• Caro Visitante, por que não gastar alguns segundos e criar uma Conta no Fórum Valinor? Desta forma, além de não ver este aviso novamente, poderá participar de nossa comunidade, inserir suas opiniões e sugestões, fazendo parte deste que é um maiores Fóruns de Discussão do Brasil! Aproveite e cadastre-se já!

O Apanhador no Campo de Centeio (J. D. Salinger)

Anica disse:
minha primeira referência sobre o livro foi da Judy, irmã do Doug (lembram aquele desenho que passava na cultura?) :rofl:
:rofl:

Ela era beatinik! Doug ainda passa na Cultura, acho que lá pelas cinco da tarde.
 
Pips disse:
Anica disse:
minha primeira referência sobre o livro foi da Judy, irmã do Doug (lembram aquele desenho que passava na cultura?) :rofl:
:rofl:

Ela era beatinik! Doug ainda passa na Cultura, acho que lá pelas cinco da tarde.

A Judy sempre foi minha personagem preferida no desenho! Nunca me esqueço o dia que o Roger aprendeu a patinar no gelo para tentar conquistá-la!
 
e provavelmente continuará sendo chato para você, marcio. o livro não muda do começo para o fim, não narra nada de extraordinário.
 
Alan Pitrokvitch disse:
O ídolo é um paulista chamado Fábio Altro, vocalista de uma banda underground, gosto muito do som dos caras.

Também li esse livro por causa da música do Dance of Days, Caulfield. Não entendia o que ele queria dizer nas passagens que trazia referências ao livro. Aliás, isso acontece em várias músicas dessa banda -Okay, Nenê Altro é sensacional .___." -.

Enfim, li o livro afim de entender a música, e confesso que foi difícil. Precisei de ajuda. No começo achei muito interessante, me propus a ler com altas perspectivas (okaay, de novo a música!), mas confesso que acabei me decepcionando um pouco. Achei que fosse ser algo mais impactante. Mas foi justamente na simplicidade do enredo que eu encontrei o significado daquilo tudo. É o que o próprio Holden diz no livro, as coisas são simples e claras. Você só precisa ser um pouco mais observador pra perceber. E eu confesso que não percebi - :X -.
Ao terminar de ler o livro, comentei com meu irmão que foi quem me indicou e sempre discutiu tais assuntos comigo, e ele me mostrou uma porção de coisas que eu não tinha percebido. Foi a partir daí que comecei a reparar na real grandiosidade da obra. É um livro sensacional, que vale a pena, no mínimo ser lido, até porque é uma leitura fácil e muito agradável.
 
Esse livro é sensacional. Acho que todo mundo deveria ler pelos 16 anos. E, depois, com o tempo, reler.

Só de ler esse tópico já deu saudade de um monte de coisa. hahaha
 
Muito bom, muito bom mesmo. É quase impossível não se identificar com o personagem principal. Já li muitas análises e críticas desse livro, mas costumo lembrar-me de uma em especial (muito embora não lembre o autor ou fonte), em que o Holden é descrito como um indivíduo que vaga no limbo entre a infância e a vida adulta, ou entre a adolescência e a vida adulta, jornada essa em que ele não tem o rumo certo.
Em suas andanças ele vai manifestando a sua resistência a esse mundo fragmentário e confuso em que vive através do sarcasmo com pontadas de humor negro. Muito bom, ilustra muito bem a realidade de muitos jovens. Fora que tem passagens (como diria o Faustão) antológicas.
 
É um clássico, não preciso falar mais nada. Pra mim, ele trata da transição do Holding de menino para homem, com responsabilidades e aquela coisa toda, como se passar uns dias andando por NY fosse finalmente ajudá-lo a entender o que ele acha importante na vida. Achei bem interessante a história. ;D
 
Só de falar me dá vontade de ler novamente. Não sou um cara de muitas releituras, mas quando me sinto meio solitário e sem rumo, gosto da companhia do Holden para me mostrar que não sou o único sarcástico do mundo, nem o único que costuma julgar mentalmente as pessoas, hehehe. :happyt:
 
Recuperei alguns posts do tópico:
- Primeiro post (Chatov) em 16-10-2009
- Último post (Anne.) em 02-02-2010

Chatov disse:
Realmente, esse é um livro bem fácil de ler (li em uns 6 dias, pois a linguagem é bem acessível), mas infelizmente eu não gostei.
Achei muito piegas, mal escrito até.
Não recomendo.

Amélie disse:
Então, pelo título, quem já ouviu falar pensa que é um livro imperdível... eu li com essa expectativa e também achei uma decepção!

mas acho que se eu fosse adolescente - talvez - achasse muito legal! a linguagem é realmente acessível!

Lucas_Deschain disse:
Não sou uma pessoa de muitas releituras, mas O Apanhador no Campo de Centeio é uma das exceções que faço. Sempre que estou meio irado com o mundo e com as pessoas, vou ler o livro e ouvir os pensamento do Holden e, cara, o sarcasmo dele é realmente animador. Consigo perceber como não sou o único que julga mentalmente as pessoas e tudo mais.
Apesar de todas as críticas e as supostas mensagens subliminares que alguns dizem que o livro tem, eu gosto muito da obra. A leitura é bem fluida, o fluxo de consciência é genial e faz com que a obra seja muito divertida.

Gonzo disse:
Acho que normalmente quem lê o livro e se decepciona é porque não curtiu a forma da narrativa mas temos que lembrar que nenhum pensamento é organizado e não passa por filtros sociais do que deve ser dito. Pode até ser chato mas passa diversas mensagens e você pode gostar das mensagens mas não da forma como foram ditas.

Uma vez que a narrativa é de fluxo de consciência (como já disseram por aqui) é uma questão de saber se a personalidade dele tem algo a ver com a sua (respeitando a idade da personagem).

Pra mim foi ótimo descobrir que eu não sou o único com delírios críticos e julgamentos rápidos das coisas que acontecem ao redor. Tenho certeza que se as pessoas tivessem acesso a minha mente se assustariam por vezes.

Eu não teria coragem de por no papel por exemplo pensamentos sequenciais completos de uma semana, hahaha! Nós só costumamos expressar fragmentos do que pensamos, o que têm lógica ou foi filtrado para ser aceito socialmente (ênfase no "costumamos", as vezes soltamos "pérolas" do mal).

Um pensamento pode ser preconceituoso, maldoso, crítico e a pessoa pode ser um doce e não ser falsidade dela, ela pode depois julgar o que pensou e agir sobre isso, mas o pensamento passou por ali e só a própria pessoa pode negar.

Holden pensa e age como 16 anos e nós só podemos julgá-lo, considero o leitor aqui uma consciência externa que julga os pensamentos dele ("ele não devia ter feito isso..." ou "tinha mais é que fazer") e acho que essa era a intenção do autor, dar meios para julgar e não ter meios para agir, dá mesma forma como nossa consciência as vezes julga e não age (e a vida acontece) e também como lidamos com todas as outras pessoas no dia a dia, as julgamos, mas elas são livres.

hahaha escrevi demais

abraço

Maura Corrêa disse:
É o livro da minha vida...:grinlove:

Lucas_Deschain disse:
Falou e disse o Gonzo. Justamente a "posição" que o filtro social está ajustado é que deixa os pensamentos do Holden tão engraçadas e sarcásticos. Foi principalmente isso que me cativou, já que fui aos poucos me identificando com ele.
O que me assustou, na verdade quando estava no finzinho do livro, foi a maneira que o Holden acaba a história. Fiquei preocupado pensando se não seria esse também o meu destino, hehehehe.
Já li resenhas de pessoas que dizem que o Holden Caufield vaga em um limbo, que se encontra entre a infância e a vida adulta, na época achei que era uma baita síntese do que o livro tratava, achei genial.
A história que o Holden narra me fez pensar bastante sobre os livros do Jack Kerouac e aqueles que se dizem da geração beat. O Holden, na minha concepção, é um beatnik que não é tão beat assim, hehehe.

caducotavio disse:
E esse não é também um dos primeiros livros sérios - tá, o termo escolhido não foi o melhor, quis dizer que não é um livro escrito com a finalidade de ser literatura infanto-juvenil - em que a perspectiva é a de um adolescente? E, quando digo perspectiva, não quero dizer somente que é sobre as experiências de um adolescente, mas sim que a visão de mundo de um adolescente é exposta, sem amarras.

Quanto ao fluxo de consciência, acho que Laurence Sterne já brincava com ele em seu Tristram Shandy, não?

Lucas_Deschain disse:
Apesar de nunca ter ouvido falar de Laurence Sterne caducotavio, fui pedir uma ajuda ao tio Google e descobri que ele também usou de um senso de humor um tanto grosseiro (segundo Wikipedia) ao escrever A Vida e as Opiniões do Cavaleiro Tristam Shandy, algo que é muito similar a'O Apanhador no Campo de Centeio. Pelo menos é o que eu acho. Vi também que ele é considerado o precursor do uso do fluxo de consciência, o que é deveras interessante.
Fiquei bem interessado nesse romance, já vou pôr na lista de livros a ler. Valeu pela dica caducotavio.

caducotavio disse:
Lucas_Deschain,

Sterne é um dos inspiradores de Machado de Assis, por causa de todas as digressões. A Vida e as Opiniões é um livro hilário por uma série de motivos e, grosseiro, acho que só naquela época. Ao menos nos modos, porque as piadas eram sutis mas causavam um bocado de alvoroço, o público era bastante volúvel. Além disso, o Sterne usou e abusou das "novas" ferramentas da época, criando páginas em negro (em luto) ou colocando o romance em forma gráfica (o desenrolar da história).

Eu acho esse um autor fascinante. Mas é pra outro tópico, não?

walbher disse:
Foi um livro que me marcou muito. Eu o adorei quando li: eram noites silenciosas e eu passando pela madrugada o lendo. Holden realmente tem esse dom de se encaixar nas pessoas que passam por sua história. Mas é realmente uma visão adolescente da vida. O problema é que essa visão traz tanta nostalgia...

dbottmann disse:
Lucas_Deschain disse:
Sempre que estou meio irado com o mundo e com as pessoas, vou ler o livro e ouvir os pensamento do Holden e, cara, o sarcasmo dele é realmente animador. [...] a obra seja muito divertida.
concordo. é o grande livro da adolescência e pós-adolescência, em termos existenciais. em termos literários, merecidamente tido como uma obra-prima!
não sei se vc leu franny e zoey - aí já é mais tipo trágico e traumático, não permite essa autoidentificação que o apanhador permite. mas é muito bonito na apresentação desse complexo entrelaçamento dos afetos, e do sentimento de serem meio deslocados no mundo, que já tem no apanhador.
ainda nessa linha meio trágica, tem entre as nove histórias (ou estórias, na edição que tenho aqui), o conto "um dia perfeito para um peixe-banana" - não gosto muito, tem pathos demais para meu gosto, mas entre as short stories do salinger é tido como o mais primoroso. mas é brutal.

Lucas_Deschain disse:
Uma boa pedida, vou adicionar na minha lista de livros a ler, em 2010 ainda, se possível. Último ano de faculdade e ano de TCC, o que significa que tempo é algo que vou ter em pouca quantidade em 2010, hehehe.

dbottmann disse:
o que acho mais interessante no apanhador é a, digamos, compaixão do holden. esse se sentir perdido, essa espécie de à beira do abismo, que ele sente tão profundamente, e não deseja para ninguém. como ele diz, respondendo à irmãzinha, quando crescesse ele gostaria de ser um apanhador no campo de centeio, ficar de sentinela à beira do abismo, olhando as crianças correrem brincando pelo campo, e quando uma delas se aproximasse inadvertidamente do precipício ele iria segurá-la para ela não cair.
ele entende, sente profundamente essa angústia pessoal dele, mas não é solipsista, vê aquela crise como algo muito destroçador, não gostaria que isso destruísse a "pureza" ou inocência das crianças, e gostaria de salvá-las desse abismo da crise de identidade pela qual está passando.
claro que não é um livro de enredo, é um livro basicamente de afetos e sentimentos, e o que lhe dá grandiosidade como personagem é ele não se fechar na própria crise existencial e querer ser sinceramente, em todas as suas fibras internas, o salvador dos inocentes, o catcher in the rye.

Lucas_Deschain disse:
O sarcasmo é a melhor coisa do livro, na minha opinião. O Holden encontra na sua irmã, ou seja, no futuro, já que a irmã dele "funciona" como representante de uma nova geração; tempos mais funestos chegando, como algo terrível a que se deveriam privar aqueles que ainda não tiveram contato com essa perda da inocência.
Holden faz troça com o mundo, faz piadas com praticamente todos, mas quando o assunto é a sua irmã, ou suas nostalgias de infância, o tom que ele assume é bem mais sério, tocado pela preocupação, me parece.
A marca do pensamento de Holden é, a meu ver, a desilusão com um tempo de incertezas e de um mundo que não lhe parece agradável, tolerável, mas não agradável. A forma como ele combate ou resiste a essa hipocrisia do mundo é usando seu senso de humor negro e sarcástico.
Quanto a discussão da idade ou fase da vida, que tomou lugar nesse tópico, creio que ela não é assim tão importante, desde que se saiba reconhecer o momento em que o próprio leitor se apropria do texto da obra. Pode fazer sentido nas mais diversas fases da vida, variando de cada a cada um, afinal, todos somos diferentes uns dos outros.

dbottmann disse:
sim, concordo. o personagem nunca fica piegas nem sentimental justamente por causa do sarcasmo, o que funciona com uma tremenda eficácia até como maneira de enfrentar o mundo, e impele para longe qualquer tipo de autocomplacência.

neste sentido, considero que o personagem tem muito mais estofo psicológico e moral do que o diver, de suave é a noite, que a gente comentava antes, que resvala para a autopiedade e não sabe como reagir perante a loucura da esposa, e ele próprio acaba numa derrocada material e mental.

mas acho importante a referência à fase adolescente do holden. é um "turning point" pelo qual todos nós passamos.

Lucas_Deschain disse:
Pois é, mas tenho que dizer que tanto "turning point" quanto adolescência são conceitos um tanto relativos, já que estamos falando de tempo psicológico ou "tempo humano" e não algo cronometrado ou objetivo, não é? As pessoas entram, passam e saem (ou não) da adolescência em diferentes tempos e idades. Mas acho que essa questão da adolescência ou pré ou pós adolescência não desmerece em nada a obra ou o sentido que ela parece querer passar.
Só sei que quando tendo a ficar meio melancólico por alguma coisa que me aconteceu, recorro ao Holden para ver que não estou sozinho nessa parada e que sempre dá para sacanear sarcástica e mentalmente aquele desafeto, hehehe. XD
Quanto ao Suave é a Noite, que você citou, bem, vou fazer o possível para lê-lo em breve e dar um parecer.

dbottmann disse:
jorio dauster gentilmente disponibilizou o prefácio dos tradutores à obra para o nãogosto. se alguém se interessar, está em http://naogostodeplagio.blogspot.com/201...hador.html

Gigio disse:
dbottmann disse:
jorio dauster gentilmente disponibilizou o prefácio dos tradutores à obra para o nãogosto. se alguém se interessar, está em http://naogostodeplagio.blogspot.com/201...hador.html

Nossa, muito interessante o prefácio! Já tinha conhecimento que em Portugal eles haviam optado por "Uma Agulha no Palheiro", mas não tinha ideia que a tradução do título era um problema universal. Hoje, "O Apanhador no Campo de Centeio" parece uma escolha perfeita para o português.

Para mim, o mais impressionante no "Apanhador" é a maneira como o Salinger conseguiu atingir uma representação complexa do Holden, que se transmite como algo muito verdadeiro. Não sei como ele conseguiu alcançar esse nível de perfeição, não posso deixar de imaginar que muito disso deve ser autobiográfico, embora ache um pouco ofensivo à criatividade do escritor, o sair afirmando essas coisas. Mas sei que certos trechos em especial, talvez também pela ressonância com a reprodução do modo de expressão coloquial do Holden, me causam uma total simpatia.
Aquele momento em que ele luta com o colega de quarto, lembro que me soou como qualquer coisa que eu mesmo tivesse experimentado. E a parte em que ele se desentende com a Sally, quando percebe que ela é completamente incapaz de compreendê-lo, me deixou tão irritado que, tendo lido à noite, não conseguia depois pegar no sono.
Essa identificação, para mim, é quase instintiva, e acho que o Salinger merece admiração por uma representação de tamanha profundidade.

dbottmann disse:
Gigio disse:
dbottmann disse:
jorio dauster gentilmente disponibilizou o prefácio dos tradutores à obra para o nãogosto. se alguém se interessar, está em http://naogostodeplagio.blogspot.com/201...hador.html

Nossa, muito interessante o prefácio! Já tinha conhecimento que em Portugal eles haviam optado por "Uma Agulha no Palheiro", mas não tinha ideia que a tradução do título era um problema universal. Hoje, "O Apanhador no Campo de Centeio" parece uma escolha perfeita para o português.

Para mim, o mais impressionante no "Apanhador" é a maneira como o Salinger conseguiu atingir uma representação complexa do Holden, que se transmite como algo muito verdadeiro. (...)
Essa identificação, para mim, é quase instintiva, e acho que o Salinger merece admiração por uma representação de tamanha profundidade.

sim, concordo, é uma representação complexa, profunda. até por isso ela dura no tempo e é capaz de pegar as pessoas... realmente acho uma obra muito delicada (no sentido de uma textura complexa, articulada e ao mesmo tempo frágil - se vc tirar um elemento, ou carregar demais em outro, a coisa desequilibra ou fica forçada) e comovente.

Lucas_Deschain disse:
Às vezes, em uma leitura mais descontraída, sem pensar muito sobre a consistência do escrito, nem sobre a concordância e articulação da escrita, você acaba viajando com os pensamentos e implicâncias do Holden e se vê nele. Essa identificação é justamente o que fez o livro ser agradável de se ler e tão popular também, creio eu.
O autor parece ter sintetizado tão bem o sentimento de desilusão que às vezes sentimos, que não é possível sentir ao menos alguma coisa em relação ao protagonista.
Nesse sentido, creio que essa obra funciona não só como uma história ora melancólica, ora comovente, ora engraçada; mas também como uma crítica a maneira como a sociedade está organizada, com a hipocrisia e tudo mais.

dbottmann disse:
ainda sobre salinger, jorio dauster (que traduziu o apanhador) conta mais um episódio simpático, em artigo gentilmente cedido ao nãogostodeplágio.
http://naogostodeplagio.blogspot.com/201...chado.html

Anne. disse:
Caramba, eu estava dando uma limpada nas minhas gavetas quando achei esse livro. Nunca o li, alguém deve ter esquecido ele lá em casa. Mas agora, vou dar uma olhada com certeza!

Lucas_Deschain disse:
O livro do autor processado tem tradução para o português ou a traduçao e vendas e tudo mais foram suspensas ou algo assim em virtude do processo?

Anica disse:
o resultado do processo é que o livro era medíocre demais para afetar a obra do salinger, então acho que proibido não foi. agora se as editoras tiveram interesse em traduzir, já são outros quinhentos. em português do brasil não deve ter, porque nas reportagens sempre fazem tradução livre do título.

Lucas_Deschain disse:
Bá, uma pena. Gostaria de dar uma olhada só pra ver que bicho que é, hehehe. XD

Zzeugma disse:
Saiu uma matéria uns meses atrás, pelo Caderno2 do Estadão, sobre as reações da nova geração norte-americana ao Apanhador... O artigo era escrito pela Lucia Guimarães, que era do Manhattan Connection. O tom era que o "Apanhador" estaria "datado". A molecada anda considerando o Holden um "chato de galochas" pra usar um termo que já não é deles. Me diverti ao ler as reações de um moleque de doze anos: "Manda ele tomar Prozac e parar de me encher o saco."

Lembro de ter lido, ter achado ok, mas sem o impacto que prometiam. Acho mais interessante esta aura de autor recluso que o envolvia.

Pensando bem, neste momento, ele está mais recluso do que nunca.

dbottmann disse:
http://editora.cosacnaify.com.br/blog/: Vale a pena visitar, no site do New York Times, o mapa interativo com os pontos por onde Holden Caulfield passa no Apanhador no campo de centeio.

Carrapicho disse:
Zzeugma disse:
Saiu uma matéria uns meses atrás, pelo Caderno2 do Estadão, sobre as reações da nova geração norte-americana ao Apanhador... O artigo era escrito pela Lucia Guimarães, que era do Manhattan Connection. O tom era que o "Apanhador" estaria "datado". A molecada anda considerando o Holden um "chato de galochas" pra usar um termo que já não é deles. Me diverti ao ler as reações de um moleque de doze anos: "Manda ele tomar Prozac e parar de me encher o saco."

Lembro de ter lido, ter achado ok, mas sem o impacto que prometiam. Acho mais interessante esta aura de autor recluso que o envolvia.

Pensando bem, neste momento, ele está mais recluso do que nunca.

E eu achando que "O Apanhador" dificilmente se tornaria retrógrado. Vai saber...
gira.gif

Lucas_Deschain disse:
dbottmann disse:
http://editora.cosacnaify.com.br/blog/: Vale a pena visitar, no site do New York Times, o mapa interativo com os pontos por onde Holden Caulfield passa no Apanhador no campo de centeio.

Alguém conseguiu acessar esse link? Não consegui.
shifty.gif

Anica disse:
tem que tirar aqueles dois pontos do final do link. mas o link direto para o mapa é esse aqui -> http://www.nytimes.com/interactive/2010/...?th&emc=th

Lucas_Deschain disse:
Anica disse:
tem que tirar aqueles dois pontos do final do link. mas o link direto para o mapa é esse aqui -> http://www.nytimes.com/interactive/2010/...?th&emc=th

Valeu Anica. Bem legal esse mapa, dá pra ter uma idéia bem massa do quanto o Holden andou nos poucos dias nos quais se passa o livro. Maneiro!

Clara V. disse:
Zzeugma disse:
Saiu uma matéria uns meses atrás, pelo Caderno2 do Estadão, sobre as reações da nova geração norte-americana ao Apanhador... O artigo era escrito pela Lucia Guimarães, que era do Manhattan Connection. O tom era que o "Apanhador" estaria "datado". A molecada anda considerando o Holden um "chato de galochas" pra usar um termo que já não é deles. Me diverti ao ler as reações de um moleque de doze anos: "Manda ele tomar Prozac e parar de me encher o saco."
(...)

Tenho bronca dessas matérias que pegam a opinião de meia dúzia de pessoas e afirma que é o pensamento de todos que pertencem àquela faixa de idade, classe social, profissão etc.
Nesse caso é mais provavel que entrevistaram um bando de adolescentes em um colégio médio americano (ou num shopping) e agora dizem que é "a opinião da molecada".

E depois, não sei como os adolescentes dos anos 1950 ao 2000 se sentiram com relação ao Holden.
Lembro de ter lido esse livro pela primeira vez adolescente e me sentido aliviada por alguém ter escrito sobre como a humanidade (e eu mesma) pode ser medíocre e insuportável.
Mas na época, uma amiga, da mesma faixa de idade e que leu o livro na mesma época que eu, achou o protagonista um idiota que falava muito palavrão e que a história era sem sentido.

Lucas_Deschain disse:
Não consigo achar o Holden datado. Se ele for datado então acho que também sou, é impossível não se identificar, em algum momento, com ele. Os pensamentos dele, as tiradas, aquele pessimismo camuflado em sarcasmo, o humor negro, bá, se ele for das antigas então também sou, ou pelo menos o meu modo de pensar. Hehehehe XD

Anne. disse:
Anica disse:
tem que tirar aqueles dois pontos do final do link. mas o link direto para o mapa é esse aqui -> http://www.nytimes.com/interactive/2010/...?th&emc=th

Ótimo este mapa! ;D Eu estou lendo o livro e assim fica muito mais fácil imaginar as andanças do Holden.

E até agora ele não chega a me parecer carrancudo, talvez mal humorado, mas eu acabo rindo do tanto que ele xinga e de como rotula as pessoas a sua volta. ;D

dbottmann disse:
a quem interessar, jorio dauster, o diplomata tradutor de salinger, vai falar sobre ele hoje às 23h na globonews


vídeo com jorio dauster falando sobre o apanhador em campo de centeio:


http://tinyurl.com/yelkafx

Lucas_Deschain disse:
Valeu dbottmann, vou dar uma olhada no vídeo e ver o que é que o Jorio vai falar sobre o Holden.
typerhappy.gif

Pips disse:
Holden não é datado, os medos que ele expoe são universais. O problema é que não há explicações ou facilidades, a pessoa deve pensar como ele enquanto estiver lendo. Se entregar ao personagem. A mensagem é sempre a mesma: coisas que deixamos para trás e não queremos.

Hoje em dia as pessoas só querem lembrar das músicas que ouviam quando mais jovens ou dos desenhos que marcaram, e não nas pessoas.

Anne. disse:
Me pareceu que o Holden estava numa fase meio rebelde. ;p Mas não deixei de reparar que ele só se sente bem mesmo, quando está em casa, ou com a irmã. Apenas nesses momentos ele se sente realmente sem o mal humor que o persegue.
Nem com as freiras eu acho que ele se sente tão bem assim, quer dizer, é só aquele sentimento que todo mundo têm quando vê uma freira, elas passam mesmo uma 'paz de espírito, na minha opinião! ;p

Lucas_Deschain disse:
O Holden tem umas tiradas que te fazem rir muito, aquele olhar totalmente despretensioso sobre o mundo e as pessoas, aquele pensamento insistente de que tudo o irrita, aquilo é muito bom, sempre me faz sentir menos solitário em um mundo massificado.

Anne. disse:
Essa entrevista que o dbottmann postou aí é muito boa! Eles explicam bem mastigadinho a fase pela qual o Holden está passando, que é o 'divisor de águas' na vida de um garoto, onde ele começa a se tornar homem. ;D
 
Brianstorm disse:
... Acho que todo mundo deveria ler pelos 16 anos. E, depois, com o tempo, reler.

Passei um pouco do ponto pra ler esse livro então... :lol:
Sério gente, não me batam, mas ainda não li esse livro.
 
Claudinha disse:
Brianstorm disse:
... Acho que todo mundo deveria ler pelos 16 anos. E, depois, com o tempo, reler.

Passei um pouco do ponto pra ler esse livro então... :lol:
Sério gente, não me batam, mas ainda não li esse livro.

Somos duas! Quer dizer, eu o li, mas não foi aos 16 e ainda assim gostei bastante do livro. To até tentando fazer meu irmão ler, porque acho que ele está mais ou menos na mesma fase que o Holding! ;D
 
Estou na fase dos 16, acabei de ler o livro agorinha. Gostei do livro, mostra sentimentos que tooodo mundo tem ou um dia já teve, e admito que na primeira frase já fiquei interessada pelo livro porque ele reclama tanto que é cómico.

Admito que me identifiquei com ele, em alguns pontos com seu húmor em outros com sua maneira de olhar o mundo.

É um personagem tão cativante :grinlove: sério mesmo, um dos personagens mais cativantes de todos os livros eu que já li.
 
Claudinha disse:
Brianstorm disse:
... Acho que todo mundo deveria ler pelos 16 anos. E, depois, com o tempo, reler.

Passei um pouco do ponto pra ler esse livro então... :lol:
Sério gente, não me batam, mas ainda não li esse livro.
Relaxa, acho que vai muito do momento da sua vida também.

Creio que ele seja muito bom para momentos de indecisão e/ou momentos em que se está com raiva de um monte de coisa.

Encomendei em inglês. :happyt:
Estou ansioso para reler, ainda mais no original. Quero ver como serão as gírias.
 
Petra disse:
Estou na fase dos 16, acabei de ler o livro agorinha. Gostei do livro, mostra sentimentos que tooodo mundo tem ou um dia já teve, e admito que na primeira frase já fiquei interessada pelo livro porque ele reclama tanto que é cómico.

Admito que me identifiquei com ele, em alguns pontos com seu húmor em outros com sua maneira de olhar o mundo.

É um personagem tão cativante :grinlove: sério mesmo, um dos personagens mais cativantes de todos os livros eu que já li.

Também acho Petra. Têm algumas pessoas que acham ele um tanto chato por ficar reclamando todo o tempo, mas ele faz isso de uma forma que chega a ficar engraçado! E sendo tão reclamão e cômico acaba fazendo dele um personagem agradável. E ainda tem a maneira como ele trata a irmã, eu que eu acho 'muito bonitinho'! ;D
 

Valinor 2023

Total arrecadado
R$2.434,79
Termina em:
Back
Topo