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Novo Coronavírus (COVID-19)

Quanto tempo a pandemia ainda dura?

  • Dois meses, no máximo (até maio/2022)

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    Votos: 1 14,3%
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    Votos: 1 14,3%
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  • Não vai terminar nunca! (vira uma endemia, mas com número de vítimas similar ao de mar/2022)

    Votos: 3 42,9%

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Em março, Ministério da Saúde já projetava 100 mil mortes por Covid-19, diz ex-secretário
Para Wanderson Oliveira, total de mortes poderia ser menor com mais distanciamento social


O sr. ajudou a formular a estratégia para o enfrentamento do novo coronavírus. Hoje o país já soma mais de 1 milhão de casos e 60 mil mortes. Imaginava que poderíamos chegar a esses números?
Quando fizemos um dos primeiros modelos de projeção com o pessoal da Opas [Organização Pan-Americana de Saúde], em março, estimamos 100 mil óbitos.

Acredito que, se não tivesse sido feito nada, e os modelos são para essa situação, teríamos um cenário ainda mais complicado do que estamos vendo. As medidas empurraram a curva para frente.

Esses 100 mil óbitos seriam em que período?
Seriam em seis meses [até setembro]. Já imaginávamos uma situação delicada, embora os parâmetros vão mudando ao longo do tempo. Na prática, o que vemos hoje é um cenário muito preocupante e que ainda não está completamente desenhado.

Em abril, pedi à minha equipe que cada um fizesse estimativa de quantos óbitos poderíamos ter em 1o de julho, baseado na percepção do que estávamos vivendo. Lembro que coloquei uma estimativa mais otimista [do que temos hoje], de 42 mil [mortes]. Outros colocaram outras.

A que atribui essa diferença?
Creio que boa parte foi por essas controvérsias que ocorreram. Perdemos um tempo precioso com um debate improdutivo que acabou resultando numa confusão para a população muito grande. E hoje vejo um desgaste muito grande das medidas de distanciamento, que foi muito errático.

A partir de 13 de março, a maioria dos municípios começou um distanciamento básico, que era fechamento de escolas.

Estávamos começando a construir um distanciamento pelas informações que dispúnhamos no momento, mas ao longo desse tempo houve aqueles embates de abre-fecha, que voltou para o STF [que decidiu que estados e municípios poderiam adotar ações próprias].

Vemos hoje vários estados flexibilizando o isolamento social, mesmo com aumento de casos. Não é cedo? Qual o melhor momento para isso ocorrer?
Essa é a pergunta de ouro. Fechar talvez seja mais fácil do que abrir. Fechar exige antecipação. Se puder fechar antes de ter caso confirmado, é o ideal para intensificar ações, e isso nós fizemos.

Quando eu olho para as estratégias que o Brasil adotou, isso em todas as esferas de gestão, diria que o país nem fechou nem abriu, ficou com a porta entreaberta.

O sr. citou essa projeção que fizeram no início da epidemia de 100 mil mortes no país. Chegaram a avisar ao Planalto?
Foi avisado, tanto que tivemos reunião com a Economia. Em seis meses [o que seria setembro] era quando teria esse volume de óbitos mais largo, de 100 mil.

Na prática, se considerar um cenário nesse ritmo, não vejo muito diferença disso, não. Vai ter até mais. Estamos com 58 mil mortes [nesta quarta, foram 60 mil] no primeiro semestre.

Se mantiver esse padrão, mesmo olhando a curva caindo ao longo do tempo, perto do fim do ano posso ter 110 mil, 120 mil.

Ao longo dos últimos meses fomos ampliando a previsão de testes, chegando a falar em 46 milhões. Por que essa previsão não deu certo?
Não temos um parque produtor de testes no Brasil. Temos a Fiocruz, que, por mais que se esforce, usa insumos importados. Entramos em fevereiro e março tentando conseguir insumos.

Estávamos com um plano para obter mais testes no momento de mais casos, que é junho, julho e agosto. Iríamos receber os testes da Vale e adquirir mais da Fiocruz, mas ela não conseguiu trazer e teve que reprogramar as entregas. Não foi de má-fé, mas de falta de insumo.

Ainda é possível ampliar a testagem?
É possível e necessário, mas existe a necessidade de ajustar a estratégia, principalmente o rastreamento do número de infecções e de contatos. Não basta só fazer teste, a mira tem de estar boa, e ela tem de estar na identificação e rastreamento de contatos.

Na sua gestão, falava-se que a epidemia chegaria ao pico entre junho e julho. Já chegamos?
O reflexo da circulação de agora só vamos ver umas três semanas para frente. Mas creio que estejamos no pico para gerar um platô. A questão é se vai gerar um platô ou se começará a ter uma queda. Não vou conseguir enxergar isso antes do final de julho. Mas creio que estejamos nesse momento agora.

Mas não há um risco de segunda onda?
O risco existe. Se estamos com um 1 milhão de casos, vamos supor que estejamos subestimando o número real, e que ele seja de 10 milhões. Estamos falando ainda de 200 milhões de pessoas sem se infectarem.

Se não tenho uma vacina, e não tenho medicamento profilático, não tenho como controlar.

O ministério alterou recentemente a divulgação dos dados e chegou a retirar o total de casos e mortes. Enquanto estava na pasta, recebeu pressão para mudar a divulgação?
Igual aconteceu, não.

Mas aconteceu em algum momento?
Desde o começo, a Presidência queria destacar mais os casos recuperados, mas não teve grande mudança. O objetivo de olhar para o recuperado é entender um pouco a velocidade de transmissão.

Como viu a decisão de mudar a divulgação dos dados?
Lamentei muito. Não é a tradição da Secretaria de Vigilância e nunca foi em nenhuma gestão.

Até quando devemos conviver com o novo coronavírus?
O coronavírus de 2002 perdurou até 2010 na China com casos esporádicos. Esse é um ponto central. Um novo momento da comunicação agora é trabalhar na convivência com esse vírus.

Enquanto não tivermos certeza de que a imunidade seja duradoura e de que a vacina seja realmente eficaz, vamos conviver.

Podemos ter uma vacina em breve?
Temos uma perspectiva muito boa dessa vacina da AstraZeneca, mas eu não colocaria muita força nessa mensagem agora, porque as pessoas precisam ficar em casa, lavar as mãos e usar máscara. A ideia que se passa é que a vacina estará amanhã disponível, mas não é para agora.

Especialistas apontam um apagamento do Ministério da Saúde. Como avalia a resposta do Brasil a essa pandemia?
A resposta poderia ser melhor, mas, se não fosse o SUS, estaríamos pior que os EUA.

Wanderson Kleber de Oliveira, 47, é ex-secretário de vigilância em saúde do Ministério da Saúde na gestão de Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich. Formado em enfermagem, é doutor e mestre em epidemiologia pela Faculdade de Medicina da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) e foi professor da Fiocruz Brasília. É servidor público federal do Hospital das Forças Armadas desde 2009. No Ministério da Saúde, já havia atuado em outras emergências, como a da zika.
 
eu ia xingar o bolsonaro, mas vá lá, o negócio foi mal redigido mesmo. a câmara alega que:

“O dispositivo ‘demais locais fechados’ deve ser, como enunciado pelo projeto, espaço privado acessível ao público, nunca domicílios. Além disso, a garantia constitucional de inviolabilidade de domicílio não pode, em nenhuma hipótese, ser afastada por lei ordinária”.

mas o texto diz:

"III - estabelecimentos comerciais e industriais, templos religiosos, estabelecimentos de ensino e demais locais fechados em que haja reunião de pessoas."

assim, é óbvio que não ia entrar polícia na casa dos outros para multar quem não usasse máscara, mas ter deixado claro que os "demais locais fechados" se referia a lugares de acesso público, não teria dado a treta. porque o bolsonaro quer essa treta. ele já deixou claro isso desde que passou a se recusar a usar máscaras nos encontros com o público. e a merda é que por causa do trecho vetado, geral pode ir em shopping e igreja sem máscara. para quem acha que tá de boas esse tipo de lugar sem máscara ou tem memória curta, fica o lembrete ali do fim de maio:

Secretaria de Saúde de Quitandinha suspeita que culto evangélico ajudou a proliferar Covid-19 na cidade

enfim, como diria meu filho mais novo, "foram noob".


ps: @Melian , ainda bem que sou admin e consegui ler seu post :rofl:
 
ps: @Melian , ainda bem que sou admin e consegui ler seu post :rofl:
Eu quaaaaaaase restaurei.

Honestamente, foi preciso uma determinação hercúlea para que eu deletasse o post. Então, pensei: vou ver Veronica Mars ou perder meu tempo com gente escrota? Escolhi a primeira opção. Mas fico feliz que vocês tenham gostado do post. Ele estava sensacional, mesmo, admito. No fim das contas, eu não perdi o jeito para o deboche. :grinlove:
 
Bolsonaro veta uso obrigatório de máscara em comércio, escolas e templos
Presidente também não concordou com distribuição de máscaras pelo governo e imposição de multas para quem descumprir regras

"O presidente Jair Bolsonaro sancionou uma lei que determina o uso obrigatório de máscaras em público enquanto durar a pandemia do novo coronavírus. Bolsonaro, no entanto, vetou um trecho que obrigava a utilização da máscara em estabelecimentos comerciais, templos religiosos e instituições de ensino. O presidente também vetou a imposição de multas para quem descumprir as regras e a obrigação do governo de distribuir máscaras para os mais pobres. Esses vetos, no entanto, não anulam legislações locais que já estabelecem a obrigatoriedade do uso da máscara. O texto foi publicado nesta sexta-feira no Diário Oficial da União (DOU). "
 
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fui pesquisar o link (já que você só postou a imagem) e na cnn está aparecendo assim:

Study finds hydroxychloroquine may have boosted survival, but other researchers have doubts


na imagem postada também está faltando uma frase do fim do primeiro parágrafo: " But the findings, like the federal government's use of the drug itself, were disputed. "

Eu acho que a CNN deve ter editado o texto justamente por causa do pessoal que leu só manchete e primeiro parágrafo e saiu compartilhando sem ler todo o artigo? Fica a dúvida. De qualquer forma, o texto não traz nada de realmente novo para a discussão: quando o estudo é feito de forma randômica, o resultado é um. Quando não é de forma randômica, é outro.

Aquela coisa, eu torço de verdade para que algum medicamento ajude a pelo menos reduzir o tempo de UTI dos pacientes com covid - parece que o tal do remdesivir é a nova aposta, mas infelizmente os americanos já compraram todo o estoque globa do medicamento (e estão desovando a cloroquina deles... aqui no brasil).
 
Grande parte da crítica em relação à Cloroquina não está associada à droga em si, mas à leviandade com que foi apontada pelo Bolsonaro como cura milagrosa. Ele não tem conhecimentos farmacológicos, e não apresentou evidências técnicas que embasassem essa escolha. Mais: dois ministros da saúde foram contrários à adoção indiscriminada da Cloroquina como forma padrão de tratamento. Bolsonaro simplesmente tratou como verdade incontestável um primeiro e muitíssimo limitado estudo que indicava resultados potencialmente positivos. Uma política de saúde pública adotada com base em suporte técnico frágil é perigosa e precisa ser contestada. A insistência nessa política após verificados indícios contraditórios e após desencorajada por boa parte da comunidade científica é deplorável.

Mesmo que eventualmente se descobrisse que a Cloroquina é o melhor tratamento para a Covid, é importante destacar que o Bolsonaro não estaria certo, porque ele não tinha condições de avaliar a situação, e optou simplesmente pelo embuste, pela solução fácil, pelo cala-boca. Esse tipo de comportamento por parte daquele que ocupa a posição de maior autoridade do país me parece absolutamente inaceitável.
 
Última edição:
Ainda pode falar da hidroxicloroquina ou ficou manjado? :hihihi: (amanhã trago algumas considerações)

EDIT. Ah, agora vi que estavam bem falando disso aí em cima hahaha mas é que acabei de sair de uma longa discussão com um amigo meu e mudei um pouco a visão que expus no tópico. Me inclino mais à tese do @Amon_Gwareth: não podemos conduzir o debate, muito menos a campanha, seja pró ou contra. Amanhã desenvolvo.
 
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Sinceramente esse assunto Cloroquina já demais encheu o saco. Haja paciência padrão monge tibetano pra ficar ainda se alongando nisso.
 
A opinião do Eriadan pelo visto vai ser lúcida, simplesmente porque o Amon Gwareth e eu concordamos nesse ponto. :hxhx: Ainda que ele deva deixá-la palatável para esquerda... Mas enfim, seja como for, podem contar: mencionaram na Valinor mais "cloroquina" em 2020 do que "previdência" nos anos 2018 e 2019 (ano da eleição e ano da implementação da reforma).... Quer dizer, a prioridade média é sobretudo o conflito político, e não os assuntos que são caros ao brasileiro... até porque, se com a cloroquina quem leva a pior é o Bolsonaro, quando o assunto é reforma, é a esquerda que faz papelão (chegam, por exemplo, a negar o défice da previdência)...
 
Última edição:
Vai ver é coincidência mas a taxa de morte por milhão com quem utilizou cloroquina nos estágios iniciais é bem menor.
Virou briga politica e muita gente torce pelo vírus só pq Trump e Bolsonaro falaram bem da droga.


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A opinião do Eriadan pelo visto vai ser lúcida, simplesmente porque o Amon Gwareth e eu concordamos nesse ponto. :hxhx:
Odeio quando elogiam alguém falando que o sujeito é "lúcido". Em boa parte das vezes não há nada específico pra elogiar - como definir a lucidez de um texto ou fala, mesmo se for algo que você discorde totalmente? "Você foi bem lúcido" acaba funcionando como "você foi bem eu", meramente a pessoa concordou com o discurso do sujeito. Por isso mesmo é um termo que acaba parecendo bastante em discussões de política por exemplo, onde há a formação de tribos definidas e etc.
 

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