Zuleica
Usuário
Inglaterra, 1962.As profundas mudanças na moral e no comportamento sexual que abalariam o mundo ao longo daquela década ainda estão em estado de gestação. Edward Mayhew e Florence Ponting, ambos virgens, se instalam num hotel na praia de Chesil, perto do Canal da Mancha, para celebrar sua noite de núpcias. Ele é um rapaz recém-formado em história, de origem provinciana; sua mãe tem problemas mentais, e o pai é professor secundário. A noiva é uma violinista promissora, líder de seu próprio quarteto de cordas, filha de um industrial e de uma professora universitária de Oxford.
O desajeitado encontro íntimo desses dois jovens ainda marcados pelos resquícios da repressiva moral vitoriana é repleto de lances cômicos e comoventes, configurando uma autêntica tragicomédia de erros.Na praia, entretanto, vai além disso.
Por conta da refinada arte narrativa de Ian McEwan,o drama dos recém-casados transcende o registro particular e o retrato de época para alcançar a dimensão de uma obra universal sobre o momento da perda da inocência, essa expulsão do paraíso que é um ponto de inflexão na vida de todo indivíduo. Com sua prosa precisa, tão sutil quanto implacável, McEwan alterna os pontos de vista de Edward e Florence, radiografando seus pensamentos e motivações mais secretos. O sentimento trágico que fica no leitor vem da percepção dos estragos profundos e duradouros que um pequeno gesto, um único mal-entendido, uma palavra infeliz podem causar na vida dos personagens.
Com esse romance compacto, intenso, inteiriço como um poema ou uma peça musical, o autor confirma seu notável talento para captar e expressar os descaminhos da vida interior. Ian McEwan, considerado um dos mais importantes escritores de língua inglesa da atualidade, nasceu em 1948, em Aldershot, Inglaterra. Publicou duas coletâneasde contos e, entre outros romances, A criança no tempo, O jardim de cimento (adaptado para o cinema), Amor para sempre e Amsterdam. Vencedor do Whitbread Award 1987 e do Booker Prize 1998, teve seu romance Reparação (publicado no Brasil pela Companhia das Letras) indicado ao Booker Prize 2002. A editora publicou também seus romances O inocente e Sábado.
Travessa.com
O desajeitado encontro íntimo desses dois jovens ainda marcados pelos resquícios da repressiva moral vitoriana é repleto de lances cômicos e comoventes, configurando uma autêntica tragicomédia de erros.Na praia, entretanto, vai além disso.
Por conta da refinada arte narrativa de Ian McEwan,o drama dos recém-casados transcende o registro particular e o retrato de época para alcançar a dimensão de uma obra universal sobre o momento da perda da inocência, essa expulsão do paraíso que é um ponto de inflexão na vida de todo indivíduo. Com sua prosa precisa, tão sutil quanto implacável, McEwan alterna os pontos de vista de Edward e Florence, radiografando seus pensamentos e motivações mais secretos. O sentimento trágico que fica no leitor vem da percepção dos estragos profundos e duradouros que um pequeno gesto, um único mal-entendido, uma palavra infeliz podem causar na vida dos personagens.
Com esse romance compacto, intenso, inteiriço como um poema ou uma peça musical, o autor confirma seu notável talento para captar e expressar os descaminhos da vida interior. Ian McEwan, considerado um dos mais importantes escritores de língua inglesa da atualidade, nasceu em 1948, em Aldershot, Inglaterra. Publicou duas coletâneasde contos e, entre outros romances, A criança no tempo, O jardim de cimento (adaptado para o cinema), Amor para sempre e Amsterdam. Vencedor do Whitbread Award 1987 e do Booker Prize 1998, teve seu romance Reparação (publicado no Brasil pela Companhia das Letras) indicado ao Booker Prize 2002. A editora publicou também seus romances O inocente e Sábado.
Travessa.com