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O dicurso de um paraninfo da UFPR

Mas o Cantona falou em "o ensino como prática que gere autonomia" e "posse da técnica", ou seja, o caráter técnico e científico, e não dos exemplos como algo que dê benção as elites.

Ainda assim, a simples citação dos exemplos deixa clara uma intenção polarizante. O domínio almejado não deve servir de justificativa para posar de "ser superior" - vide que a reescrita da História pelos vencedores geralmente exclui/remove/deturpa os feitos técnico-científicos dos vencidos.

Agora, pra que raios ele me cita Lennon-McCartney? Ok, bons compositores, mas péssimos músicos. Gilberto Gil pode não ser um compositor de qualidade permanente, mas ele é um ótimo músico. E eu sou fã de Beatles, mas não de Gil. Weird, huh? Técnica por técnica, a Tropicália vence os Quatro Garotos de Liverpool. :lol:
 
Para um homem que prega o esquecimento do passado, pois é uma perda de tempo ler e debater sobre acontecimentos de um ontem não tão distante, já que devemos voltar os olhos unicamente para o futuro, é contraditório o uso dessa argumentação tão antiga (...)

O texto não prega nenhum "esquecimento do passado" ou "olhar unicamente para o futuro". Ele contrapõe "investir no futuro" com "não investir, e voltar no tempo tentando reescrever a história" (que é a situação atual segundo ele), e não "investir o futuro" com "refletir sobre o passado". Foi um comentário um tanto quanto deslocado, apenas para tocar em assunto polêmico, mas não vejo aí nenhum "ode ao não-estudo do passado".

Mesmo se esse “ode” existisse (o que seria uma postura bem absurda da parte dele), não seria contraditório da parte dele usar "argumentos antigos" - mesmo para alguém que só "olha para o futuro", esses argumentos não estariam proibidos só por serem antigos. É como dizer que alguém que, por exemplo, em seu trabalho ou para fazer uma reflexão em matemática ou física, acaba usando o teorema de Pitágoras, estaria preocupado com o passado porque usa um teorema de mais de dois mil anos...

(...) que tem na desqualificação do outro a justificativa para o seu domínio. Sim, domínio, pois apesar de toda pregação de ensino como prática que gere autonomia, pela posse da técnica, o discurso dá a benção às elites ilustradas que vivem e revivem "o fardo do homem branco" (frase que faz alusão não só a etnia) e sua imensa bondade de luz guia aos caminhos da ordem e do progresso. Se outrora o diferente, o inferior, andava nu e batia tambor no culto aos seus deuses, hoje, o diferente, o inferior, não sabe quem é Beethoven, mas canta "Aí, se eu te pego"; não lê Shakespeare, mas conhece cada verso de "O Homem na Estrada", do Mano Brown. E a contradição não reside apenas nos termos nada inéditos de civilização e barbárie - que, digo e reforço, foi - e continua sendo - a justificativa moral que fez a Europa e os Senhores do Norte dormirem em paz enquanto "salvavam" para si mesmos o mundo dos selvagens -ainda que a tiros de canhão.

Emitir um juízo de valor no campo da moral, do conhecimento e da estética não é de jeito nenhum justificar um domínio indivíduo ou comunidade de um perante o outro. Pode ser que outros se aproveitem desse discurso para fazê-lo, mas uma coisa não implica na outra necessariamente. Pode-se achar sim que uma comunidade desenvolveu valores morais, epistemológicos e estéticos preferíveis (e por que não dizer "superiores") em sentido objetivo, sem achar que essa comunidade tem que sair por aí dominando as outras... O fato de não sair por aí dominando, aliás, seria um indício de sua superioridade moral. Nesse sentido o juízo do professor tem certa analogia com os antigos juízos feitos pelos europeus em relação aos indígenas, mas a analogia acaba no juízo em si, não quer dizer que o professor está pregando um comportamento análogo aos que os europeus tiveram. Mesmo porque o que é comparado pelo professor não é um outro povo, são pessoas de um mesmo povo e muita vezes de mesma classe social.

A contradição aparece, também, na hipocrisia dessa suposta preocupação em se universalizar a "alta cultura". Afinal, no íntimo daqueles que se julgam a "elite intelectual", não há interesse na popularização de Beethoven ou Shakespeare ou seja lá que outro refinamento. Isso seria o fim, seria o nivelamento cultural com a raia miúda. Essa massa sem méritos que não soube assimilar os valores de sua civilização e curte funk ostentação.

Não vejo como saber se o professor ou qualquer outro, enquanto elogia e defende à apreciação e o estudo de Shakespeare, Beethoven, etc etc, deseja "no seu íntimo" que esse conhecimento fique restrito à uma classe, com intenção de manter-se em uma elite. Só tendo telepatia pra saber... Como esse seria um desejo ruim moralmente, prefiro por um voto natural de confiança acreditar que não.

Em tempo, a educação que busca criticidade também se constrói com o domínio da técnica. Educar é um processo de "hominização" e, nesse processo, o senso crítico que questiona a ordem vigente é um de seus pilares. E realmente ela é ideológica, mas não no sentido pejorativo com o qual se pretende desqualificá-la. Aos que insistem, fica a pergunta: Também não está imbuída de ideologia a "educação" que concede a técnica e reforça o status quo?

Não vejo "criticar a ordem vigente" como um dos pilares da educação. Não que não se deva refletir sobre a ordem vigente, mas deve-se refletir sobre os mais variados fenômenos naturais, históricos, psicológicos, econômicos, não vejo como refletir especificamente sobre a ordem vigente seja uma reflexão especial a ponto de ser considerada um pilar da educação. Nesse sentido, a educação está aí nem para reforçar e nem para mudar o chamado "status quo".
 
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@Pearl, o @Bruce Torres e @Grimnir postaram o que seria minha justificativa.

Parti do seguinte ponto: o professor, que se preocupa com uma educação que gere autonomia através do conhecimento e da posse da técnica, termina por negá-la ao crer em civilização e cultura superiores. Sim, pois ao defender tal ideia, concebe-se a oposta: a barbárie e inferioridade cultural. Assim os primeiros, aqueles que formam a elite ilustrada, justificam, pela hierarquia cultural, os destinos a serem seguidos pelos segundos, reforçando o domínio, não o combatendo. Os exemplos no decorrer do texto, a meu ver, só reforçam essa concepção. Que não é inédita, pois durante séculos - com seu grande expoente no pós- Revoluções Burguesas e Industriais - o Ocidente utilizou de semelhantes argumentos objetivos e subjetivos (estes de extrema importância, tanto para a justificativa opressora - que sempre se fez com palavreados de liberdade - quanto para movimentos de levante dos oprimidos. Edward Said, em Cultura e Imperialismo, logo nas primeiras páginas já dá o tom de como a literatura trabalhou tanto para um lado como para o outro) para salvar o mundo à si mesmo. A grosso modo, pelas palavras do professor, quem ouve Mozart e lê Shakespeare pode exercer seu imperialismo intelectual sobre nós, ouvintes de Zeca Pagodinho e leitores do jornal Agora.

O que já serve, em parte, como resposta às colocações do @Haran Alkarin. Complemento: Quando disse que o professor prega um não-olhar para o passado, o fiz por suas colocações acerca do Golpe de 64 e sua opinião sobre a importância da comissão da verdade. Porém, também levei em consideração sua afirmação de cultura superior. Em ambos os casos há o mesmo princípio, não de um "não-olhar", mas o que é igualmente ruim, o de um olhar positivista e eurocentrista para o ontem. Por exemplo: a negação da leitura de nossa história recente pela voz de quem foi pro pau-de-arara, vestida como justificativa a capa ESCROTA e BOLSONARISTA que vê nos movimentos dos torturados e parentes de mortos e desaparecidos meros desejos revanchistas. É uma postura que reforça a concepção da História escrita pelos donos da vida. E da mesma fonte nasce a cegueira do professor em relação a historicidade existente em Gilberto Gil e Caetano Veloso - o que, consequentemente, termina por negar a presença dos inúmeros elementos culturais de assimilação, sincretismo e resistência empregados contra a bela cultura civilizatória que se quis empurrar goela abaixo. Dessa forma, e tendo em mente que a memória é um palco de disputa política, econômica e social, ao fazer a opção pela História do Poder, pelo olhar eurocêntrico, acaba-se por não considerar como sujeitos históricos os "vencidos". Por extensão, e voltando ao início, como não são sujeitos ativos, seus destinos podem muito bem ser comandado pelo leitor de Adam Smith, fã - fã, não, que essa palavra não é ilustrada - apreciador de Schubert.

E não há interesse na popularização - inclusive historicamente: por parte da elite intelectual, que vê no nivelamento cultural o término das relações verticais.

Mais: o que considero sensacional e me faz manter a fé na humanidade: nem há interesse na raia miúda: Mano Brown é muito mais poeta do que Shakespeare. (1).

Pra finalizar, a ordem vigente é composta pelos elementos que você bem citou, @Haran Alkarin . Questioná-la é refletir diretamente sobre eles, não simplesmente aceitar eventos de cunho cultural como natural, como o status quo geralmente propagandeia.

(1) Apenas para deixar claro algumas ponderações que fiz:
- não tenho nada contra Shakespeare, música clássica e mesmo leitores de Adam Smith - tudo foi dito para exemplificar minha visão contrária a hierarquia cultural;
- minha fé na humanidade não está no fato de que o povo prefira um em detrimento do outro, mas na insubmissão contida no ato.
- não sou contrário à ciência e à técnica - minha posição é contrária ao uso indiscriminado e irrefletido, que termina por mecanizar inclusive as relações.

É um filme antigo e creio que muitos viram, mas vou postá-lo. Levanta algumas questões sobre Ciência e Técnica que valem a pena:

 
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Rodrigo Constantino, aquele que acha que shoppings representam uma civilização superior né? :tsc: (vide discussão sobre os rolezinhos)

Como disse mais ou menos o Grimnir, o discurso mistura coisas razoáveis com bobagens, é cheio de contradições, falsas dicotomias e relações forçadas (non sequitur?) e o professor parece meio inocente às vezes. Por exemplo quando diz que "[O método científico] é superior a todas as outras formas de conhecimento já gerados pela humanidade." ou que "Existem culturas superiores", não pergunta superior em quê? para quê? segundo quem? Engraçado como essas preocupações são sempre dos que se acham superiores.

Se for na dominação da natureza como ele parece deixar subentendido, quem disse que as outras formas de conhecimento ou culturas querem "dominar" a natureza? O método científico nos previne contra forças da natureza? Que o diga Fukushima... Vejo isso como uma crença inocente e perigosa na técnica, apesar de ele negar ser tecnicista.

Acho que as comparações não fazem nem sentido. Ele estaria querendo comparar coisas muito diferentes. Ele assume também que existe uma "cultura ocidental". Quem faz parte dessa cultura? O Brasil (qual Brasil)? Ele? Na parte das dicotomias fabricadas: Que oposição é essa entre olhar para o futuro e reescrever o passado? Futebol e ciência? Marx e Smith? Por que essas coisas se excluem?

No mais, as críticas à qualidade da educação, saúde e política são válidas.
 
Depois volto e comento com mais calma, mas o texto é um lixo, um amontoado de besteiras, preconceitos, mentiras. Os maiores cânceres do mundo moderno estão aí expressos de forma mais dogmática que no Credo de Niceia: cientificismo, evolucionismo, individualismo, ocidentalismo globalista, empiricismo, enfim, um festival de masturbação, de auto-felação.
 
Bom, li o tópico todo e não tenho o que dizer, o @jorge e o @Cantona resumiram meus pontos. Claro que eu creio sim na hierarquia dos valores e na superioridade de certas culturas como o Bostantino e esse professor, mas meus critérios são totalmente opostos, os que todos já sabem: civilizações fortemente hierarquizadas de forma sacral, valores tradicionais, calcadas no valor do rito e na tradição religiosa ortodoxa de seus povos e na sua tradição esotérica primordial, a saber, civilizações pautadas pelo sagrado, pelo transcendente, pela espiritualidade viril e solar do Imperium.

As críticas sobre os valores burgueses, tecnocratas e eurocentristas (eurocentrista no sentido mais decadente do termo) foram feitas com excelência pelo Cantona.
 
Dartora acabou de postar no facebook:

César Augusto Dartora disse:
Noto hoje, inclusive entre amigos que postam textos aqui, uma verdadeira ojeriza à palavra "direita" no sentido político, significando "direita" como tudo aquilo que há de ruim, e a "esquerda" como monopolista de todas as virtudes essenciais que podem nos tornar bons seres humanos, como se de fato houvesse em nosso país um ramo de direita defensora dos verdadeiros ideais liberais e de alguns valores conservadores úteis. No Brasil só há pensamento de esquerda, que muito bem soube utilizar o rótulo de direitista(que tornou-se ofensivo) a velhos oligarcas do poder com os quais, agora anda de braços dados (vide collor, sarney, lula e maluf). No entanto quero ressaltar que o sentido clássico de direita e esquerda está na concepção de maior ou menor intervenção do estado na economia e na vida das pessoas. Aqueles que se definem como defensores da liberação das drogas, tão na moda para o moderninho e o politicamente correto, estão na verdade aderindo a ideais liberais, no sentido estrito de que o estado não deve intervir nas vontades individuais, e marcando uma posição historicamente de direita liberal. Ademais, o embate de ideias e ideais ditos de direita e esquerda, ou até mesmo em um espectro mais difuso do que esses dois pólos, até que se chegue a um consenso entre o que é bom para o indivíduo e também para a sociedade como ente coletivo está no âmago do conceito de democracia. Seria deveras salutar que houvesse no Brasil uma representatividade mais à direita de fato, na forma de partidos. Deveriam haver partidos de direita, mas não há. Somente temos um espectro que vai da centro-esquerda (PSDB talvez) para a esquerda (PT) e extrema esquerda (PSOL, PCB e afins). Como podemos construir um debate político sadio para o país com esse espectro? Isso se acreditarmos que há realmente embate de ideias e não apenas fisiologismo na política atual. Digo também que no Brasil há uma tendência totalitária, no sentido de dar apoio a governos ditatoriais vizinhos como Venezuela e Cuba, nas tentativas de amordaçar a imprensa e o livre pensar na internet, sob leis enfeitadas de boas intenções, no pensamento politicamente correto... Há uma corrente que se diz tolerante, mas não tolera opiniões e visões diferentes ( e às vezes nem contrárias) de mundo. Os regimes comunistas/socialistas se baseiam na existência de um líder que detêm o monopólio das virtudes, das verdades morais, e julga conhecer quais são as vontades e necessidades das pessoas, e para criar uma sociedade de iguais, gera efetivamente uma ditadura, sem liberdades individuais e de pensamento, onde a dissidência deve ser exterminada. Digam-me colegas ferrenhos defensores do socialismo: o que restou da união soviética, quais foram os avanços tecnológicos importantes que geraram? E note-se que o império soviético foi tão ou mais rico de recursos naturais do que o ocidente capitalista. Mas mesmo que tenha havido algum progresso material, o que eu duvido um pouco, às custas de quantas mortes? Os regimes socialistas e comunistas mataram mais do que o nazismo. Só Stalin assassinou mais de 60 milhões, entre dissidentes políticos e em campos de trabalhos forçados. Mandou para a Sibéria gente do quilate de Lev Landau, apenas por achar o gênio pensante um perigo... Pensem meus amigos. Nossa democracia ainda é sólida, mas dizer que não corre riscos, é um exagero e um flerte com o perigo, ainda mais permitindo a existência de partidos comunistas, que deveriam ser banidos pelos mesmos e corretos motivos que proíbem a existência de partidos nazistas...

Só não concordo com a parte de banir partidos.
 
quais foram os avanços tecnológicos importantes que geraram?

Bem, os soviéticos fizeram tudo antes que os americanos na corrida espacial. primeira nave a ir ao espaço (Sputnik), primeiro ser vivo no espaço (Laika), primeiro homem no espaço (Yuri Gagarin), primeira mulher no espaço (Valentina Tereshkova), primeiro ser humano a caminhar no espaço (não lembro quem foi). Os americanos foram os primeiros a mandar o homem a Lua.

Os regimes socialistas e comunistas mataram mais do que o nazismo. Só Stalin assassinou mais de 60 milhões, entre dissidentes políticos e em campos de trabalhos forçados.

Ninguem discorda que Stalin assassinou muita gente, mas 60 milhões? Eu vejo as pessoas dando números tao alarmantes mas nunca vejo fontes. não estou justificando nenhuma morte, mas fazer sensacionalismo pra ganhar discussão na internet tira a moral de quem mente pra isso.
 
Sem contar que ao dizer "Mas mesmo que tenha havido algum progresso material, o que eu duvido um pouco, às custas de quantas mortes?" ele parece ignorar as "n" intervenções norte-americanas, o outro extremo que dizia lutar pela democracia, em territórios alheios, indo de golpes de estado a conflitos diretos. Então, para a manutenção do "mundo livre", isso foi às custas de quantas mortes mesmo?

BTW, Lev Landau nunca foi mandado pra Sibéria. Preso sim, por comparar Stalin a Hitler durante a II Guerra Mundial (!), mas isso durou um ano e ele ganhou condecorações posteriores do próprio Stalin. Desnecessário dizer que eu também abomino o regime stalinista, holodomor, etc.
 
Eu leio esses posts e parece que tô lendo um olavete recruta botando ovos no facebook.

Tem todos os esteréotipos mais toscos do conservador burguês: a ignorância do que seja a história da Rússia e da URSS e seu óbvio desenvolvimento militar e científico durante o comunismo, o coitadismo direitista, análises políticas e sociais totalmente rasas e presas a esquematismos aprendidos em ualgum vídeo do True Outspeak, a comparação de Stalin com Hitler, moralismo, moralismo, sangramento moralista e aquela defesa pobre da democracia naquilo que ela tem de mais rasteiro e inferior, como aliás, a defesa das conquistas técnico-científicas como a pica de ouro das galáxias do mundo ocidental.

Chorável.

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Dartora acabou de postar no facebook:



Só não concordo com a parte de banir partidos.

Tirando o discurso olavista contra o comunista, achei excelente a mensagem dele. Em especial:

Noto hoje, inclusive entre amigos que postam textos aqui, uma verdadeira ojeriza à palavra "direita" no sentido político, significando "direita" como tudo aquilo que há de ruim, e a "esquerda" como monopolista de todas as virtudes essenciais que podem nos tornar bons seres humanos, como se de fato houvesse em nosso país um ramo de direita defensora dos verdadeiros ideais liberais e de alguns valores conservadores úteis.

Isso é fato. Teve um outro tópico aí em que postaram um artigo de uma autora de esquerda ("Escreve, Lola, escreve", acho eu, era o nome do blog dela) em que ele falava que essa guerra cultural a esquerda ganhou. E acho que é por aí mesmo. É praticamente impossível começar um debate sem ouvir idiotices como "coxinha". A própria reação do Constantino (cada vez mais idiota) de falar "esquerda caviar" foi uma resposta profundamente infeliz e infantil. Desagregou totalmente.

queles que se definem como defensores da liberação das drogas, tão na moda para o moderninho e o politicamente correto, estão na verdade aderindo a ideais liberais, no sentido estrito de que o estado não deve intervir nas vontades individuais, e marcando uma posição historicamente de direita liberal.

Hm, polêmico. Depende do que o sujeito fala. Se ele acha que temos o direito de fumar maconha, mas que o Estado sabe a quantidade e preço certos, então não tem nada de direita nesse pensamento. Estilo Uruguai.
 
Eu concordo demais com a visão do debate político que ele colocou, apesar de descordar da "ideia classica" de direita e esquerda.

Uma vez um revoltado do meu facebook perguntou pra mim "afinal para que serve a direita?", minha resposta foi rápida e clara, para que exista democracia. Pode ate parecer que não, mas debate político é importante, oposição é importante e não vejo isso hoje no país,. A oposição ta tão capenga que a situação ta começando a brigar entre si.
 
Eu concordo demais com a visão do debate político que ele colocou, apesar de descordar da "ideia classica" de direita e esquerda.

Uma vez um revoltado do meu facebook perguntou pra mim "afinal para que serve a direita?", minha resposta foi rápida e clara, para que exista democracia. Pode ate parecer que não, mas debate político é importante, oposição é importante e não vejo isso hoje no país,. A oposição ta tão capenga que a situação ta começando a brigar entre si.

Falta debate político, sim. E talvez a falta seja pelo fato como você bem disse "oposição capenga" e sem um discurso ou projeto que se contraponha ao governo trabalhista (nível federal) e convença de fato o eleitor a mudar . Esperar o que de um Aécio e seu fantasioso choque de gestão (Governou Minas por 08 anos e apresentou algo inovador?) ou a "nova política" proposta por Eduardo Campos/Marina com os mesmos estratagemas e conchavos da "velha política". Enfim, a democracia necessita de debates e de uma oposição mais atuante politicamente com propostas plausíveis para que a situação/governo não se acomode e busque alternativas viáveis para governar o país. Vejo mais discurso de ódio (oposição) e pouco produtivo do que propostas sérias e projetos em que o cidadão possa confiar.
 

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