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Monsieur, ou "o príncipe das trevas" (Lawrence Durrel)

Skylink

Squirrle!
Hm, o livro começa no vagão de um trem, com o personagem principal do início, o Bruce, divagando sobre si mesmo.

Segue para a cidade de Avignon (moradia, no passado, de 7 papas), onde apresenta Sylvie e Pier, irmãos que formaram, junto com Bruce, um apaixonado triângulo amoroso. Porém, Piers suicidou-se há pouco, e Sylivie já havia enlouquecido há um bom tempo.

O primeiro capítulo se ocupa de intercalar algumas passagens sóbrias do presente com as emoções e lembranças do passado, mostrando como surgiu o amor entre os três de uma forma bastante divertida. Além disso, faz algumas alusões a Rob Suttclife, escritor que enquadaria os amantes em seu novo livro. Também, apresenta uma série de cenas memoráveis (e extremamente belas; poéticas). Destaque, nessa questão, para um dos natais comemorados no decadente castelo de Piers, quando este, um descendente de nobres sem nenhuma habilidade de gerenciamento, anuncia a todos a necessidade de deixar o local e arranjar um trabalho para evitar de vendê-lo.

No segundo, Bruce, ainda narrando a história em primeira pessoa, se foca então no entendimento das causas que levaram ao suicídio de Piers, voltando novamente no passado e apresentando uma viagem dos irmãos (e Bruce) a Macabru, no egito. Lá eles conhecem Akkad, líder religioso de uma seita gnóstica que absorve Piers. Temos mais algumas cenas fodas, especialmente em termos de cenário ou de diversões dos personagens, como a descida de barco pelo rio nilo, acompanhados de uma tripulação árabe, o banho no oasis com uma Silvye morena, etc. :P

Porém, eis que no terceiro Bruce acha os escritos de Rob Suttclife em meio aos papéis de Piers. O livro então da uma guinada fantástica, entrando a fundo na vida do escritor, e mostrando os revezes de sua vida enquanto autor (nota importante é que ele tb está envolvido em um triângulo amoroso, porém apenas assiste a sua esposa, Pia, se envolver com a negra Trash)

A estrutura da narrativa se torna então densa, quebrada, completamente psicopata e cheia de notas, citações em francês, relatos mal sucedidos de eventos tragi-cômicos em Veneza, entre outras coisas. Além disso, o nível de perversão cresce vertiginosamente. ^^ Algo tipo isso, que aparece em francês:

"Sinto-me como um regimento de falos ante um batalhão de vaginas sedentas"

Ou então o Suttcliffe relatando como, após um tempo, e seguindo os conselhos do doutor Alegria, resolveu aprender a usar aquilo que seria o seu "brinquedinho sexual" com um outro rapaz. Não preciso dizer que a experiência não foi muito bem... ahn... sucedida :lol:

Basicamente, esse capítulo mostra de uma forma bastante interessante como funciona o processo de construção de um livro (o que pode ser ruim para alguns, ótimo para outros). Porém a personalidade do Suttclife é impagável, transbordando energia e humor ao livro; chegando a crescer até o ponto de...

Hm, bem, leiam o livro, que é fantástico (e evitem a opinião da Maria Adeilaide Amaral, no começo, se não quiserem estragar surpresas). No fim, a narrativa volta pra linha comum, e temos então uma explicação perfeita para o título. ^^

Quem já leu, comente aqui em baixo também :)

*Ah, eu agora tenho que arranjar os outros quatro livros... Porém, só achei eles em português de portugal, e pela net, até agora :osigh:
 

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