• Caro Visitante, por que não gastar alguns segundos e criar uma Conta no Fórum Valinor? Desta forma, além de não ver este aviso novamente, poderá participar de nossa comunidade, inserir suas opiniões e sugestões, fazendo parte deste que é um maiores Fóruns de Discussão do Brasil! Aproveite e cadastre-se já!

O Arco-íris da Gravidade (Thomas Pynchon)

Artanis Léralondë

Ano de vestibular dA
Em O Arco-íris da Gravidade, Thomas Pynchon compõe uma ousada "narrativa enciclopédica", com 400 personagens e tramas paralelas

O_Arco-Iris_da_Gravidade_Thomas_Pynchon.gif

Para que ninguém tome lebre por gato, uma advertência inicial: Thomas Pynchon é difícil. E O Arco-íris da Gravidade é considerado seu livro mais complexo. É um daqueles livros-empreendimento, que exigem leitura atenta, talvez anotações à margem, quem sabe leitura prévia, simultânea ou posterior de ensaios críticos e, com certeza, uma ou mais releituras.

Quem resolver empreender a tarefa, entretanto, vai se ver diante de uma das mais importantes obras literárias do século XX. Os estudiosos de Pynchon classificam O Arco-íris da Gravidade ombro a ombro com outras "narrativas enciclopédicas", como Ulysses, de James Joyce, Moby Dick, de Herman Melville, A Divina Comédia, de Dante Alighieri.

O livro, publicado pela primeira vez em 1973, nos Estados Unidos, tem mais de 400 personagens. Seus acontecimentos concentram-se entre o dia 18 de dezembro de 1944 e 14 de setembro de 1945. Resumir a "história" do livro é virtualmente impossível, mas uma tentativa aproximada de sinopse incluiria mais ou menos o que se segue: o Serviço de Inteligência Britânica descobre que um mapa de Londres, assinalando as conquistas sexuais de Tyrone Slothrop, tenente do Exército americano, antecipa os locais de impacto dos foguetes-bomba alemães V2. Essa descoberta envolve Slothrop na corrida entre os superpoderes militares-industriais da Europa em guerra para o lançamento do Foguete 00000.

Outras tramas e subtramas correm paralelas, tangentes e perpendiculares; personagens somem e reaparecem com outro nome páginas adiante; pequenos acontecimentos dão início a digressões longuíssimas. Some-se a isso vários fragmentos de línguas - só para citar as mais evidentes, alemão, francês, espanhol, russo -, tecidos, por vezes emaranhados, num estilo denso, com referências diversas que vão da química orgânica às histórias em quadrinhos (um amigo, o escritor Jules Siegel, num notório artigo publicado na Playboy em 1977, conta que reclamou a Pynchon da complexidade de V., seu primeiro livro, de 1963. O escritor teria retrucado: "Por que as coisas deveriam ser fáceis de se entender?").
Continua...
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

Bom, às vezes, eu gosto de pegar um livro para ler por causa do título.
Achei legal o título do livro O Arco-íris da Gravidade da estante do Wilson, só que ao ler sobre o livro nesse texto. Notei que é bem complexo, bemmmm complexo mesmo...400 personagens! :assustado:
e alguns desaparecem e reaparecem com nomes diferentes depois ???
O livro tem que ser bem cativante para valer tanto esforço para lê-lo.
Ah ter um tempinho...acho q deve ser um bom livro de férias XD
Pena que não explica o título do livro esse texto *curiosa* =}
 
hehehehe então, a guria deu a dica no texto ir anotando cada personagem, fazer ficha resumo para os personagens hehehe
imagina escrever sobre 400 pessoas e não se perder!
o cara manda bem :sim:
 
Como todo livro um pouco mais experimental é preciso coragem para enfrentar. Não é mole encarar Pynchon, a narrativa dele é em zig zag, pra cima e pra baixo, na diagonal, tangendo, etc.
 
Fui procurar, de curioso, o livro da Cultura: preço: R$ 102,50!

Huehuehue. Quem tomar coragem de lê-lo ainda precisará de coragem extra para comprá-lo.:rofl:
 
Fico puto com esses preços! O que parece ser uma norma das editoras nacionais. A edição em inglês saiu por vinte e poucos, é feita com papel mais pobre. Aliás, se você vai na seção de importados da Cultura, por exemplo, você encontra quase todos os livros feitos desse papel (paperback ,como eles chamam), o que torna os livros muito mais acessíveis. Não sei porque nenhuma editora nacional ainda não apostou nesse modelo. Com certeza chamaria mais gente pra comprar os livros.

Quanto ao Pynchon, pretendo começar por uma obra menor dele, o "Crying of lot 49", que eu já comecei aliás, mas é bem labiríntica a prosa dele realmente, ele faz muitas digressões, começa falando sobre um assunto e acaba puxando mais uns dez tópicos diferentes antes de voltar ao que estava falando.
 
Pips disse:
Como todo livro um pouco mais experimental é preciso coragem para enfrentar. Não é mole encarar Pynchon, a narrativa dele é em zig zag, pra cima e pra baixo, na diagonal, tangendo, etc.


Ah isso é muito bom para eu treinar a concentração na leitura, e parar de ficar viajando :lily: e ter q reler o parágrafo n vezes XD
umas das metas 2011 \o/

Calib disse:
Fui procurar, de curioso, o livro da Cultura: preço: R$ 102,50!

Huehuehue. Quem tomar coragem de lê-lo ainda precisará de coragem extra para comprá-lo.:rofl:

cof cof 102! + 50 centavos XD
 
Tijolo novo e dependendo do autor é caro mesmo. No Estante Virtual é possível encontrar esse Pynchon fácil na faixa dos 50-60 reais. (:

Sem falar que Pynchon é mesmo um pouco salgado aqui por essas bandas, não? Acho que só o "V." é encontrado por um preço bacana. Até o Vício Inerente lançado recentemente pela Cia. dói um pouco no bolso.
 
Warren Ellis (Planetary, Transmetropolitan) disse que Alan Moore foi bastante influenciado pelo Pyncheon. Mas o tamanho do livro e sua "fama" me desanimaram.
 
Eu não li. Eu tenho o costume de dar uma lida na primeira página... Se o começo não me fizer engrenar, eu não compro. Se fosse um livro menor, se houvesse 1 milhão de elogios (como 2666 ou Meridiano de Sangue) até arriscaria... Mas parece que ele funciona melhor fora do Brasil...

Meu interesse por ele surgiu quando mencionaram que Moore devia bastante a Pyncheon... Especialmente em relação a fixação de ambos a uma questão de "entropia"... Mas eu não achei onde li este artigo.

Warren Ellis menciona Moore e Pyncheon em um artigo que "ensina" a criar roteiros para quadrinhos... O texto foi traduzido (não sei se bem traduzido) e está disponível na Internet. Só vou colocar um trechinho, quem quiser ler tudo, AQUI tem.

"1. PREPARAÇÃO
Tranque seus gibis num armário por enquanto. Você vai à biblioteca. Não se pode aprender a escrever lendo gibis. Você vai ler alguns livros de verdade por enquanto. Assim é como todo escritor que conheço aprendeu a escrever: estudando grandes escritores e aplicando as lições aprendidas para seus próprios interesses e objetivos. Você não conseguiu Alan Moore sem Thomas Pynchon, você não conseguiu Eddie Campbell sem Henry Miller, nenhum Grant Morrison sem William Burroughs. Olhe o modo como escritores sérios estruturam suas histórias. Olhe o modo como apresentam o diálogo. Olhe os efeitos que eles conjuram, e esquematize como eles fazem isso. Fique um tempo com Dickens. É, é, eu sei. Cale a boca. Ele tem aplicação especial nos Quadrinhos, porque Quadrinhos ainda são uma forma seriada, e Dickens é o escritor da língua inglesa mais eficiente neste formato que já existiu. O ponto é: entenda como os meninos e meninas grandes colocam palavras juntas no Mundo Real. Ache o que você gosta. Encontre o que funciona para você. E traga isso de volta.
"

Em 2009, Bráulio Tavares postou um artigo sobre Pyncheon... AQUI.
 
Diego disse:
Tijolo novo e dependendo do autor é caro mesmo. No Estante Virtual é possível encontrar esse Pynchon fácil na faixa dos 50-60 reais. (:

Sem falar que Pynchon é mesmo um pouco salgado aqui por essas bandas, não? Acho que só o "V." é encontrado por um preço bacana. Até o Vício Inerente lançado recentemente pela Cia. dói um pouco no bolso.

eu vendi o leilão do lote 49 na EV por r$80,00 2 anos atrás. raridade q hj passa dos 100 facim por lá.
 
Olha que bacana, uma ilustração p/ cada página de O Arco-íris da Gravidade. (São quase 800 páginas)
Vi no blog da Cia das letras, lá na coluna do André Conti, onde ele fala sobre como é editar os livros do Pynchon que também é o autor preferido dele.
 
800 desenhos o.o
uns dos motivos para o livro ser tão caro!
gostei das ilustrações, bem diferente algumas
além de ficar pensando no que está lendo, tem ainda as imagens para intrigaram o leitor..
qdo eu ler esse livro vou demorar um tempo, além do motivo do livro ser grossão, enredo complicado, "infinitos" personagens, desenhos para ser analisados, terei que ter um bloquinho para ir anotando os personagens e o que eles fazem..cansa hein XD
 
**Maniaca do Miojo** disse:
hã então alguém que desenhou a parte?

Um sujeito de nome Zak Smith.
Olha o que ele diz lá na home do site, não vou me arriscar a traduzir mas também não tem mistério algum.

So I illustrated Gravity's Rainbow-- nobody asked me to, but I did it anyway. Most of the pictures are drawings-- ink on whatever paper was lying around, but there are also paintings (acrylic), photos I took, and experimental photographic processes. I tried to illustrate the passages as literally as possible-- if the book says there was a green Spitfire, I drew a green Spitfire. Mostly, I tried to make a series of pictures as dense, intricate, and rich as the prose in the book. The entire project was shown in the Whitney Museum's 2004 Biennial Exhibition of Contemporary Art and is now in the permanent collection of the Walker Art Center in Minneapolis.
 
Diego disse:
**Maniaca do Miojo** disse:
hã então alguém que desenhou a parte?

Um sujeito de nome Zak Smith.
Olha o que ele diz lá na home do site, não vou me arriscar a traduzir mas também não tem mistério algum.

So I illustrated Gravity's Rainbow-- nobody asked me to, but I did it anyway. Most of the pictures are drawings-- ink on whatever paper was lying around, but there are also paintings (acrylic), photos I took, and experimental photographic processes. I tried to illustrate the passages as literally as possible-- if the book says there was a green Spitfire, I drew a green Spitfire. Mostly, I tried to make a series of pictures as dense, intricate, and rich as the prose in the book. The entire project was shown in the Whitney Museum's 2004 Biennial Exhibition of Contemporary Art and is now in the permanent collection of the Walker Art Center in Minneapolis.

Obrigada ^^
Quando ler quero ir vendo as ilustrações, um bônus a mais :joy:
só vi até a ilustração 28 faltam 772, deixo para hora da leitura hehehe
 

Valinor 2023

Total arrecadado
R$2.434,79
Termina em:
Back
Topo