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Lygia Fagundes Telles

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Liv

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Lígia Fagundes Telles (São Paulo, 19 de abril de 1923) é uma escritora brasileira, galardoada com o Prémio Camões em 2005.

É membro da Academia Paulista de Letras, desde 1982, e da Academia das Ciências de Lisboa, desde 1987

http://pt.wikipedia.org/wiki/Lygia_Fagundes_Telles
 
Hahahah, nem só de Meia Palavra S/A a gente vive, né.
 
Da Lygia eu tenho muito interesse em ler "As Meninas". Alguém conhece e me recomenda? '-'
 
Eu li "As meninas" e "Ciranda de Pedra". Não estava preparada para a leitura destas obras. Pouco entendi e absorvi... Hoje com uma bagagem cultural e de leitura maiores, talvez eu curta mais...:sim:
 
Lygia Fagundes Telles é adorável!
Li Antes do baile verde na escola - foi um dos únicos livros que gostei, e o único que não comprei :taco: Tive que apresentar uma peça juntando alguns contos deste livro.
 
[align=justify]Tem alguma ordem de leitura para ela? Tenho Ciranda de Pedra aqui em casa, mas os livros dela não são difíceis de achar nas bibliotecas afora.[/align]
 
[align=right]Se escrevo, eu estendo pra você uma ponte, seja você um crítico ou um leitor comum. Nessa hora, é como se eu dissesse: "Venha". A palavra é uma ponte através da qual eu tento conseguir o amor do próximo. Eu sempre digo que mais importante do que a compreensão é o amor. Eu prefiro ser amada do que compreendida. A compreensão é muito difícil.
Lygia Fagundes Telles[/align]

[align=justify]Lygia Fagundes Telles é uma escritora que tem o meu respeito. Embora eu não possa me classificar como uma grande admiradora da obra dela, gosto, bastante, do fato de ela abordar, em seus textos, a universalidade da angústia humana. O fato de ela preocupar-se em refletir sobre a condição humana.

O meu livro preferido dela é "Antes do Baile Verde"; um dos meus contos preferidos do livro não é o que o nomeia, mas, sim, o "venha ver o pôr do sol". Acredito que minha preferência por este conto se dê porque nele se faz bem visível a influência de Poe na escrita de Lygia.

A temática do mistério, do sobrenatural, do terror, presentifica-se, de maneira enfática também, nos contos: "A caçada" e "Natal na barca". [/align]
 
Eu comecei a ler As Meninas, mas acho que vou abandonar, porque o narrador ao que me parece, é alterado a todo instante (sem razão aparente, a meu ver) e isso está complicando o meu entendimento da obra. Se não for o narrador, os personagens mudam de pessoa toda hora, no começo é o X na 1ª pessoa e do nada, altera pro Y e depois pro Z. Tudo isso no mesmo capítulo, só mudando a frase.
Acho que não estou preparado para ler essa obra dela.
Claro, gostaria da opinião de alguém que já leu ou lê obras semelhantes dela, acerca disso.
Mas já li dela, Durante aquele estranho chá e adorei.
 

Conhecida como "a dama da literatura brasileira", a escritora paulista Lygia Fagundes da Silva Telles acaba de falecer, aos 98 anos.

Integrante da Academia Brasileira de Letras (ABL), ela publicou seu primeiro livro de contos, de nome "Porões e sobrados", em 1938. Lygia era a quarta ocupante da Cadeira nº 16 da ABL, tendo sido eleita em outubro de 1985, na sucessão de Pedro Calmon.

Ganhadora de prêmios como o Jabuti e Camões, em 1977, em plena ditadura, é uma das autoras do manifesto dos intelectuais contra a censura.

A acadêmica é considerada uma das grandes referências no pós-modernismo, enquanto suas obras retratam temas como a morte, o amor, o medo e a loucura, além da fantasia.

Contribuiu, aliás, para diversas áreas da nossa arte. É a autora, por exemplo, de "Ciranda de pedra", obra publicada em 1954. A publicação foi adaptada para televisão em 1986, pela TV Globo, em formato de novela escrita por Janete Clair, com a colaboração de Dias Gomes.


Acordei numa manhã de domingo e soube através do @Mercúcio
 
Embora não seja inesperada a morte de uma mulher de 98 anos, recebi a notícia com tristeza. Como escrevi na minha lista atualizada do Meus cinco Livros, aqui no fórum, na qual incluí um de seus romances, tenho um carinho muito particular pela sua obra. Há poucos autores de cuja obra eu tenha lido tanto. Lygia sempre disse que considerava seus leitores seus cúmplices e eu realmente passei a me ver envolvido nessa relação de cumplicidade.

Teve uma vida longa, produtiva e absolutamente triunfante. E merecidamente, conseguiu ter a visibilidade que tantas outras (boas) escritoras brasileiras não alcançaram. Fez-se cânone em vida.

Em diversas ocasiões, Lygia disse que queria ser lida enquanto ainda estava quente, porque - citando o poeta Tomás Antônio Gonzaga - as glórias que chegam tarde, chegam frias. Acho que ela pôde sentir o calor da glória ainda em vida. Na recepção da crítica, nos prêmios colecionados, no amor de um público leitor bastante devotado. E como ela dizia também: preferia ser amada que compreendida.

E fenômeno impressionante: nessa era das redes sociais, cresceu muito entre um público leitor bastante jovem, o que é curioso considerando a resistência que essa faixa etária tende a ter à literatura brasileira canônica. E criou-se ali como que uma comunidade de leitores de Lygia Fagundes Telles, bolha à qual passei a pertencer, travando contato com alguns de seus leitores espalhados pelo país.

Para finalizar, lembro uma frase que Lygia diz no documentário Narrarte, dirigido pelo seu filho Goffredo Telles Neto:

"Me leia! Não me deixe morrer!"

Não morrerá nunca, Lygia!
 
Última edição:
Dela só conheço apenas um conto na época do ensino médio: Mistérios.
É muito pouco e insuficiente pra poder emitir uma opinião geral a respeito das obras dela, a qual preciso conhecer mais.

Qualquer lista de Top 10 maiores escritoras do país é muito difícil não ver o nome dela listado. As vezes aparece em alguns Top 5 ou Top 3, o que só comprova o quanto o legado dela foi grande.
 
Não posso reclamar que tive um professor de português/literatura bem generoso, que sempre deixava um leque razoável de opções pra escolher.
 
Do pouco que li dela gostei.
Estou com As Meninas aqui pra ler mas não sei quando vou começar. Ando meio enrolado.
 
Segundo cartório, Lygia morreu com 103, não 98 anos.

A este respeito, vi vários posts por aí falando sobre como é difícil para as mulheres assumirem a própria idade e me lembrei que isso foi tematizado na própria ficção de Lygia Fagundes Telles.

Me fez lembrar de seu romance As Horas Nuas (tem um tópico sobre ele aqui no fórum, criado por mim), no qual a sua protagonista, Rosa Ambrósio, é uma mulher que não lida bem com o fato de estar envelhecendo, que vive uma espécie de luto pela decadência do corpo físico...

O romance foi publicado em 1989. Se Lygia nasceu em 1918, ela devia ter 70 ou 71 anos quando esse livro foi lançado.

Edit:

Venha Ver o Pôr do Sol é um conto que eu adoro, @Béla van Tesma .
 

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