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O Deserto dos Tártaros (Dino Buzzati)

Lucas_Deschain

Biblionauta
[align=center][size=medium]O Deserto dos Tártaros (Dino Buzzati)[/size][/align]

[align=justify]Ao alcançar o posto de tenente, o jovem Giovanni Drogo é designado para o Forte Bastiani, o que crês ser a primeira etapa de uma carreira gloriosa. A má impressão que tem ao chegar ao isolado forte o abala. A espera pelo inimigo, que justifica a permanência do comando militar na região, transforma-se na espera por uma razão de viver, na renúncia da juventude e na mistura de fantasia e realidade. Militares apáticos vêem aos poucos seus sonhos serem minados numa rotina angustiante e alimentam a ilusão ou o temor de que um dia a batalha de suas vidas aconteça, quando os inimigos finalmente surgirem do deserto. [/align]

Fonte: http://www.livrariacultura.com.br/scripts/cultura/resenha/resenha.asp?nitem=1202170&sid=2016626981228614624707225&k5=3011C73A&uid=

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Costumo levar bastante em consideração os títulos dos livros, não a ponto de julgá-los pelos títulos, mas uma obra com um título legal sempre me chama a atenção e me faz ter mais vontade de lê-la. Acho o título O Deserto dos Tártaros um dos mais pitorescamente chamativos, para mim fica ao lado de A Insustentável Leveza do Ser, Lobo da Estepe e O Silêncio dos Inocentes. (com relação ao título)
Como estou doido para ler mais esse livro, abri o tópico que não encontrei para ouvir a opinião de quem já leu. Espero não tomar tantos spoilers, hehehe. [/align]
 
Na minha opinião, um livro realmente muito bom, Lucas. Um dos mais unanimemente apreciados que conheço.

Essa sinopse da Cultura cobre bem a história do livro. No prefácio da edição da Nova Fronteira conta-se que o autor se inspirou na situação que vivia como um jornalista iniciante, em um expediente noturno, onde executava trabalhos essencialmente repetitivos e sem importância. O protagonista experimenta algo semelhante, tendo que viver em um forte isolado, sempre na expectativa de que, afinal, venham os tártaros.
 
Gostei muito de O Deserto dos Tártaros. Mas já ouvi dizerem que era um livro muito parado, em que nada acontecia.

Não sei. Me identifiquei com Drogo, pelo menos no começo, pela juventude. Daí o livro é quase um tapa na cara, um dedo apontando contra a vida mais ou menos, a procrastinação e o desperdício de tempo, de vida, de juventude. É um grito: "memento mori"! E fica sempre a pergunta: quem são os seus Tártaros?

As passagens sobre vida, morte, solidão e juventude são bem pesadas (para mim foram)...

Tem um filme dele, mas eu não recomendo, a não ser por curiosidade, porque não chega nem aos pés do livro. Acho que o diretor perdeu todo o ponto do livro e se apegou ao que era supérfluo, como as formalidades inúteis da vida militar. Acho que o livo não tem nenhuma crítica à vida dos militares, que o diretor parece ver como mecânica, ou algo assim.

Só por curiosidade, também, tem um texto interessante do Alessandro Martins no Livros e Afins sobre procrastinação do qual me lembrei agora.
 
achei o livro mais "assustador" do que simplesmente "parado"!
o jeito como o narrador descreve a possibilidade de um ataque ao forte a qualquer momento é de arrepiar!!!
 
O que eu mais guardei desse livro foi a melancolia que parece permear cada um dos passos do protagonista.
 
Cada resposta que leio fico com mais vontade de ler esse livro. O fato de Buzzati ter vivido durante a Segunda Guerra Mundial aparece de que forma no livro? A contextualização da obra é nesse período mesmo?
 
Lucas_Deschain disse:
Cada resposta que leio fico com mais vontade de ler esse livro. O fato de Buzzati ter vivido durante a Segunda Guerra Mundial aparece de que forma no livro? A contextualização da obra é nesse período mesmo?

Lucas, faz tempo que li o livro, mas, de cabeça, arrisco dizer que não há uma contextualização no período da 2ª Guerra, não. Não lembro de haver menção a nenhuma tecnologia militar já disponível naquele período, como o avião, o submarino etc. Também não me recordo do protagonista fazer nenhuma ligação telefônica, ir ao cinema, ou qualquer coisa do gênero.

Tudo bem pesado, acho que está mais para Séc. XIX ou primeira década do Séc. XX.
 
Hmmm... Confesso que li, tinha razões técnicas pra gostar, mas na prática não curti muito. É fato: ele é ótimo ao conformar a narrativa ao tema, tudo no livro é lento, longo, interminável, empoeirado e desesperadamente pacientemente por falta de opção. XD

Acho que meu contexto pessoal na época da leitura atrapalhou um pouco, e acabei abandonando o livro. Além disso, o Kundera recém-descoberto estava me esperando ardentemente na cabeceira da cama, rs. Até onde li, li me arrastando, porque acabei absorvendo o estado de espírito do Drogo e, por ter opção, desertei sem remorso. =P
 

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