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Evento Maior Jogador da História do ATLÉTICO MINEIRO - Indicações

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Assim como em outras áreas do Fórum, nossa área de Esportes também ganha um combate. Aliás, um combate não, vários!

Este combate ira eleger O Maior Jogador da História do Atlético Mineiro, e o vencedor daqui irá, junto com os vencedores dos demais 11 times participantes para o combate que irá eleger O Maior Jogador da História dos 12 Grandes Clubes Brasileiros.

Como este evento deve ser mais curto, terão regras mais restritas. Cada usuário só poderá indicar um jogador, assim mais usuários terão a chance de indicar. Ao todo serão apenas oito jogadores por clube (este número pode ser revisto se quiserem). Caso daqui a uma semana não se complete este número, quem já indicou estará liberado para indicar mais jogadores.

Todas as indicações deverão conter: Nome, Apelido (se houver), Data de Nascimento (e Falecimento se for o caso), Época no Clube, um breve resumo sobre os feitos dele (opcional, mas enriquece a indicação) e pelo menos uma foto (fotos a mais e vídeos são opcionais).


Indicados por ordem de indicação

1. Reinaldo
2. Éder Aleixo
3. Toninho Cerezo
4. Marques
5. Dadá Maravilha
6. João Leite
 

Anexos

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José Reinaldo de Lima

Nascimento: 11 de Janeiro de 1957
Jogou no clube de 1973 a 1985

Estreou no Galo no dia 28 de Janeiro de 1973, logo aos 16 anos de idade, numa partida do Mineiro contra o Valério, de Itabira.

Aclamado como "Rei" pela Massa alvinegra no período de seu auge, Reinaldo tem marcas impressionantes. Com seus 255 gols enquanto atleta profissional, é o maior artilheiro do Atlético e da história do futebol mineiro. Em 1977, conseguiu um feio até hoje não-superado: foi o artilheiro do Brasileirão com uma média de 1,55 gols por partida. Por conta de uma expulsão no início da competição, que só foi julgada antes da grande final, ficou de fora, o que foi de grande influência para que, empatada sem gols a partida, a decisão fosse para os pênaltis, onde o Galo "conseguiu" seu famoso vice-campeonato invicto. Conseguiu ainda, com o time, o hexacampeonato mineiro, de 78 e 83 e teve papel na conquista do vice-título para o Flamengo em 80 (no jogo da volta, conseguiu fazer um gol com o joelho contundido, enquanto rastejava em campo, antes de ser expulso por suposta "cera"). Protagonizou, ainda, uma polêmica expulsão na partida-desempate da Libertadores de 81, apitada por José Roberto Wright e que finalizou em derrota, por W.O., do Atlético Mineiro.

Conhecido pela sua capacidade técnica e pela sua frieza dentro da grande área, o "Rei" teve uma carreira enormemente prejudicada pelas lesões de joelho. Em 74, após apenas um ano de carreira profissional, torceu o joelho numa partida contra o Ceará e, no mesmo ano, teve que retirar os dois meniscos de um dos joelhos após levar entrada de um zagueiro do próprio time durante um treino (Márcio Paulada? Não consegui achar autor da façanha). Os problemas físicos o levaram a encerrar a carreira relativamente jovem, aos 31 anos, jogando pelo Telstar da Holanda.

Títulos pelo Galo:

Vice-Campeão Brasileiro: 1977 e 1980.
Campeão dos Campeões do Brasil: 1978
Campeão Mineiro: 1976 e 1978-1983 (hexacampeão mineiro).

Vídeo:

 
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Alô Melian desestresse um pouco do Literatura e venha postar o seu maior ídolo do Galo.
Eu não tinha visto isso aqui.=/
Só tenho postado no Literatura, porque ando meio sem tempo, aí nem apareço no trequinho de Esportes. Mas o Extraterrestre já indicou o Rei (que eu indicaria, claro!), volto depois para indicar o Dadá ou o Éder ou o Marques, etc.
 
O Rei Dadá não pode faltar. O cara fez o gol mais importante da história do time, de cabeça, aliás, era o rei do cabeceio, e ainda fez gol no amistoso contra o Brasil de 70. E o resumo sobre a vida dele não pode deixar de conter suas pérolas.

Mas é isso, indiquem ele, o Éder, o Cerezo, o Marques, o Luisinho e, quiçá, até o João Leite.
 
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Éder Aleixo de Assis

Nascimento: 25/05/1957

Histórico: Habilidoso com a perna esquerda e dono de um chute forte, o jogador recebeu vários apelidos como O Canhão e A Bomba de Vespasiano. Em suas três passagens pelo clube (1980 a 1985 - 1989 a 1990 - 1994 a 1995), o ex-ponta esquerda conquistou 6 títulos mineiros, além de ser um dos principais artilheiros marcando 122 gols.

Iniciou sua carreira no América-MG aos 14 anos de idade, destacando-se pelo seu forte chute do pé canhoto e pela habilidade de conseguir colocar a bola aonde quisesse. Estreou no profissional alviverde em 1976. Foi numa partida, contra o Grêmio-RS, então comandado por Telê, que Éder começou a ser apontado como um dos mais certeiros batedores de falta do país. Telê não teve outra escolha a não ser pedir à diretoria do tricolor gaúcho que o levasse para o Sul o quanto antes. Em 1977, pelo time gaúcho, Éder tornou-se uma grande ameaça aos goleiros do Internacional, o famoso time arquirival do Grêmio. Foi o jogador fundamental na conquista dos títulos estaduais de 1977 e 1979 pelo tricolor gaúcho. Conquistou o Sul e foi considerado o melhor de sua posição nesse período que passou no tricolor. Éder, à essa altura, já era um grande destaque no futebol nacional. Cobiçado por vários clubes brasileiros e estrangeiros, foi o Galo mineiro que o adquiriu em uma troca pelo meio campo Paulo Isidoro.

Evidente, sua troca foi facilitada pelo fato de Éder ser atleticano apaixonado desde criança, que viria a se tornar o grande Canhão Mineiro, o jogador viveu no Atlético a fase mais bela e polêmica de sua carreira no futebol. Pouco motivado no Grêmio-RS, Éder conseguiu a inimaginável façanha de bater os sagrados Reinaldo e Cerezo na preferência da massa atleticana. Nesta mudança para Belo Horizonte, abandonou alguns vícios (deixou de fumar, por exemplo), adquiriu alguns hábitos saudáveis, passou a treinar mais e dedicou atenção especial ao desenvolvimento de seu chute. Em consequencia, começou a marcar gols olímpicos e suas cobranças de falta tornaram-se mortais. Só não conseguiu mudar o temperamento explosivo. Éder, bonito e namorador, chamava a atenção das mulheres e era visto com freqüência em bares noturnos e boates da capital mineira. Porém, soube dosar e amenizar sua imagem de vida boêmia com seu belíssimo desempenho em campo, sempre com jogadas espetaculares e gols incríveis. Foi fundamental para consagrar o Atlético pentacampeão mineiro no início dos anos 80, uma época de grandes glórias para o Galo, onde junto com ele brilharam outros grandes jogadores como Reinaldo, Cerezo, Luizinho, Nelinho e João Leite. Nesse período, foi o jogador com o maior número de convocações para a Seleção Brasileira, treinada por Telê Santana, seu descobridor e fã, onde foi titular absoluto. Em 1981, nos jogos preparatórios da Seleção, Éder foi um dos grandes destaques nas partidas contra a Inglaterra, a França e a Alemanha. Em 82, no Mundial na Espanha, a tristeza da derrota para a Itália foi compensada pelo ego vaidoso do ídolo mulherengo que recebeu 16 mil cartas femininas. Recebeu, em 1983, o prêmio Bola de Prata no campeonato brasileiro pela revista Placar.

Seu futebol, cobiçado por clubes do mundo inteiro, foi alvo do Hajmn, um clube do Emirados Árabes Unidos, que ofereceu sete milhões de dólares pelo ponta-esquerda. Se aceita, seria a mais vultuosa transação de toda a história do futebol até o momento, depois da compra do argentino Maradona pelo Barcelona por oito milhões de dólares. O então Presidente do Atlético, Elias Kalil recusou a proposta com certa serenidade. Kalil agiu com o coração de torcedor e constatou que Éder era insubstituível, pois apesar de todo aquele dinheiro na mão, não conseguiria comprar nenhum jogador que chutasse como ele. E assim repetiu o não para outros clubes internacionais que cobiçaram seu passe como o Roma-ITA, Milan-ITA, Barcelona-ESP, Sporting-POR e Atlético de Madri-ESP.

Nesse período, início dos anos 80, Éder conseguiu suas glórias no futebol mas também viveu a fase mais nebulosa de sua vida do ponto de vista disciplinar. Era constantemente expulso de campo por atrito com os árbitros. Seu auge de indisciplina foi em 1981, quando respondeu a 13 processos – punido em todos – na justiça esportiva de Minas Gerais. Seu mau exemplo não foi motivo para ser afastado da Seleção até que em abril de 1986, quando era um dos nomes confirmados para o Mundial no México, Éder agrediu gratuitamente um jogador peruano em São Luís, no Maranhão, onde realizavam um jogo amistoso. Éder agrediu com um soco no rosto o lateral Castro e foi expulso pelo árbitro Arnaldo César Coelho, aos 30 minutos do primeiro tempo. Diante desta atitude do jogador, Telê, que defendia o fair play e já não estava muito satisfeito com o comportamento do jogador em treinos, jamais voltou a convocá-lo para o selecionado. Resumindo, Éder teve um saldo de 53 partidas e 9 gols pelo Brasil.

Seu caráter agressivo, fazia que cada vez mais os clubes nacionais e europeus perdessem o interesse em seu futebol.

Saiu do Atlético em 1986 para vestir a camisa de vários outros clubes pelo país. Passou pela Internacional de Limeira, Palmeiras, Santos, Sport Recife, Botafogo e Cerro Porteño. Retornou ao Galo no biênio 89/90. O clube alvinegro pagou 58 milhões de cruzados pelo seu passe e ambos concordaram em um contrato por um ano. Saiu do Atlético logo em seguida, retornando a Belo Horizonte, em 1993, para ser campeão da Copa do Brasil pelo Cruzeiro. Voltou para o Atlético em 1994 para vencer seu último estadual pelo Galo em 1995, onde ao todo fez 368 partidas e 122 gols.

Vídeos:


 

Anexos

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Como os atleticanos daqui definiram seus ídolos eu vou mesmo na sugestão do FUSA, pra alegria dele vou de Cerezo.

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Toninho Cerezo

Nome completo : Antônio Carlos Cerezo
Data de nasc: 21 de Abril de 1955 (56 anos)
Local de nasc: Belo Horizonte (MG), Brasil
Altura 1,83 m
Peso 75 kg
Apelido O Patrão da Bola

Carreira

Craque de estilo clássico, começou nas categorias de base do Atlético Mineiro, com passagem, por empréstimo, no Nacional de Manaus, em 1974. Já em 1975 alcançou a titularidade no clube, substituindo o grande Wanderley Paiva, até então titular absoluto. Naquele mesmo ano foi convocado, pela primeira vez para a Seleção Brasileira. Nos 10 anos que passou no Galo, se tornou ídolo e um dos jogadores mais celebrados dos anos 70 no clube.

Em 1983, foi vendido para a AS Roma por 10 milhões de dólares, maior negociação do futebol brasileiro até então, igualada a de Zico para a Udinese. Lá foi campeão da Copa da Itália, ao lado do compatriota Falcão. Em 1986, foi para a Sampdoria. No elenco genovês destacou-se no título da Recopa Europeia, no vice-campeonato da Champions League, no tricampeonato da Copa da Itália e na conquista inédita do Campeonato Italiano. A torcida da Samp ainda se lembra da última partida daquele campeonato, quando, no fim do jogo, ouviu-se nos alto-falantes do estádio uma música feita especialmente para ele. Cerezo era o maestro de um time em que jogavam astros como Pagliuca, Vialli, Dossena, Vierchowood e Lombardo, treinados pelo lendário Boskov. Tim Vickery, da BBC, lembra que, naquela época, assistia aos jogos do "Calcio" especialmente para ver Toninho Cerezo jogar. O analista inglês destaca a visão de jogo de Cerezo e lembra que na final da Champions de 1992, apesar de já contar com 37 anos, o Barcelona escalou seu melhor jogador, Bakero, para passar o jogo a marcá-lo.

De volta ao Brasil, atuou com destaque no São Paulo, no Cruzeiro, no América Mineiro, e, novamente, no Atlético Mineiro, clube no qual encerrou a carreira, tendo seu último jogo ocorrido na partida contra o Milan, na disputa da Copa Centenário de Belo Horizonte, em 1997. Pelo Galo, fez 451 jogos e marcou 77 gols.

Entre outros prêmios, Cerezo venceu quatro vezes a Bola de Prata, sendo duas vezes Bola de Ouro, como melhor jogador do Campeonato Brasileiro. Levou, ainda, nove vezes o troféu Guará. Em 1981, foi escolhido o melhor jogador do Mundialito, disputado no Uruguai. Já em 1993, foi o melhor jogador da Copa Toyota (Mundial Interclubes).

Conhecido pelo espírito de liderança, era chamado o "Patrão da Bola". No Atlético, também ficou conhecido como o "Capitão da Paz". Dois fatos contribuíram para esse apelido. O primeiro ocorreu quando, em 1977, o goleiro Ortiz foi impedido de treinar e teve seus salários cortados após a derrota para o Cruzeiro na final do Campeonato Mineiro daquele ano, na qual o arqueiro fora colocado sob suspeita de ter se "vendido" ao time rival. Foi Cerezo quem conseguiu uma licença para que Ortiz voltasse aos treinos, ainda que em separado, e comandou uma coleta de dinheiro para que o jogador pudesse se alimentar e quitar seu aluguel. O segundo episódio aconteceu quando o jogador Nei Dias ameaçou o técnico Procópio de morte. Também dessa feita, o jogador só voltou ao time por influência de Cerezo. Mas, em algumas ocasiões o jogador foi obrigado a se impôr. A principal delas foi na Roma quando, ao fim da temporada de 1986, na qual, inclusive, levou o time ao título da Copa da Itália, o jogador, findo o derradeiro jogo, já no vestiário, tirou a camisa e a entregou ao presidente do clube, que vinha lhe pressionado, dizendo que ali não mais jogaria.

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Títulos:

Campeonato Mineiro: 1976, 1978, 1979, 1980, 1981, 1982 e 1983
Taça Minas Gerais: 1975, 1976 e 1979
Copa dos Campeões da Copa Brasil: 1978
Copa Centenário de Belo Horizonte: 1997
 
O ultimo clube que me faltava. Colocarei o que vi jogar.


Nome: Marques Batista de Abreu
Apelido: Xodó da Massa, Calango, Messias
Nascimento: 12/02/1973

Época no clube: 1997 à 2002, 2005 à 2006, 2008 à 2010
Época na seleção: 1994 à 2002

Carreira:
Marques começou sua carreira no futebol em 1992, jogando pelo Corinthians e, após três anos no Parque São Jorge, teve rápidas passagens por Flamengo e São Paulo.

Apesar de também ter conquistado títulos por Corinthians e Flamengo, foi somente com os títulos no Atlético que o jogador viria a se destacar nacionalmente, além de se identificar para sempre com um clube de futebol. Em seu primeiro ano no Galo, Marques foi Campeão Sulamericano Invicto naquele grande time comandado pelo treinador Emerson Leão, com Dedê, Taffarel, Doriva, Jorginho etc. Em duas passagens pelo Atlético, Marques atuou em mais de 350 jogos e marcou cerca de 130 gols. É o 9º maior artilheiro da história do clube (bem próximo de atingir a marca de Ubaldo Miranda), participou do segundo turno da vexaminosa queda do Galo para a segunda divisão em 2005. Mas se transferiu para o futebol japonês sem a oportunidade de ver o Galo subir com recorde nacional de público nas séries A, B e C e 7 pontos de vantagem para o vice-campeão Sport Recife.

Ídolo incontestável da torcida atleticana, Marques viveu suas melhores fases enquanto esteve no clube mineiro, o que acabou lhe rendendo oportunidades na Seleção Brasileira. Jogador veloz e habilidoso, além de marcar muitos gols, sabia servir como ninguém os companheiros de ataque. Guilherme (artilheiro do Campeonato Brasileiro de 1999 e do Campeonato Mineiro em 2000 e Copa Sul Minas em 2001 e Valdir "Bigode", artilheiro da Copa Conmebol em 1997 muitas vezes foram bem servidos pelo garçon Marques.

Deixou saudades na torcida do Galo, que ainda se recorda especialmente da campanha no Brasileirão de 99, quando Marques fez parceria com o centroavante Guilherme, levando o time até a final e à Taça Libertadores após 19 anos. Uma lesão, porém, tirou Marques da partida final contra o Corinthians, fato creditado por muitos como decisivo naquela derrota.

No final de 2007, após duas temporadas no Japão, Marques acertou seu retorno para o Atlético, onde pretende encerrar a carreira de futebolista para se engajar na política.

Em 19 de maio de 2010, Marques tem sua aposentadoria antecipada, pois Vanderlei Luxemburgo(até então o técnico do Galo) não aceitou a renovação do jogador com o clube. Seu último gol como profissional foi na finalissíma do Campeonato Mineiro entre Atlético 2x0 Ipatinga onde o Galo saiu vencedor. O Xodó entrou no segundo tempo e poucos minutos depois fez um gol que entrará para a história de todos os Atleticanos.



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Títulos:
Atlético Mineiro
Copa Centenário de Belo Horizonte: 2007
Copa Conmebol: 1997 (Invicto)
Campeonato Mineiro: 1999, 2000 e 2010
Copa Millenium: 1999
Copa dos Três Continente: 1999
Taça Classico dos 200 anos: 2008



Feitos:
Troféu Guará - Seleção Mineira: 1997, 1998, 1999, 2000, 2001, 2002, 2005
Troféu Guará - Artilheiro: 1998
Troféu Guará - Craque do Ano: 1999, 2001
Bola de Prata - Seleção do Campeonato: 1999, 2001
Troféu Telê Santana - Seleção Mineira: 2001, 2005
Troféu Telê Santana - Craque do Ano: 2001, 2005
Troféu Globo Minas - Melhor Volante: 2008
Campeonato Mineiro: 1998 (13 gols)
 
"Ole, Marques! Ole, Marques!" Putz! Que saudade de cantar isso. :tsc:

Depois edito com o perfil do Dadá. DE HOJE NÃO PASSA.
 
Lembro com muito carinho do Marques pois ele estava no time do Corinthians que ganhou a nossa primeira Copa do Brasil e o Paulista em cima do Porco, ambos em 1995. Mas reconheço que ele acabou sendo mais marcante pelo Galo.
 
O Marques é o ídolo da minha geração, como já falei, em outros tópicos. Eu jamais vou me esquecer do magnífico Willy Gonser narrando as jogadas mágicas do Marques (claro, não me esqueço de ele ferrando com a garganta para narrar os gols do Guilherme, em 99). Foi por causa do Marques que eu pude perceber que não há nome melhor para a principal torcida organizada do CAM, a Galoucura. Sim, o que sentimos é uma loucura, fazemos loucura pelo Galo. Um torcedor AJUDOU A COMPLETAR O DINHEIRO PARA QUE O MARQUES PUDESSE VOLTAR A JOGAR PELO GALO. Etc.

Sobre a vida política do Marques, preciso comentar algo. Achei de uma escrotidão ÍMPAR ele ter sido o deputado mais votado de MG. Eu adoro o Marques. De verdade. Mas eu adoro o Marques JOGADOR, eu jamais votaria nele para deputado pelo que ele foi como jogador. É bom não confundir as coisas. Aí, uma votação expressiva dessa só serve para reforçar o estereótipo de que nós, amantes do futebol, somos um bando de alienados. No meu caso, a coisa é mais complexa, já que mulheres que gostam de futebol ou são chamadas de homossexuais ou são aquelas que só veem os jogos para falarem das pernas do jogador. A sociedade é uma merda.


Mas falemos sobre o Dadá :grinlove:

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Nome: Dario José dos Santos
Apelido: Dadá Maravilha (ou só Dadá), Dario peito de aço, Beija-Flor, etc.
Nascimento: 04/03/1946
Temporadas disputadas com a camisa do CAM: 1968 à 1972, 1974,1978 à 1979.

Carreira:

Dario teve uma infância pobre no subúrbio de Marechal Hermes, na rua Frei Sampaio, no Rio de Janeiro. Aos 19 anos, em razão de um furto, foi detido na Febem, onde conheceu o futebol (olha o futebol salvando a vida de mais uma pessoa aí, gente! A música salva vidas, os livros salvam vidas... e o futebol também o faz). Em 1965, Dario começou a jogar nos juniores da equipe do Campo Grande, sendo promovido ao time principal em 1967. Seu talento despertou a atenção do Clube Atlético Mineiro, sendo levado para o clube Belo Horizonte no ano seguinte.

Logo, Dadá alcançaria a fama. Destaque no Campeonato Brasileiro de 1971, Dario parou no ar como um beija-flor no dia 9 de dezembro, no Estádio Jornalista Mário Filho, para assinalar no placar Atlético-MG 1, Botafogo zero. Com este gol, o Atlético Mineiro sagrou-se campeão brasileiro daquele ano.

Dario vestiria a camisa de mais 16 clubes. No entanto, o maior destaque de Dadá seria atuando por outro grande clube do futebol brasileiro: o Internacional de Porto Alegre. Dadá foi importante na conquista do Bi-Campeonato Brasileiro pelo Internacional, inclusive marcando o primeiro gol da final do Brasileirão de 1976, na vitória de 2 a 0 sobre o Corinthians.

Dadá também é dono de frases "poéticas", como: "Não venha com a problemática que eu dou a solucionática", "Me diz o nome de três coisas que param no ar: beija-flor, helicóptero e Dadá Maravilha", "Isso é mamão com açúcar" ou ainda "Não existe gol feio. Feio é não fazer gol.".

Hoje, Dadá, torcedor do Clube Atlético Mineiro assumido, trabalha na televisão como comentarista esportivo. Iniciou sua carreira na TV Alterosa de Minas Gerais, sendo posteriormente contratado devido ao seu grande sucesso pela Rede Globo, sendo comentarista no canal a cabo SporTV. Terminado o contrato, a Rede Minas comprou o seu passe (contrato já finalizado). Atualmente Dadá voltou a TV Alterosa, e participa da Bancada Democrática do Alterosa Esporte, representando o Atlético Mineiro.

Curiosidades:

- É o terceiro maior artilheiro do futebol brasileiro com 1026 gols.

- O jornalista Lúcio Flávio Machado editou em 1999 a biografia Dadá Maravilha. O nome inicial do Livro seria: Dario - o homem que driblou a vida. Mas em uma conversa com o escritor Roberto Drummond, Lúcio Flávio Machado, acatou o conselho do amigo: coloque somente Dadá Maravilha, este nome é o maior marketing que se pode ter.

- Atuando no Atlético Mineiro entre os anos de 1968 e 1972, retornando em 1974, depois em 1978 e 1979, Dario tornou-se o segundo maior artilheiro da história do clube, com 211 gols marcados. Entre os mais importantes gols marcados pelo Galo, os atleticanos não se esquecem do segundo gol em cima da Seleção Brasileira Tri na Copa do Mundo de 70 em amistoso preparatório no final de 1969 e em que o Atlético triunfou sobre as feras (Pelé, Jairzinho, Gérson, Rivelino, etc.) comandadas por João Saldanha por 2 x 1 com o Mineirão cheio.

- Também não podemos esquecer do gol de cabeça que Dario fez em cima do Botafogo-RJ em 1971 que deu o primeiro Campeonato Brasileiro para o Atlético Mineiro (num triangular final disputado por São Paulo, Atlético e Botafogo). Além desses gols, os Atleticanos não se esquecem do retorno de Dario já veterano em 1979, para suprir a falta de Reinaldo contundido, e conquistar o bicampeonato Mineiro que terminaria só em 1983 com o hexacampeonato, maior seqüência em Minas Gerais na Era Profissional.

- Contratado do Sport Recife por Cr$ 500 mil (cerca de US$ 48,2 mil), uma fortuna na época, Dario estreou com a camisa do Internacional em um jogo do Campeonato Gaúcho contra o Esportivo de Bento Gonçalves. O público foi tão grande que o passe de Dadá foi totalmente quitado com o dinheiro da renda da partida.

- Em uma partida válida pelo Campeonato Pernambucano de 1976, Dario marcou dez dos 14 gols do Sport na vitória sobre o Santo Amaro. A marca histórica superou os feitos de Pelé e Jorge Mendonça, que marcaram oito gols em uma mesma partida. Mostrando toda sua categoria, fez gols de tudo quanto é jeito, queixo no ombro, queixo no peito, de nuca, joelhada e até de velotrol.

- Dario foi o único jogador da história a ser convocado por um presidente da República (Emílio Garrastazu Médici) para fazer parte da Seleção Brasileira. Numa crise que levou a demissão do técnico João Saldanha e sua substituição por Mário Jorge Lobo Zagallo, pouco antes da Copa do Mundo de 1970.

- Ainda pelo Atlético Mineiro teve oportunidade de vencer algumas Seleções Nacionais:

19 de dezembro de 1968: Atlético 3x2 Seleção da Iugosláva (nessa partida o Atlético representou o Brasil e vestiu a camisa da Seleção Canarinho)
2 de março de 1969: Atlético 2x1 Seleção Soviética de Futebol
3 de setembro de 1969: Atlético 2x1 Seleção Brasileira de Futebol (partida em que o Atlético vestiu da camisa da Federação Mineira de Futebol por determinação da CBD)
30 de julho de 1972: Atlético 4x2 Seleção Mexicana


Títulos (Só coloquei os que ele conquistou no Galo e na Seleção):

Atlético Mineiro

1971 - Campeão Brasileiro (Atlético Mineiro)
1970 - Campeão Mundial (Seleção Brasileira)
1970 - Campeão Mineiro (Atlético Mineiro)
1970 - Campeão da Taça Belo Horizonte (Atlético Mineiro)
1970 - Campeão da Taça Inconfidência (MG) (Atlético Mineiro)
1970 - Campeão da Taça Cidade de Goiânia (Minas-Goiás) (Atlético Mineiro)
1970 - Campeão da Taça Gil César Moreira de Abreu (MG) (Atlético Mineiro)
1970 - Campeão da Taça Independência (MG) (Atlético Mineiro)
1971 - Bicampeão da Taça Belo Horizonte (Atlético Mineiro)
1972 - Tricampeão da Taça Belo Horizonte (Atlético Mineiro)
1972 - Campeão do Torneio de Leon (México) (Atlético Mineiro)
1972 - Campeão da Taça do Trabalho (Minas-Rio) (Atlético Mineiro)
1974 - Campeão do Torneio dos Grandes de Minas Gerais da Federação Mineira de Futebol (Atlético Mineiro)
1978 - Campeão Mineiro (Atlético Mineiro)
1979 - Campeão da Taça Minas Gerais (Atlético Mineiro)


Frases clássicas:

"Não venha com a problemática que eu dou a solucionática."
"Me diz o nome de três coisas que param no ar: beija-flor, helicóptero e Dadá Maravilha."
"Não existe gol feio. Feio é não fazer gol."
"Um rei tem que ser sempre recebido por bandas de música."
"Pra fazer gol de cabeça era queixo no peito ou queixo no ombro."
"Com Dadá em campo, não há placar em branco."
"Pelé, Garrincha e Dadá tinham que ser curriculum escolar"
"Faço tudo com amor, inclusive o amor"
"Nunca aprendi a jogar futebol pois perdi muito tempo fazendo gols"
"Só existem três poderes no universo: Deus no Céu, o Papa no Vaticano e Dadá na grande área".
"Chuto tão mal que, no dia em que eu fizer um gol de fora da área, o goleiro tem que ser eliminado do futebol."
"A área é o habitat natural do goleador, nela ele está protegido pela constituição, se for derrubado é pênalti"
"Num time de futebol existem nove posições e duas profissões: o goleiro e o centroavante"
"Bola, flor e mulher, só com carinho"
"Fiz mais de 500 gols, só correndo e pulando."
"Quando eu saltava o zagueiro conseguia ver o número da minha chuteira"
"São duas coisas que eu não aprendi: Jogar futebol e perder gol!"

P.S.: Algum moderador pode fazer o favor de colocar uma foto do Dadá ali para mim? Nem estou sendo noob, o problema é a minha internet.
 

Anexos

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Tá aí... esse cara não é só uma lenda como jogador (ou como artilheiro, já que ele mesmo se define como 0 a esquerda fora da área). Ele faz parte do folclore. E eu gosto das frases.
 
Dadá é o mais plageado, imitado e copiado. O Túlio que o diga.

E mesmo na contagem de seus gols, já vi várias entrevistas dele e nessas horas ele não fica de ego inflado falando que tem mais de mil e assume que no máximo tem mais de 900 sem ficar bitolado nisso.

É um tipo de jogador irreverente que faz falta na atualidade.
 
Dadá realmente é do tipo fanfarrão do bem. Diferente de muitos que são fanfarrões mas arrogantes.
É um tipo de gente que você tem vontade de conhecer ao vivo.

A frase do gol feio sempre achei genial. É a mais pura verdade.
 
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João Leite da Silva Neto


Nascimento: 13/10/1955
Jogou no Atlético: 1976-1988 e 1991-1992
Apelidos: Goleiro de Deus, Muralha Alvinegra

João Leite da Silva Neto, mais conhecido como João Leite, é um dos maiores ídolos da história alvinegra. O ex-goleiro foi o jogador que mais atuou pelo clube, através de 684 partidas, entre 1976 e 1989, além de ter se aposentado em 1992, ao término de sua segunda passagem pelo Galo. Além disso, possui o recorde de títulos mineiros: venceu 11 vezes o campeonato estadual, além de participar da conquista da Copa Conmebol de 1992.

João Leite é filho do ex-policial Waldemar Leite e da dona de casa Geralda Leite. Iniciou seu futebol nas Categorias de Base do Atlético e surpreendeu a todos quando promovido ao profissional. Formado pelas categorias de base do Galo, não era dedicado e não gostava de treinar, porém sempre teve tudo para ser um grande goleiro. Esteve no Atlético pela primeira vez aos 15 anos de idade. Foi embora pois não teve oportunidade. Passou então a jogar no Alvorada, time formado por sua família.

"O meu pai, Waldemar, era um bom jogador de meio-campo e eu desde pequenino pegava as bolas que ele chutava para mim. Foi o meu primeiro treinador e sempre me incentivou a jogar futebol." Declarou João Leite em entrevista.

Disputou 80 partidas sem perder. Foi então jogar no América Mineiro. Barbatana, então técnico do Atlético, soube e interessou-se pelo jogador.

Assinou seu primeiro contrato como profissional para ganhar 3 mil cruzeiros mensais. Ao mesmo tempo, começou a mudar seu jeito: treinava de manhã e à tarde com Ortiz. "Aprendi muito com ele (Ortiz). Principalmente a necessidade de treinar muito para ficar em boa forma. No fim do ano, nas férias, pensei: O Ortiz pode voltar atrasado. Por isso continuei a treinar por minha conta. Não deu outra: Ortiz se atrasou. No teste de avaliação física fui o melhor de todos. Acabei titular nos amistosos em Goiás e Mato Grosso." Disse o jogador em uma entrevista.

Barbatana passou então a revesar Sérgio (também goleiro da Base) e João Leite na reversa de Ortiz. João foi incluído na delegação que excursionou à Ásia e Europa. "Na volta dei azar. Machuquei o polegar, passei quase um mês sem conseguir treinar, fiquei até setembro sem me revesar com o Sérgio no banco de reservas. Na decisão contra o Cruzeiro-MG, no último jogo, fiquei no banco. Ortiz foi embora e, no jogo seguinte, o Sérgio foi indicado como titular."

Quando Barbatana confirmou Sérgio como titular contra o Remo, João Leite ficou aborrecido e bastante abatido. Foi então que João encontrou apoio em vários amigos como o ex-goleiro Mussula. "Fui para o quarto, peguei minha Bíblia e passei horas lendo. Senti uma força interior sem tamanho, livrei-me de qualquer preocupação." Por não perder o estímulo, João voltou ao time reserva e logo foi convocado a treinar com os titulares.

Estreou a camisa 1 em 1976. Chamou a atenção por sua estatura, reflexos, desenvolvimento técnico e ótima colocação em baixo das traves. João conquistou aos poucos a torcida alvinegra. Sua aceitação por parte da torcida, não veio tão rapidamente. João era inseguro nas saídas de bola e decoordenado com as pernas, o que foi perfeitamente corrigido com treinos intensos. Membro da Primeira Igreja Batista de Belo Horizonte, sua fé em Deus não lhe permitiu deixar-se abater ao levar gols. Para João, as vitórias ou derrotas são todas de acordo com a vontade de Deus e encontra forças para superar as derrotas em versículos bíblicos. O ex-goleiro destacou-se por alcançar uma marca de 118 jogos sem perder, conquistando a vaga de terceiro goleiro da Seleção Brasileira.

João Leite foi um dos fundadores do ministério "Atletas de Cristo", fundado em 1979, onde esportistas se reúnem e participam de eventos, que ligam religião e esporte, em várias sedes espalhadas pelo Brasil e por muitos outros países do mundo. "Começou pequeno, um grupo pequeno de seguidores e depois foi ganhando força", explicou o ex-goleiro. Costumava entrar em campo carregando uma bíblia e entregar a algum jogador, adversário ou não. Atitudes como esta, lhe rendeu o apelido "Goleiro de Deus".

"A maior alegria de minha vida foi ter sido hexacampeão pelo Galo, ter conquistado 11 títulos mineiros. Isso marcou muito minha vida. Até hoje, onde vou, em Minas Gerais, no Brasil, fora do país, as pessoas me reconhecem, lembram. O Atlético é um grande clube reconhecido em todos os lugares. Minha maior alegria foi ter servido o Atlético durante tantos anos, ter conquistado tantos títulos, tudo isso, foi muito importante. A maior tristeza foi a perda do título em 1977. Nunca teve uma coisa tão injusta no futebol. Naquela final, o Galo tinha 12 pontos na frente do São Paulo e foi vice-campeão invicto. Nem a final nós perdemos. Eu fiquei três dias sem dormir! Lembrava... Chorava... Foi muito triste, marcante!" Lembra o ex-goleiro.

Presbiteriano e dono de grande personalidade, João Leite foi expulso de campo apenas uma vez defendendo as redes do Galo. No jogo Araguari-MG 1 x 2 Atlético, João tentou evitar uma agressão ao lateral alvinegro Alves e, sem querer, acertou um diretor do Araguari-MG. O juiz não entendeu e o expulsou de campo.

Além de defender o gol do Galo, João Leite defendeu também o América Mineiro e o Vitória de Guimarães, de Portugal.

Após aposentar as chuteiras, João Leite ingressou na vida política. Foi vereador em Belo Horizonte (1993/94), secretário municipal de Esportes, (1993/94), secretário de Estado de Desenvolvimento Social e Esportes (2003/04) e idealizador dos projetos "Campos de Luz" e "Casas Lares". Autor dos projetos de lei de Incentivo ao Esporte, de criação do Conselho Estadual do Idoso, e de proibição de fumar em espaços públicos fechados no Estado, todos transformados em normas jurídicas.
 

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Na minha opinião faltou mais um nessa lista aí. Nunca o vi jogar, e provavelmente o Reinaldo ou o Éder jogassem mais bola do que ele - porque o futebol antes da 2ª Guerra Mundial era totalmente diferente; quase amador... no entanto, em questão de "história", ele foi o maior jogador do Atlético.

MÁRIO DE CASTRO

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O "trio maldito", como eram chamado Said, Jairo e Mário de Castro

Nascimento: 30 de junho de 1905, em Formiga.
Jogou: Só no atlético mineiro, de 1926 a 1931.

Marcou três gols na sua primeira partida disputada como profissional do Atlético, numa goleda histórica por 6x3 contra o América-MG, principal adversário do Galo na época.

Mário de Castro marcou três gols em sua estréia no clube, contra o até então imbatível América, na vitória por 6x3, que daria ao Galo o título Mineiro de 1926.

Além de ser jogador, Mário exerceu a medicina em Formiga por 22 anos, prestando grandes serviços à população. Órfão de pai desde menino, foi criado com mais quatro irmãos por sua mãe viúva, dona Regina, mulher de grande personalidade. Convicta de que seu filho deveria seguir uma carreira sólida, proibiu Mário de jogar futebol. O amor pelo futebol e o telento evidente eram tão grandes que, enquanto concluía os estudos de medicina, ele jogava escondido, usando um nome falso (Oriam, seu próprio nome invertido), para que sua mãe não descobrisse a falseta, ouvindo as partidas pelo rádio.

Ficou no Atlético até 1931 e manteve o cetro de maior artilheiro da história do clube até 1974, quando foi superado por Dario José dos Santos, o Dadá Maravilha.

"Mário de Castro nunca chutava uma bola fora", recordaria o atleticano José Secondino Dos Santos décadas e décadas depois de ter visto o artilheiro em campo. "Ou o goalkeeper defendia, ou ela entrava. Nunca ia fora." A precisão do tiro era apenas um dos detalhes do talento daquele gênio. "Ele dava um chute forte e a bola pegava um efeito tão impressionante que voltava para seus pés", recorda Fileto de Oliveira Sobrinho, que jogou no Atlético em 1923 e 1924. "Os outros tentavam fazer igual, mas ninguém conseguia."

Mário transformou-se em verdadeira lenda, capaz de escrever o próprio nome no campo com a bola, ao driblar os adversários!

Sua última partida foi uma exibição de gala. O Atlético perdia do Villa Nova por 3x0, quando no segundo tempo, Mário fez 4 gols, garantindo o título de 1931. No tumulto da comemoração, um diretor atleticano acabaria atirando em um torcedor do Villa Nova. Indignado, Mário de Castro resolveu encerrar a carreira, aos 26 anos. Com ele o Galo tornou-se o gigante que faria história no futebol.

Mário de Castro foi o primeiro jogador de um time mineiro e o primeiro jogador fora do eixo Rio-São Paulo a ser chamado para a Seleção Brasileira de futebol. O jogo de inauguração do estádio de Lourdes, cuja grama ele ajudou a plantar, foi visto por um diretor da Confederação Brasileira de Desportos (CBD), Horácio Werner, e por um representante da Associação dos Conistas Despostivos do Rio de Janeiro, Alysio de Hollanda Távora. Os dois ficaram estupefatos com o futebol do craque. Dias depois, Mário de Castro recebeu o comunicado. Ele deveria se apresentar no Rio de Janeiro para integrar a Seleção. Seria o reserva de Carvalho Leite, atacante do Botafogo do Rio. "Respondi que só visto a camisa do Atlético-MG". Décadas mais tarde admitira que talvez pudesse ir se fosse na condição de titular. E, assim, o Atlético não teve representantes na primeira Copa do Mundo, a de 1930.

Depois do mundial, Mário teve a oportunidade de duelar com Carvalho Leite e mostrar qual dos dois era melhor. Em 30 de agosto de 1930, o Atlético recebeu o Botafogo em Belo Horizonte. Venceu por 3x2 - e todos os gols do alvinegro mineiro marcados por Mário de Castro. Na revanche, na festa de inauguração dos refletores do estádio do Botafogo, no Rio de Janeiro, em 1º de Outubro do mesmo ano, o Botafogo deu o troco: 6x3. Carvalho Leite, que não marcara no confronto em Belo Horizonte, fez três. Mário de Castro, dois. No final, o artilheiro do Atlético venceu o duelo por 5x3. Estava provado: Mário era o melhor.

Mário casou-se com uma das primeiras mulheres a se formarem em odontologia no país, dra. Maria de Lourdes Cavalcanti de Castro (que exerceu sua profissão até aposentar-se, mantendo seu próprio consultório), tiveram dois filhos, Wander Mário (médico ainda em exercício) e Vanda Maria (contabilista aposentada), e adotaram Antônio Rosa (já falecido).

Ainda acompanhava as partidas do Galo pela TV, em seus últimos anos de vida, irritando-se profundamente quando percebia que um jogador não dava tudo de si.
 
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