Varathar disse:
Vamos deixar claro uma koisa: dar migalhas, de fato, ñ resolve ... . mas ãs vezes, RESOLVER ñ é o objetivo de kem faz isso. Às vezes, o objetivo é ajudar a pessoa a curto prazo, e isso ñ deixa de ser uma boa ação .. por isso, ninguém falou q essa é uma atitude ruim ... !!
Claro; para a situação do país, esse tipo de generosidade é insignifikante ... mas ainda assim, acho bastante louvável ..
Você é bonzinho de pensar assim
Mas para mim, no fundo, no fundo eu sei que se eu der esmola é porque o sofrimento do pobrezinho me incomoda e se eu der algo para ele, ele vai ficar contente e vou poder ver o seu sorriso. Pronto: o incômodo passou.
Bem, muitas pessoas fazem o mesmo... só que de tanto que se ajudou os pobrezinhos na Fisica da USP, os pobrezinhos cresceram e agora como "marmanjos" não despertam tanta simpatia assim. Ouve-se então coisas como vagabundo, etc..
Mas o fato é que os meninos aprenderam apenas a pedir com carinha de coitado e receber.
Também é fato que um dos porteiros do instituto morreu quando confundiram-no com guarda civil (o mesmo colete), quando o pessoal que sabia onde estavam os laptops da USP fugiram pela Fisica para despistar os perseguidores. Eles tinham um belo conhecimento de todo o local.
E ao mesmo tempo, os meninos do Grêmio ficam com dó dos guris que nào tem televisão em casa, e deixam os pobrezinhos ficarem por lá... E quando acontece algo horrível assim, nem pensam que os "manos" dos pobrezinhos é que mataram o coitado do seu josé...
Daí também porque alguns projetos de inclusão da universidade e da favela que existe aqui ao lado não terem dado certo, como os computadores roubados do próprio projeto (enquanto que havia outros em outras salas mas não foram tocados)
Então temos que ficamos meio que reféns de nossas emoções e não conseguimos visualizar o palco geral.
Há a pobreza, a desigualdade. Temos de mudar a situação por que senão melhor nos suicidarmos do que viver deste jeito.
Mas também não podemos ser ingênuos. E o nosso presidente é um reflexo de todos nós: tem boa vontade mas é ingênuo.
E com isso alguém se aproveita da situação, mela tudo e ficamos com raiva e paramos com tudo.
Daí é fácil ouvirmos pedir pena de morte, ao mesmo tempo que queremos proteger crianças que entram na FEBEM mas que não são ainda assassinos ou vagabundos. O anacronismo da situação é porque ficamos cegos de dor, ficamos cegos por conta das emoções.
Usei o quadro geral de um lugar que eu frequento. Mas podemos estender isso para muitos de nós.
E a ingenuidade começa em pensar que o problema é externo. Não... todos nós criamos os problemas.
Não que o governo não tenha sua parte. Mas bem que a gente podia de vez em quando lembrá-los quem os colocou lá... Ele tem sua parte, e nós também.
E a primeira coisa que temos de lembrar é a lei de Gerson, de tirar vantagem de tudo e de todos.
Ela é nociva. Mas volta e meia a obedecemos porque "se não for eu, outro vai tirar vantagem"
Tanto é nociva, que qualquer coisa feita para termos uma sociedade mais igualitária nunca vai acontecer enquanto ela nos influenciar... como no caso dos marginais que se infiltram no MST para roubar cargas, para vender as glebas que o grupo lutou tanto para conseguir se fixar.
Algo que vem desde a época da escravatura, onde tribos rivais vendiam seus irmãos de cor para os "demônios brancos". Tirar vantagem do próprio irmão, ao invés de se questionar do quanto está se prejudicando a longo prazo. A quanto prejudica a longo prazo seus próprios filhos (hoje a Africa está picotada pelo "demônio branco" mas eles ainda insistem mais em matar a si mesmos).
Vejam a China. Há pouco mais de dez anos era apenas gigante em tamanho e população. Hoje vejo um monte de produtos chineses, coreanos, etc.. Eles agora são gigante economico.
Não sejamos ingênuos. Há o egoismo lá também. Há cadaveres debaixo do tapete deles.
O ponto é que apesar do desejo de se dar bem da elite, houve um certo limite auto-imposto pelos ditadores chineses e coreanos, porque senão iam acabar como o Iraque, onde um texano vem e faz festa. Não adianta nada ficar trilhiordário e vir um carinha e pegar tudo que roubou por décadas.
Esse tipo de pensamento não ocorre nos outros paises em desenvolvimento. É comum vir um americano e tirar um ditador para por outro. E cada ditador em vez de fortalecer seu povo, só o tortura tortura e tortura e quer mais poder, controle, etc.. Os poucos que quiseram algo melhor foram massacrados pelos fantoches. E os fantoches contentes, esquecem que podem ser substituidos a qualquer momento. E o são!
Não somos diferentes... Chile, Brasil, etc., massacrou um pouco demais da conta. Assim comprometeu pra caramba o número de pessoas aptas para ter idéias e driblar a fome de paises desenvolvidos. Os professores de fisica por exemplo: na Segunda Guerra Mundial, nós desenvolvemos um radar melhor que o usado pelos Estados Unidos. E hoje? Não conseguimos nem lançar um foguete para lançar satélite por conta própria!
Cruel que é o mundo, não podemos ser ingênuos e ser tragados pelos lobos. Quem ajudará as ovelhas se não cuidarmos antes de nós mesmos?
Como o Brasil pode se desenvolver?
Primeiro passo: livre-se do jeitinho brasileiro. Da lei de Gerson. De apenas resolver o vazamento com durex.
Esse é o passo mais difícil. Mas por trás dele, vem atrelado um monte de vícios que nos seguram há mais de cem anos!
Aí sim, em vez de ganhar 1 bilhão de dólares vendendo toneladas de soja sangue e suor, poderemos ganhar o mesmo valor vendendo algumas dezenas de aviões.