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Ministério Públco recorre contra a lei do pai-nosso.

Vini- O

Usuário
O MP (Ministério Público) da Bahia deu entrada no Tribunal de Justiça do Estado a uma Adin (Ação Direta de Inconstitucionalidade) contra a lei de Ilhéus que obriga alunos e professores do ensino público a rezarem o pai-nosso antes das aulas.

A Adin pede a concessão de uma liminar (decisão judicial provisória) para que a aplicação da lei seja cancelada imediatamente.

Rômulo de Andrade Moreira (foto), procurador-geral adjunto para Assuntos Jurídicos, disse que a lei afronta a liberdade de religião e culto.

"É por demais evidente que a oração pai-nosso faz parte da liturgia do cristianismo, sendo, portanto, indiferente a outras crenças e religiões”, disse. “Logo, a imposição de um determinado culto religioso por parte do Estado ofende de forma manifesta os direitos individuais e a dignidade da pessoa humana."

A lei é de autoria do vereador evangélico Alzimário Belmonte Vieira (PP), o Gurita. Ela foi sancionada ao final do ano passado pelo prefeito Newton Lima (PT).

Lidiney Campos, secretária municipal de Educação, disse que, embora em tese ninguém possa desrespeitar uma lei, não há pressão para que os professores rezem o pai-nosso. Mas as suas declarações de apoio à lei estaria intimidando o professorado.

Com informação das agências.


Leia mais em http://www.paulopes.com.br/2012/03/ministerio-publico-recorre-justica.html#ixzz1o1LZmzXf
 
Última edição:
Pois é, isso que acontece quando deixa o povo misturar religião é politica, da nisso.

No caso o vereador em questão né, não o povo. Não consigo ver o povo perdendo o tempo pra tomar a iniciativa de uma lei tão sem-noção quanto essa. Quer dizer, até consigo, mas só nos Estados Unidos.
 
Sem contar aquela lei que obriga livros sagrados em Bibliotecas escolares ou públicas, mas é claro, só oferecem bíblias católicas!
 
Sem contar aquela lei que obriga livros sagrados em Bibliotecas escolares ou públicas, mas é claro, só oferecem bíblias católicas!

O que dá no mesmo. A Bíblia protestante é a mesma coisa, só que mutilada.

Seria melhor uma Bíblia ortodoxa que não foi mutilada pela Igreja romana, tem mais livros ainda.
 
O que dá no mesmo. A Bíblia protestante é a mesma coisa, só que mutilada.

Seria melhor uma Bíblia ortodoxa que não foi mutilada pela Igreja romana, tem mais livros ainda.

Seria melhor ainda ter um Principia Discordia em cada biblioteca, seria um sonho... Ou então algum livro de algo bem mais "exótico", tipo Raelianismo, já pensou um pai evangélico fanático tentando explicar pra uma criança o que era aquilo que ele leu na biblioteca da escola? :lol:
 
:lol: Seria interessante, eu ainda defendo que teria que ter a Tanach, o Alcorão, os Vedas, os Upanishads, o Advesta e o maior número de livros de mitologias diferentes possivel. Bem melhor que ter que escolher entre:

1- educação unicamente católica
2- ignorância no estudo das religiões
 
Ah Peganus, eu posso estar completamente errada, mas acho que nem nos cursos de teologia tem esse acervo todo. :(

Se o supremo receber a ADin eu acredito que a lei vai ser derrubada. Como vocês falaram disperdício de tempo, dinheiro, falação... :tedio:
 
Nos acervos de teologia temos mais obras patrísticas e escolásticas que propriamente textos religiosos de outras crenças. Ou pelo menos deveria ser assim... :roll:

Agora nos departamentos de história e filosofia das religiões sim, temos um acervo mais completo, embora fosse possível a uma escola regular adquirir e-books e disponibilizá-los aos alunos.
 
Paganus disse:
Nos acervos de teologia temos mais obras patrísticas e escolásticas que propriamente textos religiosos de outras crenças. Ou pelo menos deveria ser assim...

Oh! Eu sempre pensei que o curso fosse multireligioso pelo termo teo logia. x)

Bom saber :)
 
Não é porque a teologia que se estuda nos seminários é a cristã e quanto mais tradicional for o dito-cujo, menos ecumênico é o acervo. Tomismo come solto na ordem dominicana dos EUA, por exemplo, mas nos seminários brasileiros tem muito da Nova Teologia católica, obras protestantes, etc. Isso ocorre porque o foco é diferente, a cultura é diferente, mas uma teologia mais ecumênica é mais comum em universidade (universitas né :sacou:) que em escolas fechadas. Um exemplo é meu amigo Daniel Machado que faz teologia (católica) na PUC - SP mas como uma etapa necessária para seu bispo ortodoxo o ordenar padre. Ortodoxo. Porque o curso é bem ecumênico, ou seja, não se foca na teologia agostiniana/escolástica mas se abre pra uma gama muito maior de teologia oriental e protestante.

Teologia é um termo de origem cristã, o estudo racional da Bíblia e da Tradição usando das ferramentas lógicas da filosofia. Claro que isso difere de tradição pra tradição: a teologia católico-romana tem fama de ser muito conceitual, racionalista, legalista até, enquanto a oriental é mais mística. Independente disso teologia cristã é diferente de teologia pré-cristã, ou seja, aquela que não parte de nenhum livro sagrado (pressuposto da teologia enquanto conhecimento de Deus = se Deus é inacessível por sua perfeição, só pode ser estudado a partir de sua Revelação, ou seja, textos revelados), mas do conhecimento de Deus a partir do que temos como certo, ou seja, a empiria. Isso chamamos de teologia natural que existe desde os homens pré-históricos, se celebrizou com a filosofia natural aristotélica (de onde deriva a teologia natural, como estudo dos Motores Imoveis).

Essas teologias pré-Revelação influíram muito no cristianismo, que não dependia unicamente das fontes dos textos sagrados, e são prova de que existe um conhecimento de Deus natural. Isso é estudado por quem se interessa por essas comparações entre o universo intelectual cristão, islâmico e judaico e suas outras faces, teologia hindu, xintoísta, greco-romana, nórdica etc. Tudo faz parte do universo das religiões, sendo, portanto, estudado pelos estudiosos comparativos da religião, historiadores e filósofos da religião.

Claro que temos cada vez mais padres e outros eclesiásticos engajados nesses estudos comparativos, seja para fins ecumênicos seja para fins práticos, pastorais, missionários.
 
Última edição:
Podiam aproveitar e derrubar a obrigação de cantar o hino nacional também em eventos.

Quando era criança todo dia cantávamos o hino nacional, toda segunda o hino da bandeira, em dias festivos o hino da republica. Além do pai nosso todo dia também.
 
O pai-nosso, até que faz sentido não ser obrigatório. Mas, sobre o hino, isto eu não concordo.
O Brasil já não dá quase nada de matéria de civilidade nas nossas escolas. Aprender o hino nacional é o básico que um país de respeito deve passar para as nossas crianças.
 
Só em um colégio me obrigaram a cantar o Hino (e poucas vezes). Nas outras escolas nada, o máximo que eu tive foi uma análise do Poema do Olavo Bilac, a letra do Hino.

Olha só que lindu que fica!

 
Última edição por um moderador:
Olhando caras assim eu imagino se talvez não mude minha opinião.


Mas o problema também é ensinar as crianças a cantarem de ouvido sem nem entender o que está saindo da boca.
Fica que nem a Solangia cantando Iaduwou, iadetilde, iadeuon.
 

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