Eriadan
Well-Known Member
Eu sempre considerei que, nos idiomas élficos, as vogais não fossem nasalizadas em hipótese alguma. A premissa era de que os fonemas não perderiam o seu som puro, qualquer que fosse a sua posição na palavra, de modo que, assim como em encontros como ëar as duas vogais são pronunciadas claramente, em vez de se transformarem em um novo som (e o trema serve a este propósito), vogais seguidas de [n] e [m] também não sofreriam alteração: a pronúncia de ando, por exemplo, seria /a-n-do/, com o /a/ incólume à presença do [n], que por sua vez também seria pronunciado puro, dental.
Foi só agora, chegando à lição de pretérito no Curso de Quenya, que tomei conhecimento da chamada infixação nasal, que ocorre quando o [n] do sufixo de pretérito -në troca de lugar com a última consoante do radical, para evitar encontros consonantais não admitidos (eventualmente mudando para [m] para o mesmo propósito). Assim, a forma pretérita de verbos como mat e top ficaria mantë e tompë, em vez de *matnë ou *topnë. "São todas nasais, sons emitidos ao fazer a corrente de ar dos pulmões sair através do nariz em vez da boca".
Bem, isto significa apenas que [n] e [m] são fonemas nasais "por excelência", ou a pronúncia é nasal em detrimento de dental ou labial? E se for assim, a nasalização afeta a vogal precedente? A pronúncia de mantë e tompë, portanto, seria (a) algo como /ma~të/ e /to~pë/, mantendo-se os sons abertos do /a/ e do /o/ (bem desafiadora, diga-se de passagem); (b) algo como /mãntë/ e /tõmpë/, nasalizando-se as vogais antecedentes (familiar ao português); ou (c) do jeito que eu pensava mesmo, com a nasalização quase imperceptivel e sem alterar as vogais (/ma-n-të/ e /to-m-pë/)?
Chequei o capítulo de pronúncia e não identifiquei nenhuma passagem que confirme com certeza a minha antiga premissa, nem que a descarte. Então fica a pergunta estendida também para os demais casos, fora o de infixação nasal, em que a vogal antecede um [n] ou [m]: são nasalizadas? Sempre, nunca, depende?
Foi só agora, chegando à lição de pretérito no Curso de Quenya, que tomei conhecimento da chamada infixação nasal, que ocorre quando o [n] do sufixo de pretérito -në troca de lugar com a última consoante do radical, para evitar encontros consonantais não admitidos (eventualmente mudando para [m] para o mesmo propósito). Assim, a forma pretérita de verbos como mat e top ficaria mantë e tompë, em vez de *matnë ou *topnë. "São todas nasais, sons emitidos ao fazer a corrente de ar dos pulmões sair através do nariz em vez da boca".
Bem, isto significa apenas que [n] e [m] são fonemas nasais "por excelência", ou a pronúncia é nasal em detrimento de dental ou labial? E se for assim, a nasalização afeta a vogal precedente? A pronúncia de mantë e tompë, portanto, seria (a) algo como /ma~të/ e /to~pë/, mantendo-se os sons abertos do /a/ e do /o/ (bem desafiadora, diga-se de passagem); (b) algo como /mãntë/ e /tõmpë/, nasalizando-se as vogais antecedentes (familiar ao português); ou (c) do jeito que eu pensava mesmo, com a nasalização quase imperceptivel e sem alterar as vogais (/ma-n-të/ e /to-m-pë/)?
Chequei o capítulo de pronúncia e não identifiquei nenhuma passagem que confirme com certeza a minha antiga premissa, nem que a descarte. Então fica a pergunta estendida também para os demais casos, fora o de infixação nasal, em que a vogal antecede um [n] ou [m]: são nasalizadas? Sempre, nunca, depende?
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