de livros. De HQs e livros infantis, a grandes clássicos, livros de medicina, enciclopédias... enfim... cai na nossa mão, é lucro.... kkkkkkkkkkk.... Tem até autores publicados e não publicados na família.
Já da família do meu pai, tem pouca referência literária e quando lêem são só best sellers comerciais (e, no entanto, muitos tem o nariz empinado na direção da lua).
 

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