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Novo Coronavírus (COVID-19)

Quanto tempo a pandemia ainda dura?

  • Dois meses, no máximo (até maio/2022)

    Votos: 0 0,0%
  • Três ou quatro meses (até julho/2022)

    Votos: 1 14,3%
  • Seis meses (até setembro/2022)

    Votos: 1 14,3%
  • Um ano ainda (até março/2023)

    Votos: 2 28,6%
  • Não vai terminar nunca! (vira uma endemia, mas com número de vítimas similar ao de mar/2022)

    Votos: 3 42,9%

  • Total de votantes
    7
  • Votação encerrada .
E para meu desgosto, essa não é a primeira vez hoje que escuto essa comparação com Churchill. Era melhor comparar o Bambam com o Churchill.
é pq o texto tem 0 sentido. Não que o q eles falem faça algum sentido...
MAS, todo mundo sabe que não se compara o Bambam com ninguém normal por conta do shape mutante após ter ido atrás do trapézio descendente com o felipe franco.
 
Pesquisadores sequenciam genomas do coronavírus em tempo recorde

BSIP

Imagem: BSIP

Pesquisadores sequenciaram em 48 horas —tempo recorde— os primeiros 19 genomas do novo coronavírus em pacientes dos seguintes estados: Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás, Rio Grande do Sul e São Paulo.

O trabalho confirmou a transmissão local do vírus dentro do país o que, para os cientistas, reforça a necessidade do isolamento social como medida preventiva.

O sequenciamento dos genomas analisados também demonstrou geneticamente que o vírus foi introduzido no país oriundo de diversos países europeus além de casos importados da China, em menor número.

"O Brasil teve entradas múltiplas, de diferentes países. Apenas dois vieram da Ásia, o resto foi europeu. Isso mostrou que já existe a transmissão comunitária no Brasil", explicou Ana Tereza Vasconcelos, uma das autoras da pesquisa, em entrevista à GloboNews.
O vírus veio da Europa, mas já tem características próprias, segundo os pesquisadores.

"Obviamente que esse trabalho tem que ser ampliado ainda. Vamos continuar sequenciando", completou Vasconcelos.

O estudo quer analisar a severidade da doença nos pacientes mais graves. "Queremos coletar material desses pacientes e sequenciar o genoma para entender por que em alguns pacientes a doença se torna mais grave", afirmou.

Os pesquisadores responsáveis pelo trabalho são do LNC (Laboratório Nacional de Computação Científica), da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro).

A iniciativa contou com a parceria de pesquisadores da USP (Universidade de São Paulo) e da universidade de Oxford na Inglaterra, além de alunos de pós graduação do Brasil.
 
Um dos riscos mais sérios que vejo nas medidas de combate à epidemia é que certas concessões que fazem todo sentido em um período de emergência tendem a sobreviver à ele. Isso é extremamente perigoso, ainda mais porque o Brasil não é nenhum exemplo de responsabilidade na administração pública.


Ao menos parece que seguraram a maior ameaça dos últimos dias:
G1 disse:
Alexandre de Moraes suspende trecho de MP que alterou regras da Lei de Acesso à Informação

Ministro do STF atendeu pedido do Conselho Federal da OAB. Em meio à pandemia do coronavírus, governo havia suspendido prazo para resposta aos pedidos.

Por Mariana Oliveira, TV Globo — Brasília
26/03/2020 13h15 · Atualizado há 24 minutos



O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu nesta quinta-feira (26) o trecho da medida provisória que alterou, em razão da pandemia do novo coronavírus, regras da Lei de Acesso à Informação.

A suspensão determinada pelo ministro vale até decisão definitiva do plenário, o que não tem prazo para ocorrer.


A Lei de Acesso à Informação, aprovada em 2011, regulamenta o trecho da Constituição que estabelece que é direito de qualquer cidadão receber, do poder público, informações de interesse da sociedade.

Segundo o texto da MP, assinada pelo presidente Jair Bolsonaro, a suspensão dos prazos da Lei de Acesso à Informação valeria para demandas feitas a órgãos ou entidades da administração pública cujos servidores estejam sujeitos a regime de quarentena, teletrabalho ou equivalentes e que, necessariamente, dependam de:

- acesso presencial de agentes públicos encarregados da resposta; ou
- agente público ou setor prioritariamente envolvido com as medidas de enfrentamento da pandemia do novo coronavírus

Para o ministro Alexandre de Moraes, não se pode afastar o princípio da publicidade e da transparência.
“Na hipótese em análise, ao menos em sede de cognição sumária, fundada em juízo de probabilidade, entendo presentes os requisitos para a concessão da medida cautelar pleiteada, pois o artigo impugnado pretende transformar as exceções – sigilo de informações – em regra, afastando a plena incidência dos princípios da publicidade e da transparência”, decidiu.

Ainda na decisão, o ministro do Supremo afirmou que a Constituição assegura que a sociedade esteja informada corretamente sobre ações do poder público.

“A participação política dos cidadãos em uma Democracia representativa somente se fortalece em um ambiente de total visibilidade e possibilidade de exposição crítica das diversas opiniões sobre as políticas públicas adotadas pelos governantes”, frisou o ministro.
Fonte: https://g1.globo.com/politica/notic...tendimento-a-lei-de-acesso-a-informacao.ghtml
Mirror: https://archive.is/dvamu
 
Itália pagou preço alto ao resistir a medidas de isolamento social para conter coronavírus
Para não desacelerar a economia, Governo italiano criticou prefeitos e governadores por “espalharem caos” ao defender quarentenas. Três dias depois, número de mortes dobrou até chegar aos 7.503 de agora
A Itália sentiu na pele as consequências de tratar a pandemia de coronavírus como se fosse uma “gripezinha”, como diz frequentemente o presidente Jair Bolsonaro. Em 28 de fevereiro deste ano, quando o país registrava 17 mortes pela Covid-19, prefeitos e governos regionais começaram a tomar uma série de medidas preventivas para proteger a população, tais como o fechamento de escolas e a proibição de aglomerações públicas. Algumas destas cidades ainda não haviam registrado casos da doença, e buscavam se antecipar ao pior. À época, apenas 11 regiões da Lombardia e Vêneto (ambas no norte), com uma população total de 50.000 pessoas, haviam sido isoladas pelo Governo —localidades onde o vírus, atualmente, foi praticamente contido.

Preocupado com a repercussão negativa destas medidas no turismo e na debilitada economia do país, o primeiro-ministro Giuseppe Conte agiu para contestar estas decisões, que segundo ele contribuíam "para gerar o caos”. O premiê conseguiu derrubar na Justiça várias destas normas locais, como o fechamento dos bares na Lombardia durante a noite, escreveu à época a repórter Lorena Pacho, correspondente do EL PAÍS em Roma. Blindar a Lombardia, cuja capital, Milão, é o principal motor econômico do país, com cerca de um quinto do PIB nacional, era a decisão que ninguém queria tomar.

Em um esforço de manter o fluxo turístico e as receitas entrando, o ministro de Relações Exteriores, Luigi di Maio, chegou a criticar a decisão de alguns países, como Israel e Rússia, que haviam pedido a seus cidadãos que evitassem viagens à Itália. “Nossos filhos vão à escola na maioria das nossas cidades, e os turistas e investidores podem vir com tranquilidade”, afirmou em fevereiro, já com a crise em andamento. O chanceler também elogiou a política de testes no país: "Não podemos ser culpados de termos sido um dos países que mais fizeram controles [e consequentemente identificou mais casos]”. O ministro da Saúde, Roberto Speranza, e o diretor do hospital Spallanzani de Roma Giuseppe Ippolito, também entraram em campanha otimista, destacando em entrevista coletiva que 45 pessoas já haviam se curado da infecção pela Covid-19. “A Itália não é o foco de contágio, o vírus está circulando em todo o mundo”, disse Walter Ricciardi, membro da Organização Mundial da Saúde e assessor do ministro da Saúde.


As consequências desta política de desestimular o isolamento social e a quarentena voluntária logo se revelou desastrosa. Três dias após as manobras e declarações do premiê Conte para manter o clima de normalidade em meio à pandemia o número de mortos dobrou: em 1º março, a Itália tinha 34 mortos. O balanço de vítimas fatais continuou a crescer exponencialmente, com 79 mortes em 3 de março. E o número seguiu subindo, até tornar o país em recordista de óbitos por Covid-19 no mundo, com 7.503 vítimas anunciadas nesta quarta-feira, à frente da China, epicentro da doença no mundo.

As autoridades italianas tentaram retomar uma política de quarentena e isolamento em 9 de março, quando o número de mortos chegou a 463. Diante de uma emergência epidemiológica sem precedentes, Conte anunciou que todo o país ficaria em situação de isolamento, algo que já estava ocorrendo em maior ou menor escala na Lombardia, no norte do país, e em outras 14 províncias. "Estamos ficando sem tempo”, disse o primeiro-ministro, ao anunciar que o lema a transmitir aos cidadãos é “eu fico em casa”. “É a pior crise que vivemos desde o final da Segunda Guerra Mundial”, resumiu, quando decretou o fechamento de todas as fábricas e atividades produtivas que não sejam imprescindíveis para o funcionamento do país.

A autocrítica veio de quem viu na prática os impactos da doença na população mais vulnerável. “Acho que durante todo esse tempo subestimamos a gravidade da situação”, contou por telefone Michele Lafrancesco, atendente em uma residência de idosos de Monza-Brianza, a 30 quilômetros de Milão, a repórteres do EL PAÍS.

Apesar de ter particularidade climáticas e sociais diferentes da Itália, o Brasil enfrenta uma situação semelhante, apesar de estar em outro estágio da evolução da pandemia, com 57 mortos pela doença segundo dados desta quarta-feira. O presidente Bolsonaro tem se esforçado para —contrariando a Organização Mundial de Saúde e recomendações iniciais de seu próprio Ministério da Saúde—minimizar a crise para evitar que a situação econômica se deteriore ainda mais. Ele chegou a criticar medidas “alarmistas” de alguns governadores do país e o fechamento de escolas, o que gerou um grave conflito com os políticos regionais. Os chefes dos Executivos estaduais e municipais, que lutam para conter o ímpeto do contágio e evitar a saturação do Sistema Único de Saúde, determinaram, em alguns casos, o fechamento de todos os estabelecimentos não essenciais, como foi feito por João Doria em São Paulo, o principal foco da doença no país.
 
E o braço de ferro Governadores + Prefeitos x Governo Federal segue.

Se fosse a Europa uma situação dessas daria brecha fácil pra detonar um processo de separatismo.
 
Santa Catarina também está encerrando as medidas de contenção mais cedo (mirror) e a minha cidade teve a mesma ideia infeliz (mirror).

Eu não acho essas medidas nem um pouco seguras. Estamos nos apressando demais e colocando a vida de todos em risco, ainda mais com toda a carência de dados confiáveis sobre o avanço da epidemia: mal estamos fazendo testes, casos que não são (basicamente) de vida ou morte naõ são encaminhados aos hospitais nem para registro ... suspeito que a única métrica válida que temos no momento é o número de mortes, até porque não dá para não notificar uma.
 
Vai ser um pandemônio, e pelo visto o Bolsonaro não dura até o fim do ano no cargo.
A menos que, por milagre, aquela tal de cloroquina funcione. :pray:

A Itália já está chegando à marca de quase 1000 mortes num só dia...
 
Pois eu li no Facebook uma entrevista com um médico top lá que afirma já saber que a cloroquina atua contra coronavírus (outros tipos mas né...) desde há treze anos já... Então não sei. Aguardemos. Espero mesmo que isso aí resolva até uma vacina surgir. :/

A tal entrevista:
Tradução do francês pelo Léo Tschiedel:
Repassando informação atual, de relevo para o momento:
E tão importante que resolvi traduzir. O maior especialista em doenças infecciosas do mundo (ranking Expertscape) fala sobre confinamento, testes em larga escala e cloroquina. E fundamental ler esta entrevista, inclusive para muitos médicos por ai, antes de sair opinando sobre a questão....

Prof. Didier Raoult no jornal LE PARISIEN. 22 de março de 2020:
LE PARISIEN: O governo autorizou um grande ensaio clínico para testar o efeito da cloroquina no coronavírus. É importante para você ter obtido isso?
DIDIER RAOULT. Não, eu não ligo. Eu acho que existem pessoas vivendo na Lua que comparam os testes terapêuticos da AIDS com uma doença infecciosa emergente. Eu, como qualquer médico, uma vez demonstrado que um tratamento é eficaz, acho imoral não administrá-lo. É simples assim.
LE PARISIEN. O que você diz aos médicos que pedem cautela e estão reservados quanto aos seus testes e ao efeito da cloroquina, especialmente na ausência de mais estudos?
DIDIER RAOULT. Entenda-me bem: sou um cientista e penso como um cientista com elementos verificáveis. Eu produzi mais dados sobre doenças infecciosas do que qualquer pessoa no mundo. Sou médico, vejo pessoas doentes. Eu tenho 75 pacientes hospitalizados, 600 consultas por dia. Então as opiniões de todos, se você soubesse como eu não me importo. Na minha equipe, somos pessoas pragmáticas, não pássaros de programa de TV.
LE PARISIEN. Como você começou a trabalhar com cloroquina e concluiu que poderia ser eficaz no tratamento de coronavírus?
DIDIER RAOULT O problema neste país é que as pessoas que falam são de total ignorância. Eu fiz um estudo científico sobre cloroquina e os viruses, treze anos atrás, que foi publicado. Desde então, outros quatro estudos de outros autores mostraram que o coronavírus é sensível à cloroquina. Tudo isso não é novo. É sufocante que o círculo de tomadores de decisão nem sequer seja informado sobre o estado da ciência. Sabíamos da eficácia potencial da cloroquina em modelos de cultura viral. Sabíamos que era um antiviral eficaz. Decidimos em nossas experiências adicionar um tratamento com azitromicina (um antibiótico contra pneumonia bacteriana, nota do editor) para evitar infecções secundárias por bactérias. Os resultados foram espetaculares em pacientes com Covid-19 quando a azitromicina foi adicionada à hidroxicloroquina.
LE PARISIEN. O que você espera de ensaios em larga escala em torno da cloroquina?
DIDIER RAOULT. Nada mesmo. Com minha equipe, acreditamos ter encontrado uma cura. E em termos de ética médica, acredito que não tenho o direito como médico de não usar o único tratamento que até agora se mostrou bem-sucedido. Estou convencido de que, no final, todos usarão esse tratamento. É apenas uma questão de tempo até que as pessoas concordem em reconhecer que erraram e dizer: essa é a coisa a fazer.
LE PARISIEN. De que forma e por quanto tempo você administra cloroquina a seus pacientes?
DIDIER RAOULT. A hidroxicloroquina é administrada na dose de 600 mg por dia, durante dez dias (na forma de Plaquenil, o nome do medicamento na França, nota do editor) na forma de comprimidos administrados três vezes ao dia. E 250 mg de azitromicina duas vezes no primeiro dia e depois uma vez ao dia por cinco dias.
LE PARISIEN. É um tratamento que pode ser tomado para prevenir a doença?
DIDIER RAOULT. Nós não sabemos.
LE PARISIEN. Quando você administra, quanto tempo leva para um paciente do Covid-19 se recuperar?
DIDIER RAOULT. O que sabemos no momento é que o vírus desaparece após seis dias.
LE PARISIEN. Você entende, no entanto, que alguns de seus colegas pedem cautela com este tratamento?
DIDIER RAOULT. As pessoas dão sua opinião sobre tudo, mas só falo do que sei: afinal, não fico por ai dando minha opinião sobre a composição da seleção francesa! Todo mundo tem seu próprio trabalho. Hoje, a comunicação científica neste país é semelhante à conversa de botequim.
LE PARISIEN. Mas não existem regras de prudência a serem respeitadas antes de administrar um novo tratamento?
DIDIER RAOULT. Para aqueles que dizem que precisamos de trinta estudos multicêntricos e mil pacientes incluídos, respondo que, se aplicássemos as regras dos atuais metodologistas, teríamos que refazer um estudo sobre o interesse do paraquedas. Pegue 100 pessoas, metade com pára-quedas e a outra sem e conte os mortos no final para ver o que é mais eficaz. Quando você tem um tratamento que funciona contra zero outro tratamento disponível, esse tratamento deve se tornar a referência. E é minha liberdade prescrever como médico. Não precisamos obedecer às ordens do governo para tratar os doentes. As recomendações da Alta Commissao da Saude são uma indicação, mas não nos obrigam. Desde Hipócrates, o médico faz o melhor que pode, no estado de seu conhecimento e no estado da ciência.
O PARISIANO. E quanto aos riscos de graves efeitos indesejáveis relacionados ao uso de cloroquina, especialmente em altas doses?
DIDIER RAOULT. Ao contrário do que algumas pessoas dizem na televisão, a nivaquina (o nome de uma das drogas projetadas à base de cloroquina, nota do editor) é bastante menos tóxica que o doliprano ou a aspirina ingerida em altas doses. Em qualquer caso, um medicamento não deve ser tomado de ânimo leve e sempre deve ser prescrito por um clínico geral.
LE PARISIEN. Você está ciente da imensa esperança de cura para os pacientes?
DIDIER RAOULT. Vejo acima de tudo que existem médicos que me escrevem diariamente em todo o mundo para descobrir como tratamos doenças com hidroxicloroquina. Recebi telefonemas do Hospital Geral de Massachusetts e da Clínica Mayo em Londres. Os dois maiores especialistas do mundo, um em doenças infecciosas e outro em tratamentos com antibióticos, entraram em contato comigo pedindo detalhes sobre como configurar esse tratamento. E até Donald Trump twittou sobre os resultados de nossos testes. É apenas neste país que não está claro quem eu sou! Não é porque aqui em Marselha não vivemos dentro do anel viário de Paris que não fazemos ciência. Este país se tornou Versalhes no século XVIII!
LE PARISIEN. O que você quer dizer com isso?
DIDIER RAOULT. Estamos fazendo perguntas franco-francesas e até parisiano-parisienses. Mas Paris está completamente fora de sintonia com o resto do mundo. Tomemos o exemplo da Coréia do Sul e da China, onde não há mais casos novos. Nesses dois países, eles decidiram há muito tempo realizar testes em larga escala para poder diagnosticar pacientes infectados mais cedo. Esse é o princípio básico do gerenciamento de doenças infecciosas. Mas chegamos a um nível de loucura tal que os médicos que aparecem na TV não aconselham mais diagnosticar a doença, mas dizem às pessoas para ficarem confinadas em suas casas. Isto não é Medicina.
LE PARISIEN. Você acha que confinar a população não será eficaz?
DIDIER RAOULT. Nunca antes isso foi feito nos tempos modernos. Estávamos fazendo isso no século 19 para a cólera em Marselha. A idéia de limitar as pessoas para bloquear doenças infecciosas nunca foi comprovada. Nem sabemos se funciona. É improvisação social e não medimos seus efeitos colaterais. O que acontecerá quando as pessoas ficarem trancadas, a portas fechadas, por 30 ou 40 dias? Na China, há relatos de suicídios por medo do coronavírus. Alguns vão lutar entre si.
LE PARISIEN. Deveríamos, como exige a Organização Mundial da Saúde, generalizar os testes na França?
DIDIER RAOULT. Vamos ter a coragem de dizê-lo: a gambiarra ao estilo francês, não funciona. A França faz apenas 5.000 testes por dia, quando a Alemanha realiza 160.000 por semana! Existe um tipo de discordancia. Nas doenças infecciosas, diagnosticamos pessoas e, uma vez obtido o resultado, as tratamos. Especialmente porque estamos começando a ver pessoas portadoras do vírus, aparentemente sem sinais clínicos, mas que, em um número não desprezível de casos, já têm lesões pulmonares visíveis no scanner mostrando que estão doentes. Se essas pessoas não forem tratadas a tempo, existe um risco razoável de se encontrarem depois em terapia intensiva, onde será muito difícil salva-las. Testar pessoas apenas quando já estão gravemente doentes é, portanto, uma maneira extremamente artificial de aumentar a mortalidade.
LE PARISIEN. E devemos generalizar o uso de máscaras?
DIDIER RAOULT. É difícil de avaliar. Sabemos que eles são importantes para o pessoal da saúde, porque são as poucas pessoas que realmente têm um relacionamento muito próximo com os pacientes quando os examinam, às vezes a 20 cm do rosto. Não está claro até que ponto os vírus voam. Mas dificilmente mais que um metro. Portanto, além dessa distância, pode não fazer muito sentido usar uma máscara. De qualquer forma, é nos hospitais que essas máscaras devem ser enviadas como prioridade para proteger os cuidadores. Na Itália e na China, uma parte extremamente grande dos pacientes acabou sendo pessoal de saúde.
 
O único fato negativo e lamentável sobre cloroquina é de gente comprando e estocando isso antecipadamente como um medicamento preventivo qualquer, provocando baixa de estoque em algumas farmácias e prejudicando quem realmente precisa dela pra tratar outras doenças.
 

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