Luciano R. M.
vira-latas
Acho que é mais ou menos como a Anica falou. Precisa-se dessa revolução: uma coisa só pode ser considerada obra de arte - e, portanto, universal e atemporal - quando ela extrapola aquilo que as pessoas conhecem. Se é uma obra que só lida com o que podemos identificar, vai ser mais fácil gostar dela - e, com certeza, foi mais fácil escrevê-la. A partir do momento que a obra toca em algo que não se sabe dar um nome exato, a coisa muda. Aí a experiência é nova, e traz algo de novo para o leitor, como indivíduo. É a coisa que eu gosto de falar sobre liberdade de impressão ser muito, mas muito mais importante que liberdade de expressão...
E, de qualquer modo, não acho que esteja errado o que você falou sobre a coisa de escrever pra ficar rico e famoso. Sobram exemplos disso aqui no Brasil... E no mundo inteiro, na verdade. Mas não acho que é um fenômeno contemporâneo, só que - com a tal decadência da literatura (e de tudo mais) - hoje existem mais gente escrevendo por isso do que por outros motivos - até porque essa necessidade de ser rico e famoso é uma coisa bem 'pós-moderna'.
Quanto à falta de perspectiva... Não vejo uma solução. Não imediata. Até porque eu acho que existe muita coisa pendente - eu sou da escola do Kertész e do Zizek, acho que 'Auschwitz não acabou ainda', por assim dizer - e sem resolvermos os problemas antigos, não poderemos resolver os novos.
E, de qualquer modo, não acho que esteja errado o que você falou sobre a coisa de escrever pra ficar rico e famoso. Sobram exemplos disso aqui no Brasil... E no mundo inteiro, na verdade. Mas não acho que é um fenômeno contemporâneo, só que - com a tal decadência da literatura (e de tudo mais) - hoje existem mais gente escrevendo por isso do que por outros motivos - até porque essa necessidade de ser rico e famoso é uma coisa bem 'pós-moderna'.
Quanto à falta de perspectiva... Não vejo uma solução. Não imediata. Até porque eu acho que existe muita coisa pendente - eu sou da escola do Kertész e do Zizek, acho que 'Auschwitz não acabou ainda', por assim dizer - e sem resolvermos os problemas antigos, não poderemos resolver os novos.