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Mortes cometidas por policiais da Rota sobem 45% em SP

Morfindel Werwulf Rúnarmo

Geofísico entende de terremoto
Policiais militares da Rota, espécie de grupo especial da PM de São Paulo, mataram 45% mais neste ano do que entre janeiro e maio de 2011.

É o que revela análise da Folha feita com os dados de letalidade policial da Corregedoria da Polícia Militar.

Nos cinco primeiros meses de 2011 foram 31 mortes. Em igual período deste ano, 45.

Quando a comparação dos cinco primeiros meses deste ano é feita com o mesmo período de 2010 (quando foram registradas 22 mortes), o aumento é ainda maior: 104,5%.

"O cenário mais grave para a segurança pública não é apenas quando o crime se exacerba, mas quando a própria polícia atua de forma descontrolada e ilegal",
diz a cientista social Silvia Ramos, coordenadora do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania da Universidade Candido Mendes, no Rio.

"Há fortes indicações de que existem grupos autônomos na polícia, que respondem por conta própria às dinâmicas que encontram nas ruas",
afirma.

O tenente-coronel Salvador Modesto Madia, chefe da Rota desde novembro, diz
"não se importar com números, mas, sim, com a legalidade dessas mortes"
(leia abaixo).

Maio deste ano foi o mês em que a Rota mais matou em São Paulo. Foram 17 mortos.

Seis delas ocorreram numa operação que, segundo a polícia, visava prender suspeitos de integrar o PCC (Primeiro Comando da Capital).

Cinco dessas mortes foram no estacionamento de um bar. A sexta foi cometida pelo sargento Carlos Aurélio Nogueira, 42, o soldado Marcos Aparecido da Silva, 37, e o cabo Levi Cosme da Silva Júnior, 34, na rodovia Ayrton Senna, a cerca de quatro quilômetros.

Segundo a Polícia Civil e a Corregedoria da PM, Anderson Minhano, 31, foi preso pelos três PMs, levado para a rodovia e torturado antes de ser morto com tiros. Os três PMs foram presos pelo homicídio.

Após as seis mortes, sete PMs foram assassinados (entre 13 e 30 de junho) em crimes com características de terem sido encomendados. Para setores de inteligência da polícia, as mortes dos PMs são uma retaliação. Desde então, 15 ônibus foram queimados e bases da PM, atacadas.

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OUTRO LADO

Ao ser questionado anteontem sobre as mortes cometidas pela Rota, o tenente-coronel Salvador Modesto Madia, chefe do grupo, afirmou
"não me importo com números, mas, sim, com a legalidade dessas mortes".

Após fazer a afirmação, o tenente-coronel disse estar disposto a falar com a Folha sobre a letalidade da Rota, mas que a conversa dependia da autorização do Comando-Geral da PM que, por sua vez, não permitiu a entrevista.

Madia é um dos réus pelas mortes de 111 presos no Carandiru, em 1992, e um dos homens de confiança de Antonio Ferreira Pinto, secretário da Segurança Pública.

O delegado Jorge Carrasco, chefe do departamento de homicídios, não quis comentar.

Fonte
 
O Maluf deve estar pulando de alegria...
 
O número de pessoas mortas por bandidos aumentou em qual proporção no mesmo período?

Se bandido atirou em policial no meio de uma operação, tem que levar chumbo grosso, virar queijo suíço pra ver se serve de exemplo.
 
Mas a polícia do Brasil, se não é a que mais mata é uma das, e é um dos países mais violentos do mundo, já a polícia da Alemanha está no outro lado dessa lista e a Alemanha é um país muito seguro, então essa não é abordagem correta, se uma polícia corrupta fosse garantia de segurança o Brasil seria um paraíso.
 
Última edição:
Acho que general artigas na verdade não está defendendo a policia corrupta, e sim, o policial que, em alguma operação legitima da policia, mata um bandido em conseqüência do mesmo reagir e tentar matar os policiais...
 
Se aumentou a criminalidade, aumentou o número de criminosos e aumentaram os confrontos, eu fico mais preocupado com o número de policiais mortos.
 
Mas a polícia do Brasil, se não é a que mais mata é uma das, e é um dos países mais violentos do mundo, já a polícia da Alemanha está no outro lado dessa lista e a Alemanha é um país muito seguro, então essa não é abordagem correta, se uma polícia corrupta fosse garantia de segurança o Brasil seria um paraíso.

E quem defendeu polícia corrupta? Eu defendo o lado do cara que arrisca a vida pra tentar manter a sociedade segura. Se tem vagabundo que revida na hora da polícia agir, tem que virar queijo suíço mesmo.

E comparar Alemanha com Brasil é, no mínimo, ignorância. Alemanha é um estado-nação em que o povo tem fama de ser "durão", competente, etc. O Brasil é uma mistura de gente onde o governo faz uma lei e todos têm que se adaptar a ela, mesmo que culturalmente vá contra alguns grupos populacionais.

Acho que general artigas na verdade não está defendendo a policia corrupta, e sim, o policial que, em alguma operação legitima da policia, mata um bandido em conseqüência do mesmo reagir e tentar matar os policiais...

Obrigado por interpretar corretamente. É difícil encontrar alguém com essa capacidade nesse fórum.
 
:think:

A questão é saber o quanto que esse número de mortes representa legítima defesa do policial ou abuso de força. Apesar de que na lei no Brasil não há pena de morte em tempos de paz, pelo número de mortes em operações policiais, sabe-se que na prática não é bem assim. O que eu sei é que em geral temos uma polícia despreparada, mal remunerada, mal equipada, e falha em protejer o cidadão e manter a lei. Eu lembro uma vez andando de onibus aqui na minha cidade e tinha um policial correndo atrás de um ladrão de bolsa em um rua super movimentada daqui, detalhe, ele corria com a arma apontada para o bandido no meio de milhares de pessoas. Será que ele pensava que conseguia disparar em movimento? Enfim, é só um exemplo, acho que não é dificil ver outros que mostram o despreparo.
 
não tem critério muito bom pra definir quando a rota reage ou espontaneamente mata. na ausência de testemunhas, quem define isso? o aspecto investigativo fica na jurisdição da própria polícia militar, e é sabido que a rota é incentivada pela organização a ser violenta (rondas ostensivas, como o próprio nome já diz). não fica difícil concluir que os relatórios, neste caso, são parciais. tomar essa estatística como base, portanto, é um erro.

não sei se, passado o tempo da ditadura, faz algum sentido manter esse tipo de repressão (especialmente contra os setores pobres de são paulo). quer dizer, existe sim o PCC, mas ele não tem uma cara, não tem ativistas, é uma organização falida.
 
:think:

A questão é saber o quanto que esse número de mortes representa legítima defesa do policial ou abuso de força. Apesar de que na lei no Brasil não há pena de morte em tempos de paz, pelo número de mortes em operações policiais, sabe-se que na prática não é bem assim. O que eu sei é que em geral temos uma polícia despreparada, mal remunerada, mal equipada, e falha em protejer o cidadão e manter a lei. Eu lembro uma vez andando de onibus aqui na minha cidade e tinha um policial correndo atrás de um ladrão de bolsa em um rua super movimentada daqui, detalhe, ele corria com a arma apontada para o bandido no meio de milhares de pessoas. Será que ele pensava que conseguia disparar em movimento? Enfim, é só um exemplo, acho que não é dificil ver outros que mostram o despreparo.

Qualquer investimento decente em segurança pública será um retrocesso, do ponto de vista do governo. Os governistas não vão muito com a cara da polícia, já que foram presos por organizarem assaltos a bancos, sequestros, etc. O dia em que bandido investir em polícia vai ser o início do Apocalipse.

não tem critério muito bom pra definir quando a rota reage ou espontaneamente mata. na ausência de testemunhas, quem define isso? o aspecto investigativo fica na jurisdição da própria polícia militar, e é sabido que a rota é incentivada pela organização a ser violenta (rondas ostensivas, como o próprio nome já diz). não fica difícil concluir que os relatórios, neste caso, são parciais. tomar essa estatística como base, portanto, é um erro.

não sei se, passado o tempo da ditadura, faz algum sentido manter esse tipo de repressão (especialmente contra os setores pobres de são paulo). quer dizer, existe sim o PCC, mas ele não tem uma cara, não tem ativistas, é uma organização falida.

Não foi o PCC que organizou a morte dos policiais a paisana em São Paulo?
Quanto ao critério do reagir ou matar espontaneamente, a perícia devia resolver essa questão. Mas como a perícia faz parte da polícia não é algo completamente imparcial. Na dúvida, melhor um bandido morto do que um policial, quando for policial honesto.
 
Não foi o PCC que organizou a morte dos policiais a paisana em São Paulo?
Quanto ao critério do reagir ou matar espontaneamente, a perícia devia resolver essa questão. Mas como a perícia faz parte da polícia não é algo completamente imparcial. Na dúvida, melhor um bandido morto do que um policial, quando for policial honesto.
Quanto a isso eu não discordo tanto. O problema é a parcela "inocente" que sofre a mesma repressão baseada em discriminação social. a polícia militar tem muito forte aquela idéia de que parcelas excluídas (negros, pobres, etc) tem uma maior chance de cometer delitos (e estatisticamente tem mesmo, o problema é que não é por isso que a parte "correta" deve pagar junto).

a repressão contra esses casos não funciona bem, pois sabendo que esse "preconceito estatístico" pesa na balança, fica fácil concluir também que alguns com essas características combinadas (negro e pobre) são incorretamente tratados como delinquentes, e eventualmente até mesmo mortos (sem repercussão para quem matou, o que até incentiva futuros casos equivalentes) quando a repressão ostensiva é apoiada pela sociedade democrática brasileira (nós).

claro, morre bandido também, mas a idéia de encarar os inocentes neste processo como "casualidades de guerra" me incomoda (embora eu não consiga pensar em solução alternativa imediata para este caso - mas não é essa a minha função :lol: tem gente que ganha muito bem e teve formação pra isso, então bora trabalhar melhor).

sobre o PCC, óbvio que não tenho informações definitivas (senão eu seria um investigador da polícia ou qqer coisa do naipe), mas o que se sabe informalmente é que muito fanfarrão veste a camisa do PCC neste tipo de evento aleatório, e sai querendo reproduzir o terrorismo. morre um bandido famoso, um zé-ninguém veste a camisa do PCC, mata um policial, e isso aparece na mídia, rola bagunça, e a população esquece passado 1 mês. é uma "organização" bem reativa, saca? ocorre um evento x, o "PCC" responde com um evento y, e some do mapa.

eu pelo menos desconheço notícias de organizações gigantes de prostituição, sequestros, crimes gerais, etc; que estão encabeçadas pelo PCC, pelo menos através de notícias do naipe "grande esquema de prostituição infantil encabeçado pelo PCC é flagrado pela polícia" como aparecem pra outras organizações criminosas.
 
Quanto a isso eu não discordo tanto. O problema é a parcela "inocente" que sofre a mesma repressão baseada em discriminação social. a polícia militar tem muito forte aquela idéia de que parcelas excluídas (negros, pobres, etc) tem uma maior chance de cometer delitos (e estatisticamente tem mesmo, o problema é que não é por isso que a parte "correta" deve pagar junto).

Não é só a polícia que tem preconceito com as classes mais baixas. A justiça é até pior.
Me lembro de um caso em que o SBT BRASIL acompanhou, de dois guris acusados de roubarem dois carros da mesma pessoa com diferença de quinze dias entre um roubo e outro. O mauricinho acusou os dois, mas havia prova de que no primeiro roubo eles estavam trabalhando graças ao ponto do trabalho dos dois. No segundo roubo era praticamente impossível eles terem roubado o carro porque moram na periferia e uma câmera de segurança gravou os dois doze minutos após o tal roubo de carro, detalhe: o carro estava no centro de São Paulo. Os dois tiveram doze minutos pra roubar e dar um fim no carro e ainda voltar pra um churrasco na periferia onde moram.
Mesmo com todas as provas contra o mauricinho, os dois permaneceram presos uns dois meses. A situação foi tão ridícula que teve advogado se oferecendo pra defender os dois de graça.

a repressão contra esses casos não funciona bem, pois sabendo que esse "preconceito estatístico" pesa na balança, fica fácil concluir também que alguns com essas características combinadas (negro e pobre) são incorretamente tratados como delinquentes, e eventualmente até mesmo mortos (sem repercussão para quem matou, o que até incentiva futuros casos equivalentes) quando a repressão ostensiva é apoiada pela sociedade democrática brasileira (nós).

claro, morre bandido também, mas a idéia de encarar os inocentes neste processo como "casualidades de guerra" me incomoda (embora eu não consiga pensar em solução alternativa imediata para este caso - mas não é essa a minha função :lol: tem gente que ganha muito bem e teve formação pra isso, então bora trabalhar melhor).

Como eu disse, se o vivente decide reagir (com clara ameaça à vida do policial), não tem o que se discutir: é bandido. Aquele que não deve nada pra justiça vai espernear, berrar, mas não vai tentar dar um teco na cara do policial.
A polícia é mal treinada? É. Esse é um dos motivos de tantas mortes? É. Mas ainda assim fico do lado dos policiais, já que o governo adora humilhar os caras e inventa bolsa ladrão que é maior que o salário mínimo e quase equivale a o salário de um policial dependendo da unidade federativa em que serve.

O sistema tá mais do que falido, já tá ruindo feito castelo de areia quando a maré sobe. Mas investir nisso não é interesse do governo porque não se compra votos com mais presídios, mais e melhores policiais, etc.

sobre o PCC, óbvio que não tenho informações definitivas (senão eu seria um investigador da polícia ou qqer coisa do naipe), mas o que se sabe informalmente é que muito fanfarrão veste a camisa do PCC neste tipo de evento aleatório, e sai querendo reproduzir o terrorismo. morre um bandido famoso, um zé-ninguém veste a camisa do PCC, mata um policial, e isso aparece na mídia, rola bagunça, e a população esquece passado 1 mês. é uma "organização" bem reativa, saca? ocorre um evento x, o "PCC" responde com um evento y, e some do mapa.

eu pelo menos desconheço notícias de organizações gigantes de prostituição, sequestros, crimes gerais, etc; que estão encabeçadas pelo PCC, pelo menos através de notícias do naipe "grande esquema de prostituição infantil encabeçado pelo PCC é flagrado pela polícia" como aparecem pra outras organizações criminosas.

As informações que chegam aqui distorcem um pouco as coisas então. Mas de qualquer forma, a existência do PCC, com bandido dando ordem de dentro da cadeia, é mais um exemplo da ruína do sistema penal.
 
Não é só a polícia que tem preconceito com as classes mais baixas. A justiça é até pior.
Me lembro de um caso em que o SBT BRASIL acompanhou, de dois guris acusados de roubarem dois carros da mesma pessoa com diferença de quinze dias entre um roubo e outro. O mauricinho acusou os dois, mas havia prova de que no primeiro roubo eles estavam trabalhando graças ao ponto do trabalho dos dois. No segundo roubo era praticamente impossível eles terem roubado o carro porque moram na periferia e uma câmera de segurança gravou os dois doze minutos após o tal roubo de carro, detalhe: o carro estava no centro de São Paulo. Os dois tiveram doze minutos pra roubar e dar um fim no carro e ainda voltar pra um churrasco na periferia onde moram.
Mesmo com todas as provas contra o mauricinho, os dois permaneceram presos uns dois meses. A situação foi tão ridícula que teve advogado se oferecendo pra defender os dois de graça.

Com isso eu concordo, e pelo jeito o Brasil não vai pra frente tão cedo, quando acontece uma coisa dessa ou um político claramente desvia (rouba) dinheiro público a população não se mexe, mas quando um juiz de futebol faz merd@ ou quando um humorista faz uma piada "desnecessária" fazem um escarcéu sem tamanho.

Uma imagem que eu vi hoje no facebook

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