TT1
Dilbert
Cálculos feitos pelo supercomputador da IBM Deep Blue estimam que dentro de 15 anos não haverá mais combinações possíveis entre as notas musicais para a elaboração de novas melodias. Os complexos cálculos levaram em conta as leis que definem o plágio musical e a freqüência com que músicas são lançadas em todo o mundo. O resultado do estudo só deve ser publicado no segundo semestre deste ano, pois matemáticos e engenheiros da IBM querem refazer as equações para diminuir a margem de erro da previsão.
A preocupação sobre o futuro da música já tinha sido motivo de discussão em seminários internacionais de musicistas. Muitos teóricos alertavam a comunidade musical para o esgotamento das combinações, enquanto muitos artistas já vinham comentando sobre a dificuldade de criar novas melodias. "Nossos cálculos vêm confirmar uma suspeita antiga dos estudiosos da música. Sempre se soube que um dia as múltiplas combinações chegariam ao fim, afinal a base de tudo são apenas sete notas. Não podemos esquecer que há milênios o homem vem criando melodias", declarou o matemático americano Gerald Hirschof, chefe da equipe responsável pelo estudo da IBM.
O presidente da Associação Internacional de Música, Abrahan McPhills, um dos maiores estudiosos do tema, afirma que a situação piorou nas últimas décadas com o crescimento da indústria musical. "Desde a década de 80 a mídia criou um cenário que precisa ser constantemente preenchido por novidades. O mercado acelerou o processo de composição musical. Se fosse mantido o padrão das décadas anteriores, as combinações entre as notas e suas variações garantiriam séculos e séculos de novas melodias. Hoje em dia há uma constante demanda por novas músicas. A cada dia, centenas de combinações musicais são desperdiçadas em canções de baixa qualidade, que são descartadas como faixas usadas apenas para completar álbuns de artistas que só fazem sucesso por um ou dois anos", diz McPhills. O músico lidera uma corrente que sugere a mudança nas regras sobre a definição do que é plágio como forma de não estagnar o processo de composição. "Algo precisa ser feito para garantir o futuro dos músicos. Propomos mudanças nas leis para que artistas de talento possam pegar músicas já registradas, dar novos tratamentos a elas, alterar letras e entregar ao público uma nova obra", defende McPhills.
Odisseu Kapyn
A preocupação sobre o futuro da música já tinha sido motivo de discussão em seminários internacionais de musicistas. Muitos teóricos alertavam a comunidade musical para o esgotamento das combinações, enquanto muitos artistas já vinham comentando sobre a dificuldade de criar novas melodias. "Nossos cálculos vêm confirmar uma suspeita antiga dos estudiosos da música. Sempre se soube que um dia as múltiplas combinações chegariam ao fim, afinal a base de tudo são apenas sete notas. Não podemos esquecer que há milênios o homem vem criando melodias", declarou o matemático americano Gerald Hirschof, chefe da equipe responsável pelo estudo da IBM.
O presidente da Associação Internacional de Música, Abrahan McPhills, um dos maiores estudiosos do tema, afirma que a situação piorou nas últimas décadas com o crescimento da indústria musical. "Desde a década de 80 a mídia criou um cenário que precisa ser constantemente preenchido por novidades. O mercado acelerou o processo de composição musical. Se fosse mantido o padrão das décadas anteriores, as combinações entre as notas e suas variações garantiriam séculos e séculos de novas melodias. Hoje em dia há uma constante demanda por novas músicas. A cada dia, centenas de combinações musicais são desperdiçadas em canções de baixa qualidade, que são descartadas como faixas usadas apenas para completar álbuns de artistas que só fazem sucesso por um ou dois anos", diz McPhills. O músico lidera uma corrente que sugere a mudança nas regras sobre a definição do que é plágio como forma de não estagnar o processo de composição. "Algo precisa ser feito para garantir o futuro dos músicos. Propomos mudanças nas leis para que artistas de talento possam pegar músicas já registradas, dar novos tratamentos a elas, alterar letras e entregar ao público uma nova obra", defende McPhills.
Odisseu Kapyn