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Melhores leituras de 2015.

Mavericco

I am fire and air.
Usuário Premium
Não precisa ter ordem nem nada. Vou postar as minhas e depois eu comento.

  • "Literatura europeia e Idade Média latina", E. R. Curtius;
  • "The Pound Era", Hugh Kenner;
  • "The event of literature", Terry Eagleton;
  • "The madwoman in the attic", Sandra Gilbert e Susan Gubar;
  • "Os anéis de Saturno", W. G. Sebald.

Daria pra fazer muitas menções honrosas, então eu poderia citar:

  • "Depois de Babel", George Steiner;
  • "A literatura no Brasil", 4 vols., org. Afrânio Coutinho;
  • "Confucius to cummings", Ezra Pound;
  • "Poemas traduzidos de Baudelaire e Mallarmé", Dante Milano;
  • "Poesia alheia", Nelson Ascher;
  • "O torso e o gato", Ivo Barroso;
  • "Prometeu desacorrentado e outros poemas", Shelley;
  • "A alegria", Giuseppe Ungaretti;

etc etc (foi um ano fraco de poesia contemporânea...)
 
Ah, que legal que você abriu esse tópico. =]
Depois venho aqui postar o que mais gostei de ler.
 
Esse da Ali Smith eu quero ler! Vc já viu a palestra do Galindo sobre a tradução do livro, Anica? Parece que tem um cara que só fala em forma de poesia, né?
 
  • Cem Anos de Solidão(Gabriel Garcia Marquez)
  • Graça Infinita (David Foster Wallace)
  • Fundação (Isaac Asimov)
  • A Sangue Frio (Truman Capote)
  • Sobre a Escrita (Stephen King)
Escolhi só 5, mas gostei bastante das outras leituras do ano também. O outro do DFW, Salinger, Poe, Bioy...
2016 promete.
 
Esse ano foi bom, gostei de tudo que eu li:

  • Star Wars a trilogia
  • Fundação (Asimov)
  • O oceano no fim do Caminho (Neil Gaiman)
  • Star Wars: Provação
  • Planeta dos Macacos
  • Star Wars: Herdeiro do Império
  • Star Wars: Ascensão da força sombria
  • Eu, Robô (Asimov)
  • Os melhores contos brasileiros de Ficção Científica
 
Caçando carneiros (Haruki Murakami)
Esse acabei de ler (depois de ter deixado de lado por meses) e achei bem instigante no início, teve um final muito bem acertado, mas que meio desinteressante e que tedio foi passar por ele!
Espero que a continuação (Dance Dance Dance) seja melhor, já que foi escrita logo depois do que é dito um dos melhores dele (Hard-Boiled Wonderland and the End of the World, que também é o favorito do escritor - e um pouco antes de The Wind-Up Bird Chronicle, outro que dizem estar entre os melhores dele, este já em tradução pela Alfaguara). É que eu tenho essa mania de querer ver a evolução dos escritores do inicio ao fim da obra (tenho essas manias de completista, de perfeição total - impossível aliás) que eu quis ler antes esse do carneiro... (depois dessa, tomarei para a vida a estilo mavericciano de pegar os bois pelos chifres - de ir logo pelo que eu penso ser a melhor obra de tal autor e aproveitar)
Recomendo mais aos já viciados em Murakami...

Anyway, sobre o tópico: Esse ano foi uma escassez só de leituras, quase não li nenhum romance, e muitos que comecei não tive animo de chegar ao fim. Li mesmo bastantes contos de vários livros e autores diferentes.

Minha esperança é que eu consiga passar pro ano que vem a atual conscientização em me concentrar e separar um tempo por dia para a leitura :)
 
Última edição:
Ok, esse ano foi muito proveitoso em termos de leitura. Li livros que estavam nos meus planos há muitos anos, li por impulso livros que tornaram-se grandes surpresas, li só porque ganhei de presente.... Finalmente completei um censo nesse fórum. Desde 2012 tentava escrever todos os livros que li e nunca consegui, mas nesse ano, até agora, li 38 livros (e ainda tenho uma viagem de avião + conexão de 3h, então provavelmente lerei outro até o fim do ano).

O Velho e o mar - Ernest Hemingway
Cem anos de solidão - Gabriel García Marquez (Gabo foi a melhor coisa do meu ano. Só isso!)
A restauração das horas - Paul Harding
Eu sou Malala - Malala Yousafzai e Christina Lamb (contrariando meu ódio por biografias, bestsellers mal escritos, amei a história dela, chorei bastante e acho que saí mais empoderada e com mais esperança de lutar pelo que vale a pena)
O amor nos tempos do cólera - Gabriel García Marquez
Terra Sonâmbula - Mia Couto
 
Anna Kariênina (Tolstói), das maiores coisas que li.
Paraíso perdido (Nooteboom), livrinho que tinha tudo pra dar errado, e ainda assim me pegou bem de jeito.
Um outro amor (Knausgård), me irritou em diversos momentos, mas terminei há umas semanas e que falta me faz...
O homem magro (Hammett), entra como policial preferido do ano.
O arco-íris da gravidade (Pynchon), com ressalvas, mas os altos pagam os baixos, com sobras.
Drácula (Bram Stoker), bem menos terror do que eu esperava, bem mais divertido que eu esperava.
 
Esse da Ali Smith eu quero ler! Vc já viu a palestra do Galindo sobre a tradução do livro, Anica? Parece que tem um cara que só fala em forma de poesia, né?

não cheguei a ver a palestra dele, não, mas deve ser uma coisa fantástica. o trabalho dele com o suíte é uma coisa linda. porque tem trechos que você passa e você saca como era em inglês e pensa "po, que saída inteligente" - tem muita coisa que é praticamente intraduzível se pensar em manter forma e sentido.

(a mãe do mark que é a personagem que falava em couplets. como a gente chama couplet em português? não lembro. mesma coisa que dístico? )
 
Pensei que a turma ia fazer uns textões aqui. Bah, cês são muito sem graça! :P

Mas enfim, minha lista é essa:

1 - Confissões de um Jovem Novelista, de Umberto Eco
2 - Good Omens, de Terry Pratchett e Neil Gaiman
3 - A Arte da Ficção, de David Lodge
4 - Como Ler a Bíblia, de Steven L McKenzie | Deus - Como Ele Nasceu, de Reinaldo José Lopes
5 - Imposturas Intelectuais, de Alan Sokal e Jean Bricmont

O resto do ano foi povoado de leituras de Star Wars. Um destaque à parte da lista é Os Antiquários, de Pablo de Sanctis, que eu recomendo.
 
Esperando a @Alsende pra incluir o Draccon na sua listinha.
:coxinha:


1 - Dragões de Éter 1, de Raphael Draccon
2 - Dragões de Éter 2, de Raphael Draccon
3 - Espíritos de Gelo, de Raphael Draccon
4 - Dragões de Éter 3, de Raphael Draccon
5 - Fios de Prata: Reinventando Sandman, de Raphael Draccon

:rofl::rofl::rofl::rofl::rofl::rofl::rofl::rofl::rofl::rofl::rofl::rofl::rofl::rofl::rofl::rofl::rofl::rofl::rofl::rofl::rofl::rofl::rofl:

Mals aí, @Alsende . Tinha que zoar. Um beijo!
 
@Bruce Torres @Calib :chibata: (Adoro vocês,xuxus hahahha)
Bem, a lista é em ordem de apreciação? Anyway,sao esses aqui:
1- A Arvore e a Folha, de J.R.R Tolkien
2-Orgulho e Preconceito,de Jane Austen
3-Histórias de Mulher, De Mary Del Priore
4-Macbeth, de Shakespeare
5- The Dubliners, de James Joyce
6-Contos Inacabados,de J.R.R Tolkien
Eu tambem li alguns contos da Austen,Lady Susan e Jack e Alice,pequenos e agradaveis. Alguma coisa de Yeats(tava na Terra dele né), li tambem Alice in Wonderland e Alice no pais do espelho. Foi um ano de ler classicos,embora eu nao tenha lido muito,li boas obras. Ah,li tambem diversos contos de fada, estudei suas psicologias,coisa que eu curto.
Ao contrario do que se pensa,eu leio Draccon porque acho divertido,nao porque acho a quinta maravilha do universo.
Eu comecei a ler na ultima semana do ano, The Book of Lost Tales que faz parte do Home, é muito incrivel, pra mim que ama Simarillion entao... É isso gente,beeeijo,feliz ano novo :*:ruiva:
 
Esse acabei de ler (depois de ter deixado de lado por meses) e achei bem instigante no início, teve um final muito bem acertado, mas que meio desinteressante e que tedio foi passar por ele!
Espero que a continuação (Dance Dance Dance) seja melhor, já que foi escrita logo depois do que é dito um dos melhores dele (Hard-Boiled Wonderland and the End of the World, que também é o favorito do escritor - e um pouco antes de The Wind-Up Bird Chronicle, outro que dizem estar entre os melhores dele, este já em tradução pela Alfaguara). É que eu tenho essa mania de querer ver a evolução dos escritores do inicio ao fim da obra (tenho essas manias de completista, de perfeição total - impossível aliás) que eu quis ler antes esse do carneiro... (depois dessa, tomarei para a vida a estilo mavericciano de pegar os bois pelos chifres - de ir logo pelo que eu penso ser a melhor obra de tal autor e aproveitar)
Recomendo mais aos já viciados em Murakami...

Anyway, sobre o tópico: Esse ano foi uma escassez só de leituras, quase não li nenhum romance, e muitos que comecei não tive animo de chegar ao fim. Li mesmo bastantes contos de vários livros e autores diferentes.

Minha esperança é que eu consiga passar pro ano que vem a atual conscientização em me concentrar e separar um tempo por dia para a leitura :)

Particularmente eu não vi grandes problemas no livro, momentos de tédio até tive (até então todos os livros tem haha), mas foram tão escassos que passaram longe de comprometer.
Muita gente recomenda Caçando Carneiros pros iniciantes em Murakami, Acho que é até um bom livro pra iniciantes no autor, dei pro meu pai que também nunca tinha lido nada do Murakami e ele também adorou lol
 
não cheguei a ver a palestra dele, não, mas deve ser uma coisa fantástica. o trabalho dele com o suíte é uma coisa linda. porque tem trechos que você passa e você saca como era em inglês e pensa "po, que saída inteligente" - tem muita coisa que é praticamente intraduzível se pensar em manter forma e sentido.

(a mãe do mark que é a personagem que falava em couplets. como a gente chama couplet em português? não lembro. mesma coisa que dístico? )
Isso mesmo, dístico. A palestra é essa aqui:


Muito divertida! Tem, mais ou menos aos 40 minutos, uma fala dele aqui tumbém:

 
Tinha esquecido de dar minhas razões:

"Literatura europeia e Idade Média latina", E. R. Curtius. A tese central do Curtius aqui é a de que existe uma continuidade na literatura europeia, isso da literatura antiga até Goethe. Os instrumentos que o Curtius se vale pra analisar são famosos não só pela grande erudição que ele demonstra, mas pela enorme valia das informações que compila. Então, por exemplo, no capítulo mais famoso da obra, ele analisa os topói poéticos, isto é, os lugares-comuns que a literatura ocidental apresentou ao longo dos séculos, rastreando sua origem e suas metamorfoses. É um livro clássico, embora seja até pouco lido. Temos uma tradução boa pra português, publicada na década de 50, salvo engano. Hoje é reeditada pela EdUSP num preço salgado, mas que valerá cada centavo.

"The Pound Era", Hugh Kenner. Esse também é um dos livros mais brilhantes de crítica literária que já li. Não só pelo tom de escrita do autor, que incorpora em grande medida a erudição vasta, a leveza e a paixão do estilo do próprio Pound, mas também pela clareza e profundidade com que ele comenta os vários autores modernos elencados. Pois, embora a obra se concentre na figura do Pound, a ideia aqui é a de que a figura do Pound foi uma figura central pro desenvolvimento da literatura moderna, e daí, por exemplo, comentários auxiliares a respeito de nomes como T. S. Eliot, Marianne Moore, William Carlos Williams ou James Joyce. Existem comentários que o Kenner faz nesse livro que você simplesmente não vai encontrar em nenhum outro lugar, como quando por exemplo ele fala do Ulysses do Joyce relacionando-o à concepção de Homero que os contemporâneos de Joyce possuíam.

"The event of literature", Terry Eagleton. De vez em quando os setores mais enferrujados da direita abrem a boca pra dizer que os marxistas nunca produziram algo que preste no âmbito da crítica literária, o que é uma afirmação inacreditável ainda mais se nos lembrarmos de nomes como Lukács, Benjamin, Bakhtin ou o próprio Eagleton. A maior parte dos estudantes de Letras no Brasil conhece o Eagleton do livro "Teoria da literatura", em que ele desenvolve, por exemplo, argumentos de que os estudos literários deveriam ser diluídos num todo maior de estudos culturais uma vez que nós não temos como chegar a um conceito de literatura. Aqui o caminho dele é reverso, pois ele diz que nós podemos e de fato, quando falamos de literatura, nós nos referimos a algumas características primordiais dos textos literários, como sua ficcionalidade ou a forma fechada que parecem aparentar. Ele elenca ao todo 5 características e analisa cada uma delas, tentando chegar a um conceito wittgensteniano de literatura. A forma como o Eagleton problematiza posições é fabulosa. É, de longe, o melhor conceito de literatura que já li, em especial no quesito da funcionalidade...

"The madwoman in the attic". Um clássico da crítica literária feminista, analisa a relação da mulher escritora no contexto da literatura do século XIX. Não só a retórica e a concepção que era tida da própria mulher na sociedade, e de como romancistas e poetisas de talento conseguiram trabalhar em cima desse material, mas também das formas de exclusão e discriminação dentro da própria literatura aplicáveis à mulher escritora. São análises brilhantes e muito bem fundamentadas. Oferecem um contra-ponto muito forte e sólido, por exemplo, às ideias do Bloom, em especial a da angústia da influência.

"Os anéis de Saturno". O único livro literário da lista é meio difícil de abordar... O estilo do Sebald é muito único. Ele retrata a dissolução da cultura europeia, como que um colapso ou, até, um pós-colapso dessa Europa pós-guerra. Ele se vale de um estilo de escrita fragmentário e que faz com que o narrador se assemelhe a um flanêur, tratando de muitos assuntos desconexos que, dentro do plano emocional, do plano discursivo do texto, se amarram. Assim, por exemplo, ele consegue fazer um retrato de Swinburne e de Edward Fitzgerald em partes separadas do livro sem que possuam exatamente uma relação "A pois B", uma relação logicamente necessária, que não a do sentimento de dissolução e passado, um certo amargor até, que percorre o livro todo. É bonito. Muito tocante.
 

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