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O ensino literário nas escolas é sério?

Bons escritores, como Machado de Assis que teve dificuldades...

Jane Austen que foi educada em casa, Agatha Christie que é um clássico da literatura policial também foi educada em casa, Charles Dickens um clássico inglês equivalente a Graciliano Ramos estudou até a 4ª série, José de Alencar que abandonou a vida acadêmica e dedicou-se a literatura de vez, Graciliano Ramos que praticamente ignorou a vida acadêmica e também dedicou-se a literatura.


Agora vamos a literatura pipoca: John Grisham estudou, e escreve sendo advogado... Ele passou no vestibular; Dan Brown também estudou e é casado com uma pintora, é considerado um lixo pela crítica. Sidney Sheldon apenas largou o início da faculdade e dedicou-se a roteiros cinematográficos e coisas do gênerto também pela crítica, Paulo Coelho... idem.

E agora, no vestibular eles fazem perguntas sobre esses autores de literatura pipoca? Não, eles não fazem.


O que é esse ensino de literatura?

Esse ensino literário é sério?
 
Você deu muitos exemplos de escritores que não foram educados na escola, mas poderia dar ainda mais exemplos de outros autores que foram. Aliás, a maior parte dos que cita são do século XIX, primeira metade do século XX, e nessa altura o ensino em casa era bastante comum, principalmente em classes menos favorecidas.

Acho que isso não influencia em nada, apenas a qualidade do escritor importa. O ensino literário nas escolas, em geral, é bem feito, agora só se preocupa é quem quer...
 
o livro que eu agora ando a ler é o "memorial do convento" de Saramago.Neste livro o autor quebra todas as regras da escrita e faz o que quer com um texto que ao princípio nem tem nada de especial mas que nos acaba por cativar. O que eu acho de interessante é que ensinam coisas macábras nas escolas, regras e mais regras e vem um senhor que quebra todas as regras e além de criar uma verdadeira obra prima, ganha um prémio Nobel.
Fantástico, adorável, só resta saber o que é que afinal podemos considerar como um verdadeiro conceito artístico...ou será que este não existe, assim a literatura perde todos os limites, o que por um lado é bom mas que por outro pode faze-la perder atributos...o que é que vocês acham??? Ah e da dá que pensar, o que è que eu ando a fazer nas aulas de Português???:mrgreen: :mrgreen: Ai ai este ensino...:think: :think: :think: :cerva:
 
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Portugas... Digam-me... Vocês aprendem os autores brazucas também?
Nós aprendemos os portugueses :D

Quanto ao ensino literário, vale lembrar que hoje em dia, o acesso à faculdade é bem mais amplo, como disse o 10°
Com certeza isso pesa na formação dos autores :D

Já leu Jane Austen? Impressionante... São poucos aqui que a conhecem XD
 
Você deu muitos exemplos de escritores que não foram educados na escola, mas poderia dar ainda mais exemplos de outros autores que foram. Aliás, a maior parte dos que cita são do século XIX, primeira metade do século XX, e nessa altura o ensino em casa era bastante comum, principalmente em classes menos favorecidas.

Acho que isso não influencia em nada, apenas a qualidade do escritor importa. O ensino literário nas escolas, em geral, é bem feito, agora só se preocupa é quem quer...


De qualquer forma, os autores dessa época eram melhores que Dan Brown, Grisham, Sidney Sheldon e Paulo Coelho. E, em geral, autores tão bons quanto esses antigos, você pode ver que são relacionados a um conceito de originalidade, em outras palavras, quebraram algumas regras que aprenderam na escola.
 
E, em geral, autores tão bons quanto esses antigos, você pode ver que são relacionados a um conceito de originalidade, em outras palavras, quebraram algumas regras que aprenderam na escola.

Mas para quebrar as regras, eles primeiramente devem conhecê-las e compreendê-las, senão não é uma transgressão "pensada" e sim um erro, oras.
Eu gosto do ensino de Literatura da minha escola, embora ache meio idiota só aprendermos autores brasileiros ou portugueses. Mas é tudo pelo vestibular, etc.
 
No geral, o ensino nas escolas é serio. Tão sério que os professores afugentam possíveis futuros escritores que mal aprenderam a conjugar o verbo. É sacanagem fazer o coitado do aluno interpretar um texto de Machado de Assis! Hoje em dia, talvez tenham mudado a forma de ensino para melhor.
 
Você deu muitos exemplos de escritores que não foram educados na escola, mas poderia dar ainda mais exemplos de outros autores que foram. Aliás, a maior parte dos que cita são do século XIX, primeira metade do século XX, e nessa altura o ensino em casa era bastante comum, principalmente em classes menos favorecidas.

Acho que isso não influencia em nada, apenas a qualidade do escritor importa. O ensino literário nas escolas, em geral, é bem feito, agora só se preocupa é quem quer...

Mas para quebrar as regras, eles primeiramente devem conhecê-las e compreendê-las, senão não é uma transgressão "pensada" e sim um erro, oras.
Eu gosto do ensino de Literatura da minha escola, embora ache meio idiota só aprendermos autores brasileiros ou portugueses. Mas é tudo pelo vestibular, etc.


Pois bem, então quer dizer que o ensino de literatura nas escolas é tão bom assim pelo motivo de ter mostrado as regras para mudá-las? Isso você chama de um ensino sério?

Também podemos ler Paulo Coelho apenas para falar mal dele, mas nem por isso Paulo Coelho é boa literatura.
 
Lucas, volto a insistir, há tantos autores bons que não andaram em escola como aqueles que andaram, talvez menos até, derivado do facto de que hoje em dia poucas pessoas não frequentam o ensino regulamentar. A escola não ensina regras a ninguém que tornem a escrita desse futuro escritor padronizada, típica ou má, tudo depende da pessoa que escreve. Você continua insistindo em Dan Brown e outros (que não têm nada a ver entre si, em termos de escrita), mas existem centenas de bons autores, excelentes, que andaram em escola. Aliás, o próprio Dan Brown é um exemplo de alguém que não segue padrões de escrita normais, muito pelo contrário, é por outras razões que é criticado, então, você está sendo incoerente no que diz.

A sua ideia não está correcta, a meu ver.

Portugas... Digam-me... Vocês aprendem os autores brazucas também?
Nós aprendemos os portugueses

Não, não aprendemos. :razz: Pelo menos tanto quanto sei. Acredito que em curso de letras eles devem falar disso, mas como sou de Ciências, tenho a disciplina base, e só falamos de autores portugueses, tirando um ou outro estrangeiro que a gente leia por opção.
 
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Eu acho o ensino de Literatura uma bosta. Tudo fede. Machado é importante? É. É o único importante? Não. Então porquê diabos cobram Machado no vestibular? Por que estamos arraigados a uma crença de que "devemos voltar ao passado para aprender no presente e mudar no futuro", além da grande maioria dos atuais escritores brasileiros serem... lixo. IMO.

Eu queria enfiar os livros de Machado de Assis em partes do corpo da minha professora de Literatura que não vou dizer quais, em respeito aos usuários do fórum e à própria dita cuja. Vou passar 3 anos do Ensino Médio lendo escritores que revolucionaram na época e escreveram bons textos (são bons textos, apesar de eu não gostar deles) porquê hoje o escritor brasileiro de maior vendagem (até onde me consta) é Paulo Coelho. Tenha dó. Que merda é essa, Paulo Coelho?! Mas onde está o próprio Saramago no vestibular, com Ensaio sobre a Cegueira e muitos outros? E Dostoiévisk com seus Irmãos Karmázovi & Cia? (Eu sei que eles não são brasileiros, etc.) O que me dá raiva é viver num sisteminha banal, de um país banal, que trata Machado e José de Alencar como sua menina dos olhos literários porquê o resto é tão ruim, mas tão ruim, que se eu visse na rua xingava (mas os membros da ABL não são tão bons assim não, nem vem).

Eu quero mais é ver o ensino literário das escolas radicalizado. Eu quero é pensar, e não babar ovo dos Imortais.

Gostei do tópico.
O comentário acima são sobre minha vivência do assunto. Claro que em outras escolas pode ser (e tomara que seja, pelo amor de Deus) melhor.
 
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Eu tenho sorte.
A minha professora de Literatura começou, graças ao material novo, a enfocar mais o movivmento literário que os autores que dele fizeram parte...
Como o movimento tem muito mais a ver com História (matéria que eu amo de paixão) que com a Literatura propriamente dita, eu consigo aprender muito mais...
Tanto que (eu sei que nota não mede nada... mas, para terem uma idéia...) eu passei de 7,5 para 9,5 em Literatura sem fazer nada de diferente, apenas vinculando a Literatura com a História...
Os autores são instrumentos que nos permitem conhecer a sociedade de anos atrás...
O que seria do nosso conhecimento do Humanismo se Gil Vicente não tivesse descrito em suas obras as alcoviteiras e padres e fidalgos? O que saberíamos da Revolução Francesa e seus ideais e conseqüências se alguém nao tivesse escrito?

Acho válido saber quem escreveu o que apenas por isso.. Para reconhecer a sua importância hostórica...
Se fez ou não um texto bom, bem... Diga-me o que é um texto bom?
 
O que seria do nosso conhecimento do Humanismo se Gil Vicente não tivesse descrito em suas obras as alcoviteiras e padres e fidalgos?

Agora fiquei curioso - não sabia que ensinavam Gil Vicente aí. De que forma é que abordam o autor? Comentam as personagens tipo, ironia e sarcasmo, caracterização da sociedade da época, etc? Que livros vocês lêem dele (Auto da Barca do Inferno, talvez?)

Mas de qualquer maneira, seria possível conhecer a sociedade da Idade Média a partir de muitas outras fontes, se bem que Gil Vicente ajuda a compreender, sim.
 
Faço Letras, e sou testemunha de que há muito elitismo ao redor da literatura. Machado de Assis, Drummond, Clarice Lispector, Guimarães Rosa, e uma média dúzia são glorificados eternamente pelos maiores críticos literários, vide Alfredo Bosi, Antônio Cândido. Dá pra pensar que esse elitismo se dá justamente pela falta de uma literatura brasileira melhor (principalmente nos tempos atuais, convenhamos), mas ater-se ao passado e virar os olhos para a produção atual, mesmo que pouca e de qualidade não tão elevada, não me parece ser a melhor maneira de passar o 'gosto' literário para outras gerações. Isso parece apenas criar leitores críticos mais acomodados com o hoje, e voltados para o ontem.

Comentam as personagens tipo, ironia e sarcasmo, caracterização da sociedade da época, etc? Que livros vocês lêem dele (Auto da Barca do Inferno, talvez?)

É bem por aí. Já li o Auto da Barca do Inferno, é excelente. A gente aprende muito Camões, Eça de Queirós, Fernando Pessoa.
 
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Agora fiquei curioso - não sabia que ensinavam Gil Vicente aí. De que forma é que abordam o autor? Comentam as personagens tipo, ironia e sarcasmo, caracterização da sociedade da época, etc? Que livros vocês lêem dele (Auto da Barca do Inferno, talvez?)

Eu fiz um teatro sobre o Auto da Barca do Inferno no 1º colegial. Como figurante mas fiz. :smile:

E comentam sim (pelo menos minha professora comentou) sobre o que cada personagem mostra na sociedade portuguesa da época, as crenças, etc. etc.

A gente aprende bastante sobre literatura de Portugal (Eça de Queiroz, Camões, Gil Vicente, etc.)

PS: Porque repetiu o post Feanari? Flooder. :smile:
 
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Olha, eu só quero deixar BEM claro; que idéia que eu colequei aí acima é de que a escola forma autores ruins e exige a leitura de autores bons.
 
Eu fiz um teatro sobre o Auto da Barca do Inferno no 1º colegial. Como figurante mas fiz. :smile:

E comentam sim (pelo menos minha professora comentou) sobre o que cada personagem mostra na sociedade portuguesa da época, as crenças, etc. etc.

A gente aprende bastante sobre literatura de Portugal (Eça de Queiroz, Camões, Gil Vicente, etc.)

PS: Porque repetiu o post Feanari? Flooder. :smile:
Eu fui o Diabo o/
aheauehauheuahea

E 10º, metade das nossas aulas de Literatura é Litereatura Portuguesa...
Gil Vicente, Fernão de Magalhães, Camões, Bocage... :D

Meu pc está tão lerdo (de burro mesmo...) que quando eu fui ver as respostas ao tópico, o meu post não apareceu... Aí achei que não tinha ido... Já apaguei :D
 
Acho que devíamos estudar apenas os melhores na escola. Independente de sua origem. Isso de estudar brasileiros e português apenas por causa da identidade cultural e linguística é ridículo. Se brasileiros quiserem ser estudados nas escolas, que se destaquem para isso.
Reserva de mercado leva apenas à mediocridade. Eu particulamente acho o Machado fantástico. Acho o Rosa sensacional. A Clarice também é excelente. E pra mim pára por aí.

Meu sonho é um dia ver os adolescentes do ensino médio estudando Crime e Castigo para o vestibular. Quando isso acontecer terei a certeza de que o ensino de literatura no Brasil está melhorando.
 
Concordo com o Jedan. Isso é uma coisa que não tinha pensado, nem falado. A escola tem que formar os estudantes com o melhor, quer seja ele nacional ou não, mas muitas vezes negligencia isso, usando material brasileiro ou português por causa da, como ele falou, identidade cultural.
 
Claro que, como o Jedan falou, tem alguns autores da língua portuguesa bons e que não se pode esquecer.
Mas eu acho que virou vício já.
Quase ninguém pensa que pode achar novos e bons autores para os alunos.
Vão seguindo o que os outros estavam fazendo anteriormente e pronto.
 
Sei não. Faz tempo que eu sai da escola, mas que eu me lembre lá só nos passavam autores brasileiros/portugueses. E não acho ruim. Podem chamar de ufanismo, mas há de se levar a língua pátria a frente. Temo por essa idéia de começar a incluir autores estrangeiros. Sei que existem muitos autores bons em língua não portuguesa. Mas como no Brasil o pessoal tem mania de achar que só por que é importado é melhor isso acaba por levar aum esquecimento dos autores nacionais.
Eu por "obrigação" devia ler autores nacionais. Por lazer li o que me dava na telha. O que tinha de melhor na biblioteca. Ai sim eu considero que deva haver um critério diferente. E muito cuidado. Visto que é o governo que aparelha as bibliotecas do país. E ele está gastando muito dinheiro com isso. Resta saber o que está sendo colocado lá dentro.
 

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