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"Me vinguei de uma empresa que não parava de ligar com um robô-telefonista"

Fúria da cidade

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Uma empresa liga constantemente para você à procura de outra pessoa com quem pretende renegociar uma dívida. Antes mesmo de você tentar explicar que não está devendo na praça ou mesmo que aquele não é seu nome, a ligação cai. Pior: as tentativas telefônicas continuam seguindo o mesmo roteiro. O que você faria?

Gustavo Porto, desenvolvedor de sistemas de 27 anos que mora no Mato Grosso, resolveu colocar a mão na massa. Ele diz que depois de sofrer com essa situação durante mais de dois anos resolveu criou um robô que ligava sem parar de volta para a companhia. Resultado: a irritação foi tão grande que a empresa de cobrança entrou em contato, pediu para os retornos telefônicos cessarem e atendeu um apelo antigo: retirou o número de celular dele de seus cadastros.

O desenvolvedor conta que desde que se mudou para o Mato Grosso passou a receber ligações de uma recuperadora de crédito que trabalha para diversas instituições financeiras, como Itaú, Bradesco, BB e Caixa Econômica Federal. Companhias como ela adquirem carteiras de dívidas que bancos julgam difíceis de recuperar. A partir daí, passam a cobrar os inadimplentes e, em muitos casos, fazem muitas ligações. O Brasil já foi apontado como o terceiro país com mais spam em ligações.

A tal empresa procurava uma mulher chamada Adriana, mas só encontrava Gustavo. Ele diz que não era informado de qual empresa partia o telefonema errado e, quando tentava explicar que não era Adriana, desligavam na cara dele. Depois de um tempo, acostumou-se a ver aquele número e apenas não atender. Só que as investidas se intensificaram.

Essa empresa estava agressiva. Eles estavam me ligando das 5h40 às 21h. Ligavam sem parar. Eram três, quatro vezes seguidas e até de número diferente

Ele até tentou agir. Aproveitou que a empresa mandou um SMS contendo um número de WhatsApp e mandou um zap. Não obteve resposta, mas descobriu qual companhia era responsável pelas ligações - o nome dela estava na imagem de exibição no app. Achou o site e o telefone de contato e arriscou. Um atendente prometeu tirar o número dele da lista. Ainda assim, o celular continuou a tocar. E isso foi a gota d'água.

Ele criou um robô-telefonista na quarta-feira (5). Longe de ser similar ao apresentado pelo Google, que é capaz de ligar para cabeleireiros e restaurantes para fazer reservas, o bot de Porto só pretendia encher o saco da empresa: era programado para ligar a cada 60 segundos; quando atendessem, deveria tocar um áudio em MP3 que repetia "alô" cinco vezes, e então desligar para recomeçar tudo de novo.
Pouco tempo depois, a empresa telefonou novamente, mas, dessa vez, porém, a linha não ficou muda.

Ligou um cara do departamento de TI achando que era erro. Eu disse que não era erro e falei: 'Vocês me ligam todo dia querendo falar com a Adriana. Agora, sou eu que quero ligar para Adriana'. Pediram para eu parar com isso porque eles não estavam conseguindo trabalhar

Ele só desativou o robô-telefonista depois de garantirem que não receberia mais ligações
. Ao todo, seu bot fez 185 ligações, que somaram 7 minutos e 36 segundos de "Alô". "Desde então, não recebi mais as ligações. Resolvi um problema de mais de dois anos", comemora.

O UOL Tecnologia entrou em contato com a empresa para confirmar a história, mas não teve retorno.
A reportagem consultou Marco Aurélio Florêncio Filho, professor de direito do Mackenzie e sócio do escritório Florêncio Filho, para saber se a conduta de Porto poderia ser levada à Justiça. "Do ponto de vista criminal, não vejo crime ou contravenção."

O jurista explica que a conduta não pode nem mesmo ser enquadrado como perturbação de alguém no trabalho ou o sossego alheio, algo previsto pelo artigo 42 da Lei das Contravenções Penais.

Para tentar solucionar a dor de cabeça de outras pessoas, Gustavo hospedou o código de seu robô em duas plataformas para desenvolvedores. "Teve gente falando que já usou e funcionou. Já estão até pedindo por melhorias", brinca. E avisa: "Se outra empresa decidir me cobrar indevidamente, eu vou fazer a mesma coisa".

https://tecnologia.uol.com.br/notic...ara-se-vingou-e-acabou-com-os-telefonemas.htm
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Bem que esse cara podia colocar o robô, mesmo que pago na Play Store/Itunes. Eu pagaria pra usar contra umas operadoras chatas que já me perturbaram muito.
 
As companhias se aproveitam dos buracos no sistema de telefonia para inundar a pessoa com mensagens abusivas.

Não é a toa enfrentarmos esse tipo de problema porque têm sido comuns os ataques até contra governos de DDoS (negação de serviço) que no caso parece que o flood de bot foi aplicado para se defender de outro flood aplicado ao universo phreaker.

Na primeira fase a pessoa lesada precisa se concentrar na investigação e na coleta dos dados do local que promove o ataque que é o que falaram na notícia (descobrir quem está inundando o telefone alheio e que o cara pegou a imagem no whatsapp. Detetives particulares podem pegar esses casos.

Colocando para o âmbito do Life-Hack é possível ver isso ocorrendo em disputa de território entre empresas rivais.
 
Já passei por algo parecido com uma loja aqui de SP (não sei se tem em outras cidades) chamada Torra-Torra. :confused:
As bestas me ligavam até de madrugada, às vezes antes das 5:30 ou de noite, depois da 22 horas!
E não eram robôs, eram atendentes mesmo, procurando por um tal de Ariovaldo que estava com pagamentos em atraso.
Não adiantava nada explicar que aquele telefone não era do cara, alguns atendentes ainda tinham a insolência de, quando eu dizia que não era o ariovaldo, perguntarem se eu "tinha certeza" que não conhecia alguém com esse nome ou se não era meu parente.
Cheguei a implorar que parassem de me ligar mas não adiantou nada e da última vez que pedi, quando uma atendente respondeu com voz de riso: "a gente vai parar, sim", parei de atender, comprei um chip novo e, como me mandavam mensagens, comecei a responder, a principio educada, explicando que aquele número não pertencia à pessoa e depois, bem grossa, sugerindo lugares onde eles poderiam procurar o ariovaldo e orifícios onde podiam enfiar a dívida do caloteiro, aí pararam, mas ó, demorou uns bons meses.
.
Eu pagaria pra ter um programa como o desse moço.
Entendo que as pessoas precisam trabalhar e tals mas, né? Algumas empresas não têm a menor noção de privacidade e mesmo de educação.
 
Empresas de cobranças são as piores.
Se falam que toda a conversa é gravada e eu falo que o meu número não é de fulano(a) que está sendo procurado(a) pela empresa, eles deveriam acreditar na minha palavra e ponto final. Mas, não.. Eles voltam a ligar inúmeras vezes e enchem o saco.
 
Acho que todos temos os mesmos problemas -- empresas ligam em horários aleatórios para o fixo pedindo por gente que não conheço e, com mais frequência, oferencendo para vender alguma qualquer. No celular não é muito diferente tanto que, fora nos raros casos onde eu estou esperando uma ligação vinda de um número desconhecido, eu bloqueio chamadas de números que não estão na agenda.

Agora, se tratando de soluções automáticas, ainda acho que nada supera o "Lenny": um sistema que atende a chamada e usa detecção de silêncio e de fala (só detecção, não tem nenhum reconhecimento nem nada mais inteligente envolvido) para tocar uma gravação selecionada aleatoriamente entre um conjunto de falas de um idoso *muito* paciente cada vez que a criatura do outro lado da linha pára de falar. O autor basicamente prova por construção que telemarketeiros não tem capacidade de aplicar um Teste de Turing :)

Claro que o sistema também grava as ligações para a gente poder rir um pouco. Um exemplo aqui:

Agora pelo lado nérdico. o sistema não é exatamente um anti-spam e, na explicação linkada lá, o autor comenta que está ligado a um número que só é usado para originar ligações em um PABX VoIP, mas eu até consigo imaginar umas mudanças para lidar com bots de telemarketing (justamente esses que tocam uma gravação de "alô" e esperam a pessoa falar antes de transferir a ligação para um operador humano): o sistema atende com um CAPTCHA de áudio ("tecle 42 para ser atendido") antes de tocar o telefone. Se a pessoa teclar certo, assume que é uma ligação legítima de uma pessoa real, o telefone toca e a chamada prossegue normalmente. Se isto não acontecer dentro de uns poucos segundos, transfere automaticamente para o bot. Como o bot do outro lado detectou voz, irá transferir para o atendente, que já perdeu o começo da chamada, não ouviu o número que deve ser digitado e cairá no bot anti-spam de qualquer forma (sem nunca tocar o telefone do meu lado, claro). Dá uma baita vontade de implementar isso :mrgreen:
 

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