Mas nesse esquema de pensamento, tu consegue ver alguma espécie de 'solução' ou um caminho a ser seguido? Ou estamos fadados às perspectivas de falta de perspectiva pós-modernistas? hehe
Não sei, acho que penso um pouco diferente de você Luciano, mas isso pode ser parte do fato de que eu não tenho tantas leituras quanto você e nem tanta estrada de leitura como você, o Tiago e a Anica, por exemplo. Quando eu olho para a forma como a dinâmica da literatura anda hoje em dia, eu vejo que há muito hype a guiando. Parece que escrever para se tornar famoso ou para assegurar uma grana tem norteado vários autores mais do que em outras épocas (embora eu não saiba se isso procede ou se há algum modo de provar que isso está ou não certo). Isso se assemelha aquele papo que o DFW mandou dizendo que os escritores estão se tornando 'celebridades baratas'.
Ao mesmo tempo, essa perspectiva de inovar, inovar, inovar tem acabrunhado novos escritores, fazendo-os ser massacrados antes de poderem se tornar grandes autores. OK, estou exagerando um pouco, mas isso não deixa de ser verdade em alguma medida. Não vou defender o Franzen aqui porque só li 'Liberdade', mas estão massacrando ele porque ele não escreveu algo revolucionário. Parece que não se aceita nada menos que isso...não me entendam mal, estou fazendo aqui o papel de 'advogado do diabo' só para termos um contraponto. Assim como vocês estou esperando o novo 'Ulisses' (embora eu não tenha lido nem o velho ainda, hehe), mas acho que às vezes temos que refletir sobre os parâmetros que estamos usando para analisar as coisas.
Entenderam ou já estão me odiando?