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Mercadante ministro de C&T

[F*U*S*A*|KåMµ§]

Who will define me?
Alguém me explica por que?
O que um economista pode dar para essa área?

Espero que não voltem a lixar o setor de C&T depois do Sergio Rezende.
 
É a paga dele por ter enfrentado o Alckmin. Deve ter sido aquele ministério que ninguém queria e como ficou meio ali sobrando, deram pro Mercadante. Tipo a embaixada que deram pro Itamar quando ele saiu da presidência.

Dark Times ahead.
 
É o famoso prêmio de consolação pra quem foi derrotado (e merecidamente muito bem derrotado) nas eleições estaduais.
 
Para a maioria dos casos, não é necessário ser da área do conhecimento que é objeto daquele Ministério. Não é necessário ser médico para ser ministro da Saúde, sequer é a melhor opção. Assim se procede em alguns outros, como Minas e Energia: desnecessário ser engenheiro ou geólogo.

Mas para Ciência e Tecnologia, um nome que unisse conhecimento técnico e capacidade de administração seria fundamental.
 
Pior que durante a estada do Sergio Rezende houve uma guinada na área das ciencias exatas (na minha área Fisica) com projetos e muito financiamento.
Ele já tinha sido presidente da FINEP e sabia dos problemas e dificuldades de quem busca fazer pesquisa de base.

Sei lá.
Vamos ver.
 
Eu ouvi até algumas pessoas, de algumas áreas, dizendo que estava "sobrando" dinheiro para pesquisa.

Na verdade não é bem assim. Ter um espaço orçamentário para onde crescer é fundamental, em resultados obtidos e em relevância das pesquisas.

Mas o governo FHC foi o ápice do estrangulamento do setor univesitário.
 
Eu ouvi até algumas pessoas, de algumas áreas, dizendo que estava "sobrando" dinheiro para pesquisa.

Na verdade não é bem assim. Ter um espaço orçamentário para onde crescer é fundamental, em resultados obtidos e em relevância das pesquisas.

Mas o governo FHC foi o ápice do estrangulamento do setor univesitário.
Eu fico com medo da mentalidade de um economista administrando uma area científica.

Pesquisa de base e de ponta são financiamentos sem retorno. Não adianta. A NASA por mais que venda viajens pro espaço, lançamento de satelites, etc, NUNCA vai se pagar pelos investimentos pesadíssimos dos anos 60/70/80. Principalmente porque financiamento em pesquisa não é um empréstimo fixo, mas algo contínuo. No máximo a NASA se transforma em um setor auto-suficiente, que consegue patentes e serviços que paguem a maior parte das pesquisas.
O retorno é puramente estrategico, politico, de respeitabilidade, qualidade de vida, segurança nacional, independencia tecnologica, soberania, etc. Não financeiro.
No mundo inteiro dos países dominantes de tecnologia é assim.

Claro que tem setores de excessão que conseguem ter retornos imediatos com investimentos de 1 ou 2 anos. Mas a grande parte precisa de financiamentos por pelo menos 10 anos.

Mas, de novo.
Sei lá.
Vamos ver.
 
Pesquisa gera retorno social sim, quantificado ou não, sob o ponto de vista capitalista ou não. Todo retorno econômico é, necessariamente, social, para alguma parte interessada.

Acontece que o Estado está preocupado em respaldar a economia e o bem-estar social. Mesmo nos Estados Unidos, tradicionalmente visto como economia laissez-faire, a ausência de controle, interferência ou fomento estatal sempre esteve longe de ser uma verdade. Uma civilização urbana sem forte controle do aparato estatal é algo que jamais existiu.

Afinal, mesmo o bem-estar dos poderosos fica afetado se a qualidade do mundo à volta deles não for suficientemente boa.

Pesquisadores e seus equivalentes civilizacionais sempre existiram, em toda a História e em todas as sociedades humanas. Eles são pessoas que colocam a curiosidade à frente do interesse, e muitas vezes pagam o pato por isso, diante de uma população impiedosamente pragmática. Talvez eles existam por instinto, por serem um tipo importante para a preservação e o avanço da espécie. Ou talvez sejam frutos socialmente requeridos da maleabilidade do comportamento humano e da cultura do meio.

Ocorre que estes pesquisadores também têm outros interesses além de satisfazer suas próprivas dúvidas, e por isso vendem sua força de trabalho ao Estado ou ao meio privado em troca de dinheiro, convenção social cujo valor é poder ser intercambiado com todos os desejos materiais do possuidor.

Quanto ao retorno social, é preciso entender que, e parece que a população tem uma compreensão cada vez maior disso, o volume investido e o pessoal envolvido não pode ser pequeno. É preciso uma alocação massiva de recursos, para a geração de, como muitos gostam de dizer, emprestando da Física Nuclear, massa crítica. É só a partir dessa massa crítica que pesquisas aparentemente desconexas da realidade local ou global começam a impactar umas sobre as outras e se construírem mutuamente, gerando valor social. Como uma nuvem de "ruído multicerebral" da qual é possível sair coisas geniais.

Pensando sob este ponto de vista, seria necessário que as pesquisas de interesse local fossem fomentadas massivamente pelo governo, e que aquelas em princípio de teoria "pura" fossem financiadas através de um consórcio mundial, como é a tendência com o ITER, o LCH ou como foi com o Projeto Genoma Humano.
 
Esse é um grande problema da física no Brasil depois de décadas de sucateamento que parecia ter mudado nos ultimos anos.

Em todo mundo para cada 1 físico teórico tem 2 experimentais/aplicado. No Brasil é o inverso, senão pior.
A principal razão é que física experimental ou física aplicada necessita de investimento pesado. São equipamentos que custam milhares, centenas de milhares, milhões de euros ou dolares. O teórico, em tese, precisa de, talvez, um computador potente pra realizar as contas. Com baixo financiamento, a formação acaba voltada para esses mesmos.
Pra desenvolvimento, necessita-se de ambos. Dos três, se for separar os físicos experimentais focados nos testes das teorias e os físicos aplicados que fazem o link com a engenharia.

Tem também a questão que brasileiro é meio megalomaníaco e os que se interessam por fazer física querem ser Einsteins e acham que são supergênios. Muitos depois quebram a cara por verem que não basta apenas insights brilhantes.
 
Esse é um grande problema da física no Brasil depois de décadas de sucateamento que parecia ter mudado nos ultimos anos.

Em todo mundo para cada 1 físico teórico tem 2 experimentais/aplicado. No Brasil é o inverso, senão pior.
A principal razão é que física experimental ou física aplicada necessita de investimento pesado. São equipamentos que custam milhares, centenas de milhares, milhões de euros ou dolares. O teórico, em tese, precisa de, talvez, um computador potente pra realizar as contas. Com baixo financiamento, a formação acaba voltada para esses mesmos.
Pra desenvolvimento, necessita-se de ambos. Dos três, se for separar os físicos experimentais focados nos testes das teorias e os físicos aplicados que fazem o link com a engenharia.

Tem também a questão que brasileiro é meio megalomaníaco e os que se interessam por fazer física querem ser Einsteins e acham que são supergênios. Muitos depois quebram a cara por verem que não basta apenas insights brilhantes.

2 Sheldons para 1 Leonard?

O atraso do país tá explicado.

Quanto a não ser tudo só insights brilhantes, o próprio Einstein já dizia, em sua frase mais notória.
 
Última edição:
Alguém me explica por que?
O que um economista pode dar para essa área?

Espero que não voltem a lixar o setor de C&T depois do Sergio Rezende.

Malz, eu tava sem óculos e distraído e lí outra coisa no título do tópico.

Mas o primeiro post também dá uma dica do que eu li errado.

By Raphael S
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Putz...

Economista pensando em Ciência e Tecnologia?!

É, Tititica, quer quiser: Tiririca, "Pior do que tá" fica, sim e muito...
 
Pesquisa só se fode. Na esfera pública ou na privada.

Em empresas, quando é necessário fazer ajustes, o setor de P&D também sofre com a tesoura, quando ele existe.
 

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