Re: CPI das Privatizações
Edrahil disse:
Um.
Desculpe, não resisti.
Vamos lá: o que os avanços de conhecimento de povos como gregos e egípcios tem haver com luta de classes? O que as conquistas romanas tem haver com luta de classes? O que os atos de Napoleão Bonaparte tem haver com lutas de classes?
O avanço do conhecimento na Antiguidade, se relaciona amplamente com o antagonismo de classes (vou usar este termo, que é a mesma coisa que luta de classes, mas parece que gera menos polêmica).
Se observar bem, as sociedades clássicas, como as pólis gregas, se fundamentavam num regime escravistas. Todo o trabalho braçal era realizado por estas pessoas, que foram escravizadas através de guerras ou dívidas.
Então, examinemos os grandes filósofos e os precursores das ciências modernas. Parmênides de Eléia, Pitágoras, Sócrates, Aristóteles, Platão.
O que será que todos eles tinham em comum? Bingo! Eram todos aristocratas ! Ou você acha que Sócrates após um longo dia de labutas, rachando lenha, resolveu criar um novo método para o descobrimento da verdade?
Ou que a famosa frase "O ser é e o não-ser não é", de Parmênides, foi proferida durante uma extenuante limpeza do chão?
Ou seja, foi o antagonismo de classes que permitiu o florescimento intelectual na Grécia Antiga.
Avante, para Roma. Lá também reinava o escravismo, não muito diferentemente da Grécia.
Notavelmente, os nobres romanos se diferenciavam da plebe, não só por sua situação econômica, mas pela origem étnica. Os plebeus eram os descendentes dos povos latinos, etruscos e sabinos, dominados por Roma.
Estes romanos, se destacavam pelo aspecto belicoso de sua cultura. Todo nobre romano servia o Exército, mesmo antes de se tornar um senador ou funcionário público. Novamente, o antagonismo de classes se faz presente:
Enquanto os plebeus e escravos executam toda sorte de trabalho para os romanos, estes podem obter glórias para a República/Império, expandindo seus domínios.
Essa era a maneira tradicionalmente romana de guerrear, apesar de ter se transfigurado com o passar do tempo, com a entrada de parte da plebe para o Exército...
Agora, Napoleão:
No séc XVIII, ocorreu a Revolução Francesa, a mais influente revolução da Ordem Liberal Burguesa. O golpe de Napoleão era apoiado pelas camadas médias e a pequena buguesia da França, que despojou a nobreza e o clero.
O mesmo não acontecia no resto da Europa, onde o Antigo Regime ainda imperava. Ora, antigo regime implica na supremacia da aristocracia e do clero.
Quem eram os inimigos de Napoleão? Áustria, Inglaterra, Rússia, Prússia, etc.
Mas quem eram estes inimigos, exatamente, seria um faminto servo do Império Romanov?
E ele diria: "Realmente, odeio esse Napoleão, vamos enviar nosso trigo para os ingleses para poder ajudá-los a acabar com o baixote"?
Não! Quem se opunha a Napoleão, eram os nobres destes países, que se viam ameaçados pela buguesia francesa. Luta de classes. Essa é
Luta, mesmo.
Lordpas disse:
Nossa, exemplos muito fáceis de se contextualizar... mas eu deixo pro Fallen fazer isso.
O de Napoleão, então... Mas acho que Roma poderia ser melhor explicado.