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Minha Vida de Stripper (Diablo Cody)

Anica

Usuário
[align=justify]Muito antes de sonhar em ganhar um Oscar pelo roteiro de Juno, Diablo Cody escreveu um livro bem menos delicado e sem nada da ingenuidade que marcou sua estréia no cinema. Em "Minha Vida de Stripper" (Editora Nova Fronteira, tradução de Ana Carolina Bento Ribeiro), a autora relata o ano em que trabalhou tirando a roupa em casas suspeitas da desinteressante Minnesota, nos Estados Unidos.

Não é um diário, ainda assim os textos seguem uma ordem cronológica dos fatos. Primeiro, ela muda para a cidade atrás do novo namorado. Depois, entediada com a vida de digitadora numa agência de publicidade, se inscreve numa noite para amadoras em um dos muitos clubes de strip locais. E a vida segue até que ela vence o poste e se aventura numa dança tão segura quanto desinibida, "pendurada de cabeça para baixo como um morcego pelado". Foi nesse dia, aliás, que a moça entendeu que era hora de parar com a carreira de stripper e partir para novos desafios - quem sabe o de ganhar um Oscar.

A história de Brook Busey, nome verdadeiro da Cody, justifica sua narrativa informal, quase coloquial demais para um livro. É que a autora, antes de ser quem é hoje, era uma celebridade da internet, famosa no mundinho digital pelos blogs que assinava. O livro, aliás, é fruto de uma mente de blogueira inquieta. Na falta do que postar, a escritora teve a ideia: se aventurar na nada glamorosa profissão de stripper e fazer da experiência primeiro um blog, depois um livro.

Nessa jornada pelo mundo do sexo pago, ela passou por meia dúzia de clubes, foi atendente num serviço de telessexo e trabalhou num peepshow de uma mega sex shop - tipo a Casas Bahia da pornografia. Conheceu gente que não vale nada, strippers românticas, cafetões de dar nojo e até com uma profissional brasileira ela cruzou.

"Queria me horrorizar. Missão cumprida", diz a narradora que tem muito de personagem. Aliás, embora em nada se pareçam no quesito ingenuidade, a Diablo Cody de "Minha Vida de Stripper" parece muito com a personagem Juno - aquela menininha bonita que, aos 16 anos, engravidou do namorado e conquistou todo mundo no cinema. As duas compartilham do mesmo humor ácido e de um incrível talento para a autocrítica. São apaixonantes em suas inseguranças e na capacidade de simplificar os problemas.

Impossível não se aproximar do riso com as deliciosas primeiras tentativas de coreografia sensual, ou da lista das melhores músicas para tirar a roupa, ou ainda das anotações de "espiã de biquíni barato" sobre as bizarrices dos frequentadores desses shows. Tem o "Homem da Lanterna", que apontava uma luzinha para examinar as narinas das garotas, e o "Homem dos Exercícios", que se deliciava em ver as moçoilas suarem a camisa não necessariamente dançando, e sim fazendo exercícios.

O livro também tem deliciosas referências à cultura pop americana. Embora, nesse quesito, o texto traduzido perde muito. Não chega a ser um problema de tradução, mas é fato que as tiradinhas ficam bem melhores se lidas no idioma original. Mas nada que tire a graça de "Minha Vida de Stripper", claro.

"MINHA VIDA DE SPTRIPPER""
Autora: Diablo Cody
Editora: Nova Fronteira
Tradução: Ana Carolina Bento Ribeiro
212 páginas
Preço sugerido: R$ 30 [/align]


Fonte: UOL

Trecho do livro: http://diversao.uol.com.br/ultnot/livros/resenhas/2009/01/19/ult5747u42.jhtm
 

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