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Morreu o Antonio Candido

Mavericco

I am fire and air.
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Morreu nesta sexta-feira o crítico literário e sociólogo Antonio Candido de Mello e Souza, aos 98 anos. O autor de Formação da Literatura Brasileira (1959) e Literatura e Sociedade (1965), entre outros estudos fundamentais, estava internado no hospital Albert Einstein em São Paulo com problemas no intestino. Um comunicado da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH-USP), onde ele lecionou, informou que o velório será realizado nesta sexta-feira, no Hospital Albert Einstein, das 9 às 17 horas.

http://veja.abril.com.br/entretenimento/morre-critico-literario-antonio-candido-aos-98-anos/

Não vou colar tudo. Enfim. Você sente que está de certo modo desperdiçando a vida quando vê os seus ídolos morrerem sem que você pelo menos tenha a oportunidade de vê-los ao vivo, ainda que de longe. Descanse em paz. Dizer da importância desse cara é despiciendo.
 
E assim... Não era a Madonna. Dava pra ter conhecido. Igual o Gullar. Já me emocionei demais lendo poemas do cara... E aí ele vai e pimba. Oxente. Claro que ainda tem muita gente que eu gostaria de conhecer. Um Antonio Carlos Secchin, uma Cleonice Berardinelli, esse povo. Nem que fosse pra pedir um autógrafo.

Mas tá aí. A obra não morre não. É difícil demais prum crítico chegar nesse estágio de influência onde ele cria uma geração de críticos quase que toda. Eu só consigo pensar, de cabeça, nos grandes nomes da Nova Crítica americana (Cleanth Brooks? I. A. Richards?) ou alguns dos medalhões do Estruturalismo (Levi-Strauss?) ou mesmo o Northrop Frye. Isso é muito mais do que ter escrito livros fodas. É uma obra que ajudou a criar outros livros fodas.
 
bem por aí. na graduação TODOS meus professores de literatura botaram o candido na bibliografia para as aulas. podia ser na obrigatória, podia ser na recomendada, mas ele estava sempre lá. sabe, tem aquela coisa de linha de pesquisa, fulano tende para um lado e aí deixa alguns nomes para lá (exemplo: tem professor que idolatra o bakhtin, tem outros que acham velho e ultrapassado), mas o candido aparecia em todos os lugares. é esse o tipo de influência.
 
Pois é! A propósito, a Regina Dalcastagnè tá terminando um estudo sobre o perfil dos estudos nas universidades brasileiras e ela constatou isso:

"O mesmo ocorre no mapeamento das referências teóricas usadas nos artigos. Se estudados os textos que trabalham obras literárias e os que tratam apenas da teoria, que totalizam 2 565 produções, vemos que Antonio Candido é o “campeão”, com 393 citações."
http://www.suplementopernambuco.com.br/artigos/1859-do-que-tem-tratado-a-crítica-acadêmica.html

(Essa é a parte bonita do estudo. A feia é quando a gente descobre que a primeira mulher só vai aparecer na 15ª posição: Linda Hutcheon...)
 

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