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Novo Coronavírus (COVID-19)

Quanto tempo a pandemia ainda dura?

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    Votos: 1 14,3%
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  • Não vai terminar nunca! (vira uma endemia, mas com número de vítimas similar ao de mar/2022)

    Votos: 3 42,9%

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voltando ao covid: sobre aquilo que estávamos falando sobre saber muito pouco sobre a doença, ó lá:

Coronavírus em esgoto de 5 países antes de surto na China aumenta mistério sobre origem do vírus


Pesquisadores de pelo menos cinco países, incluindo o Brasil, apontaram a presença do novo coronavírus em amostras de esgoto coletadas semanas ou meses antes do primeiro caso registrado oficialmente na cidade chinesa de Wuhan, epicentro da pandemia de covid-19.

Mas o que essas descobertas de vírus nas fezes mudam sobre o que sabemos do vírus Sars-CoV-2?

Cientistas indicam três eixos principais:

  • monitoramento: detecções no esgoto podem servir como ferramenta ampla e barata de vigilância do avanço da covid-19; há ao menos 15 países onde se estuda ou se adota essa estratégia
  • possível risco à saúde: presença do material genético do vírus nas fezes indica que o esgoto pode ser uma via de contágio
  • origem da pandemia: o vírus pode ter circulado bem antes do que afirma a cronologia oficial
Em relação ao terceiro ponto, o estudo que mais chamou a atenção foi liderado por pesquisadores da Universidade de Barcelona. Segundo eles, havia presença do novo coronavírus em amostras congeladas — coletadas na Espanha — de 15 de janeiro de 2020 (41 dias antes da primeira notificação oficial no país) e de 12 de março de 2019 (nove meses antes do primeiro caso reportado na China).

Mas como um vírus com potencial pandêmico poderia ter circulado sem chamar a atenção ou criar uma explosão de casos, como ocorreu em Wuhan? Especialistas citam ao menos cinco hipóteses.

Uma, é que pacientes podem ter recebido diagnósticos errados ou incompletos de doenças respiratórias, algo que teria contribuído para o espalhamento inicial da doença. Outra é que o vírus não tenha se espalhado com força a ponto de originar um surto.

Há também duas possibilidades de problemas na análise: uma eventual contaminação da amostra ou um resultado falso positivo, por causa da similaridade genética com outros vírus respiratórios ou de falhas no kit de teste.

Por fim, há quem fale em um vírus à espera de ativação. Tom Jefferson, epidemiologista ligado ao Centro de Medicina Baseada em Evidências da Universidade de Oxford, afirmou ao veículo britânico The Telegraph que há um número crescente de evidências que apontam que o Sars-CoV-2 estava espalhado pelo mundo antes de emergir na Ásia. "Talvez estejamos vendo um vírus dormente que foi ativado por condições ambientais."

Para o virologista Fernando Spilki, presidente da Sociedade Brasileira de Virologia, é preciso aguardar mais estudos sobre o tema antes de tirar qualquer conclusão sobre a incidência do vírus meses antes da origem conhecida da pandemia, em dezembro.

"Todos estes resultados têm de ser avaliados com cautela. A própria característica do Sars-CoV-2 de induzir casos de bastante gravidade e letalidade relativamente alta na população torna improvável que este vírus circule em uma região sem evidência de casos clínicos."

O que afirma a pesquisa liderada pela UFSC?
A equipe liderada por pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) analisou seis amostras de 200 ml de esgoto bruto congelado, coletadas em Florianópolis de 30 de outubro de 2019 a 4 de março de 2020.

No artigo, que ainda não foi analisado por revisores acadêmicos, os pesquisadores afirmam que a presença do vírus foi detectada a partir de 27 de novembro. Naquela amostra havia, segundo eles, 100 mil cópias de genoma do vírus por litro de esgoto, um décimo da identificada na amostra de 4 de março. Santa Catarina registraria oficialmente os dois primeiros casos em 12 de março, em Florianópolis.

Segundo os pesquisadores, o vírus foi identificado nas amostras de esgoto por meio do teste RT-PCR, capaz de detectar a presença do Sars-CoV-2 a partir de 24 horas após a contaminação do paciente. Esse teste, cuja sigla significa transcrição reversa seguida de reação em cadeia da polimerase, basicamente transforma o RNA (material genético) do vírus em DNA para identificar sua presença ou não na amostra examinada.

Esgoto
Direito de imagemGETTY IMAGESImage captionPesquisas apontam que novo coronavírus também está presente nas fezes de pacientes
"Isso demonstra que o Sars-CoV-2 circulava na comunidade meses antes de o primeiro caso ser reportado" no continente americano, escrevem os autores do artigo.

A bióloga Gislaine Fongaro, líder da pesquisa e professora do departamento de microbiologia, imunologia e parasitologia da UFSC, afirmou que os primeiros resultados despertaram ceticismo na equipe. Por isso, acionaram outros departamentos da universidade a fim de rechecarem e repetirem todos os testes com diversos marcadores virais (para evitar que outros vírus parecidos confundissem a detecção, por exemplo).

Segundo ela, a presença do vírus meses antes do registro oficial pode ser explicada, por exemplo, pelo fato de que as pessoas podem ou não ter ficado doentes ou atribuído os sintomas a outras doenças. Mas, de acordo com Fongaro, apenas estudos futuros podem explicar como o vírus foi parar no esgoto de Florianópolis em novembro.

Um sequenciamento genético do vírus encontrado no esgoto poderia, por exemplo, ser comparado ao outros sequenciamentos feitos ao redor do mundo a fim de estimar a data de origem precisa do Sars-CoV-2 encontrado.

Quando a pandemia de fato começou?
A cronologia oficial da pandemia de covid-19 tem mudado ao longo do tempo porque ainda há muito a ser descoberto sobre a doença, o modo como ela se espalha e, principalmente, sua origem. Não está claro ainda como e quando o vírus Sars-CoV-2 passou a infectar a espécie humana.

Há consenso entre cientistas de que o primeiro surto ocorreu em um mercado de Wuhan que vendia animais selvagens vivos e mortos. Mas pesquisadores não sabem se o vírus surgiu ali ou "se aproveitou" da aglomeração para se espalhar de uma pessoa para outra. "Se você me pergunta qual é a maior possibilidade, digo que o vírus veio de mercados que vendem animais selvagens", afirmou Yuen Kwok-yung, microbiologista da Universidade de Hong Kong, à BBC.

Pedestre com máscara passa ao lado de mercado popular com lojas fechadas
Direito de imagemGETTY IMAGESImage captionEstima-se que o primeiro surto do novo coronavírus esteja ligado a um dos 'mercados úmidos' de Wuhan, onde são vendidos animais selvagens vivos e mortos
As lacunas persistem. Os primeiros casos de covid-19 foram reportados oficialmente no fim de dezembro, mas um estudo de médicos de Wuhan, publicado em janeiro pela revista médica The Lancet, descobriu posteriormente que o primeiro caso conhecido de covid-19 em um humano havia ocorrido semanas antes. Trata-se de um idoso de Wuhan que não tinha nenhum vínculo com o mercado público.

A cronologia da pandemia no Brasil também pode mudar. O primeiro diagnóstico oficial no país ocorreu em 26 de fevereiro, um empresário de 61 anos de São Paulo que retornava de uma viagem à Itália, onde começava a surgir uma explosão de casos.

Mas análises feitas por pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) apontam ao menos um caso de Sars-Cov-2 no Brasil um mês antes, entre 19 e 25 de janeiro. O vírus também teria circulado entre os habitantes do país um mês antes do que o governo federal estimava, segundo a instituição.

Para chegar a essas conclusões, a Fiocruz se baseou em dois pontos, principalmente. A análise retroativa de amostras coletadas de pacientes em meses anteriores e a comparação do número de pessoas com doenças respiratórias sem causa aparente em 2020 com anos anteriores.

Como então sanar essas lacunas? Há quem defenda investigações à moda antiga. "Esses surtos precisam ser investigados adequadamente com as pessoas in loco, um a um. Você precisa fazer o que John Snow fez. Você questiona as pessoas e começa a construir hipóteses que se encaixam nos fatos, e não o contrário", defendeu o epidemiologista Tom Jefferson, ligado à Universidade de Oxford, em entrevista ao Telegraph.

O médico John Snow (1813-58) é considerado um dos fundadores da epidemiologia moderna ao sair a campo para investigar um surto de cólera em Londres em 1854 — a doença havia matado dezenas de milhares de pessoas na cidade nas duas décadas anteriores.

Ele não aceitava a teoria mais difundida à época, de que o contágio se dava pelo "ar podre e viciado". Em sua célebre análise de dados, Snow entrevistou moradores, mapeou caso a caso de modo pioneiro e identificou que a causa do surto era na verdade uma fonte pública de água contaminada por dejetos. A descoberta gerou uma revolução nas investigações de espalhamento de doenças.

Mapa elaborado por John Snow para investigar surto de cólera no século 19 em Londres
Direito de imagemBRITISH LIBRARYImage captionMapa elaborado por John Snow para investigar surto de cólera no século 19 em LondresÉ possível haver contágio de Sars-CoV-2 por meio do esgoto?
A presença do novo coronavírus nas fezes levanta a possibilidade de contágio por meio do esgoto. Em 2003, durante a pandemia de outro vírus Sars-CoV, a infecção de centenas de moradores em um mesmo prédio de Hong Kong foi atribuída a vazamentos na tubulação de esgoto.

Esgoto
Direito de imagemGETTY IMAGESImage captionEstudo aponta a possibilidade de que esgoto pode despejar enorme carga viral em rios
Na pandemia atual, ainda não há evidências de que isso tenha ocorrido ou de que o Sars-CoV-2 esteja viável para transmissão após ser excretado nas fezes. Tampouco há recomendações oficiais para usar água sanitária a fim de conter o contágio via esgoto, conforme tem circulado em grupos de WhatsApp. A contaminação ocorre basicamente por via respiratória.

Estudos apontam que o sistema de tratamento do esgoto é capaz de eliminar a presença do vírus, mas a precária situação sanitária de países como o Brasil pode levar ao despejo de uma enorme carga viral em rios sem tratamento adequado. Segundo dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento de 2018, apenas 46% do esgoto gerado no país são tratados. A falta de saneamento no Brasil gera mais de 300 mil internações hospitalares por ano, mas ainda não é possível afirmar que a presença de coronavírus no esgoto represente um risco à saúde da população.

O Sars-CoV-2 pode aparecer nas fezes de até metade dos pacientes de covid-19, entre eles, os que tiveram diarreia, sintoma reportado por 1 a cada 5 pacientes. Alguns estudos apontam que, em geral, o vírus aparece nas fezes cerca de uma semana depois dos sintomas e pode permanecer por mais cinco semanas após a recuperação.

Segundo pesquisadores, o método de monitorar a presença do vírus na rede de esgoto de uma cidade pode alertar a existência de um surto de sete a dez dias antes do registro oficial. Um dos pontos positivos dessa abordagem é monitorar também pacientes sem sintomas ou que não foram testados.

Em Belo Horizonte, por exemplo, um projeto-piloto da Agência Nacional de Águas (ANA) analisa amostras de esgoto e aponta que o número de infectados pode ser 20 vezes maior que o de casos confirmados oficialmente.

O que dá mais para analisar no esgoto? Drogas, disparidade social e remédios
A carreira de "epidemiologista de águas residuais", que se disseminou nas últimas duas décadas ao redor do mundo, está em expansão nos últimos anos.

Uma das principais funções desse profissional é descobrir, por exemplo, como o nível do uso de drogas ilegais calculado em abordagens tradicionais, como questionários, pode ser comparado com as evidências mais diretas encontradas nos sistemas de esgoto. E assim apontar subnotificações, entre outras informações.

A técnica não mira indivíduos, mas informações sobre localidades, o que poderia alertar autoridades sobre a eficiência de campanhas e serviços de saúde pública em uma determinada região, bem como se estão empregando os recursos policiais adequadamente.

Além do consumo de drogas, essa análise de partículas em esgotos pode servir para análise de hábitos ligados a alimentos e remédios.

Um laboratório da Universidade de Queensland, na Austrália, por exemplo, realizou coletas em estações de tratamento de esgoto de todo o país a fim de analisar hábitos alimentares e de consumo de medicamentos de diferentes comunidades.

E o resultado? Em linhas gerais, os pesquisadores descobriram que, quanto mais rica a comunidade, mais saudável é sua dieta. Nos estratos socioeconômicos mais altos, o consumo de fibras, cítricos e cafeína era maior. Nos mais baixos, medicamentos prescritos apresentaram uso significativo.

Por outro lado, o uso de antibióticos é distribuído de maneira bastante uniforme entre diferentes grupos socioeconômicos, indicando que o sistema de saúde subsidiado pelo governo está fazendo seu trabalho.
 
E no mesmo dia que coloca o reputadíssimo ~historiador Leandro Narloch pra falar sobre doação de sangue por homossexuais:
Vamos corrigir essa informação, "~historiador Leandro Narloch", ele não é historiador, ele é jornalista, que escreveu um livro de fabulas histórica, que não segue qualquer parâmetro, não tem fonte confiável, etc, e não deve ser levado a serio quando se trata de estudar história. Por tanto deve julga-lo pela sua profissão, jornalista.
 
o uso do reputadíssimo e do til antes do historiador já chancela esse mesmo pensamento teu por minha parte, @Jhulha. Isso quer dizer que escrevi historiador e reputadíssimo por deboche e não por considerar o Narloch um profissional respeitável.....
 
(....) mas acho bom mencionar isso pra combater aquele pensamento de que quem tem uma mínima discordância com o Átila tem ignorância ou mau-caratismo... Reducionismo de quem não está acostumado com o contraditório tão presente ao debate científico. Falta equilíbrio e abunda tribalismo na discussão via internet...

(...)
(....)

Enfim, o episódio vai de encontro ao que alertei aqui sobre a formação de doutores em biologia, que tende a ser cada vez mais nichada, e aqui sobre tribalismo: esse papo reducionista de "fulano rainha, ciclano nadinha" ou "fulano irretocável, ciclano tapado" não deveria ter lugar em um ambiente em que é prezado o viés científico, é papo que vem do fígado e não do cérebro. Até porque, quando você tenta vencer com o fígado, o que acontece é o efeito contrário...

Essa tendência ainda continua...


Associação implícita entre "criticar o Átila" com radicalismo, e explícita entre "criticar o Átila" e anticiência... Átila pelo visto é o Luiz XIV da ciência, "a ciência sou eu".... Postado por jornalista de ciência da Folha, e curtido pelo próprio Átila... ¯\_(ツ)_/¯ O caso do Átila, aliás, lembra muito o caso da cloroquina [1][2][3] - divulgação de artigo quente, ainda bastante passível de crítica e direcionado a técnicos, para o público geral. E, ao contrário do que muitos dizem, ele previu sim 1 milhão (no mínimo!) para o caso de quarentena menos radical (mitigação), e não para o caso sem quarentena.[4][5][6][7] Houve três superestimativas em combo:[4] uma superestimativa própria do estudo quente (corrigida em estudos posteriores, já a partir da semana seguinte), uma superestimava que surge quando ele pessoalmente transpõe o número para o Brasil, e uma superestimativa ao se considerar o resultado confiável o bastante para que seja anunciado ao público geral. E por causa disso o vídeo viralizou...

Esse tipo de coisa me leva, às vezes, a questionar o quão meritória é de fato a atividade de divulgação científica, e acaba soando verdadeira a hipótese de que, para aprender ciência, cabem apenas materiais técnicos, sejam de nível médio ou de superior. De resto apenas se alcançariam aspectos históricos, filosóficos, culturais e lúdicos da ciência, mas não a ciência em si.. tanto é que, com a primeira coisa dita científica que aparece, criam escarcéu e ídolos. Há pouca diferença entre essa ciência consumida na TV e internet e uma ideologia qualquer consumida do mesmo jeito, tanto no modo como se estabelecem as figuras de autoridade, quanto no modo em que a leitura pouco rigorosa incute crenças no indivíduo, como por fim no tribalismo que acaba daí advindo. Enfim, uma coisa é divulgação científica, outra coisa é a educação científica.

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Quanto ao Leandro Narloch... Acho curioso pegarem tanto no pé da formação do cara, sendo que bem mais rara é uma crítica impessoal ao livro. Ou mesmo a um capítulo. Sei lá, "Narloch no capítulo X passa a ideia de que Y, mas a realidade é Z conforme fica claro com as evidências A das fontes B". E quando raramente aparece uma crítica desse tipo, não é tão convincente ou tão avassaladora como se esperaria de um autor que é tão criticado. Acho que toda essa resistência ocorre meramente porque ele incomoda ideologicamente mesmo, já que ele vai contra ideologias que tradicionalmente prevaleceram nos meios acadêmicos da área de história. Tanto é que outros jornalistas - por exemplo, o Reinado J. Lopes da Valinor - escrevem também sobre história, não parecem mais rigorosos do que o Narloch, mas não sofrem hate.

Há uma diferença, por exemplo, com o que ocorre nas ciências naturais: quando um sujeito que não é do ramo se mete a escrever sobre ciência e fala alguma bobagem... em geral, no momento em que é criticado, a sua falta de formação científica não precisa ser apontada e fica evidente pelos próprios argumentos apresentados. Também quem tem formação científica não se incomoda tanto com divulgadores científicos sem formação na área, e sim com acertos e erros enquanto tais... Até porque, rigorosamente, falta formação até para cientistas da área X quando falam sobre a área Y, a formação em ciências tende a ser cada vez mais nichada.[4] Já toda esse eterna recorrência da discussão sobre a formação do Narloch me parece meramente corporativismo intelectual: há uma distância muito menor entre o formado e o não-formado quando o assunto é história e outras humanidades, e para frisá-la é preciso recorrer a meios puramente sociais como o diploma.

Seja como for, o Narloch não é nenhum historiador, mas seu texto tem mais esmero do que 99% do que se perde tempo lendo na internet e dando like, incluindo textos de temas históricos... mas de repente, só porque o cara colocou os textos em um livro, pronto, o padrão sobe e tem que necessariamente concorrer com acadêmicos da área.... mesmo sendo um livro bastante lúdico, quase como uma revista, e eventualmente até com preço de revista.

Aliás, o debate está atual, porque estão criticando o Castanhari justamente por ele fazer um documentário sobre história sem ter formação na área.[8] Também é um documentário sobre ciência, mas, com respeito a sua (falta de) formação científica, ele nunca recebeu grandes críticas, até porque ninguém teme que o Castanhari tome o espaço público de um bacharel ou licenciado em alguma ciência, há um abismo entre os dois.
 
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@Haran Alkarin a critica a Narloch não é questão de concorrência com historiadores, ou consertar um dado A ou B dos livros dele, o problemas de nós historiadores com ele é incoerência e falta de fontes, aos jornalistas quando analisam algo podem esconder suas fontes, para proteção de alguém, mas para a história a fonte deve ser mostrada, pois deve-ser prova que tal dado não foi inventado, os livros que ele escreve tem fatos inventados e errôneos, e foram dados ao grande publico como verdadeiros e historiográficos, o que não são, deveriam ser tratados de outro modo, mas ele e a editora continuam se vendendo como "história verdadeira" fato que nós não usamos esse termo.
A história é vista por vários pontos, e "verdadeira" e "definitiva" são palavras que não entram em nossos vocabulários, pois um fato pode ser visto por diversos pontos de vista, como o exemplo clássico do dominador e dominado, a diversos modo de se analisar um fato, e por isso a história está sempre sendo reanalisada, pois novas fontes são sempre encontradas.
É passado para todo acadêmico das ciências humanas diversos métodos de análise, além de não por pontos de vista opinativos, ao analisar algo, é ensinado o distanciamento da fonte analisada, e Narloch em seus livros e suas analises não é nada de historiográfico.
Ciências humanas, são ciências e não achismo, do mesmo modo que alguém quando está doente corre para um medico, quando precisa de ajuda psicológica procura um psicologo, quando tem problemas jurídicos procura um advogado, quando a receita cobra chama um contador, pois eles são os profissionais mais preparados, o mesmo elas deviam fazer quando se trata de uma assunto das áreas das humanas.
Por anos há uma briga onde cientistas vem relatando: sobre o aquecimento global e seus efeitos no nosso planeta, que vacinas não causam autismos, sabemos que a terra é esférica há milênios, mas referem dar ouvidos a pessoas que não tem qualquer noção sobre o assunto, e sim, nós cientistas criticamos sim, a formação, porque ela é que faz a diferença entre ter ou não conhecimento adequado e fundamento necessário para se tratar de algo, não confunda opinião com analise fundamentada.

Vejo em demasia piadas em rede socias sobre "a nasa precisa estudar o brasileiro", mas eles esquecem que a ciência humana já faz isso. E triste saber que no mundo fazer parte das ciências humanas é ser tratado como cientista de segunda categoria. 😞
 
Ontem aqui em São Paulo iniciou os testes da vacina produzida em parceira com a China e o Instituto Butantã.
Se não me engano serão 9.000 cobaias.
Tomara que dê certo e esse pessoal consiga produzir a desejada imunidade ao sars-cov-2.
Se der certo, o 1º passo é vacinar os funcionários da área da saúde do estado.

Ontem fiquei bem triste, uma adolescente veio a falecer no hospital que um amigo trabalha. O diferente no caso dessa adolescente é que o coração que estava tomado por vírus e não o pulmão.
 
Minha tia estava contando que o filho da vizinha dela está com Covid e está em estado grave, e ele é só uma criança...

Essa doença é terrível.
 
  • Mandar Coração
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O problema é que a doença não é apenas algo que enfraquece o pulmão. Tem muita gente precisando e fazendo fisioterapia depois de ter alta da UTI.
 
O problema é que a doença não é apenas algo que enfraquece o pulmão. Tem muita gente precisando e fazendo fisioterapia depois de ter alta da UTI.

Aparentemente não só isso, estava lendo alguns artigos sobre possiveis danos neurologicos do coronavirus.

Pelo visto as vacinas só chegarão no proximo ano, espero que consigam pelo menos ser produzidas em massa e distribuidas rapidamente, para não perdermos o proximo ano também.

Enquanto isso a arminha de mão fazendo vitimas e mais vitimas, no final o "javoltou" conseguiu o que queria "matar mais de 30.000".

:/
 
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Notícia de umas horas atrás no UOL. Meu lado racional fica bem desconfiado quanto à capacidade de produção em larga escala, gargalos de distribuição, dependência de insumos importados, possibilidade de anúncio antecipado para colher frutos políticos, etc. etc. já meu lado desesperado só consegue dizer manda essa coisa logo que eu aceito até injeção na testa caramba!!1!


https://noticias.uol.com.br/saude/u...tuto-butatan-estara-disponivel-em-janeiro.htm (mirror: https://archive.is/DEZp0 )

Matéria do UOL disse:
Coronavírus
Doria diz que vacina do Instituto Butantan estará disponível em janeiro

Do UOL, em São Paulo
27/07/2020 10h02


O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou hoje que a vacina contra o coronavírus desenvolvida pelo Instituto Butantan em parceria com a chinesa Sinovac deve ser distribuída em massa em janeiro de 2021 gratuitamente.

"A quantidade necessária para iniciar a imunização da população brasileira, pode ser aplicada já no início de janeiro com o SUS, com aplicação gratuita em toda população. A melhor notícia que poderíamos ter é a vacina", declarou o governador em entrevista concedida à Rádio Itatiaia.

Doria declarou que a Coronavac deve obter autorização para distribuição da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) até os primeiros dias de dezembro. Os testes da fase 3, realizados em 9 mil voluntários pelo país, devem ser concluídos em outubro.

"Abril do ano que vem já teremos, com toda segurança, a imunização e a tranquilidade que as pessoas poderão celebrar festas, atividades, eventos musicais ou esportivos, sem risco para sua saúde ou sua vida'', disse Doria.

Angariando recursos

Na semana passada, João Doria disse que o Instituto Butantan vai abrir um programa de solicitações de doações para dobrar a capacidade de produção da vacina contra o novo coronavírus, desenvolvida em parceria com a empresa chinesa Sinovac Biotech. Segundo o político tucano, a ideia é atender a todos os brasileiros e até mesmo exportar para países vizinhos.

"Hoje iniciamos um programa de solicitação de doações para que ele possa arrecadar R$ 130 milhões e investir em equipamentos e tecnologia para aumentar a capacidade de produção, que hoje é de 120 milhões da Coronavac. Por que aumentar a produção? Para o atendimento da totalidade de brasileiros, já que a vacina será aplicada duas vezes. Então, pretendemos dobrar para 240 milhões de vacinas para atendermos todos os brasileiros. Havendo uma segunda ou terceira vacina, o Butantan vai exportar para países vizinhos", disse o governador.
 
Ainda que essa notícia seja boa, não dá pra desassociar o fato que no plano político, no fundo o Doria está aumentando a aposta na corrida pelo Planalto em 2022.
 
Quentinha:

Estudo descobre 21 remédios que bloqueiam coronavírus
27 JUL 2020 12h53 atualizado às 13h36

Um estudo publicado na revista científica Nature conseguiu identificar 21 remédios existentes, usados para tratamentos das mais diferentes doenças, que conseguem impedir a replicação do novo coronavírus (Sars-CoV-2) no corpo humano.

O grupo de cientistas internacionais ainda detectou que quatro deles funcionam melhor quando usados ao mesmo tempo que o antiviral remdesivir - que vem tendo bons resultados em testes clínicos em hospitais de vários países e que foi criado com o objetivo de combater o ebola.

Os estudiosos fizeram testes aprofundados sobre as drogas e analisaram uma das maiores coleções mundiais de medicamentos, com 12 mil moléculas, chamada de ReFrame.

Fazendo uma análise desses componentes, foram individualizados 100 com atividades antivirais consagradas em testes laboratoriais. Desses, 21 apresentaram eficácia no bloqueio da reprodução do Sars-CoV-2 em doses com concentrações seguras para uso dos pacientes.

Em particular, os pesquisadores apontaram para os bons resultados de quatro drogas que foram aplicadas com o remdesivir: clofazimina, usada no tratamento da hanseníase; hanfangchin A, que tem como princípio ativo a tetrandina e que combate doenças como silicone pulmonar, cirrose hepática e artrite reumatoide e que foi testada contra o ebola; apilimod, utilizada para doenças autoimunes e em testes contra o câncer; e ONO 5334, testada para artrite reumatoide.

Segundo o diretor do Programa de Imunidade e Patogênese da Sanford Burnham Prebys e autor sênior do estudo, Sumit Chanda, o remdesivir "demonstrou com sucesso que abrevia o tempo para os pacientes em hospitais, mas o remédio não funciona para todos que o recebem".

"Esse estudo expande significativamente as possibilidades de opções terapêuticas, sobretudo, porque muitas das moléculas já têm os dados de segurança clínica no homem. Com a base da nossa análise, a clofazimina, hanfangchin A, apilimod e ONO 5334 representam as melhores opções a curto prazo", destacou Chanda.

Os pesquisadores continuam com os estudos e agora testam essas 21 substâncias em modelos de pequenos animais e minipulmões, que foram desenvolvidos em laboratório e que imitam o tecido pulmonar real.

Fonte: Terra
 
Notícia de umas horas atrás no UOL. Meu lado racional fica bem desconfiado quanto à capacidade de produção em larga escala, gargalos de distribuição, dependência de insumos importados, possibilidade de anúncio antecipado para colher frutos políticos, etc. etc. já meu lado desesperado só consegue dizer manda essa coisa logo que eu aceito até injeção na testa caramba!!1!


https://noticias.uol.com.br/saude/u...tuto-butatan-estara-disponivel-em-janeiro.htm (mirror: https://archive.is/DEZp0 )

eu estou com dúvida sobre uma coisa. o doria tem parceria com x, o ratinho jr, assinou com y. isso quer dizer que cada estado estará por conta na distribuição da vacina? não é o governo federal (através do ministério da saúde/sus) que deveria estar cuidando disso (e aí da logística e distribuição)? eu estou realmente confusa sobre como funciona isso. porque com a vacina da gripe o ministério da saúde manda uma quantidade x para cada estado que redistribui aos municípios que então aplicam através de campanhas de vacinação. como fica nesse caso?
 
Isso que o interino da Saúde é especialista em logística. Parece que estão todos entregues à própria sorte mesmo.
Também achei bizarra uma notícia que li de que o Estado do Paraná estaria fazendo um acordo com a Rússia... Pode isso, Arnaldo?
 

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