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Monster - Desejo Assassino (Monster, 2003)

Tisf

Delivery Boy
Monster


Direção: Patty Jenkins

Elenco: Charlize Theron, Christina Ricci, Bruce Dern, Pruitt Taylor Vince, Scott Wilson e Annie Corley

Esse filme tá sendo muito elogiado pela performance da Charlize Theron, que já ganhou o Prêmio da Sociedade Nacional dos Críticos dos EUA e o National Board of Review, além de outros, como melhor atriz.

Ela se enfeiou pra interpretar uma prostituta condenada à morte por 7 assassinatos nos anos 80. A Christina Ricci, uma atriz que eu adoro, faz a lésbica que se envolve com ela.

Pôster:
monster_01.jpg
 
Eu já li alguns reviews e o filme parece mesmo ser bem interessante, além da atuação da Charlize.

Quando estréia por aqui?
 
Ainda não tem uma data definida.

Em compensação, a Christina Ricci tá parecendo um macaco.
 
Charlize Theron :grinlove: :grinlove: :grinlove:

Caramba, eu li em algum lugar que ela engordou mais de 10 quilos pra fazer esse papel - e além disso, a interpretação dela (de assassina serial 8O ) foi magnífica. Tou muito curioso pra ver. :babar:
 
Essa coisa loira do cartaz parecida com o William Dafoe mais novo é a Charlize???? :eek: :eek:


:puke:
 
Dirhil disse:
Essa coisa loira do cartaz parecida com o William Dafoe mais novo é a Charlize???? :eek: :eek:

Viu como engordar funcionou se ela conseguiu você ter essa impressão de eek, espere até a interpretação (que está sendo elogiada).

Estou ansioso para ver :|
 
Monster

Nossa, agora estreiou nos cinemas do Brasil. Adimiro o trabalho de Christina Ricci, apesar de que pelo cartaz esta parecendo um macaco :lol: como disseram...

Espero em breve poder ver esse filme, já que os da Ricci são todos assustadores e muito bem feitos :D
 
Ah, eu vi o filme, mas, surpreendentemente, foi uma decepção. :? O ponto alto tá mesmo na atuação da Charlize, que realmente incorpora o papel. Acredito que isso foi fundamental para o filme ter funcionado para muitas pessoas porque ele roda bem em torno da prostituta Lee (Charlize Theron), então o fato da atriz ter trazido toda a angústia da personagem foi muito importante. Ainda assim, observando todas essas críticas reverenciando sua atuação, chego à conclusão que elas estão superestimando um bocado. Eu sei que muita gente vai discordar de mim, mas a maquiagem do filme tirou um pouco do mérito da sua performance, pois ajudou bastante para a retratação da protagonista e, portanto, para dar realismo à interpretação de Theron. É inegável que essa mulher tem um talento imenso (destaque para a sua expressão corporal no longa), mas ficou a impressão de que aquilo não foi trabalho dela somente. Anyway, se dependesse de mim, o Oscar teria ido para Naomi Watts, por "21 Gramas".

Pois bem, como eu disse, o foco é a personagem Lee. Aí tem o lado mais intessante do filme, que tenta explicar as razões pelas quais ela se tornou o 'monstro'. A princípio era uma criança que alimentava sua imaginação, sonhando em se tornar uma estrela de cinema quando crescesse. O problema é que isso não aconteceu; na verdade sua vida foi resumida a séries de catástrofes, o que a levou a se tornar uma prostituta precoce para ganhar a vida. Por causa disso, ela nunca teve a oportunidade de expor o amor que tinha a oferecer, até encontrar Selby, personagem de Cristina Ricci. Esse encontro se deu quando Lee estava prestes a cometer suicídio, e encontrou nessa amizade inédita uma descoberta que até então era impossível para ela. Enfim, elas se apaixonam e as coisas começam pra valer.

O romance serve de incentivo para Lee lutar pela vida, mas a delicadeza da relação é meio que ignorada a partir daí. A sensibilidade da cena da patinação - linda, aliás -, por exemplo, é perdida.

A mulher, então, começa a matar seus clientes como forma de 'vingança' por tudo o que ela sofreu no passado, e então as coisas começam a ficar repetitivas demais. Entre os vários conflitos entre o casal e a protagonista e ela mesma, a monotonia começa a crescer, e, embora no meio disso o filme não impede que a simpatia que sentimos pela protagonista se desfaça (o que faz de seus atos algo até compreensível, e podemos até mesmo enxergar muito bem o ser humano 'bom' por trás da monstruosidade), o exagero em enfatizar as situações de conflitos internos da mulher acabou por tornar o andamento desinteressante. Isso porque essas situações, ainda que reforcem o lado psicológico de Lee, tornam-se, como mencionado, repetitivas e às vezes previsíveis, e o que poderia dar em resultados impactantes dão origem ao cansaço. Enquanto alguns vão considerar esse ponto justamente a melhor característica do filme (pois, reconheçamos, a personagem Lee é muito bem desenvolvida), eu digo que, pra mim, não valeu a pena trocar vários bocejos por uma moral que sequer me afetou.

Aliás, a única parte que eu considerei realmente comovente foi o final. Mas, em geral, foi um filme que não me agradou, mas que merece receber uma conferida graças à Charlize Theron, embora eu ainda ache que sua atuação não foi nada de atemporal etc.

2/5
 
Ristow disse:
Ah, eu vi o filme, mas, surpreendentemente, foi uma decepção. :? O ponto alto tá mesmo na atuação da Charlize, que realmente incorpora o papel. Acredito que isso foi fundamental para o filme ter funcionado para muitas pessoas porque ele roda bem em torno da prostituta Lee (Charlize Theron), então o fato da atriz ter trazido toda a angústia da personagem foi muito importante. Ainda assim, observando todas essas críticas reverenciando sua atuação, chego à conclusão que elas estão superestimando um bocado. Eu sei que muita gente vai discordar de mim, mas a maquiagem do filme tirou um pouco do mérito da sua performance, pois ajudou bastante para a retratação da protagonista e, portanto, para dar realismo à interpretação de Theron. É inegável que essa mulher tem um talento imenso (destaque para a sua expressão corporal no longa), mas ficou a impressão de que aquilo não foi trabalho dela somente. Anyway, se dependesse de mim, o Oscar teria ido para Naomi Watts, por "21 Gramas".

8O

Quando estava lendo o tópico era exatamente o que estava pensando em dizer. Ok, não exatamente, porque não achei o filme tããão decepcionante assim.

Mas o filme em si foi superestimado pela caracterização da Theron. Você até o final do filme ainda está pensando "Céus, como ela tá feia!", ou seja, Patty Jenkins simplesmente não consegue atrair suficientemente a atenção do público para a história em si. Se bem que eu acho que sei o motivo: na boa, a história (desde o início), tem mó pinta de Supercine. :mrpurple:
 
Foram 3 momentos no filme que valeram a pena: O começo, a patinação e o final.

Gostei no começo dela falando de como quando criança ela queria ser linda, ser uma estrela e tal, porque é algo bem comum, bem aceitável pra qualquer menininha. E a sequência também, é tudo muito padrão-realidade, eu esqueci um pouco que ela era uma assasina.

Na patinação, desde que ela sentam para conversar a interação delas é engraçada pelo motivo oposto do começo: o papo que ela batem, a Lee falando dos caras, é tudo bizarro. Você vê a cena e fica pensando 'credo...' com um toque de humor. Elas patinando juntas, e principalmente a cena do beijo, tem graça pela hesitação de ambas, de novo o toque de humanidade.

SPOILERS

E não deve ter ninguém que não sentiu uma leve angústia quando percebe que o telefone está grampeada. E apesar de clichê, a Sellby no tribunal, apontando para sua ex-namorada é a classica cena que dá aquela tristeza pela personagem. Mas foi um clichezão que, embora bem colocado, não torna o filme algo espetacular.
FIM

Então, eu acho que ela não entra na linha "Absurdos do Oscar" e até merece uma estatueta, considerando os padrões da academia. A atuação dela não me desagradou e pelas cenas citadas acima valeu a pena pra mim.
 
Não seria absurdo se ela concorresse em um outro ano. Mas sendo no mesmo ano que a Naomi Watts em 21 Gramas, ela tinha que ter uma atuação sublime para merecer a estatueta. :obiggraz:
 
Charlize tá irreconhecível no filme. Eu tb fiquei pensando do começo até o final do filme como na feiura da maquiagem Eu acho q Charlize trabalhou mt bem, ela realmente soube interpretar a personagem, mas eu ainda acho q Naomi Watts deveria ter levado a estatueta.
O filme é bom, mas n chega a ser um dos melhores q eu assisti esse ano.
Q título foi esse q deram pro filme? A cada filme eles conseguem se superar, n sei de onde tiram tanta inspiração pra esse títulos bizarros.
 
Eu vi ontem.

Bom..... realmente é um filme de interpretação apenas. Ele tem um bom começo, até quando a personagem da Christina foge com a da Charlize..... depois disso o filme se torna monótono DEMAIS.

A interpretação tá excelente, mas não é uma das melhores que já vi. A caracterização realmente foi fundamental para a veracidade da atuação.
 
Basicamente duas coisas em Monster são de fato monstruosas: a transformação da Charlize Theron (que foi monstruosa no bom sentido), e o filme em si (que, infelizmente, foi monstruoso no mau sentido).

Acho que um dos maiores problemas foi o fato de que eu, na minha condição de não-estadunidense, não estava familiarizado com a história da Aileen. Depois de assistir eu fiz uma pesquisa rápida na internet e descobri que na verdade ela passou por muito mais coisas terríveis do que o filme mostra. Mas como todo mundo nos Estados Unidos sabe disso, a diretora não se preocupou com essa parte e abordou o passado dela de forma meio superficial.

Isso serviu pra agravar o que, pra mim, é o maior problema do filme: ele parece não saber exatamente se quer explicar os crimes (o que é certo) ou justificá-los (o que é nojento). Em certas horas o objetivo da coisa toda parece ser uma afirmação revoltada de que homens são porcos, em outras horas parece ser a humanização da protagonista, mas o foco nunca é claro o suficiente pra que se possa tirar qualquer conclusão.

Talvez não haja uma conclusão. Talvez a conclusão seja que, no ambiente trailer-trash onde a protagonista foi criada, muita merda acontece, e isso acaba tendo conseqüências desastrosas na vida de muita gente que não as merecia. Mas até aí, um filme era necessário? Ou melhor, esse filme era necessário? Eu não sei, mas uma coisa é certa: as atuações realmente salvam o que, de outra forma, seria um desastre total.

Se concentrando nos crimes e no relacionamento das duas protagonistas, a diretora deixa de abordar o que também foi outra questão interessante no caso: o circo sensacionalista da mídia que se criou em cima dos crimes, e da condenação. As manchetes falavam da "primeira mulher serial-killer", e a execução teve um timing aparentemente oportunista, envolvendo a reeleição do Governador ou algo assim (não tenho informações precisas sobre isso, como eu disse a minha pesquisa foi rápida).

Isso não foi uma crítica, e sim uma observação. Dá pra compreender porque esse aspecto foi deixado de lado, já que ele não tem nada a ver com o resto do filme. Filmes devem ser analisados pelo que eles estão tentando fazer, e não pelo que a gente acha que eles deveriam fazer, mas isso não muda o fato de que, IMO, esse é um assunto mais interessante do que o que é mostrado no filme praticamente inteiro, o que só reforça a minha opinião de que ele é quase inútil.

"Quase" inútil porque, como eu disse, as atuações salvam, mas o fato é que a Charlize está tão horrorosa que eu ficava tentando achar ela dentro daquela maquiagem, e isso me desconcentrou em alguns momentos. Ok, isso é um problema meu, e não do filme, todavia, eu consegui entender muito mais a personagem da Cristina Ricci. Tudo que a Charlize e o roteiro me passaram sobre a Aileen é que ela era uma pessoa sofrida e, pelo menos a partir de um certo ponto, doente mental.

E por falar em roteiro, ele é péssimo. Desorganizado, sem nenhum senso de narrativa, confuso e hermético em relação ao tema, e moralmente duvidoso. O filme nos força a acreditar que a Lee em um certo ponto tentou abandonar as ruas e levar uma vida normal, mas a sociedade virou as costas pra ela. É quase como se estivessem nos dizendo que ela não teve escolha, que os crimes foram inevitáveis. E pra piorar, o filme parece sugerir que pelo menos parte dos homens que ela matou mereceram o destino que sofreram.

Até um certo ponto eu quase acreditei que ninguém estava tentando justificar nada, mas duas cenas chegaram muito perto da glorificação pro meu gosto: a do gordinho gago, e a do homem que quer ajudá-la. É um terreno perigoso, esse de tentar fazer a gente acreditar que um serial killer real pode ter sido uma pessoa capaz de compaixão. A verdadeira Aileen realmente agiu daquela forma? Eu acredito que ela realmente possa ter amado a Sellby, mas em relação às vítimas o M.O. dela pode muito bem ter sido de total crueldade e frieza, e o filme está claramente tentando fazer a gente acreditar no contrário.

Tecnicamente, "Monster" é medíocre. A coisa toda tem um aspecto de filme feito pra TV, não é visualmente interessante ou inspiradamente dirigido (com exceção da direção de atores, obviamente), mas isso tudo até seria aceitável se o roteiro não fosse tão ruim. É um dos piores filmes que eu já vi dentro de um gênero que nunca deu bons frutos. Na maioria das vezes as histórias reais deveriam ser deixadas pros documentários, sinceramente.
 
A minha opinião sobre Monster é uma mescla do que o Ristow e o V escreveram.

Realmente a atuação da Charlize é ótima. Eu discordo que a maquiagem tirou dela a oportunidade de mostrar um bom trabalho de interpretação, principalmente porque há muito de expressão corporal na composição da personagem. Ela encarnou bem a figura proposta a ser mostrada.

Os pontos fortes do filme param por aí... Como o V falou, o roteiro é fraquíssimo. Para alguém com um mínimo de experiências cinematográficas, é impossível não comparar o filme às piores películas exibidas no Supercine.

Se fosse apenas esse o problema, não estaria assim tão mal. O pior de tudo, na minha opinião é a forma romantizada como a diretora/escritora optou pra contar a história. Ficou evidente a intenção de justificar os erros da Lee com as atrocidades pelas quais ela passou. Isso pra mim é um absurdo total. Existe um ditado na caserna que diz: "Explica, mas não justifica!" Apesar de ela ter sofrido demais, ela também causou muito sofrimento. Nem mesmo os mais nobres motivos pode justificar o que ela fez. Pela frase final de Lee ao juiz após sua condenação ("Como você pode condenar uma mulher estuprada à morte?") eu conclui que a intenção do filme era de pôr a Lee, uma assassina em série, desequilibrada mental, num altar, como se ela fosse uma santa.

No final das contas, esse tipo de coisa acaba com a possível simpatia que eu poderia vir a desenvolver pela protagonista.

Cotação:
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SPOILERS


Tipo.... o primeiro assassinato é até "justificável", já que foi legítima defesa.... o problema foram os outros, que ficaram monótonos na tela, e não senti o desespero dela ao matar.... era frieza mesmo.....
 
Dirhil disse:
SPOILERS


Tipo.... o primeiro assassinato é até "justificável", já que foi legítima defesa.... o problema foram os outros, que ficaram monótonos na tela, e não senti o desespero dela ao matar.... era frieza mesmo.....

Ué, mas essa é a idéia, ela não era nenhuma justiceira.
 
Eu vi Monster, começaram a falar a respeito lá em outro tópico e achei conveniente ressucitar este aqui...

Não vou me prolongar muito, até pq o pessoal aqui fez uma análise bem mais crítica, detalhada e etc. As atuações são legais e é o q salvam o filme como o povo disse, mas no geral, de forma bem resumida, algumas vezes o filme parece mais um documentário tipo "Arquivos do FBI" do Discovery, só q em vez daqueles atores ruinzinho as representações são bem verdadeiras...
 

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