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Miller e seus "300 de Esparta"

Ana Lovejoy

Administrador
Bom reler HQ velha, não? :mrpurple:

Eu acho que tinha perdido muito detalhe nessa história quando li pela primeira vez, em 1999. Acontece, nada que não dê para correr atrás alguns anos depois.

Enfim, não tem muito problema para resumir o enredo: trata-se da história do conflito entre os espartanos e os persas (mais especificamente entre Rei Leônidas e o Rei Xerxes).

Inicialmente, essa HQ já tem um lance muito bacana para quem gosta de História. Tem muita coisa bem retratada ali, apesar da "romantização" do tema. Até a questão do treinamento do soldado espartano, uma cosia muito bacana que vira e mexe só ouvimos falar nas aulas, ali podemos ver. Muito bom mesmo.

Depois... ahhh... Frank Miller, pessoal. Ele consegue retratar guerreiros como heróis fodônicos mas sem exageros, sem nada muito óbvio. É uma mescla perfeita entre texto e arte, que infelizmente vocês só poderiam ter noção do que estou falando lendo a HQ.

"As", já que por aqui saiu como uma minissérie quinzenal dividida em 5 partes. :think:

Enfim, grandes momentos, ótimos diálogos, uma história perfeita. Gostaria de poder transcrever trechos, mas seria impossível sem os desenhos. Enfim, é lindo :grinlove:
 
Eu podia jurar que tinha tópico disso já.

Eu também tinha lido isso duas vezes num periodo grande de tempo e realmente a diferença foi grande.

Dei muito mais atenção aos detalhes quando reli ano passado e realmente é muito detalhado, bem trabalhado pacas.

A romantização funcionou sendo que ela fazia parte da proposta no fim das contas e deu um resultado muito bacana. Foi como uma história épica narrada poeticamente por um dos sobreviventes daquele batalha.

Aliás, foi exatamente isso. 8-)
 
Eu li a muito tempo atras, nunca conseguio reler inteira, alguem tinha roubado o numero 2, entao acabei deixando no Brasil quando vim para ca.
Eu lembro que gostei muito quando lancou, foi mais ou menos na mesma epoca de watchmen, eu acho.
 
O lançamento foi depois de Watchman....
E no ano passado a Devir fez um pacote com os 5 números... Comprei de novo a série porque eu tinha perdido alguns números...
A série é uma aula de história e táticas de guerra... Inclusive o personagem do Tom Cruise cita esse incidente no Último Samurai.
 
A série é uma aula de história

Acho que já falei muito dos motivos de não ter gostado muito desta série no tópico do Frank Miller, mas vou repetir o principal argumento, ela NÃO é fiel à história, os Atenienses são retratados como covardes, quando na realidade foram eles quem derrotaram definitivamente os Persas e me incomodou muito o fato de guerreiros incrivelmente bábaros, impiedosos e cruéis (como os espartanos eram) serem tratados como heróis puros, quase santos. De resto a graphic é muito boa, principalmente nos desenhos/arrumação dos quadros.
 
Eu nao gosto da arte. O roteiro é fodônico.

Comprei por 7 reais no stand da Devir na Bienal :obiggraz:
 
Waters disse:
Acho que já falei muito dos motivos de não ter gostado muito desta série no tópico do Frank Miller, mas vou repetir o principal argumento, ela NÃO é fiel à história

O maior erro em obras baseadas em fatos históricos é sempre encarar elas como documentos científicos e fiéias às suas origens.

A proposta é que define o que o autor pretende com aquela história e nesse caso ficou óbvio que o objetivo não era simplesmente documentar graficamente os fatos da forma que eles aconteceram.

...e me incomodou muito o fato de guerreiros incrivelmente bábaros, impiedosos e cruéis (como os espartanos eram) serem tratados como heróis puros, quase santos.

A narração foi feito por um dos soldados mais fiéies do Rei Leônidas. É óbvio que ele ia endeusar e homenagear seus amigos mortos na batalha. Isso foi um detalhe que o Miller teve o cuidado de acrescentar.

E depois, quem disse que eles não eram impiedosos e cruéis? Não notou como eles até se tratavam entre si, com dureza e frieza, mesmo nos momentos mais calmos? Além claro de serem bem cavalos com todo mundo mais, principalmente comos persas.

Você errou, eles tavam muito longe de serem retratados como santos.
 
Fox disse:
E depois, quem disse que eles não eram impiedosos e cruéis? Não notou como eles até se tratavam entre si, com dureza e frieza, mesmo nos momentos mais calmos? Além claro de serem bem cavalos com todo mundo mais, principalmente comos persas.

Ué... mas é justamente isso que estou falando. O Miller retrata eles como cruéis (eles chegam a matar simples mensageiros) e ao mesmo tempo puxa para o lado deles como se tudo o que eles fizessem era heróico e correto.


Fox disse:
Você errou, eles tavam muito longe de serem retratados como santos.

Acho que expliquei mal, quando quis dizer santo é me referindo como o Miller retrata eles quase como Deuses heróicos, qunado na verdade eles não mereciam isso nem na história real nem na novel. E os Persas eram muito menos brutos que eles, pode reparar que a todo momento eles procuravam uma solução menos sangrenta e sempre esbarravam na grosseria dos espartanos.
 
Hum, Waters a tal da grosseria dos espartanos se justifica (ao menos na HQ, não vou entrar nos méritos da aula de História agora, já que você mesmo disse que a HQ não é fiel à História): as soluções "pacíficas" envolviam acordos do tipo "aceite-me como seu rei e seu deus e te farei meu capitão" e coisas do gênero.

Se você lembrar bem do final da história, é falado que apenas por causa dessa batalha o povo grego se uniu contra o domínio persa, o que não aconteceria se Leônidas não tivesse negado as propostas de Xerxes.

Esse é o heroísmo que Miller retrata na história. A História (com h maiúsculo mesmo) pode desmentir e tudo mais. Mas no contexto apresentado por Miller, Lêonidas e seus espartanos eram verdadeiros heróis.
 
Waters disse:
Acho que expliquei mal, quando quis dizer santo é me referindo como o Miller retrata eles quase como Deuses heróicos, qunado na verdade eles não mereciam isso nem na história real nem na novel.

Eu já falei, o narrador da história era o Dilios, espartano completamente orgulhoso do seu povo.

Ao mesmo tempo que eles foram retratados como muito cruéis, Dilios os via como heróis a serem lembrados e honrados em todos os aspectos. O Miller teve o cuidado de mostrar que o heroísmo exagerado era o ponto de vista do narrador, não da história.
 
Fox disse:
O Miller teve o cuidado de mostrar que o heroísmo exagerado era o ponto de vista do narrador, não da história.

Sim, isso através das outras histórias que Dilios contava para entreter os espartanos :eh:
 
Ao mesmo tempo que eles foram retratados como muito cruéis, Dilios os via como heróis a serem lembrados e honrados em todos os aspectos. O Miller teve o cuidado de mostrar que o heroísmo exagerado era o ponto de vista do narrador, não da história.

Sim, certamente, mas não vamos esquecer que por detrás do Dilios, e de toda a maquiagem de relato lendário dele estava a idéia e as intenções de Miller.

No final das contas gostei da Hq. Só que fiquei um pouco decepcionado com o resultado final, pois fiquei muito impressionado com essa passagem do desfiladeiro em minhas aulas de História. E quando comprei o pacote desta novel assinada pelo Miller em um sebo pensei que leria uma das melhores hq's de minha vida e no final das contas o resultado foi apenas mediano. Acho que estava esperando mais um relato rigoroso detalhado para matar a minha curiosidade de saber mais sobre o episódio do que uma abordagem mais novelesca.
 
Hm, eu reli, mais para lembrar mesmo.

Eu não acho que eles tenham sido retratados como cruéis ou Deuses. Achei que a narrativa de Dilios foi aquela coisa suspeita. Chamando um pouco pro lado dos Espartanos mas nada de muito. A parte, ao meu ver, que ele exagera realmente, é quando ele fala no final que agora Xerxes precisa enfrentar 30 mil homens. Não que seja tudo isso, mas ele conta como se esses 30 mil homens fossem invenciveis, visto o que aconteceu nas Termopilas.
 
Tão fazendo muita tempestade num copo d'água aqui.
A mini não teve como foco, retratar de forma veraz a historia do combate, mas sim de romqantizer um feito.

Outro detalhe, é que o objetivo da narrativa, ali era mostrar o conto dos fatos atraves da narrativa da historia de quem esteve lá, no caso um espartano e por isso é obvio, logico e natural que os fatos serão retratados com a sardinha sendo puxada pro lado de quem conta a historia.

Releia a historia, sem querer comparar com os fatos historicos, e vc vera que ela cumpre muito bem sua proposta.
 
300 é muito boa. É da época em que eu ainda comprava/lia HQs. Teve uma época depois em que eu estava com mania de reler algumas mini-séries (Cavaleiro das Trevas, Marvels, Kingdom Come, Watchmen...) e acabei relendo 300. Não sou muito fã da arte do Miller (tem imagens legais, mas tem imagens que acho muito "rabiscado") mas gosto do roteiro de 300. Lembro inclusive que fiz certa vez um poema que foi inspirado pelas primeiras palavras do Volume 1, quando o soldado começa a falar vários versos sempre terminando com "nós marchamos". Se alguém puder postar aqui esses versos, eu agradeço. Acho-os bem legais.
 

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