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o caminho reto para valinor é unidirecional ou bidirecional? Se a arda é agora redonda, as terras ir

Bekasobiskie

Usuário
Olá a todos! Estive pensando muito na estrada reta para se chegar as terras imortais, quando me surgiu duas dúvidas:

1) A estrada reta para valinor seria, depois da queda de numenor, unidirecional? Ou seja, só permite aos elfos ir da terra-media para lá, não tendo como possibilidade o retorno deles para a terra-média? Isso poderia ser uma das muitas razões dos dizeres de que ¨os altos-elfos não retornarão¨ para cá né!

2) Com a mudança do mundo após a queda de numenor, nós sabemos que arda foi arredondada. Será então que as terras imortais também não foram arredondadas? Assim, um elfo qualquer de Eressëa ou Aman que tomasse um barco para ir a Terra-média não conseguiria de fato chegar lá, pois ele chegaria na verdade ao ponto do extremo oeste de Aman por assim dizer...

Talvez a mudança do mundo afete os dois lados da moeda, ou seja elfos e homens. A estrada reta para Valinor pode muito bem ser unidirecional porque só permita que os elfos da terra média vá para aman e eressëa, mas não permite que os elfos das terras imortais possam ir para as terras mortais. Talvez a estrada reta só permita que alguém venha das terras imortais para as terras mortais se esse alguém for mortal, como isso não é possível (a não ser nos casos de bilbo, sam e frodo), essa estrada se torna na prática unidirecional né...

Bem, são só suposições né... Pois eu não acredito que todos elfos simplesmente obedeçam os valar até o final dos tempos, até porque sempre tem uma maçã podre mesmo nas melhores famílias... Portanto, acho que Eru teria tomado precauções com relação a isso...

Bem, são só suposições...
 
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Interessante sacada esta da via de mão única, dos elfos serem impedidos de voltar para as terras de cá. Vale uma reflexão.

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Bem, para descobrir o que aconteceu é útil voltarmos na geografia proposta para o universo criado. Uma pergunta válida para o caso é sobre o que se quis dizer quando se fala no Silma que Eru arredondou o mundo? Havia ele arredondado o mundo todo ou apenas uma parte dele?

Antes de responder é importante encontrar tópicos sobre o assunto ao digitar a palavra "Ambar", por exemplo:



Conceitualmente Eru é como Deus da Bíblia o que significa dizer que pode alterar o mundo sem precisar estar nele para se esconder ou esconder coisas. Tem um matemático chamado Kurt Goddel que nota uma limitação matemático\lógica quando se vê impossibilitado de provar partes básicas e fundamentais das teorias exatas. Aquilo que descreve as formas e a geometria do espaço de nosso mundo seria incapaz de descrever um hiperespaço dependente de uma hipermatemática. A teoria dos sistemas vai pelo mesmo caminho (sistemas menores são contidos e atrevassados por sistemas maiores)

Ou seja, se o mundo podia ser arredondado em uma parte dele sem que aqueles dentro dele notassem grandes diferenças será que todo ele seria alterado durante a queda de Númenor?

A resposta para isso é que a presença de uma rota plana demonstra que parte do mundo permaneceu plano e parte dele se tornou arredondado, num tipo diferente de matemática bastante funcional. O fluxo de poderes e domínio sustentador do mundo precisava ser mantido nas duas áreas alteradas independente de arredondamento. Resta-nos perguntar, quem poderia usar a rota plana e como isso seria feito?

Para isso ocorrer era necessário haver razões fortes para que o fluxo normal entre uma parte do mundo e outra fosse mudado. Provavelmente a batalha do fim de tudo, se Melkor voltasse, seria uma dessas razões. Pessoas com destino e motivos legítimos também seriam capazes de atravessar o véu para o outro lado devido ao fato de que seus caminhos estarem entrelaçados com o governo do mundo. Em casos excepcionais como Beren e Lúthien o caminho de lá para cá podia ocorrer.

Os sonhos e visões eram um reino dos Valar que não tinham fronteiras tão rígidas e as pessoas continuavam a receber mensagens e penetrar até mesmo em Aman por ele sem precisar viajar até lá, uma vez que imagens desse tipo eram sempre temporárias na mente das pessoas e eram uma forma dos poderes dizerem coisas para aqueles que permaneciam nas terras mortais. Também os emissários de Manwe e dos Valar precisavam sair de lá e voltar na forma de espíritos de águia para poder ver o que acontecia de vez em quando ou executando missões. Razão para que concluamos que era quase impossível mas podia ocorrer sim e rebeliões ou erros (mesmo entre maiar) nunca foram impossíveis permitindo sem querer que alguém não esperado saísse ou entrasse para que se cumprisse um plano mais secreto desconhecido dos Valar e determinado por Eru.
 
Última edição:
Bom, até poderia ser unidirecional para os elfos, mas não para os ainur em geral. Afinal, os magos vieram de um jeito ou de outro para a Terra Média após o arredondamento de arda...

Mas, pelo que está escrito no silmarillion, me parece que o oceano plano poderia ser navegado tanto de ca pra lá como de lá pra ca pelos elfos...
 
O caminho era bidirecional. Não foram só os istari que vieram, Glorfindel conseguiu voltar (pra sorte do Frodo).

Quanto a Aman arredondada, o continente dos Valar não foi levado pro "lado espiritual" do mundo? Aquele que Frodo entrava, e onde os nazgûl foram "aprisionados"... Sempre pensei que sim, já que Aman como ilha no meio do Universo parece meio tosco. Os barcos élficos em dado momento passariam pela "névoa" entre o terreno e espiritual e acabariam chegando a Aman, sei lá. Só suposição.
 
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Bem lembrado, Veda. O caminho era bidirecional. Penso que Aman fica em uma dimensão paralela a esta ou, para usar o jargão de Tolkien, em um círculo de realidade paralelo a este.

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Última edição:
Sobre a posição do Reino Abençoado e a bidirecionalidade do Caminho Reto:

Dois posts meio longos serão citados aqui porque o assunto é complicado mas, primeiro, só resumindo:

a)Aman e Erëssea ainda fazem parte do nosso Universo e , provavelmente, do nosso planeta Terra, mas estão retirados do fluxo de tempo normal e, portanto, numa pocket dimension, "dimensão de bolso". Ou seja, ao invés de estar num outro "prédio" ao lado, dimensão paralela ou dimensão alternativa, estão num "outro andar" do mesmo edifício para o qual as entradas estão "vedadas" ou interditadas. Sou partidário da tese de que a forma da Terra não foi REALMENTE mudada, que ela SEMPRE foi redonda e Aman está fora de "fase" ou sincronia com o resto do Mundo. No fim das contas, Tolkien deixou espaço pra ambas as teses. Análogo exato pro público de hoje: a Ilha de Lost o seriado funcionava igual E, por sua vez, inclusive no detalhe de ser uma "rolha pra um mal inominável", a Ilha de Lost é ( suspeitamente aliás)idêntica à Ilha Paraíso da DC Pós-Crise.

b) Embora, no início, a Estrada pro Ocidente fosse "bidirecional" e possa ter continuado assim pra propósitos metafísicos, por "decreto" baixado por Eru por intermédio de Manwë, na Terceira Era pra diante, exceção feita aos Istari, vigora uma proibição, de sorte que quem vive em Aman NÃO PODE mais voltar aos Círculos do Mundo. Motivo plausível: o insulamento temporal de Aman protege os elfos da passagem do tempo sob a condição decaída do resto do mundo em Arda, corrompida pelo Elemento Morgoth, é possível que, nos corpos hröar de elfos "normais", o retorno resultaria em Efeito Oisin, descrito aí no final do segundo post citado. O tempo alcançaria o elfo, até então protegido,e a consequência seria o "evanescimento" imediato já que o tempo em Aman e no resto de Arda não flui mais concorrentemente na mesma "velocidade" e eles estariam então "atrasados" em relação ao nosso tempo "mortal".


Pra variar, nesses casos, sabem o que eu acho? O "sim e não élfico" pras posições dos dois. Como Tolkien mesmo disse, "Aman e Erëssea continuam a existir no modo do Mundo como feito originalmente" e indivíduos como Glorfindel e ,concebivelmente, outros como Galadriel, de certa forma, viviam e agora não mais, dentro e fora do Mundo "diminuído" nos dois mundos em que vivemos agora. Mesmo a forma física do continente da Terra Média teria virado a Eurásia, ou sabe-se lá o quê teria mesmo acontecido no fim da Quinta Era, ou whatever ( devemos lembrar, Tolkien não definiu por A mais B o que foi que houve; o que está na introdução do SdA, ou mesmo em entrevistas, não é necessariamente TODA a verdade ou o que Tolkien pensava no fim da fase revionista da Mitologia dele.

O fato é que não é a toa que Tolkien chamou Erëssea e Aman de Otherworld ( no poema de Eärendil no SdA) , o nome dado ao Outro Mundo Celta.

Então, com o perdão da intromissão, acho que tanto vc, Snaga, quanto você, Arwenlúthien, estão com parte da razão e que suas opiniões se contradizem mas se complementam também.

Thus, swifter or slower, yet ever inescapably, the far-sundered kindreds of the Quendi were sundered also in speech: the Avari from the Eldar; and the Teleri from the other Eldar; and the Sindar, who abode in Middle-earth, from the Teleri that came at last unto Aman; and the Exiles of the Noldor from those that remained in the land of the Valar. And so still it goes in Middle-earth. Yet long since, Ælfwine, the fashion of the World was changed; and we that dwell now in the Ancient West are removed from the circles of the World, and in memory is the greater part of our being: so that now we preserve rather than make anew. Wherefore, though even in Aman – beyond the circles of Arda, yet still with Eä – change goes ever on, until the End, be it slow beyond perceiving save in ages of time, nonetheless here at last in Eressëa our tongues are steadfast; and here over a wide sea of years we speak now still little otherwise than we did – and those also that perished – in the wars of Beleriand, when the Sun was young.

lmarinen
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Re: A antiga Arda era redonda?
Bom parece que aí tudo depende do sentido que a gente pode atribuir pra palavra "plano".

Sabemos que a tendência final do Tolkien na criação do Legendarium era descartar idéias como a da Arda Plana feita redonda na Mudança do Mundo, assim como a concepção inicial sobre o Sol e a Lua (Mitos Transformados).

Então, presumivelmente, a noção de que Aman e Tol Eressëa podiam estar,simplesmente, "boiando" além de um trecho de vácuo do espaço sideral, como o texto do Akhalabeth dá a entender, parece ter sido abandonada tb.

Mas o Tolkien não gostava da noção de que poderiam existir outros universos no seu Legendarium, então, a idéia de que Aman estaria em outra dimensão tb não se aplica.

O Tolkien fala no texto Dangweth Pengolodh do HoME XI que Aman está "além dos Círculos do Mundo mas ainda dentro de Eä" , do Universo, nosso Continuum.

Yet long since, AElfwine, the fashion of the World was changed; and we that dwell now in the Ancient West are removed from the circles of the World, and in memory is the greater part of our being: so that now we preserve rather than make anew. Wherefore, though even in Aman - beyond the circles of Arda, yet still with Eä - change goes ever on,


Ele tb fala que "a exata natureza da existência em Aman e Tol Erëssea deve ser dúbia e inexplicada" (texto sobre a Reeencarnação dos elfos).

Então, a situação de Aman parece ser meio análoga com a Avalon da Marion Zimmer Bradley. Ela (Avalon) ainda faz parte do nosso mundo e é um reflexo da ilha de Glastonbury ( ou vice-versa) mas não está exatamente em sincronia com o fluxo do Espaço-Tempo "normal". Nesse sentido, o termo aplicável é "dimensão de bolso" e pode em certo sentido ser entendida como "outro plano" embora não sendo outro universo. E não foi pra menos que Tolkien deixou o porto de Tol Eressëa batizado de Avalónnë ( o nome original da ilha era Avallon mesmo).

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O status de dimensão de bolso do mundo Faëria comentado no Noites sem Fim de Neil Gaiman com arte de Miguelanxo Prado.

Uma última passagem do “Reencarnação dos Elfos” deve ser mencionada. Em uma espécie de “à parte” do curso de seus pensamentos, movendo-se (ainda) mais rapidamente do que sua caneta, meu pai anotou que “a exata natureza da existência em Aman ou Eressea após suas ‘remoções’ deve ser dúbia e inexplicada”, da mesma forma que a questão sobre “como ‘mortais’ poderiam ir até lá, de qualquer forma”. Sobre isto ele observou que Eru tinha “muito antes” deixado os Mortos dos mortais sob responsabilidade de Mandos
Resumindo: o Tolkien nunca poderia realmente explicar usando unicamente a linguagem do mito o que , de fato, teria ocorrido com Aman em termos de Física da Relatividade sem usar uma linguagem mais próxima da ficção científica.

http://educar.sc.usp.br/licenciatura...lhos/relat.htm

É uma situação análoga com a do assim chamado "transe" de Melian e Thingol , eu , pessoalmente, não acho que o Tolkien quis dizer que os dois ficaram MESMO paralisados olhando um pro outro, embevecidos e alheios à passagem do tempo , no meio de uma clareira, sem ninguém , nem nada, encontrá-los ou perturbá-los durante sei lá quantos anos, tomando sol, chuva , neve e tudo o mais, mas não haveria maneira dele explicar a coisa deixando um clima de mito e fantasia , então, lances feito esse na mitologia são feitos mesmo pra ficarem sem explicação.

Espero que isso dê uma mão.
__________________
So great is the bounty with which he has been treated that he may now, perhaps, fairly dare to guess that in Fantasy he may actually assist in the effoliation and multiple enrichment of creation.

Tolkien no ensaio "On Fairy Stories"
Edição mais recente por Ilmarinen : 21-10-2009 em 20:54

Mas eles são o mesmo elfo. Tolkien explicita isso num texto publicado no HMe XII, The Peoples of Middle-earth. Glorfindel foi, inclusive, enviado pelos Valar para ajudar na Guerra contra Sauron.
Quanto ao questionamento do tópico, concordo plenamete com o Oromë. Os elfos que eram "liberados" de Mandos ficavam em Aman mais por sua vontade. Aman era um terra bela, sem máculas, praticamente o Paraíso. Eu preferiria muito mais ficar lá a voltar pra Terra-média toda maculada pelo poder de Sauron e Morgoth. Se os Valar quisessem de algum modo prender os elfos em Valinor, forçariam os fëar deles a ir para Mandos, e depois não os deixariam sair de lá.

Célio, Tolkien deixou bem claro que o caso de Glorfindel voltar para ajudar na Guerra da Segunda Era foi uma exceção a uma proibição feita pelos Valar. Inicialmente não era assim na concepção dele mas passou a ser depois.

Glorfindel permaneceu no Reino Abençoado, sem dúvida a princípio por escolha própria: Gondolin fora destruída, e todos os seus parentes tinham perecido, e ainda estavam nos Salões de Espera inacessíveis aos viventes. Mas sua longa permanência temporária durante os últimos anos da Primeira Era, e pelo menos vários anos na Segunda Era, sem dúvida estavam também de acordo com os desejos e desígnios de Manwë

Quanto Glorfindel retornou para a Terra-média? Isto provavelmente deve ter ocorrido antes do final da Segunda Era, da 'Mudança do Mundo' e do afundamento de Númenor,após o qual nenhuma criatura encarnada, 'humana' ou de tipos inferiores, poderia retornar do* ( Reino Abençoado que havia sido 'removido dos Círculos do Mundo'
. De acordo com um decreto geral procedente do próprio Eru; embora até o final da Terceira Era, quando Eru decretou que o Domínio dos Homens deveria começar, Manwë poderia ter admitido a permissão de Eru e fazer uma exceção em seu caso, e ter legado alguns modos de transporte para Glorfindel até a Terra-média, o que é improvável e faria com que Glorfindel tivesse poder e importância maiores do que parece adequar-se.

*no texto postado na Duvendor, erroneamente, traduzido como "ao")

Quem "reencarnava" em Aman, principalmente a partir do fim da Segunda Era, ou ia para lá partindo nos navios mágicos dos elfos na Terceira Era e início da Quarta,não podia mais voltar, não só porque preferiam ficar lá mas , porque existe mesmo uma proibição explícita impedindo o retorno que partiu do próprio Eru e para a qual Manwë, se tivesse enviado Glorfindel depois do Fim da Segunda Era, teria que abrir uma superexceção que "não era consoante com a importância dele" ( ou seja, implicaria,praticamente, em vê-lo como um dos emissários Istari ).

Ok... isso responde minha dúvida. Na verdade contradiz o que eu pensava e preenche uma lacuna que eu considerava importante.

Realmente preciso ler os HoME o quanto antes.

Obrigado, Meneldur!

Ironicamente, Fëasur estava parcialmente certo na sua premissa inicial. Os elfos não são obrigados a ir para Aman, mas, uma vez lá,via de regra, não podem mesmo voltar para o Mundo Mortal por uma imposição sancionada pelos Valar.Ele só não tinha acesso à provável explicação que deve ser melhor inferida usando as fontes de Tolkien, uma vez que não temos acesso à explicação taxativa do autor. Mais um caso onde a analogia preenche lacunas do Legendarium e, potencialmente, antecipa explicações que podem(ou não) aparecer em algum lugar já que já se sabe, por exemplo, que existem cartas suficientes de Tolkien ainda inéditas para se publicar um volume suplementar delas.

E, Fëasur, você pode achar uma versão traduzida do texto de HoME pertinente à questão aí:

Glorfindel
Enviado por Fábio Bettega


ou aí

A respeito de Glorfindel

O motivo em função do qual foi baixado o decreto de Eru,provavelmente, tem a ver com o efeito de insulamento temporal do Reino Abençoado que está fora de fase com nosso "Mundo" mas não literalmente fora da "Terra". Aman ainda é parte de Eä, mas o tempo
lá já é um tempo "Aevum", próprio dos Imortais ( dos Ainur e dos Elfos, os elfos foram "equalizados temporalmente aos Ainur), e qualitativamente, diferente do nosso tempo normal.

Tolkien começou a explicar essas distinções num ensaio sobre o tempo que , se bobear, vai acabar sendo publicado em Tolkien studies nos próximos dois ou 3 anos se continuar matnendo o ritmo atual.

Um análogo e inspiração célticos que pode explicar bem os problemas possíveis causados pela disparidade no fluxo de tempo

A história de Oisin e Niamh

Como a onda de interesse sobre isso está tornando cada vez mais fácil postar material para explicar essas coisas, graças a Eru):

Niamh em gaélico significa "radiante"

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As consequências do retorno:

Antes:
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Depois:

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Isso provavelmente tem muito a ver com o status bidimensional do Glorfindel que estava vivendo, simultaneamente, entre dois Mundos, fato ao qual Tolkien aludiu no SdA.

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Provavelmente foi de um famoso poema de Yeats sobre a história de Oisin, Wanderings of Oisin, que Tolkien tirou o nome de The Wanderings of Húrin, ambos foram mortais que tiveram suas vidas prolongadas antinaturalmente através da magia, já que o exercício do poder de Melkor sobre Húrin o fazia ficar paralisado na cadeira e incapaz de se mover ou de morrer. A diferença é que ele envelhecia normalmente.Como, aliás, acontecia com o personagem da mitologia grega Tithonus

Tithonus-Wikipedia

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Interessante notar que assim como Oisin foi tema de um poema do final do século XIX, Tithonus também protagonizou outro poema publicado na mesma era, feito pelo Lord Alfred Tennyson, considerado inspiração para Tolkien ( junto com Yeats à medida que a mitologia celta é mais estudada como fonte para o Legendarium.)
 

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Pois é, eu também penso que não faria sentido Eru gastar energia desnecessariamente arredondando totalmente (ou que Tolkien tenha querido dizer com isso) o mundo. Basta ele ter feito a alteração de modo a isolar o reino mortal do imortal. Se fosse uma fantasia comum não mudaria o prazer arredondar tudo ou uma parte, mas como se trata de uma fantasia realista que precisa seguir regras de um universo criado acho que o caminho seria esse mesmo de mudar apenas o necessário para apartar os homens e suas neuroses dos elfos (Eru e Tolkien eram bem econômicos em seus atos e procuravam deixar só o necessário para manter a beleza simples).

Já dos poderes e sua vida (Vala e Maia) acredito que tinham mais liberdade de ir e vir (que seria diferente de dizer que tinham autorização). Se um elfo voltasse não ganharia nada além de perder aquilo que tinha conquistado e no âmbito de alguém ruim ou dacaído perder o paraíso que um dia teve para mim é uma das piores punições que poderiam haver e apenas em casos extremos de missões alguém poderia escolher perdê-lo sabendo que ele lhe seria devolvido logo que completasse a missão (como Glorfindel).
 
Última edição:
Pois é, eu também penso que não faria sentido Eru gastar energia desnecessariamente arredondando totalmente (ou que Tolkien tenha querido dizer com isso) o mundo.

Mano, a gente tá falando de Eru, o irmão mais novo de Chuck Norris, não tem essa de energia desnecessária, não, ele criou tudo que Ea, um pouco a mais não iria (eu acho) desgastá-lo não.
 
:D boa.

Agora, aproveitando a oportunidade e entrando no assunto, parando para analisar a questão Eru só gastava energia pensando na parte do "desnecessariamente" antes de gastar energia sem coerência ou propósito que eram coisas que nunca aconteceram e não foram relatadas e não era de seu feitio (Melkor que o diga). Seguindo a lógica do Chuck Norris ele tinha que acertar de primeira sempre, mesmo que na aparência o mundo estivesse adoecido tudo podia ser só mais um plano disfarçado para que no final ele sempre tivesse lucro em cima de Melkor. Como se diz no Silma, os erros e rebeldia de Melkor apenas contribuiriam para aumentar a glória e o fantástico da obra de Eru, ou seja não dava ponto sem nó e felizmente para os povos de Arda não havia desperdício.
 
:D boa.

Agora, aproveitando a oportunidade e entrando no assunto, parando para analisar a questão Eru só gastava energia pensando na parte do "desnecessariamente" antes de gastar energia sem coerência ou propósito que eram coisas que nunca aconteceram e não foram relatadas e não era de seu feitio (Melkor que o diga). Seguindo a lógica do Chuck Norris ele tinha que acertar de primeira sempre, mesmo que na aparência o mundo estivesse adoecido tudo podia ser só mais um plano disfarçado para que no final ele sempre tivesse lucro em cima de Melkor. Como se diz no Silma, os erros e rebeldia de Melkor apenas contribuiriam para aumentar a glória e o fantástico da obra de Eru, ou seja não dava ponto sem nó e felizmente para os povos de Arda não havia desperdício.

Verdade, nunca tinha pensado nisso, pode ser realmente que tudo já estivesse planejado, tudo que Melkor destruiu só foi conseguido por "falha" de Eru em evitar, mas para um auto-elogio de suas capacidades depois que consertasse tudo.
 
Verdade, nunca tinha pensado nisso, pode ser realmente que tudo já estivesse planejado, tudo que Melkor destruiu só foi conseguido por "falha" de Eru em evitar, mas para um auto-elogio de suas capacidades depois que consertasse tudo.

Pra mim é exatamente o que você falou!
Eru sabia que ele era mais forte que Melkor e que poderia arrumar tudo que ele destruísse, por isso deixava ele fazer o que quisesse, pra depois consertar e esfregar na cara dele!
Meio que Ying Yang...
 
Acho que assim como o Deus da Bíblia, Eru devia ter a Vontade Soberana e a Vontade Permissiva.
Ele tinha planos pra Aman, mas como Melkor se rebelou *e tudo aquilo que a gente já sabe lá*, ele fez com que seus planos se cumprissem mudando os meios.
Logo, acredito sim que já era plano dEle 'espiritualizar' Valinor, mas Ele aproveitou a queda de Númenor pra pôr em prática.
 
A ideia do Ilmarinen está certa, de uma Aman atrasada no Tempo em Relação a Endor e Úman.

Algumas correções: A tese da "velocidade diferente" é falsa. Se funiconasse dessa maneira seria incorrigível, e consertar tudo iria causar a completa destruição de Eä, através de uma falha no Espaço-Tempo, gerando aquilo que os Atani chamam de "Buraco Negro". Digamos que Aman ficou "parada no tempo" durante a Mudança do Mundo. Se isso não tivesse ocorrido, Valinor seria destruída pelo Poder de Eru. Claro que a Mudança do Mundo, e todas as suas consequências e reflexos, demoraram Duas Eras pra terminar, e Aman (obviamente) não ficou "parada" todo esse tempo. Se pensarmos bem, podemos ver que o que se entende como "Mudança do Mundo", na verdade, é só um reflexo de uma mudança profunda nos Pilares do Mundo, e Udûn. Portanto, a verdadeira Mudança foi uma coisa rápida, que durou apenas alguns milésimos de segundo em Endor. As consequências é que demoraram. Poratanto, o tempo parou em Aman, enquanto passava um milésimo de segundo em Endor, e após esse período o Tempo voltou a circular normalmente.

Conclusão: Aman está um milionésimo de segundo atrasada e relação ao Resto de Imbar, e esse tempo, mesmo parecendo insignificante, já é suficiente, para desencadear em Eä uma reação, segundo as Leis da Física, o que cria um "véu de separação" em torno de Aman, cuja única entrada é a leste de Úman, "As Américas", e a Oeste de Formenndor, "A Europa", mais específicamente num cojunto de Ilhas, alguns Quilômetros a Leste do Litoral da América do Norte. Essa é a Estrada Reta do Caminho curvo, entrada para Aman.
 
Você tá falando do triangulo das bermudas?
O sobre falha no espaço tempo, buracos negros e fim do mundo e tal; eu vou ali ler a teoria da relatividade do Einstein e volto quando minha ignorancia tiver sido diminuida:dente:
 
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Que briga de egos! Não sei quem é pior, o pai ou o filho.

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Como tudo tem origem em Eru (a maldade de Melkor, Sauron, homens e elfos se originaria do livre arbítrio, a capacidade em escolher o caminho a se seguir), a desfiguração de Melkor acabaria contribuindo pra obra de Eru.
Não é "briga de egos", Eru já sabia de tudo.

É como na Bíblia: Deus se "arrependeu" de ter feito o homem, mas na verdade ele não esperava que o homem decaísse tanto a ponto dele ter de mandar um Dilúvio.

O destino seria como uma estrada que vai se bifurcando e Eru sabe para onde cada caminho leva, assim mesmo com livre arbítrio, o destino final da criatura já estaria traçado, tanto o bom quanto o mau final.
 
aproveitando o tópico, me surgiu uma dúvida .
Para onde os elfos e 'gigantes' e outras criaturas iam depois de ir para direção dos portos, logo no começo de A Sociedade do Anel . estavam indo para Valinor ? e no final Frodo, Galadriel, Elrond, Gandalf foram para Valinor certo ? aff me sinto um idiota com essa dúvida suaehuasheaus
 

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