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Autor da Semana Martha Medeiros.

Mavericco

I am fire and air.
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Martha Medeiros


Martha Medeiros (1961) é gaúcha de Porto Alegre, onde reside desde que nasceu. Fez sua carreira profissional na área de Propaganda e Publicidade, tenho trabalhado como redatora e diretora de criação em vária agências daquela cidade. Em 1993, a literatura fez com que a autora, que nessa ocasião já tinha publicado três livros, deixasse de lado essa carreira e se mudasse para Santiago do Chile, onde ficou por oito meses apenas escrevendo poesia.


De volta ao Brasil, começou a colaborar com crônicas para o jornal Zero Hora, de Porto Alegre, onde até hoje mantém coluna no caderno ZH Donna, que circula aos domingos, e outra — às quartas-feiras — no Segundo Caderno. Escreve, também, uma coluna semanal para o sítio Almas Gêmeas e colabora com a revista Época.


Seu primeiro livro, Strip-Tease (1985), Editora Brasiliense - São Paulo, foi o primeiro de seus trabalhos publicados. Seguiram-se Meia noite e um quarto (1987), Persona non grata (1991), De cara lavada (1995), Poesia Reunida (1998), Geração Bivolt (1995), Topless (1997) e Santiago do Chile (1996). Seu livro de crônicas Trem-Bala (1999), já na 9a. edição, foi adaptado com sucesso para o teatro, sob direção de Irene Brietzke. A autora é casada e tem duas filhas.


FONTE: http://www.releituras.com/mamedeiros_menu.asp


Martha Medeiros nasceu em Porto Alegre em 20 de agosto de 1961 e é formada em Comunicação Social. Como poeta, publicou os seguintes livros: Strip Tease (Brasiliense, 1985), Meia-Noite e Um Quarto (L&PM, 1987) Persona Non Grata (L&PM, 1991), De Cara Lavada (L&PM, 1995), Poesia Reunida (L&PM, 1999) e Cartas Extraviadas e Outros Poemas (L&PM, 2001). Em maio de 1995 lançou seu primeiro livro de crônicas, Geração Bivolt (Artes & Ofícios), onde reuniu artigos publicados em Zero Hora e textos inéditos. Em 1996 lançou o guia Santiago do Chile, Crônicas e Dicas de Viagem, fruto dos oito meses em que viveu na capital chilena. Seu segundo livro de crônicas, Topless (L&PM, 1997), ganhou o Prêmio Açorianos de Literatura.


É autora dos best-sellers Trem-Bala, Doidas e santas e Feliz por nada. Seu romance Divã, lançado pela editora Objetiva, já vendeu mais de 50.000 exemplares e também virou peça de teatro, com Lilia Cabral no papel principal. Martha ainda escreveu um livro infantil chamado Esquisita Como Eu, pela editora Projeto, e o livro de ficção Selma e Sinatra. É colunista dos jornais Zero Hora e O Globo, além de colaborar para outras publicações.


FONTE: http://www.lpm.com.br/site/default....ate=../livros/layout_autor.asp&AutorID=607705


Obras.


  • Strip-Tease (1985) - Poesia
  • Meia noite e um quarto (1987) - Poesia
  • Persona non grata (1991) - Poesia
  • De Cara Lavada (1995) - Poesia
  • A Terra Gasta (1996) - Poesia
  • Poesia Reunida (1998)
  • Geração Bivolt (1995) - Primeiro livro de crônicas
  • Topless (1997) - Crônicas
  • Santiago do Chile (1996) - guia de viagem
  • Trem-Bala (1999) - Livro de crônicas, adaptado para o teatro, sob direção de Irene Brietzke.
  • Non Stop (2000) - Crônicas
  • Cartas Extraviadas e Outros Poemas (2000)
  • De Café e Cogumelos (2001) - Crônicas
  • Divã (2002) - Romance que deu origem a uma peça, a um filme e série de TV, todos estrelados pela atriz Lilia Cabral, no papel de Mercedes.
  • Montanha-Russa (2003) - Crônicas
  • Coisas da Vida (2005) - Crônicas
  • Esquisita como Eu (2004) - Infantil
  • Selma e Sinatra (2005) - Romance
  • Tudo que Eu Queria te Dizer (2007) - Adaptado para o teatro e estrelado por Ana Beatriz Nogueira
  • Doidas e Santas (2008) - Crônicas - Adaptado para o teatro e estrelado por Cissa Guimarães
  • Fora de Mim (2010) - Romance - Em 2012 será adaptado para o teatro e estrelado por Flávia Alessandra
  • Feliz por Nada (2011) - Crônicas
  • Noite em Claro (2012)
  • Um Lugar na Janela (2012) - Contos e Crônicas
FONTE: http://pt.wikipedia.org/wiki/Martha_Medeiros


Sugestão de obras.


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DOIDAS E SANTAS
LPM, R$ 31,00.


Doidas e Santas reúne cem crônicas que falam direto ao coração de suas leitoras e seus leitores. Nelas, Martha expõe os anseios de sua geração e de sua época, tornando-se uma das vozes mais importantes entre as recentemente surgidas no cenário nacional. As alegrias e as desilusões, os dramas e as delícias da vida adulta, as neuroses da vida urbana, o prazer que se esconde no dia-a-dia, o poder transformador do afeto, os mistérios da maternidade, enfim, o cotidiano de cada um de nós tornou-se o principal tema da autora. Como toda grande artista, ela consuma o sortilégio da literatura: traduzir e expressar o que vai na alma de sua enorme legião de admiradores.


Dona de uma sensibilidade incomum, Martha Medeiros tem para tudo um olhar, uma reflexão e uma reação fresca, nova, de alguém que pela primeira vez se depara com o inesperado, seja o assunto o Dia dos Namorados, a decisão de se começar a fumar, um sentimento de desconforto por qualquer coisa, uma paranóia que se imiscui sub-repticiamente ou um amor que acaba. Sempre terna e indignada, amantíssima da cultura contemporânea e dona de um imbatível senso de humor, em suas crônicas – assim como em sua poesia – Martha torna, para todos nós e com muita destreza, mais palatável o imponderável da vida.



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FELIZ POR NADA
LPM, R$ 36,00.


“Dentro de um abraço é sempre quente, é sempre seguro. Dentro de um abraço não se ouve o tic-tac dos relógios e, se faltar luz, tanto melhor. Tudo o que você pensa e sofre, dentro de um abraço se dissolve.” É com a força transformadora de um abraço que Martha Medeiros abre este novo livro de crônicas e é com a mesma singeleza e olhar arguto para o cotidiano que a escritora ilumina algumas das questões mais urgentes do século XXI. A destacada romancista, cronista e poeta, que já teve obras adaptadas para o cinema, para a tevê e para o teatro, fala aos leitores com a sinceridade de um amigo e materializa as angústias e os anseios da sociedade pós-tudo, que vive acuada sob o grande limitador do tempo. Nesta coletânea de mais de oitenta crônicas, Martha Medeiros aborda temas muito diversos e ao mesmo tempo muito próximos do leitor. A autora tem o dom para aproximar assuntos por vezes fugidios – como é próprio do cotidiano – de questões universais, como o amor, a família e a amizade, e criar lugares de reconhecimento para o leitor, como ao falar de Deus, dos romances antigos e novos, da mulher, de escritores e cineastas que são imortais, de se perder e se reencontrar, do que a vida oferece e muitas vezes se deixa passar. “Feliz por nada”, afirma Martha Medeiros, é fazer a opção por uma vida conscientemente vivida, mais leve, mas nem por isso menos visceral.


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POESIA REUNIDA
LPM, R$ 17,00.


Este livro é uma seleção de poesias de Martha Medeiros feita a partir dos livros Strip-Tease (1985), Meia-Noite e um Quarto (1987), Persona Non Grata (1991) e De Cara Lavada (1995). Festejada pela crítica e admirada pelo público, Martha é considerada um dos expoentes da geração de poetas revelados no final dos anos 80.


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DIVÃ
OBJETIVA (PRISA), R$ 35,90.


Na verdade, o mundo inventado por sua protagonista é abertamente inspirado na realidade que ela captura em suas deliciosas crônicas. Divã conta a história de Mercedes — uma mulher com mais de 40, casada, filhos — que resolve fazer análise. O que começa como uma simples brincadeira acaba por se transformar num ato de libertação; poético, divertido, devastador. Marinheira de primeira viagem em terapia, a personagem encara o consultório como se fosse uma espécie de alfândega que vai dar o visto para ela passar para o lado mais oculto de sua personalidade.

Ao deitar-se no divã, Mercedes não hesita em alertar o terapeuta: "Sou tantas que mal consigo me distinguir. Sou estrategista, batalhadora, porém traída pela comoção. Num piscar de olhos fico terna delicada. Acho que sou promíscua, doutor Lopes. São muitas mulheres numa só, e alguns homens também. Prepare-se para uma terapia de grupo."

Dona de um texto simples e brilhante, Martha nos seduz com uma narrativa envolvente e catalizadora. O leitor que a princípio se transforma numa espécie de voyeur, é levado por espiral de acontecimentos reveladores. Ao final da leitura se vê cúmplice das loucuras, conflitos e questões existenciais da personagem, e se dá conta que ele também, em vários momentos, estava deitado em seu próprio divã.

Mercedes é uma mulher que se parece um pouco com qualquer mulher. Divertida, pragmática, inteligente e sim, por que não? superfeminina. É do tipo corajosa, daquelas que não têm medo de nada. Capaz de administrar bem a casa, os filhos, o marido e até mesmo seus ataques de vaidade. Ela nos parece muito segura de si, daquelas que possuem controle sobre tudo. Será?

Ao se deitar naquele divã, Mercedes se dá conta de suas armadilhas cotidianas. Ao entrar neste jogo catártico, ela nos confidencia que a liberdade é atraente quando nos parece uma promessa, mas pode nos enlouquecer quando se cumpre.


Para a adaptação cinematográfica da obra, o Blog oficial e a página no Adorocinema. Para a adaptação televisiva, o site oficial.


Entrevistas.




Quando a felicidade aparece: três crônicas de Martha Medeiros.


Selecionei aquelas crônicas que, a meu ver, fazem jus à escrita geral de Martha, ou seja, uma escrita que preze pelas coisas simples da vida, como é o norte dos cronistas (e Martha é uma das melhores, não há dúvidas), mas que revele sempre a beleza das coisas pequenas, a validade da vida e a pertinência de se buscar a felicidade.


Nunca imaginei um dia.


Até alguns anos atrás, eu costumava dizer frases como “eu jamais vou fazer isso” ou “nem morta eu faço aquilo”, limitando minhas possibilidades de descoberta e emoção. Não é fácil libertar-se do manual de instruções que nos autoimpomos. Às vezes, leva-se uma vida inteira, e nem assim conseguimos viabilizar esse projeto. Por sorte, minha ficha caiu há tempo.


Começou quando iniciei um relacionamento com alguém completamente diferente de mim, diferente a um ponto radical mesmo: ele, por si só, foi meu primeiro “nunca imaginei um dia”. Feitos para ficarem a dois planetas de distância um do outro. Mas o amor não respeita a lógica, e eu, que sempre me senti tão confortável num mundo planejado, inaugurei a instabilidade emocional na minha vida. Prendi a respiração e dei um belo mergulho.


A partir daí, comecei a fazer coisas que nunca havia feito. Mergulhar, aliás, foi uma delas. Sempre respeitosa com o mar e chata para molhar os cabelos, afundei em busca de tartarugas gigantes e peixes coloridos no mar de Fernando de Noronha. Traumatizada com cavalos (por causa de um equino que quase me levou ao chão quando eu tinha oito anos), participei da minha primeira cavalgada depois dos 40, em São Francisco de Paula. Roqueira convicta e avessa a pagode, assisti a um show do Zeca Pagodinho na Lapa. Para ver o Ronaldo Fenômeno jogar ao vivo, me inflitrei na torcida do Olímpico num jogo entre Grêmio e Corinthians, mesmo sendo colorada. Meu paladar deixou de ser monótono: comecei a provar alimentos que nunca havia provado antes. E muitas outras coisas vetadas por causa do “medo do ridículo” receberam alvará de soltura. O ridículo deixou de existir na minha vida.


Não deixei de ser eu. Apenas abri o leque, me permitindo ser um “eu” mais amplo. E sinto que é um caminho sem volta.


Um mês atrás participei de outro capítulo da série “Nunca imaginei um dia”. Viajei numa excursão, eu que sempre rejeitei essa modalidade turística. Sigo preferindo viajar a dois ou sozinha, mas foi uma experiência fascinante, ainda mais que a viagem não tinha como destino um país do circuito Elizabeth Arden (Paris-Londres-Nova York), mas um país africano, muçulmano e desértico. Aliás, o deserto de Atacama, no Chile, será meu provável “nunca imaginei um dia” de 2010.


E agora cometi a loucura jamais pensada, a insanidade que nunca me permiti, o ato que me faria merecer uma camisa-de-força: eu, que nunca me comovi com bichos de estimação, adotei um gato de rua. Pode colocar a culpa no espírito natalino: trouxe um bichano de três meses pra casa, surpreendendo minhas filhas, que já haviam se acostumado com a ideia de ter uma mãe sem coração. E o que mais me estarrece: estou apaixonada por ele.


Ainda há muitas experiências a conferir: fazer compras pela internet, andar num balão, cozinhar dignamente, me tatuar, ler livros pelo kindle, viajar de navio e mais umas 400 coisas que nunca imaginei fazer um dia, mas que já não duvido. Pois tem essa também: deixei de ser tão cética.


Dentro de um abraço.


Onde é que você gostaria de estar agora, nesse exato momento?


Fico pensando nos lugares paradisíacos onde já estive, e que não me custaria nada reprisar: num determinado restaurante de uma ilha grega, em diversas praias do Brasil e do mundo, na casa de bons amigos, em algum vilarejo europeu, numa estrada bela e vazia, no meio de um show espetacular, numa sala de cinema assistindo à estreia de um filme muito esperado e, principalmente, no meu quarto e na minha cama, que nenhum hotel cinco estrelas consegue superar – a intimidade da gente é irreproduzível.


Posso também listar os lugares onde não gostaria de estar: num leito de hospital, numa fila de banco, numa reunião de condomínio, presa num elevador, em meio a um trânsito congestionado, numa cadeira de dentista.


E então? Somando os prós e os contras, as boas e más opções, onde, afinal, é o melhor lugar do mundo?


Meu palpite: dentro de um abraço.


Que lugar melhor para uma criança, para um idoso, para uma mulher apaixonada, para um adolescente com medo, para um doente, para alguém solitário? Dentro de um abraço é sempre quente, é sempre seguro. Dentro de um abraço não se ouve o tic-tac dos relógios e, se faltar luz, tanto melhor. Tudo o que você pensa e sofre, dentro de um abraço se dissolve.


Que lugar melhor para um recém-nascido, para um recém-chegado, para um recém-demitido, para um recém-contratado? Dentro de um abraço nenhuma situação é incer-ta, o futuro não amedronta, estacionamos confortavelmente em meio ao paraíso.


O rosto contra o peito de quem te abraça, as batidas do coração dele e as suas, o silêncio que sempre se faz durante esse envolvimento físico: nada há para se reivindicar ou agradecer, dentro de um abraço voz nenhuma se faz necessária, está tudo dito.


Que lugar no mundo é melhor para se estar? Na frente de uma lareira com um livro estupendo, em meio a um estádio lotado vendo seu time golear, num almoço em família onde todos estão se divertindo, num final de tarde à beiramar, deitado num parque olhando para o céu, na cama com a pessoa que você mais ama?


Difícil bater essa última alternativa, mas onde começa o amor, senão dentro do primeiro abraço? Alguns o consideram como algo sufocante, querem logo se desvencilhar dele. Até entendo que há momentos em que é preciso estar fora de alcance, livre de qualquer tentáculo. Esse desejo de se manter solto é legítimo, mas hoje me permita não endossar manifestações de alforria. Entrando na semana dos namorados, recomendo fazer reserva num local aconchegante e naturalmente aquecido: dentro de um abraço que te baste.


A escola da vida.


Estive em Londres e soube que o escritor Alain de Botton está fazendo um certo barulho com sua mais nova empreitada cultural. Não é um novo livro, e sim algo mais ambicioso: um curso de ideias para se viver melhor, ou seja, para se aprender a lidar com o cotidiano de uma forma mais prática e inventiva. Contrapondo-se às escolas tradicionais, que ensinam coisas que, na maioria das vezes, jamais nos serão úteis, ele está implantando a sua The School of Life na capital inglesa.


O projeto é meio odara, mas interessante. “A Escola da Vida” procura educar para a existência, para o aqui e agora, privilegiando lições mais excitantes do que as que aprendemos sobre ácidos nucleicos ou química orgânica. Com arte, filosofia e bom humor, Alain de Botton montou uma equipe para ajudar os alunos a encontrarem respostas para perguntas tipo “Preciso mesmo de um relacionamento amoroso?”, “Como aproveitar de forma mais inteligente e criativa o meu tempo livre?”, “Odeio meu trabalho: e agora?”, “De onde saem nossos conceitos sobre política?”, “Dá para extrair mais proveito de visitas a museus, cinemas e teatros?”, “Como conviver com o medo da morte?”, “Será que minha família é tão estranha como as outras?”.


Resumido dessa forma, dá ares de charlatanismo, mas quem conhece os livros de Alain de Botton sabe que ele émestre em misturar todos os departamentos (viagens, amores, arquitetura etc.) e que se ampara nas obras de famosos intelectuais para explicar e valorizar o mundano. Enfim, ele encontrou um nicho e o está explorando com muito senso de oportunidade, porque estamos vivendo uma época em que ter um diploma, uma carreira e uma família bonitinha não tem bastado para preencher nossas almas inquietas. Queremos mais prazer, mais independência, mais beleza. Em que colégio se aprende isso, em que faculdade? Se você não tem talento para ser um autodidata, Alain de Botton convida a sentar num banco escolar e ter como professores Proust, Baudelaire, Churchill, Lao Tse e mais uma turma da pesada, todos dispostos a desanuviar a sua mente.


Estive na pequena loja que ele abriu nos arredores da Russell Square, onde se pode encontrar cartazes que ilustram o espírito do projeto, informações sobre os cursos e, principalmente, vários livros que fazem parte da “biblioterapia” que a The School of Art propõe. Vive melhor quem lê a respeito das questões que lhe afligem, e não se trata aqui de livros de autoajuda, e sim romances de ficção, ensaios filosóficos, biografias. Isso tudo pode ser apenas uma jogada de autopromoção, mas eu simpatizei com a ideia, porque acredito mesmo que estamos precisando de um reforço extracurricular. Para se formar um ser humano, não adianta apenas ensinar física, biologia, história, matemática e demais matérias convencionais. Precisamos também ser especialistas em viajar, em se relacionar melhor, em consumir cultura, em ter uma visão menos ortodoxa de tudo que nos cerca. O material é farto e os resultados podem ser aplicados no dia a dia. Bem viver também faz parte da educação.


Por fim, posto a crônica "Doidas e santas", do livro homônimo, onde, a meu ver, Martha faz uma ponte sólida entre sua poesia e sua obra enquanto cronista:


Doidas e santas.


“Estou no começo do meu desespero/ e só vejo dois caminhos:/ ou viro doida ou santa.” São versos de Adélia Prado, retirados do poema “A serenata”. Narra a inquietude de uma mulher que imagina que mais cedo ou mais tarde um homem virá arrebatá-la, logo ela que está envelhecendo e está tomada pela indecisão – não sabe como receber um novo amor não dispondo mais de juventude. E encerra: “De que modo vou abrir a janela, se não for doida? Como a fecharei, se não for santa?”


Adélia é uma poeta danada de boa. E perspicaz. Como pode uma mulher buscar uma definição exata para si mesma estando em plena meia-idade, depois de já ter trilhado uma longa estrada onde encontrou alegrias e desilusões, e tendo ainda mais estrada pela frente? Se ela tiver coragem de passar por mais alegrias e desilusões – e a gente sabe como as desilusões devastam – terá que ser meio doida. Se preferir se abster de emoções fortes e apaziguar seu coração, então a santidade é a opção. Eu nem preciso dizer o que penso sobre isso, preciso?


Mas vamos lá. Pra começo de conversa, não acredito que haja uma única mulher no mundo que seja santa. Os marmanjos devem estar de cabelo em pé: como assim, e a minha mãe???Nem ela, caríssimos, nem ela.


Existe mulher cansada, que é outra coisa. Ela deu tanto azar em suas relações, que desanimou. Ela ficou tão sem dinheiro de uns tempos pra cá, que deixou de ter vaidade. Ela perdeu tantoa fé em dias melhores, que passou a se contentar com dias medíocres. Guardou sua loucura em alguma gaveta e nem lembra mais.


Santa mesmo, só Nossa Senhora, mas, cá entre nós, não é uma doideira o modo como ela engravidou? (Não se escandalize, não me mande e-mails, estou brin-can-do.)


Toda mulher é doida. Impossível não ser. A gente nasce com um dispositivo interno que nos informa desde cedo que, sem amor, a vida não vale a pena ser vivida, e dá-lhe usar nosso poder de sedução para encontrar “the big one”, aquele que será inteligente, másculo, se importará com nossos sentimentos e não nos deixará na mão jamais. Uma tarefa que dá para ocupar uma vida, não é mesmo? Mas além disso temos que ser independentes, bonitas, ter filhos e fingir, às vezes,que somos santas, ajuizadas, responsáveis, e que nunca, mas nunca, pensaremos em jogar tudo para o alto e embarcar num navio pirata comandado pelo Johnny Depp, ou então virar uma cafetina, sei lá, diga aí uma fantasia secreta, sua imaginação deve ser melhor que a minha.


Eu só conheço mulher louca. Pense em qualquer uma que você conhece e me diga se ela não tem ao menos três destas qualificações: exagerada, dramática, verborrágica, maníaca, fantasiosa, apaixonada, delirante. Pois então. Também é louca. E fascinante.


Todas as mulheres estão dispostas a abrir a janela, não importa a idade que tenham. Nossa insanidade tem nome: chama-se Vontade de Viver até a Última Gota. Só as cansadas é que se recusam a levantar da cadeira para ver quem está chamando lá fora. E santa, fica combinado, nãoexiste. Uma mulher que só reze, que tenha desistido dos prazeres da inquietude, que não deseje mais nada? Você vai concordar comigo: só sendo louca de pedra.


Tão cor-da-pele: a poesia de Martha Medeiros.


A poesia de Martha Medeiros é marcada pela sensualidade e pelo desejo de emancipação do corpo, por mais que contradições possam ser apontadas (percorre uma trajetória análoga à da personagem Mercedes, de seu romance de maior sucesso, "Divã" [2002]).


No poema 15 de sua Poesia Reunida, a poetisa diz: "ele era gago, vesgo e mancava de uma perna / e daí? era gostoso, inteligente e tinha uma / boca linda / sabia dizer coisas belas em horas estranhas / e chorava quando se sentia completamente / feliz" E, ao mesmo tempo em que celebra a liberdade do corpo, a dualidade exposta no poema 14 parece demonstrar um caminho inverso: as profecias de que a poetisa ficaria "mal falada / dolorida e abandonada / à mercê dos tubarões", na primeira estrofe, são confirmadas na segunda, onde se nos é dito que o que resta é "agora a ver navios / nunca mais os garanhões".


De forma concomitante, uma experimentação da linguagem calcada nos jogos de palavras é sempre uma tônica na poesia de Martha. Afora os poemas que conseguem uma boa realização pela delicadeza simples e a sensualidade latente, como o poema 26 ("a emoção que veio vermelha / virou saudade branca"), existem aqueles que possuem como fim quase que único o trabalho lúdico com as palavras: "quem vê gata / assanhada / logo fica / engatado", diz o poema 34, ou o poema 43: "caprichei na meia-calça / preparei a meia-luz / irrompi à meia-noite // ficou tudo meia-boca".


Farei uma pequena seleção daqueles poemas que julgo retratarem de forma mais concisa a personalidade lírica que habita a poesia de Martha.


9.


envelhecer, quem sabe
não seja assim tão desastroso
me interessa perder esta ansiedade
me atrai ser atraente mais tarde
um pouco mais de idade, que importa
envelhecer, quem sabe
não seja assim tão só


18.


emoção, que traidora você me saiu
me desmente assim na frente de todos
me faz tomar atitudes ridículas
que eu sempre detestei e neguei e nem sei


emoção, que maneira de me deixar só
agora estou sem caminho e sem solução
que jeito brusco de expulsar a razão
que sempre me fala, me guia, sei lá


emoção, que bela fera você se mostrou
invade assim sem saber, se atravessa,
domina


me agarra e sacode e balança e me enlaça
e eu já nem sei, sei lá, sou eu


37.


eu quero em mim
uma pessoa
não muito assim
ou muito não
eu quero em mim
uma pessoa
geral
poucos muitos
mas muitas coisas
muitas vidas
pessoa assim
nem muito ou pouco
mas pessoa
em tudo e em todas
total


47.


strip-tease
compreender que a gente
e morre e nasce
e morree nasce
todo dia


strip-tease
todo dia a gente nasce
pra noite


strip-tease
toda noite
ainda é o mesmo dia


60.


sou uma mulher mais ou menos
abandonada
um pouco me dou o direito
um pouco aconteceu assim


às vezes cansa ser independente
hoje me sustente não me deixe me alimente
quero alguém para pentear meus cabelos


sou uma mulher mais ou menos maltratada
um pouco por descuido
um pouco por querer
gosto da impressão esfomeada
às vezes cansa ser milionária
quero sair das páginas dos jornais
hoje me adote me faça um carinho deboche
me ponha no colo e abotoe minha blusa
me faça dormir e sonhar com o mocinho


sou uma mulher mais ou menos alucinada
um pouco foi o acaso
um pouco é exagero
hoje me expulse se irrite me bata
diga abracadabra e me faça sumir
às vezes cansa ser louca demais
mas gosto do medo que sentem
de se envolver com uma mulher assim
hoje quero alguém mais ou menos
apaixonado por mim


76.


donzelas medievais
não existem mais
hoje só existe a mulher
castidade e magia
cambraia, cetim


hoje
vou fazer o retrato falado de mim


primeiro salto
oito e meio
vestido pérola
e qualquer coisa enrolada no pescoço


choque e contraste
segredos mal guardados
tramas de inverno
manhãs bem cedo
naquela época
eu tinha uma saia acima do joelho


e manias
convém selecionar certas regalias
adoro que me imitem


postura fashion
e transparências
invisíveis à noite
impossíveis de dia


uma mulher são várias
e uma só


mantenho um certo ar psicodélico
só uso batom e cajal
preto quando estou de preto
azul quando estou de mal

levo pouca coisa na bolsa
e levo sustos


quando me olho no espelho


uma mulher é uma só
mas são tantas


faço tudo o que todo mundo faz
ultrachique
só mudo os horários
vario os personagens
me divirto demais
ninguém percebe
alguém me cobre de flores
e redescubro a criança que está por trás
leio em francês
mal penteio os cabelos
e pago caro por tudo
caso contrário
faria tudo o que todo mundo faz


uma mulher
é muito mais do que ela sabe ser


e o resto são fantoches
broches na camisa
um clima dark
temperatura amena
e eu como tantas
serena
me contradigo
não faço o jogo da sedução
mas sei as regras


e o resto são fetiches
deboches

beijos em clima de happy end
repentes
champanhe às cinco
e assim brinco
pingente
sou eu mesma
esquisita e peculiar


uma mulher é uma só
e ninguém mais


177.


hoje me desfiz dos meus bens
vendi o sofá cujo tecido desenhei
e a mesa de jantar onde fizemos planos


o quadro que fica atrás do bar
rifei junto com algumas quinquilharias
da época em que nos juntamos


a tevê e o aparelho de som
foram adquiridos pela vizinha
testemunha do quanto erramos


a cama doei para um asilo
sem olhar pra trás e lembrar
do que ali inventamos


aquele cinzeiro de cobre
foi de brinde com os cristais
e as plantas que não regamos


coube tudo num caminhão de mudança
até a dor que não soubemos curar
mas que um dia vamos


Fotos.


MARTHA-MEDEIROS.JPG.jpgMartha_Medeiros_credito_Divulgacao_Viva.jpgMartha_Medeiros.jpgMartha_17.jpg
 
Última edição:
Tome esse coração pra amolecer seu coração. E, olhe, acho que existe chances da Cléo não desgostar tanto da Martha assim não...

Claro que a produção dela não possui um nível nem próximo de ser bom. Mas também é claro que ela não é toda essa demonização... Tanto um lado (o endeusamento) quanto o outro (o encapetamento) possuem doses cavalares de erro. Fazer esse tópico sobre ela me fez perceber claramente isso.
 
Bom, quem tem escritores como Érico Veríssimo, Raul Bopp, Alceu Wamosy e Mário Quintana pode bem conviver com uma Martha Medeiros.

Mas o tópico ficou muito bom. Merece um ótimo.

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Bom, quem tem escritores como Érico Veríssimo, Raul Bopp, Alceu Wamosy e Mário Quintana pode bem conviver com uma Martha Medeiros.

Mas o tópico ficou muito bom. Merece um ótimo.
 
Mas o que Marta Medeiros coberta de chantili?

Marta Medeiros coberta de chantili? a Marta Medeiros coberta de chantili? Marta Medeiros coberta de chantili? Marta Medeiros coberta de chantili? :eh:

São muitas opções... :think:

A propósito, não coloquei como dicas no tópico, mas a LPM tem duas publicações interessantes pra quem quer adquirir mais de uma obra da Martha de uma vez:

caixa_martha_medeiros_m.jpg

CAIXA ESPECIAL MARTHA MEDEIROS
LPM, R$ 94,00

O olhar peculiar de Martha Medeiros sobre o cotidiano pode ser encontrado nos livros Cartas extraviadas, Coisas da vida, Montanha-russa, Non-stop e Trem-bala. Agora, a L&PM reúne esses títulos em uma caixa especial, na qual as poesias e crônicas da escritora podem ser lidas no ritmo da sua vida.

marthamedeiros_3em1_m.jpg

MARTHA MEDEIROS: 3 EM 1
LPM, Sem preço definido.

Reunindo os livros de crônica Montanha-russa, Coisas da vida e Feliz por nada, o presente volume traz ao leitor uma parte significativa da obra de uma das mais reconhecidas escritoras da atualidade no Brasil. Abrangendo dez anos de textos publicados nos principais veículos de imprensa do país a partir de 2001, Martha Medeiros 3 em 1 possibilita aos leitores acompanhar a trajetória desta autora que tão bem reflete as angústias e as alegrias de viver. Uma coisa não muda, porém, do primeiro ao último texto: o estilo inteligente e o deleite da leitura.



Acho que o 3 em 1 compensa mais que a caixa... Afinal de contas tem três obras de crônicas da Martha que são célebres. Assim, dependendo do preço que ele sair, compensa comprar esse 3 em 1 e depois o Poesia completa.
 
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Mavz e Liv'linda debochando do meu sofrimento. Muito triste isso.

Gente, de todas as promessas bizarras que já fiz por causa de futebol (e já fiz muitas. Futebol é o único assunto com o qual eu me permito ser supersticiosa), a mais dolorosa foi a de ler um livro da Martha Medeiros se o Galo fosse campeão da Libertadores. Eu leio calhamaços em dois dias. Leio bem rápido. Mas estou, desde 25 de julho, tentando ler "Doidas e Santas", pra pagar a promessa. Não consigo, gente, não consigo.

E eu não quero parecer arrogante, mas, pelo menos os textos do livro em questão, eu não consigo classificar como literatura. Não nego que a Martha tenha conhecimento. Ao ler os textos dela, uma coisa que a gente percebe é que, além de leitora, ela é ouvinte de boa música. Mas isso não basta. Sabe, não basta colocar um tanto de ingrediente gostoso em uma panela para se ter um prato primoroso. Eu sou da opinião do meu amado João Cabral de Melo Neto. Escrever é meio que catar feijão (odeio feijão, mas amo a metáfora). Pois para catar esse feijão, soprar nele, e jogar fora o leve e oco, palha e eco.

Gosto da ideia de se retirar os excessos da escrita (embora, claro, às vezes, o excesso é o motor do estilo de escrita do autor, aí são outros quinhentos). E os textos da Martha (como já disse, tô falando dos textos de "Doidas e Santas") têm excesso de informações, mas não têm trabalho estético nenhum. Não tem nenhuma organização. Nem uma organização desorganizada, estilística, sabe? Eu não consigo, mesmo, me conectar com a escrita dela.

Vocês podem até dizer "ah! mas crônicas têm um estilo próprio..." Sim, claro. E eu tenho verdadeira paixão por crônicas. Gosto do tom trivial das crônicas, da proposta de um texto "conversa fiada", daquela coisa de que as crônicas não pretendem ser um prato sofisticado, elas são bem feijão com arroz. São algo para se ler enquanto se toma o café da manhã. Eu amo isso. Eu tenho paixão por crônicas. E é justamente por isso que eu não consigo, mesmo, ver nos textos de "Doidas e Santas" nada que me agrade.

A configuração dos textos me parece mais a de uma coluna em um jornal (algo SOBRE literatura, talvez, mas não algo que chegue a ser literatura) do que a de uma crônica propriamente dita. Às vezes, parece que estou lendo um relato em um diário (e, sim, eu acho que a crônica PODE se aproximar do relato em um diário, embora tenha algo que a diferencie, entende?) e não uma crônica.

Enfim, eu realmente não gosto da escrita da Martha Medeiros. E que Odin me ajude a conseguir terminar de ler o livro, antes do mundial, para não zicar o Galo. Aliás, mesmo que eu esteja lutando, fortemente, contra o impulso de fazer uma promessa para o Galo ganhar o mundial, acho que não vou resistir.
 
Tsc, tsc.

Cleo, sua arregona. Chega o Ragnarok, mas não chega o fim dessa promessa! :rofl: O deus do futebol não vai mais te ouvir desse jeito, heim. :jornal:
 
Tsc, tsc.

Cleo, sua arregona. Chega o Ragnarok, mas não chega o fim dessa promessa! :rofl: O deus do futebol não vai mais te ouvir desse jeito, heim. :jornal:

Tô sofrendo muito para ler o livro, Liv'linda. Ontem, li mais três textos. Mas sabe aquele treco no sétimo livro de Harry Potter de que quando o povo encostava nos trecos que tinha no cofre da Bellatrix tudo se multiplicava? É o lance com os textos de "Doidas e Santas". Quanto mais eu leio, mais texto aparece. Aqueles textos ruins estão se multiplicando. Socorro, filhaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa!
 
HAHAHAHAHHAHAHAHAHAHAHHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA morri bonito aqui. Falta muito ainda?
 
HAHAHAHAHHAHAHAHAHAHAHHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA morri bonito aqui. Falta muito ainda?
O pior é que falta. E eu tenho de terminar de encontrar as horcruxes antes de dezembro, quando será o mundial, porque se o Galo não vencer o mundial, eu jamais vou ser racional e reconhecer que o motivo é o fato de o Bayern ser um time muito superior ao Galo. Eu vou pensar que ele não venceu o Bayernmort por eu não ter encontrado todas as horcruxes, isto é, ter lido os sôfregos textos de "Doidas e Santas".
 
Tens um mês ainda, amiga! E na próxima não faz /aloka com uma promessa absurda. :rofl:
 
Martha Medeiros
Escritora gaúcha é a entrevistada deste Impressões do Brasil

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A escritora gaúcha Martha MedeirosNeste “Impressões do Brasil”, série documental que retrata, a cada episódio, um grande escritor brasileiro contemporâneo, a entrevistada é a poetisa e escritora gaúcha Martha Medeiros.

O programa, que estreou com a participação de outro gaúcho, Luís Fernando Veríssimo, e que já recebeu também o jornalista Lira Neto, está formando um painel representativo da produção literária nacional contemporânea e da diversidade de origens, gêneros e estilos dos principais criadores.

Neste episódio, o foco volta à cidade de Porto Alegre, cosmopolita e conservadora; tradicional e moderna; cenário de lutas e de resistência política e cultural; cidade de Quintana, Veríssimo, Caio Fernando Abreu, João Gilberto Noll. Porto Alegre de Martha Medeiros. Ela que, frustrada com a carreira de publicitária, mudou-se para o Chile acompanhando o marido e decidiu que essa mudança de país seria uma ótima oportunidade para dar um tempo na profissão. Foram oito meses de novos ares, em que escreveu muita poesia.

É a própria Martha Medeiros quem revela ao telespectador que a poesia foi um divisor de águas na sua vida. Na volta para Porto Alegre, começou a escrever crônicas para jornal e, a partir daí, sua carreira literária deslanchou. Livros de crônicas, romances, adaptações para teatro, televisão e cinema fazem dela uma das escritoras mais celebradas e populares da atualidade.

Impressões do Brasil pretende aprofundar, no decorrer de seus capítulos, o conhecimento sobre cada escritor, revelando, por meio de depoimento do próprio ou de leitores, críticos, conhecedores ou especialistas, aspectos relacionados com as principais obras de cada autor. E também o processo criativo, a formação intelectual, as influências literárias e as ideias gerais de cada um sobre o tempo e a sociedade em que vivem, especialmente no que diz respeito à literatura como ofício e ao uso da Língua Portuguesa.

http://tvbrasil.ebc.com.br/impressoes-do-brasil/episodio/martha-medeiros

Sábado, 20h30. Prevejo pessoas gravando Martha Medeiros sob a morte do Shiryu.
 
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Resenha do Poesia Reunida no Homo Literatus: aqui. Lembrei dela essa semana ainda... Tem muita página de facebook por aí que adora rir da poesia da Marthinha mas que, na prática, é farinha do mesmo saco: poesia segura que lá vem o trocadalho.
 
a idade chega pra todo mundo mesmo, né?

li essa crônica dela de Finados e eu... gostei muito?:


se liguem na pedrada:

Neste Finados, não vou chorar meus mortos, eles tiveram a sorte de viver num país difícil, mas não vexatório; um país desigual, mas que reconhecia suas riquezas e buscava soluções
 

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