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Mike Patton - Genial ou Insano?

Tasslehoff

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Hoje em dia, pouca gente se lembra de uma banda de rock que fez muito sucesso no início dos anos 90: Faith No More. Essa banda estourou mundialmente como poucas de Hard Rock em seu tempo, e abriu caminho pra muitas bandas do estilo. Vieram para o Hollywood Rock, foram entrevistados pela veja, até música de novela eles viraram! Porém, como tudo que é bom, o Faith no More acabou, mas não deixou seus fãs perdidos.

Por que? O homem por trás do faith no more, o sr. Mike Patton, como pessoa criativa que é, foi incapaz de se manter sussegado, e leva vários projetos paralelos adiante até hoje. Vocalista, músico, criador, Patton foi influência confessa de várias bandas da atualidade: Limp Bizkit, Incubus, Papa Roach (que, ao vir no RiR3, foi incessavelmente comparada ao Faith No More), Hole, Foo Fighters, e até bandas maiores beberam um pouco da fonte em seu crescimento, como Red Hot Chilli Peppers e Primus.

Além do Faith No More, Patton canta no mr. Bungle, Fantômas, e sua mais nova banda, Tomahawk.

Sempre notório por sua irreverência e suas loucuras em palco, Mike Patton construiu seu caminho se apoiando principalmente em criatividade e inovações. É um experimentalista musical, sempre inserindo elementos na música e distorcendo aqueles já encontrados. No Faith no More é clara sua evolução de vocalista a músico: Pegue seu primeiro disco na banda, "the real thing", e compare seu trabalho à discos posteriores, principalmente o "angel dust".

No Mr. Bungle, sua primeira banda, fez vários experimentos, fazendo um rock com influências funky, soul, blues, e muita variação rítmica, criando descompassos e utilizando muito contratempo, gerando um clima que beira o caótico em algumas músicas. Letras irreverentes também marcam a banda, como em "Girls of Porn", em que ele conta de como um dia de tédio o levou a passá-lo se masturbando; e "My Ass is on Fire", bem auto-explicativa. No entanto, nada que devesse ser levado a sério (dã ;)), mas sim coisas meio desconexas pra aumentar o clima insano das músicas.

O Fantômas foi seu projeto mais... insano. Contando com a participação de figuras ilustres, como Buzz Osbourne (do Melvins) e Dave Lombardo (Ex-Slayer), Patton gravou todos os instrumentos e linhas, mandou as fitas para os músicos e pediu para que as interpretassem. O resultado foi o disco "Amenaza al Mundo", que represtenta uma história pulp de ficção científica dos anos 50. Para muitos, o disco não faz o menor sentido, é uma série de sons desconexos, interligados sem o menor sentido. Nenhuma música tem uma melodia linear, nem uma letra definida. o Segundo disco, "The Director's Cut", é também um disco conceitual, sendo as músicas interpretações de temas de filmes de terror. É um disco mais estável, com mais "cara" de música.

Seu projeto atual, o Tomahawk, é seu laboratório particular de sons. Nele, ele busca criar novas formas de explorar sua voz, testando microfones, máscaras, amplificações, e tudo que for possível de ser usado em conjunto com sua voz.

Mike Patton, pra mim, é completamente louco. Mas um louco particularmente criativo e excepcionalmente avançado. Muitos sons que ele tira são inacreditáveis, e muitas vezes, me pego escutando músicas do Mr. Bungle e do Fantômas que, à primeira audição, me soam totalmente sem sentido, e entendendo as linhas musicais criadas. Excêntrico, toma muitas atitudes...er... "impensadas", das quais dificilmente alguém se orgulharia de tomar; no entanto, como artista e como músico, ele é um ídolo para mim, e creio que poucos em sua área musical conseguiram chegar tão longe quanto ele chegou.

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Para mais informações, sugiro o site www.pattonfever.com ;)
 
Genial! Genial! E Insano também! :mrgreen:

Lembro da primeira vez em que ouvi uma musica do Faith No More, foi o clipe de Ashes to ashes, tirado do ultimo discos deles. Eu juro, foi paixão a primeira vista. FNM mudou totalmente a minha forma de ouvir e gostar de música, pela primeira vez musica não era só um "passatempozinho" qualquer, era algo que mudaria a minha vida e personalidade a partir de entao...

E todo mundo sabe que a mente responsavel por tudo aquilo era o Patton. O FNM poderia muito bem ter se transformado num Guns and Roses da vida, com milhares de fãs lotando seus shows, ser capa umas trinta vezes da Rolling Stone ou aparecer na MTV sete vezes por semana. Poderia mesmo. Mas não foi esse o rumo tomado pela banda, até porque não era algo que o Patton estava gostando. Foi ai que eles selaram o destino do grupo, lançando o disco sucessor do sucesso comercial "The Real Thing", que seria o Angel Dust, um disco totalmente anti-comercial, de dificil assimilação. A partir dai, o FNM se tornou uma das bandas mais cultuadas, com trabalhos sempre diferentes uns dos outros (na verdade, é até difícil classificar musicalmente o grupo), mas fora do mainstream. E tudo por decisão do Patton, êta figura polemica.

Com certeza, o cara não é normal, mas não mesmo. Todos que o conhecem ou tiveram a chance de conversar com ele já atestaram: "Ele é muito legal, mas tem parafuso a menos na cabeça." Talvez, no caso dele, a genialidade e a loucura caminhem lado a lado. Patton é com certeza o melhor vocalista dos anos 90, um dos melhores compositores de sua geração (esculte RV, pouca gente poderia escrever uma musica com tamanho sarcasmo), não liga a minima para sucesso comercial e faz o que dá na telha, tocando umas 40 bandas ou projetos ao mesmo tempo. O seu trabalho pós-FNM que mais gosto é o Mr. Bungle - banda odiada por muitos, inclusive fãs de sua ex-banda. O som é realmente diferente, pode parecer bastante esquisito para muita gente e definitivamente não é para qualquer um, mas uma vez gostando dela, não há como esquece-la. Já faz um tempão que nao acompanho mais as noticias sobre o Bungle, mas a não ser que eles tenham lançado um novo disco recentemente, eles possuiam tres muito bons trabalhos lançados, infelizmnete nenhum foi lançado no Brasil :cry: Teve um tempo que fiquei louca por esses discos, principalmente o ultimo, California, que na minha opinião é o melhor dos tres - inclusive, a MTV BRASIL fez vinhetas da programaçao de verão de algum ano ai com as musicas desse album.

Enfim, Mike Patton é uma daquelas pessoas "ame ou odeie", devido ao seu comportamento, digamos...extravagante...as vezes agressivo... mas o que é certo é que não dá para ficar indiferente quanto a sua figura... afinal, não há meio termo em relação à loucura e a genialidade.
 

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