Ana Lovejoy disse:O único problema é quando o pessoal se encanta pelas personagens (que não foram criadas por ela, vale ressaltar) e não conseguem fazer uma apreciação imparcial da obra: Thomas Mallory vira um lixo e Marion Zimmer Bradley é uma autora fantástica.
Há quem diga isso sim. Ainda que, para mim, a versão de Thomas Mallory seja apenas uma versão (acredito que a lenda seja mais antiga do que isso. Curiosamente, e isto não tem nada a ver, o rei Artur foi parar ao Mabinogion cujas histórias foram recolhidas no século XIX, mas são muito mais antigas - aliás, talvez mais do que a versão do Thomas Mallory) não é um lixo .
Mas por outro lado, penso que cada um deve pensar o que quiser. Se alguém achar que Thomas Mallory é um lixo e MZB excelente tenho mais é que respeitar. E não considero assim tão bizarro, porque a versão da MZB torna-se facilmente mais atractiva.
Ana Lovejoy disse:Tinha a Morgause também, mulher do Lot. Era uma personagem bem forte que dominava o maridão. Isso sem contar a própria Morgana, que dominava nada mais, nada menos do que o próprio Rei Artur.
Sim, é bem verdade. Tanto a Morgaine como a Mogause tinham personalidades muito marcantes. No entanto, a Morgause dominava o maridão, ou seja, para ter poder teve de casar com alguém com menos carisma do que ela. A Morgaine tinha poder sobre o Artur, mas era mais do ponto de vista "psicológico" podemos dizer assim. Não se trata aqui de mulheres a comandar por si mesmas, por isso é errado dizer que nas Brumas as mulheres ocupam posição mais elevadas do que os homens - simplesmente, a história está focada nelas
Aba Lovejoy disse:Por isso mesmo que fale mal ao fazer uma crítica literária, ainda assim tenho um grande carinho pelo título
Mesmo do ponto de vista literário, não acho que as "Brumas de Avalon" sejam assim tão más. Há melhor, obviamente, mas há críticos que exageram a deitar abaixo . Curiosamente, em Portugal, até houve críticas muito boas