Lórien
Última General de Nanto
Somos três filhos. Três pestinhas unidos em busca da melhor maneira de agarrar o "coelhinho da páscoa" despercebido. Nossas táticas eram conhecidas pela família toda, e vou contar algumas delas a vocês, para que, quem sabe, possam ser de alguma utilidade.
Em primeiro lugar, é bom lembrar que nosso coelhinho da páscoa tem 1,70 de altura, sem orelhas felpudas , muito menos pomponzinho no bumbum.
Via de regra, o que deveríamos fazer era uma armadilha para pegar o coelhinho. O "ninho" sempre foi secundário.
Uma das primeiras que me lembro foi quando minha mãe fez pela casa toda patinhas de coelho com farinha até onde estavam dois coelhos de pelúcia branquinhos e nossos ovos. Nessa época, éramos só eu e minha irmã. Lembro que foi muito bonito.
Outra coisa que aprontamos e que foi muito divertida foi eu e minha irmã amarrarmos um cofrinho em cada ponta de um cordão e passá-lo entre nossas camas. Meu pai, além de levar um tombo, fez um barulho desgramado. Foi nessa páscoa que minha irmã ganhou O Descobrimento do Brasil e eu ganhei uma lapiseira que brilha no escuro que é meu xodó até hoje.
Depois que meu irmão chegou, as sacanagens se tornaram maiores.
Um ano nós enchemos um baldinho de gelo (com gelo, dãr), penduramos numa corda, passamos a corda por uma roldana, passamos pelo trilho da cortina e colocamos nosso ninho numa posição estratégica para que conseguíssemos derrubar o gelo sobre ele. Deu certo. Meu pai levou um susto que deu até medo... sorte que ele leva sempre essas coisas na brincadeira.
Outra vez eu e meu irmão espalhamos pecinhas de Lego pelo chão do quarto dele, eu mudei minha cama para lá (afinal, eu não podia perder aquela) e escondemos os chinelos do meu pai. Em primeiro lugar, deu prá ouvir meu pai reclamando do frio do piso (isso porque na época nós tinhamos carpete... imagine agora...). Depois, veio ele "ai ai ai ai " pisando nas pecinhas de Lego... Não dava para resistir às risadas. O pegamos direitinho...
Este anos a única exigência da minha mãe foi que quem não tivesse um ninho, não ganharia chocolates. Eu não esperava ganhar chocolates este ano, como venho não esperando há anos já. Mas lá fui eu, de madrugada, fazer o meu ninho. Minha irmã usou um chapeuzinho de palha, meu irmão não sei o que fez, eu peguei A Sociedade do Anel, O Silmarillion, O Retorno do Rei, O Hobbit, uma corrente, a árvore dourada que a Ilyriä me deu e montei o meu ninhozinho literário em cima de um lençol. Acordei com minha mãe colocando os chocolates lá, antes das sete da manhã.
E quando fui dizer "feliz páscoa" para o meu pai, pensei em criar este tópico.
Como eram as páscoas na infância de vocês?
Aqui em casa nós não temos obrigação de almoçar com a família nem nada assim, todo mundo é livre para se enfiar onde quiser rsss...
Ah, outra coisa: quando eu e minha irmã penduramos cofrinhos para que meu pai tropeçasse, os cofrinhos eram aqueles porquinhos do falecido banco Banestado. Vocês se lembram? Na agência bancária existia um porcão cheio de porquinhos dentro e nós ficávamos loucos para ir lá e pegar um da cor que ainda não tínhamos. Pena que não sobrou nenhum daquela época, pelo que eu saiba. E agora que o Banestado virou Itaú, adeus porquinhos...
FELIZ PÁSCOA!
O ministério da saúde adverte: comer muito chocolate pode deixar você assim:
Em primeiro lugar, é bom lembrar que nosso coelhinho da páscoa tem 1,70 de altura, sem orelhas felpudas , muito menos pomponzinho no bumbum.
Via de regra, o que deveríamos fazer era uma armadilha para pegar o coelhinho. O "ninho" sempre foi secundário.
Uma das primeiras que me lembro foi quando minha mãe fez pela casa toda patinhas de coelho com farinha até onde estavam dois coelhos de pelúcia branquinhos e nossos ovos. Nessa época, éramos só eu e minha irmã. Lembro que foi muito bonito.
Outra coisa que aprontamos e que foi muito divertida foi eu e minha irmã amarrarmos um cofrinho em cada ponta de um cordão e passá-lo entre nossas camas. Meu pai, além de levar um tombo, fez um barulho desgramado. Foi nessa páscoa que minha irmã ganhou O Descobrimento do Brasil e eu ganhei uma lapiseira que brilha no escuro que é meu xodó até hoje.
Depois que meu irmão chegou, as sacanagens se tornaram maiores.
Um ano nós enchemos um baldinho de gelo (com gelo, dãr), penduramos numa corda, passamos a corda por uma roldana, passamos pelo trilho da cortina e colocamos nosso ninho numa posição estratégica para que conseguíssemos derrubar o gelo sobre ele. Deu certo. Meu pai levou um susto que deu até medo... sorte que ele leva sempre essas coisas na brincadeira.
Outra vez eu e meu irmão espalhamos pecinhas de Lego pelo chão do quarto dele, eu mudei minha cama para lá (afinal, eu não podia perder aquela) e escondemos os chinelos do meu pai. Em primeiro lugar, deu prá ouvir meu pai reclamando do frio do piso (isso porque na época nós tinhamos carpete... imagine agora...). Depois, veio ele "ai ai ai ai " pisando nas pecinhas de Lego... Não dava para resistir às risadas. O pegamos direitinho...
Este anos a única exigência da minha mãe foi que quem não tivesse um ninho, não ganharia chocolates. Eu não esperava ganhar chocolates este ano, como venho não esperando há anos já. Mas lá fui eu, de madrugada, fazer o meu ninho. Minha irmã usou um chapeuzinho de palha, meu irmão não sei o que fez, eu peguei A Sociedade do Anel, O Silmarillion, O Retorno do Rei, O Hobbit, uma corrente, a árvore dourada que a Ilyriä me deu e montei o meu ninhozinho literário em cima de um lençol. Acordei com minha mãe colocando os chocolates lá, antes das sete da manhã.
E quando fui dizer "feliz páscoa" para o meu pai, pensei em criar este tópico.
Como eram as páscoas na infância de vocês?
Aqui em casa nós não temos obrigação de almoçar com a família nem nada assim, todo mundo é livre para se enfiar onde quiser rsss...
Ah, outra coisa: quando eu e minha irmã penduramos cofrinhos para que meu pai tropeçasse, os cofrinhos eram aqueles porquinhos do falecido banco Banestado. Vocês se lembram? Na agência bancária existia um porcão cheio de porquinhos dentro e nós ficávamos loucos para ir lá e pegar um da cor que ainda não tínhamos. Pena que não sobrou nenhum daquela época, pelo que eu saiba. E agora que o Banestado virou Itaú, adeus porquinhos...
FELIZ PÁSCOA!
O ministério da saúde adverte: comer muito chocolate pode deixar você assim: