Jack London é mestre em impor aprendizado a seus personagens. Fez isso em "O chamado selvagem e em "Caninos Brancos", levando os dois cães de um extremo a outro, entre civilização e barbárie. Mas é em "Martin Eden" que ele atinge um outro patamar, nesse livro que se tornou o favorito de escritores do mundo todo. Nele encontramos uma riqueza de outra estirpe, e que se desdobrou em inegável influência sobre as gerações futuras.
Martin é o jovem escritor que, pobre, se confronta com o mundo burguês. A maneira como ele vê esse novo mundo é alterada ao longo da obra, fascínio e repulsa a formar conflito em Martin. À medida que Martin Eden vai deixando seu mundo, na busca de se tornar escritor, descobre a dificuldade de retornar à autenticidade de seu torrão natal, à vida que lhe deu sua escrita, sua identidade; nem tampouco se vê tranquilo para saborear a aristocracia que vez por outra almejou. Percebendo-se perpetuamente deslocado, questionará o mercado literário, a sociedade e sua própria condição de homem criador.
A riqueza desse romance está mais no que ele gerou, do que no impacto que criou em artistas como Nabokov e Tom Waits(!). Ele estabeleceu um modelo para os escritores estadunidenses de depois. O Nick Adam, de Hemingway, "que espera estar pronto para escrever certas coisas" e se prepara para a literatura vivendo, Sal Paradise, colhendo experiências em suas viagens e Henry Chinaski, podem ser considerados irmãos mais novos de Martin Eden.
Martin Eden, com sua vida, criou um chamado para as gerações futuras. É o "ide" americano. Ele preparou o caminho.
Martin é o jovem escritor que, pobre, se confronta com o mundo burguês. A maneira como ele vê esse novo mundo é alterada ao longo da obra, fascínio e repulsa a formar conflito em Martin. À medida que Martin Eden vai deixando seu mundo, na busca de se tornar escritor, descobre a dificuldade de retornar à autenticidade de seu torrão natal, à vida que lhe deu sua escrita, sua identidade; nem tampouco se vê tranquilo para saborear a aristocracia que vez por outra almejou. Percebendo-se perpetuamente deslocado, questionará o mercado literário, a sociedade e sua própria condição de homem criador.
A riqueza desse romance está mais no que ele gerou, do que no impacto que criou em artistas como Nabokov e Tom Waits(!). Ele estabeleceu um modelo para os escritores estadunidenses de depois. O Nick Adam, de Hemingway, "que espera estar pronto para escrever certas coisas" e se prepara para a literatura vivendo, Sal Paradise, colhendo experiências em suas viagens e Henry Chinaski, podem ser considerados irmãos mais novos de Martin Eden.
Martin Eden, com sua vida, criou um chamado para as gerações futuras. É o "ide" americano. Ele preparou o caminho.
