Neoghoster Akira
Brandebuque
Andei chegando a algumas conclusões sobre o relacionamento de Andreth, aquela que sendo ancestral das mulheres de Númenor se viu diante do dilema da memória.
Para se aproximar do que pode ter passado pela cabeça e pelo coração de Andreth precisamos voltar em como os elfos podiam olhar para o horizonte e contemplar um mundo diferente, recordando cada detalhe com a ternura original que lhes havia cativado.
Para Andreth era difícil tolerar sempre que aquele a quem amava movia seu pensamento em direção a caminhos aos quais ela não podia seguir, como Sam que não desejava que o patrão fosse para onde ele não pudesse segui-lo. Vivendo aquilo que ela não podia viver. Aqui temos alguns versos que combinam com a situação dela:
O elfo percebia que ao homem não havia sido concedido acalmar ou excitar suas memórias, nem manter constante sua esperança nelas e nem ser fiel ao que se lembrava. Nem seu corpo guardava memória o bastante para que se recordasse com a dignidade necessária das coisas como elas eram realmente. E a própria memória de sua consciência lhe era desconhecida.
A a primeira repreensão de Eru contra Melkor foi para que ele se lembrasse de Eru e que não perdesse sua memória. Mas a isso Melkor não deu ouvidos e corrompeu a memória dos homens, colocando-os em rota de colisão com os elfos.
Pois agora os homens tinham preconceito contra aqueles que guardavam o passado e contra aqueles que contemplavam o passado com mais nitidez. Contemplar o passado para eles começou a despertar ciúme, ignorância e maldade.
Como Andreth podia se lembrar de como se relaciona com alguém e ao mesmo tempo se preserva o mundo que vive nas lembranças daquela pessoa? Como fazer para guardar e aumentar esse mundo e não estagná-lo?
Se Andreth tivesse a memória original, como ela teria agido? O que teria dito a Finrod? Que grande bem poderia fazer a volta da memória original dos homens? E seu futuro? Seria a sua memória como a dos exércitos presos ao juramento de Isildur? Iria ela se lembrar de seu amado no além mundo como aqueles mortos que estavam a espera do último rei se lembravam do juramento?
E disso o elfo de Andreth não sabia, pois para ele a memória humana entrava num ciclo de decadência definitiva até a máxima escuridão e esquecimento. Um pensamento que ele também tinha para os elfos, mas com uma velocidade um pouco mais baixa, num processo longo e doloroso.
Olhando por esse lado a memória também não estava sob o domínio absoluto de Melkor. Mesmo a memória da consciência de Andreth poderia estar livre como Eru desejava, além do mundo e mais vívida que as lembranças quando ela o deixasse. E no entanto as palavras de Finrod não parecem tê-la convencido, pois ela sofria e ainda habitava o mundo de sombras. Quando aquilo terminasse todos poderiam entender melhor a memória, de como ela pode ser invisível as vezes e de como ela deixa vestígios por onde Melkor não alcança.
Para se aproximar do que pode ter passado pela cabeça e pelo coração de Andreth precisamos voltar em como os elfos podiam olhar para o horizonte e contemplar um mundo diferente, recordando cada detalhe com a ternura original que lhes havia cativado.
Para Andreth era difícil tolerar sempre que aquele a quem amava movia seu pensamento em direção a caminhos aos quais ela não podia seguir, como Sam que não desejava que o patrão fosse para onde ele não pudesse segui-lo. Vivendo aquilo que ela não podia viver. Aqui temos alguns versos que combinam com a situação dela:
Poema Chinês
Após a chuva, a floresta brilha,
A lua por entre pinheiros agita meu coração,
Eu sorrio e penso no lar,
Um convidado estrangeiro em uma terra estrangeira.
Tradução do inglês minha. Tradução do Chinês, do site.
http://www.chinese-poems.com/yfa1.html
O elfo percebia que ao homem não havia sido concedido acalmar ou excitar suas memórias, nem manter constante sua esperança nelas e nem ser fiel ao que se lembrava. Nem seu corpo guardava memória o bastante para que se recordasse com a dignidade necessária das coisas como elas eram realmente. E a própria memória de sua consciência lhe era desconhecida.
A a primeira repreensão de Eru contra Melkor foi para que ele se lembrasse de Eru e que não perdesse sua memória. Mas a isso Melkor não deu ouvidos e corrompeu a memória dos homens, colocando-os em rota de colisão com os elfos.
Pois agora os homens tinham preconceito contra aqueles que guardavam o passado e contra aqueles que contemplavam o passado com mais nitidez. Contemplar o passado para eles começou a despertar ciúme, ignorância e maldade.
Como Andreth podia se lembrar de como se relaciona com alguém e ao mesmo tempo se preserva o mundo que vive nas lembranças daquela pessoa? Como fazer para guardar e aumentar esse mundo e não estagná-lo?
Se Andreth tivesse a memória original, como ela teria agido? O que teria dito a Finrod? Que grande bem poderia fazer a volta da memória original dos homens? E seu futuro? Seria a sua memória como a dos exércitos presos ao juramento de Isildur? Iria ela se lembrar de seu amado no além mundo como aqueles mortos que estavam a espera do último rei se lembravam do juramento?
E disso o elfo de Andreth não sabia, pois para ele a memória humana entrava num ciclo de decadência definitiva até a máxima escuridão e esquecimento. Um pensamento que ele também tinha para os elfos, mas com uma velocidade um pouco mais baixa, num processo longo e doloroso.
Olhando por esse lado a memória também não estava sob o domínio absoluto de Melkor. Mesmo a memória da consciência de Andreth poderia estar livre como Eru desejava, além do mundo e mais vívida que as lembranças quando ela o deixasse. E no entanto as palavras de Finrod não parecem tê-la convencido, pois ela sofria e ainda habitava o mundo de sombras. Quando aquilo terminasse todos poderiam entender melhor a memória, de como ela pode ser invisível as vezes e de como ela deixa vestígios por onde Melkor não alcança.
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