A
Anne
Visitante
Hoje é um dia mais longo que ontem. Amanhã será mais comprido que hoje. A diferença é imperceptível. Segundo o seu amigo, Mourisse Sulivan, do Centro de Tecnologia Espacial, na França, dentro de um século o dia ficará meio milionésimo de segundo mais longo. Mourisse descobriu esse fato comparando o aumento da temperatura do planeta nos últimos 50 anos com o aumento da velocidade dos ventos. “O calor acelera os ventos que giram em direção oposta à rotação da Terra.” Com isso, Mourisse e eu, Sancho Watson Pança, o seu fiel escudeiro (para todas as emergências), desperdiçamos inúmeras noites de sono em discussões calorosas e intermináveis. Qualquer ser, com um conhecimento mediano, questionaria a nossa normalidade e situação patológica.
Mourisse era um homem de meia idade, na faixa dos "enta", considerado por algumas mulheres o George Clooney do centro espacial, era adorado por todos. Sua simpatia tinha um tamanho maior que o Maracanã, ele conquistava todos que o rodeavam. Eu sentia um pouco de inveja sim. Ele era tudo o que eu não fora. O pior de tudo é que ele superou até o seu professor, foi mais bem sucedido que eu.
O que esperar de um velho, de sessenta anos, caindo aos pedaços, com uma careca reluzente, os fios que ainda restaram com coloração branca, um óculos de fundo de garrafa, formato tartaruga (no qual a lente deveria ser aumentada) e, o que mais destruía a minha autoestima, uma pança de shop quilométrica? Era de se esperar que eu fosse casado, com três filhos já na faculdade, uma boa e velha esposa, uma vida sem aventura, tumulto ou adrenalina. Meus sonhos de juventude foram ignorados, queria ser astronauta, mas virei programador de sistemas científicos, a coisa mais chata dentro do centro. Além disso, era professor. Isto era o que salvava minha imagem.
O que eu não desconfiava era que a minha vidinha pacata estava para mudar em breve. Mourisse, mais um bando de bajuladores e eu, fomos chamados para uma missão. Tão secreta que nem o Pentágono estava sabendo.
Ao chegarmos à sala do presidente geral da NASA, nos deparamos com os fatos: um grupo terrorista do Japão atacaria o sistema de segurança nacional, fazendo com que os comandos das forças naturais estejam em seus domínios. Somente assim teriam controle sobre o planeta e as catástrofes da natureza, um jeito prático de mandar no mundo.
O primeiro alvo adivinhe? Estados Unidos da América. Os japoneses querem comandar todo poderio mundial, e nós fomos recrutados para impedir que isso aconteça.
A última frase fez as minhas pernas tremerem, eu queria adrenalina, mas aquilo era um "leve" exagero. Era muito medroso e, se não fosse por Mourisse me puxar pela gola, nem teria ouvido o resto.
Após a reunião e todos os comandos, começamos o trabalho. Uma correria, bastante cansável, dominava nossos dias. Em frente aos satélites, tentávamos descobrir algo estranho no espaço, mas, até aquele dia, nada aconteceu.
Só até aquele dia mesmo, pois, no dia seguinte, algo estranho surgiu no sistema. Um ponto bastante peculiar apareceu no satélite. Então, postamo-nos a observar o aquilo significava. Sem alarmar ninguém, decidimos descobrir o que era. Fizemos uma operação secreta dentro de outra, o que tornou tudo ainda mais emocionante.
Mourisse e eu pesquisamos por dias aquilo, até que pudemos identificar um OVNI. Sim, identificamos algo desconhecido, que não era, nem de perto, semelhante a uma bomba. Passamos noites inteiras em frente aos painéis, até que percebemos minúsculas criaturas saindo daquele ponto. Ampliamos a imagem, e, pra nossa surpresa, não eram humanos, nem algum animal que se originou no planeta Terra. Era uma espécie semelhante à humana, mas de coloração verde.
- Extraterrestres! – Gritei de pavor ao vê-los. No mesmo instante, Mourisse me fez calar.
- Não fale isso a ninguém! Poderemos ganhar milhões!
E, daquele dia em diante, esquecemo-nos totalmente da invasão japonesa, nos concentrando apenas no que nos dera o maior dos sustos. Bom, pelo menos a mim.
Mourisse teve uma ideia genial e conseguimos nos comunicar com as coisinhas verdes. Bastante hospitaleiros eles, o único problema era sua língua, alguma coisa como: zzipzzzip (isso foi o máximo que consegui entender). E, enquanto eu buscava teorias para vida em outro planeta, meu amigo flertava com uma ET, que dizia ser muito sexy.
- Ela tem belas curvas Watson! Curvas! Oh, estou louco por ela!
Como era de esperar, Mourisse conquistou o coração da jovem esverdeada e não se demorou a selar um compromisso com ela. Casaram-se na nave, em algum lugar entre a Terra e Marte. E, ao longe, observei que uma imensa camada de fumaça cobria um ponto do nosso planeta, acompanhada de barulhos muito diferentes do habitual. “Japoneses”, pensei. Virei-me e fui apanhar um pedaço do bolo.
FIM.
Esse texto foi produzido por Ana Emília Klein e Ariana Sachett. A parte em negrito, se refere o trecho que a professora nos deu para continuar.
Mourisse era um homem de meia idade, na faixa dos "enta", considerado por algumas mulheres o George Clooney do centro espacial, era adorado por todos. Sua simpatia tinha um tamanho maior que o Maracanã, ele conquistava todos que o rodeavam. Eu sentia um pouco de inveja sim. Ele era tudo o que eu não fora. O pior de tudo é que ele superou até o seu professor, foi mais bem sucedido que eu.
O que esperar de um velho, de sessenta anos, caindo aos pedaços, com uma careca reluzente, os fios que ainda restaram com coloração branca, um óculos de fundo de garrafa, formato tartaruga (no qual a lente deveria ser aumentada) e, o que mais destruía a minha autoestima, uma pança de shop quilométrica? Era de se esperar que eu fosse casado, com três filhos já na faculdade, uma boa e velha esposa, uma vida sem aventura, tumulto ou adrenalina. Meus sonhos de juventude foram ignorados, queria ser astronauta, mas virei programador de sistemas científicos, a coisa mais chata dentro do centro. Além disso, era professor. Isto era o que salvava minha imagem.
O que eu não desconfiava era que a minha vidinha pacata estava para mudar em breve. Mourisse, mais um bando de bajuladores e eu, fomos chamados para uma missão. Tão secreta que nem o Pentágono estava sabendo.
Ao chegarmos à sala do presidente geral da NASA, nos deparamos com os fatos: um grupo terrorista do Japão atacaria o sistema de segurança nacional, fazendo com que os comandos das forças naturais estejam em seus domínios. Somente assim teriam controle sobre o planeta e as catástrofes da natureza, um jeito prático de mandar no mundo.
O primeiro alvo adivinhe? Estados Unidos da América. Os japoneses querem comandar todo poderio mundial, e nós fomos recrutados para impedir que isso aconteça.
A última frase fez as minhas pernas tremerem, eu queria adrenalina, mas aquilo era um "leve" exagero. Era muito medroso e, se não fosse por Mourisse me puxar pela gola, nem teria ouvido o resto.
Após a reunião e todos os comandos, começamos o trabalho. Uma correria, bastante cansável, dominava nossos dias. Em frente aos satélites, tentávamos descobrir algo estranho no espaço, mas, até aquele dia, nada aconteceu.
Só até aquele dia mesmo, pois, no dia seguinte, algo estranho surgiu no sistema. Um ponto bastante peculiar apareceu no satélite. Então, postamo-nos a observar o aquilo significava. Sem alarmar ninguém, decidimos descobrir o que era. Fizemos uma operação secreta dentro de outra, o que tornou tudo ainda mais emocionante.
Mourisse e eu pesquisamos por dias aquilo, até que pudemos identificar um OVNI. Sim, identificamos algo desconhecido, que não era, nem de perto, semelhante a uma bomba. Passamos noites inteiras em frente aos painéis, até que percebemos minúsculas criaturas saindo daquele ponto. Ampliamos a imagem, e, pra nossa surpresa, não eram humanos, nem algum animal que se originou no planeta Terra. Era uma espécie semelhante à humana, mas de coloração verde.
- Extraterrestres! – Gritei de pavor ao vê-los. No mesmo instante, Mourisse me fez calar.
- Não fale isso a ninguém! Poderemos ganhar milhões!
E, daquele dia em diante, esquecemo-nos totalmente da invasão japonesa, nos concentrando apenas no que nos dera o maior dos sustos. Bom, pelo menos a mim.
Mourisse teve uma ideia genial e conseguimos nos comunicar com as coisinhas verdes. Bastante hospitaleiros eles, o único problema era sua língua, alguma coisa como: zzipzzzip (isso foi o máximo que consegui entender). E, enquanto eu buscava teorias para vida em outro planeta, meu amigo flertava com uma ET, que dizia ser muito sexy.
- Ela tem belas curvas Watson! Curvas! Oh, estou louco por ela!
Como era de esperar, Mourisse conquistou o coração da jovem esverdeada e não se demorou a selar um compromisso com ela. Casaram-se na nave, em algum lugar entre a Terra e Marte. E, ao longe, observei que uma imensa camada de fumaça cobria um ponto do nosso planeta, acompanhada de barulhos muito diferentes do habitual. “Japoneses”, pensei. Virei-me e fui apanhar um pedaço do bolo.
FIM.
Esse texto foi produzido por Ana Emília Klein e Ariana Sachett. A parte em negrito, se refere o trecho que a professora nos deu para continuar.