A relação entre os dois países hoje é um tanto quanto simbiótica, como disse acima o Tisf. A China vende sua produção para os EUA e recebe investimentos americanos, enquanto que grande parte da dívida dos EUA é rolada pelos chineses, que têm um superávit enorme.
Quanto à Rússia, realmente, acho muito mais difícil e até improvável que esta supere ou se iguale a esses 2 países. E não anda tão sem saída econômica assim não. O PIB russo disparou em meados da década de 2000, devido principalmente à recuperação normal pós-crise e à venda de petróleo e gás natural para a Europa. Mas há outros problemas: a enorme desigualdade que surgiu no país após o colapso da URSS, principalmente se forem comparadas as economias de suas duas principais metrópoles com a do restante do país, um sistema de saúde que se tornou infuncional devido à ruptura política e social muito brusca com o fim do comunismo, e, o que eu acho o principal, a queda da população. Há simulações que dizem que em algumas décadas a população do país pode cair para abaixo dos 100 milhões, o que não é muito competitivo num mundo onde duas das próximas prováveis potências tem mais de 1 bilhão e a outra tem 300 milhões de habitantes. Afora cuidar de um país do tamanho de 2 Brasis salpicado de tensões internas, grupos sectaristas e diferenças de status entre as suas partes constitutivas.
A influência que a Rússia deve-se principalmente à dependência econômica das outras ex-repúblicas soviéticas e alguns países do Leste Europeu em relação à mesma e da Europa em relação aos seus recursos naturais. Depois que os dutos da Gazprom cruzaram a Europa, a Rússia ganhou poder de barganha e ficou muito mais barulhenta e agressiva. O quanto o país será poderoso no futuro depende muito de manter esses dois trunfos. A polarização política em países como Ucrânia, Moldávia, Sérvia, dentre outros, é entre partidos pró-Rússia e pró-UE. Se muitos desses ingressarem na União Europeia, a coisa começa a se complicar.
A China não é mais bem um país comunista. O que resta do regime socialista no país é realmente a capacidade de remoldar completamente sua estrutura quando bem entender e tiver dinheiro, atropelando quaisquer pressões sociais, patrimoniais e ambientais, já que a população (ao menos os chineses Han) é bem obediente, por enquanto. Afora isso, o PC chinês agora se tornou abrigo para a elite local, inclusive os megacapitalistas selvagens globais, e usam a Revolução e a corrida pelo mundo como argumento. Nesse caso, comunismo não necessariamente se iguala a atraso.
O Brasil também tem muita chance, não de se tornar a maior, mas de ser extremamente influente no mundo, fazendo o planeta depender do país, com seus recursos, seu potencial agrícola e a existência de uma esfera de influência potencial muito grande, mas precisa de fazer uma grande reforma estrutural, se repensar. E, até então, falta a vontade política que outros concorrente já têm.