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Marina ataca apetite da direção do PV por cargos

Morfindel Werwulf Rúnarmo

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Em reunião fechada com aliados, a candidata derrotada do PV à Presidência, Marina Silva, atacou ontem a gula de dirigentes do partido por cargos e afirmou que não vai "se apequenar" nas negociações do segundo turno.

Ela se mostrou irritada com a intenção do núcleo da campanha de José Serra (PSDB) de oferecer quatro ministérios em troca do apoio do PV, como noticiou ontem o "Painel".

Em tom de ironia, Marina criticou o fisiologismo de parte da cúpula verde, sugerindo que a oferta seria alta demais para alguns dirigentes de seu partido.

"Quatro ministérios pro PV... Caramba! Do jeito que tem gente aí, basta pensar num conselho de estatal, já estaria muito bom. Certo? Tem esse tipo de mentalidade",
disse ela.

A senadora reclamou do assédio a aliados e prometeu não curvar à "velha política", referindo-se à oferta de espaço no futuro governo.

"Quem estiver oferecendo cargo não entendeu nada do que as urnas disseram. As pessoas que votaram na gente [...] têm uma coisa de postura, de valores que foi identificada. Isso deve ser mantido como referencial",
disse.

Ela afirmou que os 19,5 milhões de votos no primeiro turno aumentaram sua responsabilidade e insistiu que ela e seus apoiadores não podem "se apequenar" nas conversas com PT e PSDB.

"Nós sabemos que esse movimento é maior do que nós. Não podemos nos apequenar como vão querer que nos apequenemos",
disse.

Marina também manifestou incômodo com a sugestão de que ela apoiaria Dilma Rousseff (PT) no segundo turno por gratidão ou amizade ao presidente Lula, indicando que não cederá a um apelo emocional do ex-chefe.

"Não pode se apequenar essa discussão [...] ou achar que é uma discussão de amizades históricas, por mais viscerais, umbilicais, cardíacas que elas podem ser."
'MUITO TRISTE'

Ela também disse ter ficado "muito triste" com reportagem da Folha publicada no último sábado, um dia antes da eleição, mostrando que a cúpula do PV já se inclinava a declarar apoio a Serra no segundo turno. Ela ressaltou que ainda estava "desesperadamente lutando" para ir ao segundo turno.

A senadora falou durante cerca de 20 minutos a uma plateia de ambientalistas, militantes do Movimento Marina Silva e colaboradores de seu programa de governo.

A reunião só foi aberta rapidamente para o registro de imagens, mas a reportagem apurou o que foi discutido no encontro.

DEZ DIAS

Mais tarde, em entrevista, Marina voltou a indicar que pretende se declarar neutra no segundo turno.
"Vou me expor ao processo para uma tomada de decisão. É diferente de quando falam em apoio a este ou aquele candidato",
pontuou.

Ela afirmou que anunciará sua decisão dia 17, daqui a dez dias, em convenção nacional do PV em São Paulo. E disse que pode não acatar a decisão aprovada pela maioria no encontro.
"Não sei se vai haver convergência entre a minha posição e a do PV."
Em público, a senadora evitou críticas à cúpula do partido. Ela disse que se encontrará com Dilma e Serra na próxima semana, e elevará a eles um documento com os principais pontos de sua plataforma de governo.

Mais cedo, o presidente do PV, José Luiz Penna, negou a jornalistas que o partido seja fisiológico.

Hoje, a sigla ocupa cargos no governo federal, do PT, e no paulista, do PSDB.

Fonte
 
Assusta o fato de o PT também ter essa fome de cargos. Inclusive sou a favor de haver uma cláusula para um partido não concorrer com candidato próprio a presidência num terceiro mandato dominado pelo partido se ele tiver excessivo poder no senado e câmara. Nessas condições deveria haver uma alternância até poderem voltar a concorrer. Ainda mais quando um país precisa passar da fase de sub-democracia para democracia.
 
No regime presidencialista, acho que a coisa só seria mais transparente e de acordo com as intenções do jogo se a lista de ministros de cada um estivesse predefinida antes mesmo da realização do pleito.

Acho que ninguém imaginava um Hélio Costa ou um Stephanes como ministros importantes do governo Lula, antes de 2002.
 

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