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[NOVO ARTIGO]Os conceitos de leitor-modelo e alegoria aplicados à Tolkien

Administração Valinor

Administrador
Colaborador
<p align="justify"><img src="http://www.valinor.com.br/images/stories/categorias_noticias/textos.jpg" border="0" alt="filmes" title="filmes" hspace="5" vspace="5" width="80" height="100" align="left" /><p style="text-align: justify" class="MsoNormal">
F&atilde;s de Tolkien n&atilde;o discutem sobre
a qualidade da obra, ou sobre a complexidade do mundo criado pelo autor &ndash; &eacute;
fato, para todos, que <em>O Senhor dos An&eacute;is</em>
&eacute; possivelmente um dos melhores livros de fantasia de todos os tempos. Mas
quando entramos no campo da interpreta&ccedil;&atilde;o da obra... A&iacute; chovem discuss&otilde;es. De
asas de balrog at&eacute; a natureza de Tom Bombadil, n&atilde;o h&aacute; leitor que em algum
momento n&atilde;o tenha debatido sobre algum t&oacute;pico da obra mais famosa do Professor.&nbsp;
</p>
</ br> Leia Mais...
 
Muito bom esse artigo e na hora certa!
Estou lendo atualmente "Seis passeios pelos bosques da ficção" e foi há poucos dias que tive o primeiro contato com esse conceito do Eco de leitor-modelo e autor-modelo. Desde então eu vinha pensando em ler o SdA de novo, dessa vez com o cuidado de tentar descobrir quem seria o leitor-modelo que o Tolkien tinha em mente.
Apesar de que agora não vai ter tanta graça tentar descobrir o leitor-modelo que o Tolkien tinha em mente (porque a Lovejoy já comentou isso no artigo e estudar e 'descobrir' sozinha é mais legal) gostei do artigo.

Mas quanto às alegorias, desde que eu li o que o Tolkien fala delas (que não gosta delas) fiquei mais tranquila, porque eu tamém não gostaria de ver o SdA como um alegoria da I Guerra. Prefiro entrar na Terra-média e esquecer o meu mundo real enquanto eu estiver lá.
 
Textos feitos por quem sabe do assunto são outra coisa. Um profissional de Literatura, falando de literatura, só pode criar uma leitura mais substancial.

O problema do texto é o mesmo do livro, é curto. Merece uma "parte 2".
 
Última edição:
Ótimo artigo.

Eu nunca vi a obra do professor como uma alegoria a qualquer coisa. Claro que existem relações que podem ser feitas, mas, como ficou bem claro, esse não era o objetivo de Tolkien.

Porém, não é o que muitas pessoas acham depois de lerem a obra. E esse artigo está aí para desmistificar essa visão.
 
Texto foda. Eu também nunca vi o livro como uma alegoria, mas acho que dá pra tirar algumas "comparações", de algumas passagens, com o mundo real. Enfim.. gostei bastante do texto.
O problema do texto é o mesmo do livro, é curto. Merece uma "parte 2".
Ditto!
 
Ótimo texto. =]

Quanto a este trecho:

Ana Lovejoy disse:
A melhor pista é o cuidado que Tolkien teve com a “criação” da Terra-média. Se nossas edições apresentam Mapas detalhados, apêndices com genealogias, cronologias e, principalmente, explicações sobre escrita e ortografia das línguas criadas por ele, já temos aí uma base sólida para afirmarmos que, antes de mais nada, Tolkien queria que tudo fosse tão bem detalhado, que quando o mundo criado por ele viesse à nossa mente, o enxergássemos como uma lembrança, quase como se fosse de fato real.

Faço minhas as palavras de Tom Shippey em The Author of the Century (aliás, livro obrigatório ao lado de The Road to Middle-earth, do mesmo autor, para entender mais profundamente esse e outros processos criativos de Tolkien):

"However fanciful Tolkien's creation of Middle-earth was, he did not think that he was entirely making it up. He was 'reconstructing,' he was harmonizing contradictions in his source-texts, sometimes he was supplying entirely new concepts (like hobbits), but he was also reaching back to an imaginative world which he believed had once really existed, at least in a collective imagination: and for this he had a very great deal of admittedly scattered evidence."

Ou seja, o que a Ana disse naquele trecho tanto é verdade que Tolkien, em determinado nível, realmente acreditava que o que ele estava fazendo não era uma criação, e sim uma reconstrução de uma "verdade maior" que se encontrava espalhada, imbuída e que era refletida em diversos textos de diversas culturas - daí a importância do trabalho filológico (o resgate desses "pedaços da verdade" através da análise de determinados textos, línguas, palavras e o remodelamento de tudo isso em uma nova forma) que, de fato, como o próprio Tolkien sempre enfatizou, era a base de tudo que ele escrevia; em sua próprias palavras, para usar um dos seus termos mais consagrados, ele estava "apenas" subcriando a Terra-média.
 
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