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Mapa do Brasil pode ter 33 estados

Mavericco

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http://noticias.r7.com/brasil/noticias/propostas-querem-incluir-mais-11-estados-e-territorios-no-mapa-do-brasil-20110621.html?question=0

[size=large]Mapa do Brasil pode pular de 26 para 33 Estados[/size]
Congresso discute propostas de mudança e a mais avançada é a que divide o Pará em três

Neste mês, a Câmara dos Deputados aprovou a realização de um plebiscito para a população do Pará decidir se concorda com a criação de dois novos Estados: o do Carajás e o do Tapajós. Mas a mudança no mapa do Brasil não para por aí. O Congresso tem propostas para criar 11 unidades da federação, entre Estados e territórios. E, se forem aprovadas, o país passará de 26 para 33 Estados e criará quatro territórios.

A região Norte sofreria a maior mudança em sua geografia porque, além do desmembramento do Pará, abrigaria os quatro territórios: Rio Negro, Solimões, Juruá e Oiapoque. No Nordeste, são três ideias: o Estado do Maranhão do Sul, o da Gurgueia (desmembramento do Piauí) e o do Rio São Francisco (separação de parte da Bahia). Já no Centro-Oeste, o movimento se concentra no Estado do Mato Grosso, onde podem surgir duas novas divisões: Mato Grosso do Norte e Araguaia.

Os movimentos de separação já têm mais de 20 anos, explica o geógrafo Gilberto Rocha, da UFPA (Universidade Federal do Pará). Durante as discussões para elaboração da Constituição de 1988, regiões manifestaram interesse em se tornarem independentes. Uma delas é o atual Tocantins, que pertencia à Goiás.

- Naquele contexto, emergiram várias propostas de divisão do território nacional. Praticamente em todas as regiões surgiram movimentos com essa perspectiva. Isso, em parte, pode ser explicado em função de que a matéria foi colocada em segundo plano durante todo o regime militar.

O pesquisador lembra que houve algumas modificações durante a ditadura, como a criação do Estado do Mato Grosso do Sul e a unificação do Rio de Janeiro, mas elas não foram tratadas em nível nacional.

Segundo Rocha, durante o regime militar houve uma modificação substancial no povoamento e nas formas de uso do território brasileiro, com o processo de modernização do país. Surgiram novas fronteiras de povoamento, novas cidades e também novos pólos de poder. Muitas dessas fronteiras, principalmente na região Norte, foram estimuladas pelo governo. O geógrafo diz que, só no Pará, surgiram mais de 70 cidades naquele período.

- Na parte oeste da Amazônia Ocidental, onde os processos [de povoamento] não foram intensos, há propostas de criação de novas estruturas político-administrativas, os territórios, que vêm de cima para baixo e não de reivindicações locais.

Os territórios federais deixam de fazer parte de um único Estado para integrar a União. De acordo com a Constituição, as contas passam a ser submetidas ao Congresso Nacional e, caso o território tenha mais de 100 mil habitantes, um governador pode ser nomeado (sem realização de eleições). Segundo o geógrafo, a criação dos territórios está muito relacionada à proteção de fronteiras.

O deputado Sebastião Bala Rocha (PDT-AP), autor do projeto sobre o Território Federal do Oiapoque, diz que, na época em que ele foi apresentado, em 2001, a região vivia uma “situação de abandono” e precisava de mais investimentos para desenvolvimento e proteção da fronteiras do país. O deputado admite, no entanto, que a proposta está parada e perdeu a força, porque a região passou a receber mais recursos, inclusive do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).

- O governo [federal] não tem a intenção de criar novos territórios. Não é um assunto que esteja na pauta da Câmara ou do governo.

Novos Estados

O geógrafo Gilberto Rocha explica que os movimentos de criação de novos Estados estão ligados a grupos emergentes, que reivindicam o controle desses territórios.

- No Pará, há mobilização de poderes locais que emergiram nos últimos 30 anos. São populações que emigraram do Brasil inteiro.

Ele ressalta que não é possível dizer que os movimentos sejam apenas da elite e que não haja interesse da população e o desejo de autodeterminação.

O deputado Giovanni Queiroz (PDT-PA), um dos principais articuladores para criação do Estado do Carajás, afirma que há mais de 20 anos, a região “sonha com o desenvolvimento”. Segundo ele, apesar dos investimentos do setor privado ali, o Estado é ausente.

- Não há bom governador que dê conta de um Estado desse tamanho. [...] O Pará não tem capacidade de gestão daquela região. Há a ausência absoluta de Estado.

Para ele, o atual crescimento do Tocantins, que era conhecido como um “corredor de miséria”, estimula a população de parte do Pará a pedir a emancipação.

- A classe política é uma classe, aqui no Brasil e no mundo todo, muito desacreditada. Há esse preconceito, quando você fala em criar um novo Estado, que é oportunismo e forma de fazer farra com o dinheiro público. Mas há gente decente na classe política.

Segundo o deputado, o novo Estado não vai precisar de “nenhum centavo da União”, porque os recursos que já vão para o Pará seriam repartidos e, além disso, arrecadação do Carajás seria suficiente para mantê-lo. A mineradora Vale é citada como uma das grandes investidoras na região.

Para Ribamar Alves (PSB-MA), que defende a criação do Maranhão do Sul, a distância da capital a determinadas regiões do Estado dificulta a gestão.
- São Luís fica em uma ilha isolada, muito distante do sul. As ações públicas têm dificuldade de chegar na outra ponta.

O deputado federal também diz que o novo Estado não sairia caro para a União. Para ele, os altos custos são “exagero da imprensa”.

Para o professor Gilberto Rocha, o tamanho em si de um Estado não é uma justificativa para desmembrá-lo. Em geral, há carência de infraestrutura para permitir melhor comunicação e integração regional. Com essas melhorias, segundo ele, seria possível pensar uma gestão descentralizada, que desse mais autonomia a diversas regiões.

- O mundo caminha para a integração e não necessariamente para o afastamento.
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Mas que o Pará é um trambolhão, isso é.

Eu já sou péssimo em geografia; se dividirem tudo isso aí, ficarei completamente perdido. :timido:
 
isso pode dar muita dor de cabeça depois, quando for entrar em questões envolvendo verba de governo e afins. eu fico pensando, se aqui no sul duas cidades como união da vitória e porto união já tem alguns desses problemas, imagina se for falar em estados.

isso para não falar que, com o calib, eu também ficaria completamente perdida. :dente:
 
Meus avós têm uma fazenda no sul do Pará, onde se formaria o estado de Carajás. Aquilo lá é exatamente um fim de mundo, mas um fim de mundo que cresce muito.

Então sai o plebiscito para a criação de Carajás. Carajás não tem mais que um milhão e meio de habitantes. Enquanto a região metropolitana de Belém sozinha tem dois milhões e meio. Se for juntar os votos da popuação de Tapajós e de Carajás não se superará os votos do que restaria do Pará. Ou seja: o plebiscito não adiantaria de nada. Realmente, o governo do Pará não investe no interior do Estado, enquanto na capital passa rios de verbas públicas pra sustentar os militares e o poder público. Belém não tem muita atividade industrial, sendo que a mineração, madereiras e agronegócios são predominantes no interior. Os impostos e royalities vão para o governo do estado e não voltam. Mais outro ponto. No interior do Pará quase não se encontram paraenses. A maior parte da população ou é imigrante ou filhos de imigrantes. Os imigrantes que querem roubar um pedaço do Pará.

O sul do Maranhão, onde moro agora, em Açailândia, é uma região muito pobre. O Maranhão é um estado muito pobre mesmo. Timon que o diga. Mas quando a família Sarney perdeu uma das eleições recentes, eles resolveram inventar de criar o Maranhão do Sul, ou pelo menos retomar o projeto. Só eles já voltaram ao poder, então o Maranhão do Sul saiu dos planos.
 
Rodovalho: você está partindo do pressuposto de que os remanescentes do Pará serão todos contrários à separação; daí, sim, o plebiscito seria sempre desfavorável, em números, aos dissidentes. Mas não é bem por aí.
 
Calib, alguns paulistas dizem que o Estado de São Paulo é a locomotiva do Brasil. Eles são favoráveis ao desmembramento e a fundação de um novo país. O belenense tem um tipo de patriotismo de nível estadual contrário ao dos paulistas. Se o plebiscito ocorresse antes das minas de Serra Pelada ou de Carajás serem descobertas, talvez os belenenses fossem a favor do plebiscito. Qual será o argumento dos favoráveis ao desmembramento para convencer os belenenses que a divisão é melhor para todos?

Dizem que a criação desses estados seria uma carga a mais para a União. Mas Brasília também foi no seu início. O problema maior está na criação de novos cargos públicos para oportunistas, tudo garantido pela Constituição.
 
Esses tais paulistas, coitados, sofrem daquele velho mal chamado soberba.

Quanto às argumentações pró e contra a separação, não sei. É possível até que muitos do lado dos Carajás nem a queiram. Só estou dizendo que as coisas não são tão simples assim. Tomando o exemplo de São Paulo: se eles quisessem ser um país independente, não seria o meu voto a impedi-los: votaria "sim".
 
Pra que???? Pra bagunçar mais ainda? para aumentar repasse de verbas? pra avacalhar com o registro imobiliário? Enfim... preciso ver com calma a proposta, mas não vejo muito sentido...
 

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