Nessa discussões sobre o Mal o que degenera tudo é que as pessoas envolvem seus próprios conceitos e crenças numa discussão onde eles não têm lugar.
Tolkien deixa bem claro que Melkor é a origem do Mal, que o Mal não existia em Eru Ilúvatar, etc etc etc nós não temos autoridade moral nem autoral pra refutar essas afirmações dele. Se ele disse que é assim no mundo ou na obra que ele criou, assim o é, por mais que pessoalmente não concordemos.
Não adianta vir com essa história de lado bom e lado mal, tudo tem dois lados, Eru era onisciente então ia saber que nenhuma dessas afirmações tem qualquer importência sobre a força do que Tolkien disse.
Aliás, esses problemas teológicos que as pessoas em geral lançam são problemas antiquíssimos de todas as religiões, principalmente as monoteístas com deuses todo-poderesos, como o Judaísmo, Cristianismo e Islamismo. É difícil explicar pq eu deus onipotente permite o mal, sendo ele plenamente bom.
Mas não estamos aqui pra discutir teologias de quaisquer religiões (quem quiser que vá em
http://www.newadvent.org/cathen/, por exemplo, que é o repósitorio do pensamento católico) e sim a Cosmogonia Tolkieniana. E, dentro dela, Eru Ilúvatar é onipotente, onipresente, onisciente, exterior ao mundo criado, independente dele e plenamente bom. A origem do mal é unica e exclusivamente Melkor.
Por mais que seja difícil algumas epssoas engolirem isso. É o que o autor, como sub-criador da obra, definiu. Podemos não concordar com esses pensamentos e escritos de TOlkien, mas assim o são.