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Motivos para não encontrar um velho amigo.

  • Criador do tópico Anne
  • Data de Criação
A

Anne

Visitante
Dois velhos amigos, que há muito não se viam, se encontram em um bar:

- Então meu caro, como tem passado?

- Como você soube? Queria manter tudo em segredo. Pensei que ninguém saberia que tinha passado no vestibular. Depois de anos de esforço e dedicação eu finalmente consegui. Já estou com 40 anos, nada é mais tão fácil nessa idade.

- Bem, na verdade, eu perguntava como você tem andado...

- Meu Deus! Quanta fofoca! Então já sabe até do meu carro novo? Sempre quis um Veyron Grand Sport. Teto transparente removível e chega a 407 Km/h. Um xodó.

- Pelo que posso perceber está muito bem de vida. Com está o emprego?

- Puxa, pensei que você não fosse perguntar. Depois que nos desencontramos eu arrumei um servicinho em uma lavanderia. Entregava as roupas para o dono de uma multinacional. Com o tempo, ficamos amigos e ele me deu a chance de trabalhar lá. Agora sou chefe daquela empresa. Isso mesmo que você pensou! O antigo dono acabou falecendo há um ano atrás e me concedeu a empresa.

- Quanta sorte...

- Nem acredito! Você soube disso também? Ah, claro, os jornais e a TV... Nunca acreditei que fosse ganhar na Mega Sena, mas olha que isso acontece! Cinquenta e cinco milhões acumulados, eu joguei uma única vez por insistência da minha esposa, já que a minha descrença era grande. Mas o que a gente não faz por um grande amor?

- Que bom que você ainda está firme com a Carlota!

- Carlota?! Aquela desengonçada?! Nunca mais a vi. Minha nova esposa se chama Maraya, uma modelo internacional que estava por essas bandas. Mas conte-me um pouco de você.

- Hoje não, preciso voltar para o meu trabalho.

- Até breve, Antônio!

- Até!

Antônio sai do bar, cruza a rua e segue em direção a sua casa. Chegando lá, despe suas roupas e as guarda no armário, conservando-as limpas para o dia seguinte. Veste seu uniforme, camisa rasgada e calça desbotada, e sai para seu serviço, catando papelão.

A.E.K.
(Des)Necessário
 
É mais ou menos...Primeiro um se dá glórias pelo que tem, sem imaginar a situação do outro amigo. =/
 
Valeu Wilson! É sim..:sim:. Mas é a realidade de muitos.Às vezes, os que se dizem amigos não estão muito aí para a vida do outro, apenas querem exibir o que conseguiram.
 
Que cara sufocante esse Antônio! Eu teria encerrado a conversa muito antes, muito gabola ele! Ficou muito legal o conto, é o inverso do pedinte que tira as roupas sujas depois de um dia de esmolas, entra do BMW e vai pra casa! O final é triste, mas é triste porque o personagem fantasia demais, é tudo culpa dele. :)

Os diálogos ficaram bacanas, acho que ficaria muito legal gravado, tipo um curta ou uma propaganda!
 
Bem, o Antônio se encontra com um amigo que fica falando do quão "sortudo" está. Vendo tudo aquilo, o Antônio decide ir embora para não falar que é um catador de papelão.

Se foi isso que você entendeu, está correta.:sim:
 
Nossa Anne, entendi tudo errado então! Que péssimo leitor! Um é sortudo mesmo e o outro é catador de papelão?! Achei que a sorte do outro era balela e que na verdade ele era o catador de papelão! Agora entendi. triste mesmo! :P
 
Anne, meu bem, você é cruel. :pipoca:

Mandou bem menina! É isso aí! :clap:
Fiquei com pena do pobre coitado, mas eu gosto dessas coisas. hahahahahha
 
Farfael: ficou meio confuso mesmo..:oops:

Ariane: Valeu menina! :D. pelo visto não sou só eu má...hehe.
 
Anne disse:
Antônio sai do bar, cruza a rua e segue em direção a sua casa. Chegando lá, despe suas roupas e as guarda no armário, conservando-as limpas para o dia seguinte. Veste seu uniforme, camisa rasgada e calça desbotada, e sai para seu serviço, catando papelão.

A.E.K.
(Des)Necessário

Que final melancólico! Eu acho que é exatamente por isso que eu evito de conversar com velhos amigos, eu sou meio que fracassada no setor profissional (talvez em todos os outros também hehe) aí acontece exatamente isso comigo. ¬¬
 
Anne, gosto de seus escritos, mas acho que você não soube muito bem aproveitar essa idéia. Digo, faltou um clímax, entende? Não há uma situação, não há apresentação das personagens... Acho que você podia reescrever a história! Falo isso porque gosto que falem dos meus textos -- se você não gostar, pode me xingar que eu deixo, hehehe. :)
 
Clover disse:
Anne disse:
Antônio sai do bar, cruza a rua e segue em direção a sua casa. Chegando lá, despe suas roupas e as guarda no armário, conservando-as limpas para o dia seguinte. Veste seu uniforme, camisa rasgada e calça desbotada, e sai para seu serviço, catando papelão.

A.E.K.
(Des)Necessário

Que final melancólico! Eu acho que é exatamente por isso que eu evito de conversar com velhos amigos, eu sou meio que fracassada no setor profissional (talvez em todos os outros também hehe) aí acontece exatamente isso comigo. ¬¬

Ééé..acontece bastante.

Tauil disse:
Anne, gosto de seus escritos, mas acho que você não soube muito bem aproveitar essa idéia. Digo, faltou um clímax, entende? Não há uma situação, não há apresentação das personagens... Acho que você podia reescrever a história! Falo isso porque gosto que falem dos meus textos -- se você não gostar, pode me xingar que eu deixo, hehehe. :)

Eu sei...:oops:. Na verdade, muito bem. Mas eu escrevi com pressa, tava meio mais ou menos, se é que me entende..? (Até porque, muitas vezes, nem eu me entendo..:think: ). Talvez, eu disse, talvez, eu reescreva...vamos ver, tudo depende da minha vontade. :tedio:


Obs.: Achei que ninguém iria comentar nada, por falta de conteúdo..
 
Anne disse:
Obs.: Achei que ninguém iria comentar nada, por falta de conteúdo..

Não achei isso um defeito. Isso abre espaço pra várias interpretações, e o enriquecimento do texto fica na mão do leitor. Assim como aconteceu aqui. =B

Gosto de quando há esse espaço pra poder fantasiar em cima do que foi dado.
 

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